RELATÓRIOS DE VIVÊNCIAS VER SUS FOZ DO RIO ITAJAÍ Ana Júlia Teixeira1 Adrielly Marconato Durante2 Jessica Oliveira de Almeida3 Luis Felipe Stella Santos4 Nizar Amin Shihadeh5 William Correa dos Santos6 RELATÓRIO DE VIVÊNCIA – DIA 1 PAI – Posto de Atendimento Infantil A vivência ocorreu no dia 14 de julho de 2015 em Balneário Camboriú, no período matutino, o grupo composto por seis integrante, sendo cinco viventes e um facilitador. A visita foi orientada por uma técnica de enfermagem concursada que se prontificou a mostrar ao grupo a estrutura física da unidade. A mesma relata que a demanda trazida pelos serviços CREAS, CRAS, conselho tutelar, e escolas cuidando de crianças que tem traumas e sequelas comportamentais especificas de algum tipo de violência, como por exemplo bullying e violência sexual visando a eliminação de sintomas, como ansiedade e depressão. Além do atendimento psicológico, é ofertado para as crianças intervenções cirúrgicas, distribuição de fraldas para crianças com deficiência, e leite para crianças com intolerâncias. Acadêmica em odontologia - UNIVALI Acadêmica em psicologia - UNIVALI 3 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 4 Acadêmico em medicina - UNIPLAC 5 Acadêmico em assistência Social – UNIPAMPA 6 Acadêmico em fisioterapia - UNIVALI 1 2 Cabine de exame audiométrico é a única disponível em todo o município, portanto atende a demanda de várias regiões e de diferentes faixas etárias. Na visita observou-se as condições precárias em alguns pontos da estrutura, como a pintura, o toldo da entrada e forro da sala de espera. Podese constatar que há uma grande quantidade de materiais quebrados ocupando espaços como uma dispensa que devido a burocracia que impede de a reciclagem e a manutenção atrasada. Sugerimos que haja uma movimentação por parte da equipe, adotando novas medidas como, por exemplo, incitando a participação popular através do COMUSA. No que tange a evasão de pacientes que aguardavam na fila de espera, para algum exame, pensamos que haja uma maior investigação, afim de para esclarecer quais fatores podem estar associados a este fato e no que se refere ao acompanhamento do quadro clínico dos pacientes, sugerimos uma melhora na relação entre a equipe e o usuário. CAPS AD – Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas No período vespertino, o grupo se encaminhou para o CAPS AD, fomos recebidos pela coordenadora da instituição, que no primeiro momento nos apresentou a estrutura e os profissionais que estavam trabalhando, posteriormente fomos convidados a nos dirigir a sala de trabalhos para uma apresentação mais detalhada em slides da estrutura e das atividades desenvolvidas, todavia o grupo achou um pouco confusa a explanação, não conseguindo assimilar o que era apresentado com relação ao serviço prestado, bem como é organizado o processo de trabalho. O grupo acredita que a coordenadora do CAPS AD explanou insuficientemente, demonstrando relativa falta de conhecimento, acerca dos grupos terapêuticos e suas respectivas funções ali desenvolvidos. Sugerindo uma revisão da função do CAPS AD e do projeto terapêutico singular, pois este não se limita ao cumprimento de tarefas predeterminadas (agendamento de grupos), mas sim de uma construção do cuidado com usuário visando a atenção a suas necessidades: sociais, econômicas e de habilidades interpessoais. Além disso, o contrato do usuário com o serviço não foi construído com ele e nem para ele. Foram construídas pela equipe um conjunto de regras de funcionamento que os impedem, por exemplo, de fumar na área externa do CAPS, sair do ambiente enquanto estiver ocorrendo o grupo, e etc. O usuário é avaliado pelo profissional e é decidido o que será feito com ele, o que caracteriza uma institucionalização da atenção, uma vez que o sujeito não tem voz no serviço ofertado. Fatos que podem estar associados a alta evasão nos grupos relatada pela coordenadora, como algo de responsabilidade exclusiva do usuário pelo seu quadro de dependência da substancia psicoativa. Em relação a estrutura física foi visível os espaços reduzidos para práticas em grupo, bem como ausência de um espaço de convivência para os usuários, sendo que para os profissionais há uma sala ampla e equipada para um grande número de pessoas, que poderia ter sido espelhada para o desenvolvimento de atividades entre os usuário. Em estética o ambiente se assemelha a uma Unidade Básica de Saúde, inclusive com vários consultórios para atendimento individual, que vai de contra a proposta do Ministério da Saúde para esse serviço. Outro ponto negativo observado é a fragilidade da rede de atenção que não dispõe das vagas nos hospitais gerais, o que faz os usuários serem encaminhados para o IPQ ou comunidades terapêuticas quando necessitam de um atendimento noturno, desintoxicação ou mesmo em casos de surto. O CAPS não faz o matriciamento. Um ponto positivo observado no serviço é o grupo de convivência na praia, se encontram nesse local os usuário com dificuldade de inserção social com o psicólogo que coordena o grupo para tomar chimarrão e conversar. Além, da técnica de enfermagem que demonstrou domínio sobre suas atividades e comprometimento com o usuário e suas necessidades. RELATÓRIO DO DIA DE VIVÊNCIA - DIA 2 Acadêmica em odontologia - UNIVALI Acadêmica em psicologia - UNIVALI 3 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 4 Acadêmico em medicina - UNIPLAC 5 Acadêmico em assistência Social – UNIPAMPA 6 Acadêmico em fisioterapia - UNIVALI 1 2 UBS - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ITACOLOMI A vivência ocorreu no dia 15 de julho de 2015 no período matutino, em Balneário Piçarras, com o intuito de obtermos novas experiências. Nos dirigirmos a Unidade Básica de Saúde do Bairro Itacolomi, e fomos recepcionados pela enfermeira responsável pela Unidade e a enfermeira residência multiprofissional, as quais nos mostraram o espaço físico do estabelecimento. Sentimo-nos bastante acolhidos no ambiente e em que foi possível estabelecer um diálogo com os profissionais ali presentes, os quais nos ajudaram a compreender a dinâmica de funcionamento dali. Posteriormente, saímos para caminhar pelo bairro a fim de conhecê-lo e poder aferir a real situação do mesmo. Notamos imensa discrepância no que tange a condição econômica entre as famílias que compõem a área de abrangência da UBS e consideramos válida a atividade, além da precariedade de acesso da região de maior vulnerabilidade. Acreditamos que o serviço é bastante organizado, muito embora ainda sofra com a carência de maiores recursos e atenção por parte dos governantes. O local é bastante funcional e oferece, na medida do possível, grande eficiência aos usuários. Muito embora haja grande interesse por parte dos profissionais em realizar um bom trabalho, é consenso comum no grupo a ideia de que o acesso ao serviço é bastante deficitária e que esta deveria ser melhorada. Nos últimos meses tem ocorrido uma movimentação da população a fim de se envolverem com as necessidades da comunidade, criando portanto uma associação de moradores. Em conjunto com a unidade, fomenta-se a criação do conselho local de saúde, objetivando a melhoria dos determinantes sociais e de saúde no local. Fizemos em seguida uma visita domiciliar à uma paciente tetraplégica assistida pela unidade. Observou-se que a situação precária a qual a paciente está exposta , pois, a mesma encontra-se restrita ao leito com um respirador automático e sem condições de mobilidade o grupo sentiu um mal-estar com o ocorrido pelo fato da mesma não ter condições de mobilidade como uma cadeira de rodas ou mesmo uma rua em condições de transito, ou seja, acessível para locomoção de cadeirantes. Sugere-se que a unidade básica discuta com a equipe a reavaliação do caso da paciente para promover a saúde da mesma em outros aspectos que não só a manutenção de sua vida, como melhorar sua reinserção na sociedade e autonomia e assim deslocar os recursos utilizados para casos mais graves. Fazendo uma análise minuciosa da situação da paciente, pode-se pensar por exemplo, a sua situação respiratória que se trabalhada com técnicas de reeducação respiratória para tirá-la do respirador e disponibilizá-lo para a unidade pois, uma vez que no hospital não era necessário o aparelho durante todo o dia, fato que agora esta ocorrendo pela falta de médicos para visita-la diariamente. Sabe-se que a manutenção de respiração mecânica diminui força muscular respiratória piorando o caso da paciente, além disso, com a acesso da paciente ao serviços e não os profissionais irem ate sua residência, poderá aumentar a interação social da paciente que fica o dia inteiro sobre os cuidados da mãe. CRAS - Centro de Referência em Assistência Social No período vespertino tivemos contato com o CRAS que atende toda a comunidade de Balneário Piçarras. A visita iniciou-se com uma explicação sobre o VER-SUS e a apresentação dos viventes. A estrutura física era recente e o ambiente, limpo. O local atende muitas famílias, todavia há ainda grandes dificuldades no acesso ao ambiente devido a falta de transporte público. O CRAS realiza acompanhamentos familiares aos níveis de baixa e média complexidades. A maior demanda ainda é a cesta básica, devido ao fato de as pessoas aguardarem um benefício de forma constante. O município não possui estruturas para a alta complexidade. Sua equipe conta com assistente social e psicólogo, dentre outros profissionais. As demandas de defasagem de 1 Acadêmica em odontologia - UNIVALI 2 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 3 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 4 Acadêmico em medicina - UNIPLAC 5 Acadêmico em assistência Social – UNIPAMPA 6 Acadêmico em fisioterapia - UNIVALI aprendizado são supridas por psicopedagogos e os integrantes das famílias de risco. Houve discussões sobre políticas públicas e assistencialistas. O grupo como um todo considerou que o local possui boa estrutura, bons padrões de higiene e boa organização. No entanto, acreditamos que ainda há muito a avançar no que se refere a forma com que a gestão municipal valoriza o local e os profissionais que ali trabalham. Sugerimos que os profissionais mantenham-se motivados em seu ambiente de trabalho, de forma a buscar novos investimentos públicos e envolvimento dos círculos familiares dos usuários para solucionar problemas conjuntamente aos governantes. A exemplo da atenção que está sendo ofertada paralisa-se na distribuição de benefícios, e não superando o nível assistencial, ofertando por exemplo, um trabalho com a comunidade para que consigam ter acesso a escolas de qualidade, universidade, ou mesmo empregos que supram as suas necessidades para que com isso sejam capazes de exercerem o seu papel de cidadão. RELATÓRIO DO DIA DE VIVÊNCIA - DIA 3 CAPS I – Centro de Atenção Psicossocial I Na manhã do dia 16 de julho o grupo realizou uma visita ao CAPS I, localizado na cidade de Balneário Piçarras. O local conta com a prestação de serviços dos seguintes profissionais: um médico psiquiátrica, dois psicólogos residentes, um educador físico residente, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem. Fomos recebidos pela psicóloga da unidade, a mesma nos mostrou toda a estrutura do CAPS, posteriormente conduziu os viventes até a sala de Arte Terapia para uma conversa sobre as características da unidade. O CAPS não atende apenas o município de Balneário Piçarras, os usuários de Luís Alves também compõem a população beneficiada, pois na época da sua implementação o município não tinha número populacional suficiente, apesar de ter uma demanda crescente para o serviço hoje ofertado. O grupo sentiu que o ambiente é aconchegante e agradável, fato coerente com a proposta de um centro de atenção psicossocial que visa ser acolhedor para seus usuários. Pode-se notar que a psicóloga é bem engajada nas atividades propostas no serviço, fato que certamente contribui para a adesão dos usuários nas atividades propostas e relatadas pela profissional, observado também pela quantidade e qualidade dos artesanatos disponíveis. Outro ponto positivo observado na dinâmica dos atendimentos relatadas são as atividades de socialização como idas ao cinema e festas, além de vendas e exposições de materiais. Um ponto a ser melhorado e que foi investigado durante o encontro com a referida profissional, é a necessidade do CAPS trabalhar articulado com os demais serviços da rede para viabilizar um atendimento integral as demandas de saúde dos usuários. A profissional relata que tem sido difícil o matriciamento entre os serviços e evidencia a necessidade de descentralização, pois os usuários não tem boa aceitação nos demais serviços que compõe a rede, a exemplo do EJA, bem como sofrem preconceito por serem usuários de um serviço de saúde mental. COMUNIDADE TERAPÊUTICA SÍTIO CAMINHO NOVO No período vespertino fizemos uma visita na comunidade terapêutica, que acolhe pessoas dependentes químicos, o local visa a recuperação e 1 Acadêmica em odontologia - UNIVALI 2 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 3 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 4 Acadêmico em medicina - UNIPLAC 5 Acadêmico em assistência Social – UNIPAMPA 6 Acadêmico em fisioterapia - UNIVALI reinserção social e familiar dos mesmos no entanto, os usuários são privados de liberdade durante nove meses, permitida a entrada de familiares e saída dos mesmos desacompanhados e retornar após três meses de permanência na casa, o acolhido como é denominado na instituição pode receber alta do tratamento após seis a nove meses na casa pode ainda ficar por mais tempo e vir a ser colaborador voluntário no sitio. Fomos apresentados aos funcionários da instituição, assim como foi nos apresentado as diretrizes da instituição. O Coordenador apresentou a equipe constituída por um psicólogo, um pastor, o presidente do sitio e sua esposa que cuida das questões administrativas e é contratada para essas atividades, um agente para questões relacionadas a abstinência das drogas também contratado remunerado e três voluntários acolhidos em recuperação e colaboradores no sitio. O público atendido pela instituição é constituído por homens acima de quinze anos, porem mesmo que a instituição não acolha menores atualmente atende dois jovens adolescentes um de quatorze anos e outro de dezessete anos. Conforme o presidente o fato de não receberem menores é porque esse público não adere ao tratamento por estar em uma fase de “rebeldia” e acabam evadindo-se do local. Ainda sobre os menores, o presidente relatou que a indicação em alguns casos desses adolescente neste caso infratores a instituição se dava relacionado a medidas socioeducativas, chegando até ao sitio para outras finalidades que não relacionadas ao da instituição. Segundo o coordenador, o Sítio caminho novo, atende atualmente vinte e cinto acolhidos, de regiões, estados e idades diferenciadas e se dedicam as atividades relacionadas a praticas manuais como horta, cuidados com a limpeza do local, criação de animais, aulas de aprendizagem fora da escola, padaria, confeitaria, música e cultos cristãos. A comunidade possui um terreno amplo com horta, área de campo, uma academia de musculação improvisada e com equipamentos precários, um prédio de alojamento, refeitório, capela, área administrativa e sala de aula com biblioteca. Há ainda outros locais em reforma, como por exemplo para a sala de informática e outro salão para atividades gerais. Durante a visita, pode-se observar que mesmo com um quantidade de projetos sociais que a comunidade esta inserida, como o projeto Olhar de Perto, direcionado para educação sobre a temática de álcool e drogas para escolares da região, o coordenador relata que falta recursos para a estrutura que esta em construção e ampliação do prédio. O tratamento fornecido na comunidade, segundo o coordenador que nos recebeu, se dá através do acolhimento do sujeito, e já de imediato o contato com a família, e a imersão na comunidade e nas atividades laborais e recreativas. Porém, o relato de um dos usuário é que eles não têm acesso aos momentos de lazer e refere que aquele espaço é “uma cadeia arrumadinha” (sic). Ademais, a CT tem dois adolescentes sendo que um deles tem uma hora de aula de matemática com um professor que vai até o local. O coordenador explica que são repassados pelo Programa Reviver e pelo Crack é Possível Vencer do SENAD o valor mensal de R$ 1500,00 para os adolescente e R$ 1000,00 para os adultos serem internados no local. Refere que não precisam prestar conta de como este dinheiro é gasto. Recebem ajuda da famílias e dos empresários para o funcionamento do local. Ademais, o município disponibiliza toda a medicação que é ofertada para as pessoas internadas. Os usuários internos na CT são submetidos a uma série de regras que incluem a obrigatoriedade de oração na capela nos horários rígidos acordam as seis e meia da manhã para ir ao culto evangélico, impostos pelo fundador e demais “monitores” que organizam a instituição. Ademais, os usuários seguem uma rotina de trabalhos de construção, limpeza, horta e produção dos alimentos, com 40 minutos de descanso após o almoço que é concedido como um direito, segundo o mentor. A grande quantidade de regras relatadas pelo fundador (tranca as portas do quarto quando os internos vão dormir) bem como as várias placas distribuídas pelo sítio: nos quartos sobre horário de dormir, acordar, arrumar cama e armários dão a impressão de um ambiente que visa a institucionalização do sujeito, e não da promoção da sua autonomia, construção de sentidos, emancipação e de sua responsabilização e 1 Acadêmica em odontologia - UNIVALI 2 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 3 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 4 Acadêmico em medicina - UNIPLAC 5 Acadêmico em assistência Social – UNIPAMPA 6 Acadêmico em fisioterapia - UNIVALI participação no processo de cuidado. Além disso, o relato do coordenador sobre a necessidade de cobrança para que os internos trabalhem é um ponto que deve ser considerado, uma vez que os internos precisariam ter acesso a atividades que visassem sua reformulação sobre a necessidade do trabalho e não apenas como algo penoso como vem sendo posto, bem como deveria ser ofertado aos internos cursos e formações a partir dos seus interesses pessoais para proporcionar o desenvolvimento humano. Reflexão dos dias de formação no Ver-SUS Durante os dias de formação teórica, foi interessante o processo de conhecimento do que cada vivente tinha para compartilhar com o grande grupo. Os conteúdos sobre a educação em saúde com o método do Paulo Freire, a história do SUS e de como é construída a rede de serviços, foi composto por todos os viventes de forma bastante espontânea e criativa. O método de compartilhamento dos diferentes temas acontecia por escolha do grupo, isso favoreceu que ao longo de cada um dos sete dias nós tivéssemos acesso não as informações textuais históricas apenas, mas, principalmente a experiência dos estudantes com a realidade praticada nos diferentes contextos. Assim como foi possível contribuir com a programação que os organizadores previam para cada ocasião. A experiência de campo foi vivida de uma forma bastante intensa, pois conhecemos serviços bem estruturados, e outros que não poderiam funcionar nas condições em que se encontram. Isso mobilizou sentimentos de frustração, ansiedade, e, porque não dizer, revolta. Sentimentos esses que também foram compartilhados de diferentes formas, não apenas no espaço formal de reunião para devolutiva, como também gerou debates nos intervalos e momentos de lazer – o que caracteriza a importância da vivência – que não se limitou ao campo teórico-prático, como também mobilizou política e afetivamente os estudantes. Foi bastante enriquecedor conviver com os diferentes estudantes que vinham trajetórias acadêmicas bastante diversificadas, bem como com os diferentes serviços, pois potencializou o olhar para o mesmo fenômeno com diferentes perspectivas o que proporcionava aos viventes o maior de todos os desafios da humanidade e do SUS: o encontro com a multiplicidade de saberes de forma respeitosa e de complementaridade com a expertise do outro. Dessa forma, eu saí do ver-sus com o objetivo que almejava: deixar reflexões e trazer construções realizadas em conjunto e individualmente para a desconstrução das barreiras que impendem o desenvolvimento humano. 1 Acadêmica em odontologia - UNIVALI 2 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 3 Acadêmica em psicologia - UNIVALI 4 Acadêmico em medicina - UNIPLAC 5 Acadêmico em assistência Social – UNIPAMPA 6 Acadêmico em fisioterapia - UNIVALI Todo o conhecimento partilhado dará novas formas de pensar e fazer saúde a mim e aos demais estudantes no campo pessoal e profissional.