Classificação e estudo da herança da resistência de Colletotrichum

51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras chaves: melhoramento genético, mancha da gala, Malus x domestica
Dantas, ACM1; Vieira, EA1; Nodari, RO1; Katsurayama, Y2; Boneti, JI2
Laboratório de Fisiologia do Desenvolvimento e Genética Vegetal, Depto de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias, Universidade
Federal de Santa Catarina; 2Laboratório de Fitopatologia, Epagri-Estação Experimental de São Joaquim, SC.
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Classificação e estudo da herança
da resistência de Colletotrichum
gloeosporioides, agente causador
da Mancha da Gala em macieira
A Mancha da Gala, cujo agente é o Colletotrichum gloeosporioides (Penzing), é uma molestia que causa
grandes prejuízos nas regiões produtoras do Sul do Brasil, sendo uma das mais importantes doenças da
macieira atualmente. Entretanto, ainda não existem estudos conclusivos a respeito da forma da herança
da resistência à moléstia, o que poderia auxiliar os programas de melhoramento genético da cultura
que objetivam a seleção de constituições genéticas resistentes ao patógeno. O presente trabalho teve
por objetivo avaliar trinta cultivares de macieira quanto a sua reação de resistência/susceptibilidade ao
fungo C. gloeosporioides e determinar a herança da herança da resistência ao patógeno em cruzamentos
artificiais envolvendo tais cultivares. Ramos apresentando de sete a nove folhas de cada uma das trinta
cultivares foram inoculados com o isolado SJ197. No ano de 2000 e 2001, 20 populações foram geradas
e avaliadas quanto à resistência/suscetibilidade a moléstia. No total foram avaliados 2.342 seedlings F1.
As progênies F1 de cada cruzamento foram mantidas em estufas na temperatura entre 23-25°C e foram
inoculadas com o mesmo isolado. Após inoculação, as plantas e os ramos foram mantidos em câmara
úmida a 24 ± 1°C e 98-100% UR. Decorridas 96 horas da inoculação foi realizada a avaliação, onde
uma planta foi considerada suscetível quando as folhas apresentavam lesões típicas de C. gloeosporoides. Os
dados coletados nas progênies foram utilizados para testar as hipóteses segregacionais de 1:1, 5:3; 3:1,
usando análise do teste χ2. Dentre todos os genótipos inoculados com o isolado SJ197, 14 evidenciaram
resistência e 15 suscetibilidade. Nas progênies analisadas, um total de 891 seedlings evidenciaram
susceptibilidade e 1451 resistência. Em três cruzamentos (R X S) a segregação de 5:3 (R:S) foi aceita,
Gala x Fuji (χ2=0.01, p=0.90), P12 x Gala (χ2=1.6, p=0.21) e P23 x Gala (χ2=0.26, p=0.61). Em oito
cruzamentos (R X S ou S X R), a segregação de 1R:1S foi aceita.Em outro cruzamento, entre Kogetsu x
Catarina (S X R) foi aceita a hipótese 3R:1S (χ2=2.9, 0.05 –0.10). Entretanto, em cruzamento Kogetsu
x Joaquina (S X S) foi observada segregação 1R:3S (χ2=2.3, p=010-0.20), onde excesso de plantas
suscetíveis foi observado. Em seis cruzamentos envolvendo genótipos resistentes, todos os indivíduos da
progênie foram considerados resistentes. Tal cenário permitiu o estabelecimento da hipótese da resistência
a C. gloeosporoides nos cultivares de macieira estudados funcionar segundo o sistema do gene a gene de
Flor, e ser determinada por três genes que segregam de forma independentemente, sendo em um loco
determinado por um gene dominante (C) e nos outros dois (g e p) por genes recessivos.
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