A BELLE ÉPOQUE As elites européias começaram o século XX eufóricos com as riquezas obtidas nas áreas coloniais e pelos frutos econômicos da Revolução Industrial. Progresso científico e tecnológico; Aproveitamento de novas fontes de energia; Fortalecimento na ciência de total capacidade humana e de criar novos produtos. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Fatores Responsáveis Pela Primeira Guerra Mundial Conflitos Imperialistas – disputas entre a Grã-Bretanha, França e Alemanha, notadamente por colônias na África; Políticas de Alianças – por meio de acordos econômicos, políticos e militares, dois blocos opostos foram criados: a Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Áustria, Hungria e Itália e a Tríplice Entente, formada pela Rússia, França e Grã-Bretanha; Corrida armamentista – os anos antes à eclosão da Guerra em 1914 receberam o nome de Paz Armada porque a indústria Bélica aumentou consideravelmente os seus recursos, produzindo novas tecnologias para guerra teve também o serviço militar obrigatório adotado por quase todas as nações européias, incentivando o sentimento nacionalista e militarista. A Primeira Guerra Mundial foi essencialmente um conflito imperialista. A economia e a política tinham se fundido num só movimento. Caracterizou-se: Universalidade. Envolveu países de todos os continentes, que se enfrentaram por objetivos globais; Alto poder de destruição. Com a invenção de novas armas tecnológicas (avião, submarino e o canhão de longo alcance), a guerra não matava só soldados, mas a população civil. Havia muitas mortes de civis por falta de alimentação porque uma das táticas utilizadas era bloquear os alimentos que garantiam a sobrevivência da população. ANTECEDENTES No início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus na disputa pelos mercados consumidores, além da corrida armamentista. Duas nações poderosas da época, a França e a Alemanha, tinham grande rivalidade. A França tinha perdido no final do século XIX a Alsácia-Lorena (atual região da Suíça) para a Alemanha. O Revanchismo francês estava no ar. O Pangermanismo e o Pan-eslamismo aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista das germânicas em unir, apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo aconteceria com os países eslavos. INÍCIO DA GUERRA O assassinato do príncipe do império austro-húngaro, por um jovem sérvio, foi apenas o estopim de uma guerra já prenunciada. O Império austro-húngaro declarou guerra à sérvia no dia 28 de julho de 1914. Durante o conflito a política de Alianças se intensificou, através da Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. Os combates tiveram como novidade a utilização de tanques de guerras e aviões. PRINCIPAIS FASES DO CONFLITO A primeira fase (1914-1915) foi marcada pela intensa movimentação das forças beligerantes. Depois de uma rápida ofensiva das tropas alemãs em território francês em setembro de 1914, os exércitos franceses organizaram uma contra-ofensiva detendo o avanço germânico sobre Paris (Batalha do Marne). A partir daí nenhum dos lados conseguiu vitórias significativas sobre o outro, mantendo-se um equilíbrio de forças nas frentes de combate. Na segunda fase (1915-1917), a intensa movimentação de tropas da fase anterior foi substituída por uma guerra de trincheiras, em que cada lado procurava garantir suas posições, evitando a aproximação do inimigo. Essa foi uma fase extremamente dura e desgastante para as tropas em conflito. Sob ataque intermitente do inimigo, os soldados guarneciam suas posições nas trincheiras, enfrentando o frio, a chuva e o barro. Na terceira fase (1917-1918), ocorreu a entrada de outros países na guerra. A marinha Alemã, utilizando seus submarinos, afundou navios de países tidos como neutros, alegando que eles transportavam alimentos para os inimigos. Foi o caso, por exemplo, do afundamento dos navios Lusitânia e Arábia, dos Estados Unidos, e do navio Paraná, do Brasil. Nessa fase da guerra, dois acontecimentos se destacaram: a entrada das forças dos Estados Unidos no conflito (seis de abril de 1917) e a saída dos exércitos da Rússia (três de março de 1918). MUDANÇAS PROVOCADAS PELA GUERRA A guerra provocou grandes transformações na vida das populações européias. Além dos soldados combatentes, a população civil das cidades e dos campos também sofreu conseqüências do conflito. Quase todos os seguimentos sociais foram envolvidos, de alguma forma, pelo “estado de guerra”. A economia dos países em conflito foi direcionada para aumentar a produção dos artigos exigidos pela guerra (produção de armas, munições, veículos de transporte etc.). Como grande número de homens participava dos combates, considerável parcela de mulheres ingressou no mercado de trabalho industrial, especialmente na Inglaterra, França e Itália. Com a destruição de diversas estruturas produtivas, a escassez de alimentos e a subida dos preços dos gêneros de primeira necessidade atingiram diversas sociedades. Os governos impuseram medidas de racionamento e a fome espalhou-se por várias camadas da população, principalmente nas regiões próximas às zonas de combate. FIM DO CONFLITO Em 1917, os Estados Unidos entrou no conflito, apoiando a Tríplice Entente. Os acordos comerciais com a Inglaterra e França determinaram a entrada na guerra dos Estados Unidos. A conseqüência foi a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a esses países fortes restrições e punições. O Tratado de Versalhes teve fortes repercussões na Alemanha, influenciando fortemente o início da Segunda Guerra Mundial.