O GEOTURISMO EM QUEDAS D’ÁGUA – POSSIBILIDADE DE UNIÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA DE CONTEÚDOS RELACIONADOS À GEOGRAFIA FÍSICA – Uma análise a partir do Salto de Furnas/Indianópolis-MG Lilian Carla Moreira Bento Profª Substituta, Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia [email protected] Sílvio Carlos Rodrigues Profº Drº, Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia [email protected] RESUMO: Em meados da década de 1990 começa a ser divulgado em países da Europa um segmento turístico com uma nova proposta: contemplar e entender os aspectos abióticos da paisagem (geodiversidade), de forma que a sociedade passe a conceber estes aspectos como patrimônio e sinta necessidade de conservá-los. Esse segmento, designado de geoturismo, apresenta grande potencial para ser usada pelos professores ligados à Geografia Física, unindo a teoria à prática, a partir não só da contemplação e apreciação da geodiversidade, como compreendendo sua origem e características. O uso de quedas d'água pelo geoturismo tem diversas justificativas: são locais de grande beleza cênica que proporcionam momentos de aventura e diversão, como também o entendimento de conteúdos relacionados à evolução geomorfológica e geológica locais e regionais. No caso do Salto de Furnas, este corresponde a um desnível de 40 m, todo trabalhado em três litologias: gnaisse, arenito e basalto. A partir da visitação dessa queda um professor de Geografia Física tem condições de abordar diversas temáticas, tais como tipos de RO encontradas na região, associando sua presença com a história geológica regional, bem como identificar e analisar os fatores que levaram a formação da queda, destacando aspectos estruturais e geomorfológicos. Através do geoturismo, portanto, os professores têm oportunidade de realizar uma atividade prática que não só enriquece as aulas, como ilustra e complementa a teoria trabalhada em sala, despertando o interesse e motivação dos alunos, contribuindo ainda para que os mesmos contextualizem os conteúdos a partir de uma realidade palpável e próxima do espaço onde vive. ABSTRACT: In the middle of 1990 decade starts to be developed in the European countries a new proposal of touristic segment: contemplate and understand the abiotic aspects of landscape (geodiversity), so that the society passes to conceive these aspects as heritage and feel the need to preserve them. This segment, called Geotourism, presents great potential to be used by teachers of physical geography, uniting the theory to practice, from not only the contemplation and appreciation of geodiversity, as understanding its origins and characteristics. The use of waterfalls by the Geotourism has different justifications: are places of great scenic beauty that provide moments of adventure and fun, but also the understanding of contents related to 381 geological and geomorphological regional and local evolution of landscape. In the case of Salto de Furnas, this corresponds to a gap of 40 m, all worked in three lithologies: gneiss, sandstone and basalt. From the visitation of this fall teachers of physical geography is able to explain about various themes, such as types of rocks found in the region, associating its presence with the regional geologic history, as well as identify and analyze the factors that led to the formation of the fall, highlighting structural and geomorphological aspects. Through Geotourism, therefore, teachers have the opportunity to conduct a practical activity that not only enriches the lessons, as illustrated and complements the theory worked on room, arousing the interest and motivation of students, contributing even for the same background the contents from a tangible reality and next to the living spaces. Introdução O processo de ensino-aprendizagem, seja em ambientes formais ou não formais, envolve, no mínimo, duas pessoas: o educando e o educador, baseando-se, portanto, numa relação e depende de variáveis externas ao educando, como as técnicas e recursos didáticos utilizados pelo educador para atingir seus objetivos (Tiba, 1998). Nesse sentido, é muito importante que os professores estejam atentos a forma como ministram suas aulas, haja vista que isto gera grande repercussão no aprendizado e motivação dos seus alunos. Nos dias atuais os professores têm a sua disposição mídias e técnicas diferenciadas que lhes permitem diversificar e dinamizar as aulas, buscando o envolvimento e aprendizado de seus diferentes tipos de alunos. As viagens educativas são uma técnica frequentemente utilizada pelos professores para atingir os objetivos descritos acima, além de contextualizar e exemplificar a teoria ministrada em sala, sendo uma opção bastante apreciada e adotada pelos professores de Geografia, tanto da área Física ou Humana. Tendo como consideração que o modo de vida urbano está cada vez mais deteriorado, tem crescido a procura por viagens para áreas naturais e atualmente se destaca um novo segmento turístico que tem o patrimônio natural abiótico como seu atrativo: o geoturismo, e que pode ser utilizado como recurso didático nas aulas de Geografia. Esse novo segmento turístico oferece instrumentos de interpretação que permitem interrogar e compreender os locais visitados, excitando uma integração entre o turismo e a ciência, principalmente as Ciências da Terra, podendo ser entendido e utilizado como um recurso didático/pedagógico. 382 Partindo do pressuposto de que o geoturismo permite aos turistas um entendimento dos locais visitados, muitos pesquisadores, entre eles, Geremia et al, Reynard & Pralong (2004 apud Silva, 2007) argumentam que é possível associá-lo com o turismo didático, constituindo-se em um excelente e relevante recurso que une teoria e prática, motivando os alunos, estreitando as relações aluno-aluno e aluno-professor, permitindo que os alunos desenvolvam habilidades e favorecendo a formação crítica dos mesmos, preparando-os a viver em sociedade e a exercer sua cidadania. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é tecer comentários sobre a conceituação do geoturismo, instigando o leitor a refletir sobre a possível utilização deste como artifício pedagógico, bem como citar um exemplo realizado com alunos do curso de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, como aula prática da disciplina de Geomorfologia realizada no Salto de Furnas localizado no município de Indianópolis/MG. Área de Estudo O município de Indianópolis tem uma área de 833, 870 km2 e, segundo a Associação Mineira de Municípios, está localizado no Triângulo Mineiro, oeste de Minas Gerais, sendo limítrofe aos municípios de Uberlândia, Araguari, Nova Ponte, Uberaba e Estrela do Sul (IGA, 2009), entre as coordenadas geográficas 180 51‟ 06‟‟ e 190 07‟ 13‟‟ de latitude Sul e 470 39‟ 42‟‟ e 480 06‟ 09‟‟ de longitude Oeste (FIGURA 1). Este município está cerca de 60 km de Uberlândia, equivalendo a aproximadamente 50 minutos de viagem, o que justifica a visita, pois é um local de fácil acesso. Metodologia No ano de 2010 a aluna Lilian Carla Moreira Bento defendeu sua dissertação intitulada Potencial geoturístico das quedas d'águas de Indianópolis/MG sob orientação do prof. Sílvio Carlos Rodrigues da Universidade Federal de Uberlândia e desde então vem trabalhando na perspectiva de eleger algumas das quedas mapeadas como local propício à realização de aulas práticas de Geografia Física. Nesse sentido, a metodologia empregada neste trabalho envolveu revisão bibliográfica, destacando-se a utilização da dissertação acima citada, entre outros, trabalhos de campo na área de estudo no intuito de selecionar a que melhor se adequaria às temáticas trabalhadas pelo professor na disciplina de Geomorfologia e, finalmente, a concretização do trabalho, com a visita ao Salto de Furnas por alunos do curso de Geografia. 383 Referencial Teórico O geoturismo é um segmento turístico recente, a primeira referência ao seu conceito é associada a Thomas Hose em 1995, mas o mesmo o aprimorou em 2000, sendo: ‘*...+ a provisão de facilidades interpretativas e serviços para promover os benefícios sociais de lugares e materiais geológicos e geomorfológicos e assegurar sua conservação, para uso de estudantes, turistas e outras pessoas com interesse recreativo ou de lazer’ (Hose, 2000 apud Leite do Nascimento; Ruchkys; Mantesso Neto, 2007, p. 5). Apesar de ser um conceito novo e ainda ser reelaborado e enriquecido com a contribuição de estudiosos de todo mundo é possível chegar a alguns pontos em comum com relação ao seu significado. Entre eles podemos afirmar que o geoturismo está relacionado, principalmente, com o patrimônio natural abiótico, enquanto que o ecoturismo tem sua visitação baseada nos aspectos bióticos da natureza. Outra consideração é que este segmento surge na tentativa de se conservar um patrimônio natural que, na maioria das vezes, é negligenciado e esquecido pela sociedade, usando a sua divulgação e visitação como ferramenta capaz de educar e sensibilizá-la. Pereira (2006) explica que essa nova tendência de se valorizar os elementos abióticos da natureza tem como justificativa que a base geológica é o fator mais importante na modelação da passagem, sendo importante documento que testemunhou e continua testemunhando a história da Terra. Além disso, segundo a Declaração Internacional dos Direitos à Memória da Terra, escrita na França em 1991: [...] os homens sempre tiveram a preocupação em proteger o memorial do seu passado, ou seja, o seu patrimônio cultural. Só há pouco tempo se começou a proteger o ambiente imediato, o nosso patrimônio natural. O passado da Terra não é menos importante que o passado dos seres humanos. Chegou o tempo de aprendermos a protegê-lo e protegendo-o aprenderemos a conhecer o passado da Terra, esse livro escrito antes do nosso advento e que é o patrimônio geológico (SIMPÓSIO... 1991). 384 O geoturismo ainda traz outra inovação, ele busca o entendimento dos locais visitados, unindo a contemplação com a cientificação, o que permite uma divulgação e valorização das Ciências da Terra, aproximando este segmento do turismo científico e/ou pedagógico. Leite do Nascimento, Schobbenhaus e Medina (2009) reforçam essa característica do geoturismo, explicando que ele tem por objetivo preencher uma lacuna do ponto de vista da informação, possibilitando ao turista não só contemplar as paisagens, como entender os processos geológicos e geomorfológicos responsáveis por sua formação. Já Reynard e Pralong (2004 apud Silva, 2007, p. 35), argumentam que: ‘ [...] a problemática do geoturismo inscreve-se no campo do turismo didático, por constituir uma nova forma que oferece instrumentos de interpretação que permitem dialogar e compreender os sítios visitados ou descobertos’. Através da visitação de áreas onde os principais atrativos são feições geológicas e geomorfológicas e a interpretação é uma das formas de sensibilização do público, o geoturismo acaba por permitir uma integração do turismo com a ciência, principalmente as Ciências da Terra, gerando novas oportunidades: [...] quer para a ciência porque alcança nova audiência, quer para o turismo porque proporciona novas oportunidades para melhorar a experiência dos turistas ao oferecer uma visão diferente da paisagem [...], fazendo com que permaneçam mais tempo numa região e gaste consequentemente mais dinheiro, o que estimula a economia local (Monro, 2004 apud Araújo, 2005, p. 40). Depreendemos que o geoturismo é um segmento baseado no turismo de natureza que veio complementar o ecoturismo, divulgando e valorizando o patrimônio abiótico da paisagem, como os elementos geológicos e geomorfológicos, buscando sua apreciação, interpretação e geoconservação. Resultados e Discussão 385 A origem e evolução das quedas d'água de Indianópolis estão relacionadas com os grandes desníveis topográficos gerados a partir da evolução morfotectônica da região Sudeste ocorrido a partir do Cretáceo, o que reativou antigas falhas e fraturas, direcionando os cursos d'água através de extensos e diversos lineamentos tectônicos. É preciso considerar ainda a erosão vertical iniciada a partir do Cenozoico que também gerou grandes desníveis topográficos. Os lineamentos da região Sudeste apresentam direções preferenciais noroeste e nordeste localmente leste-oeste, já os lineamentos do município de Indianópolis apresentam direção nordeste-sudeste, sendo perpendiculares ao lineamento maior, por onde corre o rio Araguari cujas intersecções delineiam um mosaico de blocos tectônico e direcionam a drenagem fazendo com que ela coincida com as principais zonas de fraturas existentes nas rochas vulcânicas, propiciando o aparecimento de quedas d'água (CORSI, 2003). Outro elemento relacionado a fenômenos de subsuperfície e que são importantes na formação e morfologia das quedas d'água é a existência de soleiras que fazem a água ganharem mais velocidade ao se concentrar em um só ponto, aumentando seu trabalho erosivo. A existência de diferentes níveis de fraturamentos no basalto também potencializa a ação erosiva de diversos elementos, como água e raízes, facilitando o desalojamento e desagregação das rochas, tornando-as mais susceptíveis à atuação de outros processos de alteração física e/ou química. É importante mencionar a influência do potencial erosivo diferencial devido ao contato do basalto com o arenito e devido a descontinuidades observadas dentro do basalto, como é o caso da ocorrência de vesículas e/ou amígdalas. Todos estes condicionantes faz de Indianópolis um local propício à ocorrência de quedas d’água, sendo que no trabalho de Bento (2010) foram identificadas 20, a maioria com uma grande beleza cênica e potencial didático, científico e turístico. O Salto de Furnas está localizado no Ribeirão das Furnas (FIGURA 2) e é apenas uma das 20 quedas identificadas e mapeadas por Bento (2010), ele tem 40 m de queda, apresentando três litológicas ao longo do seu perfil: gnaisse, arenito e basalto (FIGURA 3). A partir da visitação dessa queda um professor de Geografia tem condições de abordar diversas temáticas com seus alunos, entre elas destacam-se as relacionadas aos aspectos físicos: Identificar, caracterizar e exemplificar os três tipos de rocha existentes: magmáticas (basalto), metamórficas (gnaisse) e sedimentar (arenito). Compreender parte da história geológica da Terra, entre o Pré-Cambriano (formação dos gnaisses) e a Cenozoica (Formação Nova Ponte – encontrada nos topos de chapada e possível de ser observada durante o percurso até às quedas). Identificar e analisar os fatores que levaram a formação desta queda, como falhas e fraturas, bem como ação dos diferentes tipos de intemperismo: físico, químico e biológico. 386 Todas estas temáticas aparecem no currículo escolar desde o Ensino Fundamental até o Superior, o que muda é apenas o grau de aprofundamento e de complexidade. Além disso, ao longo das trilhas ecológicas os alunos têm contato não só com o patrimônio natural abiótico como biótico também, o que permite uma interface do geoturismo com o ecoturismo, ampliando o entendimento dos aspectos bióticos e abióticos do local visitado. Içami Tiba (1998, p. 34) explica que ‘o professor, qual um bom cozinheiro, deve preparar a aula preocupando-se também com sua palatabilidade’, apresentando, portanto, aulas atraentes e atrativas. A palatabilidade das aulas é influenciada por fatores como: humor, clareza, utilidade e didática, temperos que tornam qualquer aula suculenta. Didática vem a ser a técnica de estimular, dirigir e encaminhar, no decurso da aprendizagem, a formação do homem (Aguayo apud Piletti, 1991, p. 43) e este estímulo à aprendizagem é reflexo, entre outros, das técnicas e mídias que os professores adotam ao ministrarem suas aulas. Visto sob esse prisma podemos eleger o geoturismo como um artifício pedagógico já que esse segmento turístico pode ser usado pelos professores com o intuito de levar seus alunos a apreciar, entender e se interar com uma paisagem natural, fato que não é possível fazer com toda a plenitude em sala de aula. Através do geoturismo, portanto, os professores ligados à Geografia têm oportunidade não só de enriquecer, ilustrar e complementar a teoria trabalhada em sala de aula, como são responsáveis pela realização de uma atividade de campo que é de suma importância para aproximar os alunos e também ‘[...] pode influir na modificação de atitude e formação da personalidade que mais tarde poderá servir para a vida social e profissional’ (Tomita, 1999, p. 14). Todas estas considerações puderam ser comprovadas com a realização de uma aula prática no Salto de Furnas por alunos que cursavam a disciplina de Geomorfologia, momento no qual os alunos relacionaram a teoria vista em sala com o local visitado, enriquecendo o conteúdo trabalho. Isso sem mencionar os outros benefícios advindos deste tipo de atividade, como as de cunho emocional e sentimental (FIGURA 4). Relevante mencionar que para que uma atividade como esta responda aos objetivos que se propõe (interdisciplinaridade, relacionar a teoria com a prática, diversificar as aulas, propiciar formação de uma consciência crítica e criadora nos alunos, entre outros), deve ser bem planejada. Segundo Pontuschka (2003 apud Beting, 2003), o sucesso desse tipo de trabalho depende primeiramente de seu planejamento em sala de aula, selecionando os temas, disciplinas e o local a ser visitado e depois de sua conclusão também em sala de aula, amarrando a teoria com a prática e vice-versa. 387 Essa relação teoria e prática no pós-campo, pode ser realizada através de relatórios, apresentações, teatros, debates etc. No caso da disciplina de Geomorfologia, o professor solicitou aos alunos que fizessem um relatório de campo, unindo as informações obtidas durante a atividade prática com o que foi visto em sala de aula, ilustrando com o que foi visto no Salto de Furnas. Conclusão O geoturismo é um segmento turístico recente que busca a visitação, divulgação e valorização do patrimônio abiótico da paisagem, como quedas d'água, cavernas, cursos d'água, afloramentos rochosos, falésias, entre muitos outros. O município de Indianópolis possui diversas quedas d'água que podem ser utilizadas pelo geoturismo, sendo locais onde é possível o entendimento da evolução geológica e geomorfológica da região do Triângulo Mineiro. Considerando que o geoturismo tem por objetivo não apenas a contemplação dos locais visitados, mas, principalmente, a sua interpretação e entendimento é possível estabelecer uma relação com o turismo didático. Isso significa que podemos concebê-lo como um recurso didático, haja vista que é capaz de complementar as aulas teóricas, motivar os alunos, instigar-lhes a atenção e interesse, bem como explorar e aprimorar diferentes habilidades, aprendendo em contato com uma realidade palpável e que está em constante transformação. Tal fato é de muito valor, pois o mais importante em todo o momento do processo educativo é que o professor tenha plena consciência de seu papel no processo ensino-aprendizagem, promovendo aulas mais prazerosas e eficazes, não ignorando a Teoria das Inteligências Múltiplas que suscita a necessidade constante de se estimular e respeitar as diferentes competências e habilidades dos seus alunos. Outro aspecto a se considerar é que de acordo com Paulo Freire (2000 apud Silva, 2002, p. 66), “não há contexto teórico se este não estiver em união dialética com o contexto concreto”, e, além disso, Compiniani ressalta que (1991 apud Silva, 2002, p. 65), “o campo representa tanto o local onde se extraem as informações para as elaborações teóricas, como o local onde tais teorias são testadas”. O interessante desse tipo de atividade, além do contato direto com o que é real, é que ele é uma atividade que permite a confluência de diversos saberes e disciplinas, traduzindo-se em uma atividade interdisciplinar e que, como tal, amplia a visão de mundo dos alunos, mostrando-os que o conhecimento deve ser visto como um sistema, onde todas as variáveis estão cruzadas e são dependentes umas das outras. 388 Perinotto (2008) reforça que atividades como esta são extremamente apreciadas pelos alunos, além de serem muito viáveis, pois o professor tem condições de atingir seus objetivos didáticos de forma lúdica. Depreendemos, por fim, que o Salto de Furnas apresenta grande beleza cênica e mais do que isso, representa uma página da evolução da Terra, devendo ser incorporado no planejamento dos professores de Geografia, oportunizando um momento de grande aprendizado e prazer aos alunos. Agradecimentos Agradecimentos ao CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pelo financiamento do projeto 401027/2010-4 e a CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pela bolsa de doutorado. Referências ARAÚJO, E. L. da S. (2005). ‘Geoturismo: conceptualização, implementação e exemplo de aplicação ao Vale do Rio Douro no Setor Porto-Pinhão’. 219 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Ambiente) – Escola de Ciências, Universidade do Minho, Minho. CORSI, A. C. (2003). ‘Compartimentação morfoestrutural da região do Triângulo Mineiro (MG): aplicado a exploração de recursos hídricos subterrâneos’. 253 f. Tese (Doutorado em Geociências) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. Disponível em: <http://www.athena.biblioteca.unesp.br>. [Mai. 2010]. IGA. (2010). Informações Sobre Os Municípios Mineiros. Disponível em:<http://www.iga.br>. [Ago. 2010]. 389 LEITE DO NASCIMENTO, M. A.; RUCHKYS, U. 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[Fev. 2010]. 391 Figuras Figura 1: Localização do município de Indianópolis/MG 392 Figura 2: Localização do Salto de Furnas - Indianópolis/MG 393 Figura 3: Perfil litoestratigráfico do Salto de Furnas - Indianópolis/MG 394 Figura 4: Mosaico de fotografias tiradas durante a atividade realizada com alunos da disciplina de Geomorfologia do curso de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia no Salto de Furnas – Indianópolis/MG 395