Novas Oportunidades para a Astronomia Brasileira Uma das Diretrizes de Ação do Plano Diretor 2006-2010 do LNA obriga a instituição a “investir no desenvolvimento contínuo da infra-estrutura observacional dos observatórios sob responsabilidade do LNA, mantendo-os atraentes para os usuários”. Com o intuito de avaliar as reais necessidades de infra-estrura observacional sob responsabilidade do LNA, foi criado uma Comissão Técnica, composta por especialistas Citado do Relatório Final da do LNA e de membros da comunidade dos usuários dos Comissão de Avaliação da Infraobservatórios do LNA. O relatório final da Comissão Estrutura Observacional do LNA: (disponível na home-page do LNA: No momento não há nenhuma http://www.lna.br/lna/relatorios/apres-relatorio.html) expressa a perspectiva concreta de entrada do preocupação dos seus membros de que, em breve, as País em novos projetos de infracapacidades observacionais disponíveis para a comunidade estrutura básica. Isso leva a concluir que, em um horizonte de nacional não serão mais suficientes para satisfazer a demanda curto a médio prazo (até 5 anos), crescente. Os quadros ao lado contêm dois trechos do relatório estaremos com os recursos observacionais disponíveis da Comissão. completamente saturados Motivado pela recomendação da Comissão, o LNA iniciou uma busca para novas oportunidades de acesso a infra-estrutura para astronomia óptica/infravermelha em curto e médio prazo. Em paralelo, o LNA sondou, junto ao MCT, as chances do obter financiamento para o aproveitamento das oportunidades e recebeu sinais encorajadores. Conforme a sua missão que determina que o LNA coopere com a comunidade no desenvolvimento da astronomia observacional no País, e na ausência de um mecanismo mais bem definido para chegar a um consenso sobre novos recursos observacionais, apresentamos aqui as oportunidades identificadas e solicitamos que os membros da comunidade as comentem e/ou manifestem suas prioridades. Recomendação da Comissão de Avaliação da Infra-Estrutura Observacional do LNA: Estudo amplo sobre novas facilidades e/ou oportunidades de participação em telescópios que permitam aumentar as possibilidades de observação na região óptica/NIR. Entre as possibilidades a serem pesquisadas está o aumento da participação brasileira nos projetos atuais. É importante saber que em praticamente todos os casos os detalhes das condições técnicas, financeiras e operacionais de um acordo com eventuais parceiros em novos projetos ou participações em observatórios existentes estão em aberto. Portanto não é possível expor aqui detalhadamente todos os possíveis cenários e algumas das informações dadas abaixo ainda necessitam de confirmação. Preferimos apresentar as oportunidades de forma sucinta, deixando a avaliação dos pontos fortes e fracos ao leitor para não direcioná-lo. Ressaltamos que o presente levantamento de opiniões não apresenta uma “votação”. Existem muitos parâmetros que irão influenciar uma decisão sobre novas oportunidades (negociações com os parceiros, concordância do MCT, disponibilidade de recursos financeiros, etc.). A opinião e as preferências da comunidade não serão os únicos, mas certamente irão figurar entre os critérios com mais peso. Portanto, sua opinião é importante para o LNA! Observatório Gemini O Observatório: O Gemini consiste em dois telescópios de 8,2m de abertura localizados no Mauna Kea, Havaí, e Cerro Pachon, Chile, como é bem conhecido na comunidade astronômica brasileira. Trata-se de uma colaboração de sete países, entre eles o Brasil que atualmente mantém uma parcela de 2,5% no observatório. Para maiores informações sobre o Gemini, veja http://www.gemini.edu/. Instrumentação: Atualmente o Gemini oferece os seguintes instrumentos periféricos: NIRI: Imageador e espectrógrafo de baixa resolução no Infravermelho próximo (Gemini Norte) NIFS: Espectrógrafo de campo integral o infravermelho próximo (Gemini Norte) Altair: Sistema de óptica adaptativa, oferecido para imagemaneto e espectroscopia com NIRI e NIFS (Gemini Norte) Michelle: Imageador e espectrógrafo infravermelho médio (Gemini Norte) no GMOS: Imageador e espectrógrafo no óptico (Gemini Norte e Sul) Phoenix: Espectrógrafo de alta resolução no infravermelho próximo (Gemini Sul) T-ReCS: Imageador e espectrógrafo no infravermelho médio (Gemini Sul) O Gemini ainda oferece acesso a instrumentos nos telescópios Keck e Subaru dentro de um acordo de intercâmbio com esses observatórios. Tipo da oportunidade: Aumento de tempo de telescópio no Gemini. Situação: Devido a situação financeira do Science and Technology Facility Counsil do Reino Unido, responsável pela participação do Reino Unido no Gemini, uma parte do seu tempo de telescópio está disponível para outros parceiros. O Brasil poderá adquirir mais tempo e portanto aumentar o seu acesso aos telescópios do Gemini. Implicações financeiras: A aquisição de tempo adicional irá custar em torno de US$ 750.000 por ano para cada 10% de aumento do tempo brasileiro atual. Prazos: O aumento de acesso aos telescópios do Gemini poderá entrar em vigor a partir do semestre 2009A e poderá vigorar até o final do presente acordo sobre o Gemini no final de 2012. Discovery Channel Telescope O Observatório: O Discovery Channel Telescope – DCT é um telescópio com 4,2m de abertura, em construção pelo Lowell Observatory em um local próximo a Flagstaff, Arizona, EUA. Para maiores detalhes, veja: http://www.lowell.edu/dct/index.php Instrumentação: Atualmente estão previstos os seguintes instrumentos periféricos para o DCT: Espectrógrafo óptico de fenda longa e resolução intermediária (instrumento já existente e atualmente usado em outro telescópio do Lowell Observatory). Espectrógrafo de baixo resolução no infravermelho próximo para espectroscopia de objetos fracos. Câmara óptica de campo largo, cobrindo 12'x12' em um único CCD. Espectrógrafo échelle de alta resolução com dois canais (vermelho e azul), semelhante espectrógrafo STELES previsto para o Telescópio SOAR. Tipo da oportunidade: Participação no telescópio Situação: Com a intenção de garantir o financiamento do DCT, o Lowell Observatory procura instituições e comunidades interessados em formar um consórcio semelhante ao SOAR e está aberto para aceitar o Brasil como parceiro. Implicações financeiras: Os custos de construção do DCT estão estimados em cerca de US$ 40 milhões. Esperam-se custos operacionais em torno de US$ 1,7 milhões ao ano. Os custos para o Brasil seriam proporcional a participação brasileira no projeto. Prazos: O Brasil poderá entrar em uma parceria com o Lowell Observatory imediatamente. PA primeira luz para o DCT é prevista para o ano 2011. Canada France Hawaii Telescope O observatório: O Canada France Hawaii Telescópio – CFHT é um instrumento de 3,6m de abertura no Mauna Kea, Havaí, operacional desde 1979. Trata-se de uma colaboração entre o National Research Council (Canadá), Centre Nacional de la Recherche Cientifique (França) e a Universidade de Havaí. Para maiores informações, veja http://www.cfht.hawaii.edu/ Instrumentação: O CFHT oferece seguintes instrumentos periféricos: os MegaCam: Câmara para imageamento óptico com campo de visão de 1Ox1O amostrado em 0,18”/pixel. WIRCam: Câmara para imageamento infravermelho próixmo (bandas JHK') com campo de visão de 20'x20' com resolução de 0,3”/pixel. ESPaDOnS: Espectropolarímetro com resolução de ~70.000 e sensitividade polarimétrico de 1%. Multi-Object Spectrograph com campo de visão de 10'. (O instrumento não é mais utilizado mas pode ser reativado se houver demanda.) Tipo de oportunidade: Participação como parceiro associado. Situação: O consórcio CFHT tem “parceiros associados” que, além de ter acesso ao telescópio para pesquisa científica, também contribuem para o desenvolvimento instrumental do observatório. Devido ao fato de um desses parceiros ter saído recentemente, existe espaço para a entrada de um novo associado, e o CFHT está disposto a aceitar o Brasil. Implicações financeiras: Os custos para uma noite no CFHT serão de US$ 25.000 na aquisição de 30 noites ao longo de três anos. Prazos: O consórcio CFHT está disposto a entrar em um acordo como Brasil imediatamente. Telescópios Magellan O observatório: Trata-se de dois telescópios com abertura de 6,5m no Observatório Las Campanas, Chile, operados por um consórcio de reúne o Instituto Carnegie de Washington, a Universidade de Arizona, as Universidades de Harvard e de Michigan, e o Massachusetts Institute of Technology. Para maiores informações veja http://www.ociw.edu/Magellan/ Instrumentação: Os telescópios Magellan oferecem os seguintes instrumentos periféricos: PANIC: Câmara de campo largo para imageamento entre 1 e 2,5 microns. IMACS: Imageador de campo largo e espectrógrafo de multi-objeto. MagIC: Câmara imageadora de grande campo no óptico. LDSS3: Espectrógrafo de multi-fenda de campo largo com alta eficiência quântica para estudos de baixa resolução. MIKE: Espectrógrafo echelle duplo de alta eficiência. MagE: Espectrógrafo echellette. Tipo de oportunidade: Aquisição de tempo de telescópio Situação: O consórcio Magellan abriu a possibilidade de partidos interessados adquirir tempo nos telescópios. A Diretoria está sondando junto ao Conselho Diretor a possibilidade para aceitar o Brasil como cliente. Implicações financeiras: Se o Brasil consegue as mesmas condições que a Austrália tem atualmente pela aquisição de 30 noites em 2 anos, os custos serão de US$ 46.000 por noite, sendo que a metade deste valor poderia ser pago mantendo-se dois pós-dos junto ao Magellan. Prazos: A aquisição de tempo nos telescópios Magellan poderá ocorrer rapidamente. United Kingdom Infrared Telescope O Observatório: O United Kingdom Infrared Telescope – UKIRT, operacional desde ... é um instrumento de 3,8m de abertura que apresenta o maior telescópio do mundo operando exclusivamente na faixa infravermelha. Operado e financiado pelo Science and Technology Facility Council – STFC do Reino Unido, o telescópio é localizado no Mauna Kea, Havaí. Para maiores informações, veja http://www.jach.hawaii.edu/UKIRT/ Instrumentos: Atualmente, o UKIRT oferece os seguintes instrumentos: WFCAM: Câmara de campo largo (0.75O) na faixa 0,8μ – 2,5μ UIST: Imageamento e espectroscopia de fenda longa com resolução 1500 – 3500 na faixa 1μ – 5μ. Também serve para espectroscopia de campo integral e polarimetria (imageamento e espectroscopia). UFTI: Câmara de 1025x1024 pixels com escala de 0.09”/pixel na faixa 1μ – 2,5μ; imageamento polarimétrico e Fabry-Perot (banda K; 400 km/sec). CGS4: Espectrômetro de fenda longa com resolução 400 – 40.000 na faixa 1μ – 5μ. IRPOL: Módulo polarimétrico para uso com todos os instrumentos. Tipo de oportunidade: Aquisição de tempo de telescópio ou parceria formalizada. Situação: Devido aos problemas financeiros do STFC (veja Observatório Gemini) o UKIRT procura novos parceiros para financiar as operações no futuro. Portanto, o UKIRT está disposto a colaborar com o Brasil, ou através da venda de tempo de telescópio, ou através da formação de uma parceria (que poderá incluir ainda outros parceiros) semelhante ao consórcio SOAR. Implicações financeiras: No caso de aquisição de tempo de telescópio, os custos são estipulados em US$ 16.000 por noite. No caso de uma parceria, o Brasil irá contribuir com os custos operacionais de US$ 4 milhões ao ano em proporção a sua participação (sem incidência de custos em capital, sendo que os custos da construção são considerados totalmente depreciados). Prazos: O UKIRT precisa formar a parceria ou vender o tempo de telescópio no mais tardar em 2010. Entretanto, está aberto para acordos como partes interessadas antes dessa data. Gran Telescopio Latinamericano O observatório: Nova idéia vinculada pelos colegas venezuelanos e argentinos. Ainda sem definição mais concreta. Para maiores detalhes, veja carta para os participantes da Reunião Regional da IAU em setembro de 2007. Instrumentos: Sem definição. Tipo de oportunidade: Parceria. Situação: Projeto em fase inicial de discussão. Implicação financeira: Desconhecida. Os custos para o Brasil poderão montar em vários milhões de dólares em capital e subseqüentemente em custeio. Prazos: Em aberto.