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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
Casa Mortuária
Junta de Freguesia de Vila Verde
(Rua da Calçada; Largo Nossa Srª da Graça - Vila Verde)
Refere-se a presente memória descritiva, ao projeto de arquitetura de Construção de
Edifício destinado a Casa Mortuária, sito na Rua da Calçada – Largo Nossa Srª da Graça, lugar
de Vila Verde, freguesia de Vila Verde, concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra.
Este local encontra-se inserido, junto do “complexo paroquial” da Igreja Paroquial Nossa Srª
da Graça, da freguesia de Vila Verde.
A localização deste terreno para a construção do edifício da Casa Mortuária, será a mais
indicada, já que se encontra junto a acessos principais (N111-2), e muito próximo da
autoestrada A14, que facilmente permitem a chegada de acompanhantes e pessoas que
pretendem prestar uma última “homenagem” à pessoa falecida, assim como a sua rápida saída,
não havendo portanto situações de congestionamento, e dificuldade de circulação.
Por outro lado a proximidade com a Igreja Paroquial Nossa Srª da Graça, em Vila Verde, e
com o Cemitério de Vila Verde, trará não só melhores condições de acessibilidade como de
segurança e funcionalidade.
Foi pensado um edifício que, possui acesso independente do Cemitério e da Igreja, e que
comporta todas as valências funcionais que um espaço com estas características exige.
O novo edifício vai implantar-se sensivelmente à cota do Largo Nossa Srª da Graça, e será
por este largo que dá diretamente para a Rua da Calçada, que se fará o acesso ao edifício da
Casa Mortuária.
O projeto, contempla um átrio de entrada ao ar livre (coberto), onde existe um muro de
separação, funcionando como uma antecâmara, que pretende efetuar a transição do espaço
exterior (Largo Nossa Srª da Graça) para o interior, trazendo essencialmente características
mais “intimistas” que um edifício com estas valências deverá possuir, ficando resguardado quer
visualmente, quer acusticamente.
Já no interior do edifício, podemos verificar que o mesmo contempla ainda, um hall / átrio
interior, que funciona também como antecâmara, para as capelas mortuárias, e que permite que
se possa ai estar, num espaço interior resguardado das condições climatéricas, e evitando por
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outro lado que surjam, grandes concentrações de pessoas no exterior do edifício. Existe
ainda uma sala de apoio aos serviços fúnebres, equipamentos sanitários, um pequeno jardim
interior descoberto, onde se pretende plantar uma pequena oliveira (sinal de força e vida,
tranquilidade e calma), e duas capelas mortuárias conforme fora já referido, podendo as
mesmas serem transformadas numa só.
A sua organização espacial decorre da separação das três funções fundamentais que o
compõem e que correspondem a três níveis distintos de privacidade: átrio exterior e interior
para receção dos utilizadores, capelas mortuárias e a sala de apoio às cerimónias fúnebres.
A cada um deles corresponde um nível distinto de iluminação natural, fator
universalmente considerado como imprescindível para a clara definição dos espaços. Neste
caso específico, é a luz que potencia a expressão dos espaços e os hierarquiza.
O átrio interior e a sala de apoio às cerimónias fúnebres, são espaços marcados pelos
amplos vãos de iluminação, que os relacionam diretamente com o exterior e com o pequeno
jardim interior, mantendo sempre uma relação intimista e privada do espaço interior/exterior.
Tal como noutras situações mais eruditas, também aqui se pretendeu assumir o primado
da geometria na definição dos espaços e das suas proporções.
Como fora já referido, o futuro edifício situado nas imediações da Igreja Paroquial Nossa
Srª da Graça, e próximo do Cemitério, assim como do centro da povoação, permitirá ainda que
este “complexo” religioso desta freguesia, se torne num sistema urbano mais eficiente e mais
adequado às necessidades de mobilidade e conforto da população.
Com um só piso e desenho retangular simples, o objetivo é criar um enquadramento
urbano com uma imagem discreta fazendo da futura Casa Mortuária um espaço funcional,
minimizando os custos de construção e manutenção.
Pretende-se que este edifico, faça o enquadramento de todo este “complexo” religioso, e
que por outro lado não retire ou assuma o protagonismo que a Igreja Paroquial Nossa Srª da
Graça possuí.
O edifício da Casa Mortuária, irá funcionar também como elemento de separação entre
algumas construções existentes naquele local, que não possuem qualquer tipo de valor
arquitetónico, estando mesmo descontextualizadas na paisagem.
Este projeto pretende conciliar dignidade com sobriedade, sendo o edifício, na sua
expressão global, uma caixa quadrada assinalada por um vazio (pátio interior descoberto), onde
a luz exterior ajuda a equilibrar o luto interior.
A zona exterior envolvente será também alvo de uma intervenção de reabilitação,
nomeadamente no que concerne a melhoria das condições de iluminação e de drenagem de
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águas residuais, a repavimentação em calçada portuguesa, ou material semelhante e arranjo
urbanístico do logradouro.
As autarquias locais, e neste caso particular, a Junta de Freguesia de Vila Verde, é um
dos principais agentes que têm o dever de promover as medidas necessárias, para a satisfação
dos seus fregueses, apresentando soluções de sustentabilidade e bem-estar destes, e da
população em geral. A construção deste edifício vai de encontro a essa satisfação e
necessidade da população da freguesia de Vila Verde.
Solução Arquitetónica / Distribuição e Organização Funcional
A solução arquitetónica adotada resume-se formalmente à conjugação de linguagem
contemporânea, com uma arquitetura mais simples e limpa, verificando-se uma marcação dos
vãos bem definida, com alguns elementos decorativos, materiais de revestimento e solução
cromática adequada, conjugando-se a cor branco, com a cor cinza e ainda o castanho de
alguns elementos em madeira, ou material semelhante que se pretende aplicar, aplicando a cor
cinza escuro nas caixilharias, e sistemas de ensombramento.
A construção será composta apenas por um piso de R/Chão, destinado a Casa Mortuária.
O edifício ficará composto por: átrio exterior, átrio/hall interior, sala de apoio aos serviços
fúnebres, duas capelas mortuárias, e instalações sanitárias femininas e masculinas, e jardim
interior descoberto.
A compartimentação foi definida por forma a satisfazer as exigências regulamentares, no
que diz respeito às áreas mínimas dos diversos compartimentos e áreas de iluminação natural,
assim como as necessidades da requerente.
Os ressaltos existentes no piso não possuem uma altura superior a 0,02 m, sendo boleados
ou chanfrados com uma inclinação não superior a 50%, estando o percurso acessível em
conformidade com o descrito na secção 4.1, 4.3, 4.4, 4.6, 4.7, 4.8 e 4.9 do Capítulo 4.
Todos os espaços interiores da Casa Mortuária, foram projetados de forma a serem
acessíveis a pessoas com mobilidade condicionada, estando garantida a acessibilidade a todos
os espaços mencionados no ponto II.
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Características da Construção
- Área de Implantação: 153,85 m2
- Área total de construção: 153,85 m2
- Superfície total de Pavimento: 153,85 m2
- Cércea: 4,50 m
- Número de pisos abaixo da cota de soleira: 0
- Número de pisos acima da cota de soleira: 1
Estimativa do Custo da Obra
O custo total da obra estima-se no valor de 76 925,00 € (Setenta e Seis Mil, Novecentos e Vinte e
Cinco Mil Euros).
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