Esteja atento ao bater do coração

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A1
ID: 30606472
Diário de Coimbra
15-06-2010 | Saúde Jornal
Tiragem: 11473
Pág: I
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Ocasional
Área: 20,71 x 20,19 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Esteja atento ao bater do coração
Cerca de metade das mortes por doença cardíaca são causadas por arritmias. Acção de
sensibilização e rastreios às arritmias cardíacas decorreu domingo, em vários pontos do país
Uma arritmia é uma perturbação do ritmo dos batimentos
cardíacos. A maior parte destas
perturbações, quando verificadas em pessoas saudáveis, é
benigna, no entanto algumas
arritmias podem ter consequências fatais se não forem
tratadas. Sensibilizar a população em geral para as arritmias
cardíacas, educar sobre os seus
riscos e esclarecer sobre os meios de diagnóstico e tratamentos
existentes foram objectivos da
acção realizada no domingo
pela campanha “Bate, bate coraI
Como medir
a pulsação
e quais os
sinais de alerta?
O coração – ou, pelo menos,
o coração saudável – bate
regularmente, como um relógio. Num adulto saudável, em
repouso, o normal será ter
entre 60 a 100 as pulsações
por minuto. Devemos estar
atentos ao ritmo do nosso
coração e contactar o médico
se verificarmos pulsações
demasiado baixas (abaixo de
I
ção”, em parceria com os centros comerciais Dolce Vita. Porque medir a pulsação é uma forma simples de vigiarmos o ritmo do nosso coração e estarmos
alerta para eventuais alterações,
no Dia Mundial do Ritmo Cardíaco, médicos, enfermeiros e
técnicos ensinaram a forma
mais correcta de medir e registar o ritmo cardíaco.
Palpitações, fadiga, tonturas,
falta de ar e dor de peito devem
ser sinais de alerta, refere o coordenador nacional da campanha,
o cardiologista Carlos Morais.
Mas é preciso lembrar que,
«muitas vezes, as arritmias não
40 minuto) ou demasiado
altas (acima das 120), especialmente se estas alterações
forem acompanhadas de sintomas como cansaço, falta de
ar, tonturas ou dor no peito.
Há que ter ainda em atenção
as irregularidades dos batimentos cardíacos, se verificarmos irregularidades no
ritmo em mais do que uma
medição também devemos
ficar alerta. Medir e registar a
pulsação é algo fácil e simples
de fazer. Esta nova campanha
da “Bate, bate coração” pretende torná-la um gesto comum
na população. l
D.R.
Andrea Trindade
AS ARRITMIAS são a principal causa de morte súbita
provocam sintomas e é por isso
que grande parte da população
desconhece a doença», disse ao
Diário de Coimbra.
Várias doenças ou alterações
no coração podem conduzir a
uma perturbação no ritmo cardíaco, que pode ocorrer sob a forma de um ritmo excessivamente
lento, da ausência ocasional de
um ou mais batimentos ou de
um número excessivo de batimentos rápidos por minuto. A
população deve, assim, estar
atenta a estas alterações e contactar o seu médico.
Risco de morte súbita
Segundo Carlos Morais, as arritmias podem surgir em indivíduos saudáveis, mas normalmente estão associadas à hipertensão arterial, a doença coronária ou angina de peito. «Cerca de
metade das mortes por doença
cardíaca são causadas por arrit-
mias. As arritmias são mesmo a
primeira causa de morte súbita»,
sublinhou o cardiologista.
A forma de arritmia mais frequente, a fibrilhação auricular,
atinge dois a três por cento da
população portuguesa e chega a
atingir dez por cento das pessoas com mais de 70 anos. «É uma
arritmia muito ligada à probabilidade de ocorrência de um
acidente vascular cerebral
(AVC) – em que Portugal é
“campeão” – e que tem vindo a
crescer com o envelhecimento
da população», repara o coordenador da campanha.
No que se refere a tratamentos
para as arritmias, existem hoje
várias opções desde medicamentos à implantação de dispositivos
cardíacos (pace-maker ou cardiodisfibrilhadores implantáveis),
adaptados a cada caso, adianta o
cardiologista.
A Campanha “Bate, bate
coração – Sinta o seu ritmo” é
uma iniciativa inédita em Portugal e junta Instituto Português do Ritmo Cardíaco, Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia
e Associação Portuguesa de
Portadores de Pacemakers e
CDI´s. Informações sobras
arritmias, sinais de alerta, formas de prevenir, diagnosticar e
tratar estão em www.batebatecoracao.com. l
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