AQUECIMENTO GLOBAL: SOMOS PARTE DA SOLUÇÃO? Grazieli Borges Campagnaro¹ Janilza Maria de Carvalho Bertuleza² Kátia Regina Ricardo³ Resumo Este artigo contempla parte das reflexões realizadas durante o projeto NEPSO, desenvolvido junto aos alunos do Ensino Médio da EEEM. Olga Maria Kayser coordenado pelas professoras Grazieli e Janilza.Tem por objetivo fazer uma problematização sobre a temática Aquecimento Global com a turma 202 da escola. Toma como fonte de análise os dados coletados nas entrevistas realizadas com sessenta e oito alunos do Ensino Médio do turno da manhã da escola referida. A partir dos dados coletados, buscouse observar os hábitos de consumo e o nível de conscientização dos entrevistados sobre a problemática do Aquecimento Global, destacando que todos somos responsáveis pelas questões ambientais. Como contribuições teóricas utilizou-se palestra com os responsáveis pela Secretaria do Meio Ambiente de Caxias do Sul; debates sobre assuntos relacionados ao tema; pesquisas bibliográficas; revistas; jornais; documentários e outros. Através da pesquisa pode-se perceber que os jovens estão informados sobre o assunto, sabem dos agravantes deste fenômeno para o meio ambiente e para o próprio ser humano. Além disso, os alunos têm consciência de que pequenas ações como economizar energia elétrica, separar o lixo, ou não demorar muito tempo no banho podem interferir favoravelmente para amenizar a situação com a qual nos deparamos hoje em dia. A pesquisa também revelou que é importante cada um fazer a sua parte e não somente esperar pelos outros, pois todos somos responsáveis pela nossa qualidade de vida. Sinaliza ainda que é preciso dar espaço para a Educação Ambiental desde o início da formação escolar do educando, pois esse é um trabalho de conscientização e portanto, os resultados somente serão colhidos a longo prazo. Palavras-Chave: aquecimento global - educação ambiental - conscientização. Introdução O trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Olga Maria Kayser com a turma 202 ( alunos do ensino médio/turno da manhã), no período de março a gosto/2007. Os alunos optaram por pesquisar o tema Aquecimento Global, já que essa problemática vem sendo destacada nos meios de comunicação e preocupando a população com relação aos rumos que o nosso Planeta poderá tomar. 1. 2. 3. Licenciada em Ciências Biológicas pela URI-Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas com enfoque em Educação Ambiental pela UNISC-Palmas/PR; Professora de Biologia na rede estadual de ensino de Caxias do Sul. Licenciada em História pela Universidade de Caxias do Sul/ RS. Pós-graduada em Psicopedagogia da UCB/ IESDE Brasil com enfoque em Leitura e escrita; Professora de Sociologia e História da rede estadual de ensino de Caxias do Sul. Licenciada em Ciências – Biologia pela UCS; Pós-Graduada em Planejamento Energético-Ambiental pela UFRGS; Professora da rede municipal de ensino de Caxias do Sul; Orientadora do Projeto Nepso - RS. ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³ Queríamos investigar as atitudes dos jovens da nossa escola diante do aquecimento global, enquanto comportamento a favor (ou não) do meio ambiente. Queríamos saber se eles se dão conta que pequenas atitudes diárias como o cuidado com o lixo, a reutilização de embalagens, o desperdício de energia elétrica, demorar muito tempo no banho, emissão de gases pelos automóveis, entre outras coisas pode colaborar de uma forma ou de outra para o aumento do aquecimento global. Para que o trabalho fosse desenvolvido, decidiu-se utilizar como população a ser entrevistada, os alunos do ensino médio do turno da manhã dessa mesma escola; além disso, estabeleceu-se a seguinte problemática de pesquisa: O que pensam e como agem os jovens diante do aquecimento global? O objetivo geral dessa pesquisa foi coletar dados sobre o comportamento dos jovens diante do aquecimento global para que se possa, posteriormente, analisar as implicações destas atitudes e propor intervenções. Para auxiliar na busca deste objetivo principal foram traçados alguns objetivos específicos: pesquisar o conhecimento dos alunos da escola sobre o tema aquecimento global, dentro da questão ambiental, sócio-econômica e comportamental; verificar como nossas atitudes podem interferir de forma positiva ou negativa no aquecimento global, numa sociedade de consumo; identificar quais fatores podem agravar o aquecimento global; discutir como as atividades sociais e econômicas podem estar envolvidas no aquecimento global. As hipóteses lançadas sobre o problema de pesquisa foram: é possível que a destinação incorreta dos resíduos esteja aumentando os problemas ambientais como o aquecimento global; é possível que os bens de consumo criados pela sociedade para facilitar a vida cotidiana, estejam colaborando para o aumento da emissão de gases e conseqüentemente para o aquecimento global; se cada pessoa colaborar com o meio ambiente, com pequenas ações individuais, é possível que o aquecimento global possa pelo menos ser reduzido. Ao longo deste artigo estaremos destacando a metodologia utilizada para desenvolver o trabalho; alguns resultados da pesquisa e reflexões sobre o assunto com base nos dados coletados. ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³ 1. A PESQUISA COMO FERRRAMENTA DE ENSINO Utilizar a pesquisa na sala de aula é uma forma ousada e inovadora de romper com barreiras impostas ao longo do tempo e mantidas pela sociedade como forma de manipulação social, pois sabe-se que a educação abre caminhos e torna os cidadãos críticos, deixando de ser submissos. Por isso é muito mais conveniente que a escola continue reproduzindo modelos e formas que tornem os indivíduos alheios a realidade que os cerca, e, com isso, sendo “objetos” de fácil manipulação para os interesses de poucos que detém o poder. Conforme nos aponta Horn e Diez: “Parte-se de uma visão genérica do presente e da educação que neste se pratica, identificando que enquanto a aceleração temporal e tecnológica traça o perfil da sociedade globalizada, a educação, não obstante manter-se como valor consensual, permanece como tal, apenas no âmbito da linguagem, sem a correspondência de medidas significativas à concretização dessa realidade. Verifica-se, então, a existência de descompassos, de descontinuidades e incongruências entre as transformações da realidade e a manutenção de um modelo educacional anacrônico, mas cultuado, entre a incitação de expectativas sobre melhores devires que essa instituição proporcionaria e as ações que decretam sua falência” (HORN e DIEZ; pág. 92). Diante dessa realidade, a pesquisa de opinião proposta pelo NEPSO torna-se um instrumento didático que dinamiza o estudo corriqueiro e estanque dos conteúdos que são desenvolvidos na escola, tornando-os significativos, já que os temas partem do interesse dos próprios alunos. O trabalho desenvolvido através de uma pesquisa de opinião segue as seguintes etapas: definição do tema; identificação da população e definição da amostra; elaboração do questionário; planejamento e execução do trabalho de campo; tabulação e processamento de dados; análise, interpretação e apresentação dos resultados. 2. O QUE PENSAM E COMO AGEM OS JOVENS DIANTE DO AQUECIMENTO GLOBAL? ALGUNS RESULTADOS ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³ Os dados coletados mostraram que, de forma geral, os alunos estão dentro do esperado em relação à idade/série. Foram entrevistados 68 alunos, ou seja, 18% da população de cada sala de aula; levando em consideração o gênero dos entrevistados. Percebeu-se através da pesquisa que 72% dos alunos do 1º e 2º anos não trabalham, apenas estudam. Já, 60% dos alunos do 3º ano estudam e trabalham, assumindo assim maior responsabilidade na família. Dos alunos entrevistados, 63% deles acredita que o Aquecimento Global é um problema que também é de cada um e que está causando muitos problemas ambientais; também um número considerável de alunos, 32%, acredita que é um problema que no futuro causará falta de água, enchentes e desertificação. Cabe ressaltar que apenas os alunos do 1º ano acharam que o aquecimento global é um fato sem importância. Talvez porque os alunos do 1º ano têm poucas informações sobre o assunto ou não discutiram na família ou na escola sobre essa problemática. Confome está destacado nos PCNs a grande tarefa da escola é proporcionar um ambiente saúdavel e coerente para que de fato a educação ambiental ocorra, mas a família deverá ser parceira nesse processo. “ ...não se pode esquecer que a escola não é o único agente educativo e que os padrões de comportamneto da família e as informações veiculadas pela mídia exercem especial influência sobre os jovens e adolescentes” ( PCNs, 1998, pág. 187). A maioria dos entrevistados, ou seja, 52%, acham que o Aquecimento Global prejudica mais a nós seres humanos; um número considerável de entrevistados, 38% deles, acha que o Aquecimento Global prejudica mais o clima, talvez porque estejamos convivendo mais diretamente com as mudanças de clima; um número menor de alunos, 10%, acredita que o Aquecimento Global pode prejudicar mais os animais e plantas. Cabe destacar que eles não vêem o Planeta como algo relacionado e talvez estejam preocupados em primeiro lugar com a sua vida e não na natureza como um todo. 50% dos alunos das três séries acredita que a solução para o problema do Aquecimento Global é a conscientização das pessoas em relação a natureza. Em segundo lugar, 35% dos alunos acham que o problema seria reduzido se os governantes ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³ respeitassem os acordos para reduzir a emissão de gases poluidores. A conscientização passa por um período de educação ambiental, mudança de comportamento que deve ser refletido dentro e fora da escola. De acordo com MINC (2005, pág. 74) “Educação ambiental é mudança de comportamneto. Exige a combinação de elemnetos científicos e teóricos com experimentação, práticas e conhecimentos externos à escola”. É importante destacar que nenhum dos entrevistados pensa que o cuidado com o lixo, seria capaz de reduzir o Aquecimento Global; apenas 6% dos alunos do 1º e 2º anos acham que o fim do desperdício de água poderia resolver o problema; 14% dos alunos do 1º ano e 20% dos alunos do 3º ano acham que fechar as indústrias seria a solução. Observa-se que eles não modificaram sua concepção em relação aos cuidados com o meio, não relacionando estas ações com o problema em escala mundial, além de remeter a solução do problema para outras pessoas. A grande maioria dos alunos das três séries, 74%, acha que pode contribuir de alguma forma para diminuir os efeitos do aquecimento global. Mas eles não relacionaram a solução do problema com atos corriqueiros e simples do cotidiano. Apenas 5% dos alunos do 1º ano acham que não podem contribuir para diminuir os efeitos do aquecimento global. Porém, existem alunos que acham não poder colaborar para amenizar o problma; talvez porque não percebam que podem colaborar com pequenas ações, esperando que a solução possa partir de governantes ou de outras pessoas; eles não se vêem como parte do problema ou de sua solução. Conforme BRANCO (2004, pág. 83) o problema do efeito estufa, causador do aquecimento global é assunto extremamente complexo, “mas é inegável que as alterações ambientais introduzidas pelas atividades humanas poderão causar danos dificilmente previsíveis e de proporções catastróficas, cabendo a nós a responsabilidade de tentar evitá-los”. Ao serem questionados sobre o que cada um conhece a respeito do assunto da pesquisa, foram obtidas as seguintes respostas: em relação ao aquecimento global, 55% dos alunos responderam que consideram-se pouco informados sobre o assunto. Talvez essa seja a causa de eles acreditarem que as pequenas ações são insignificantes para reduzir o aquecimento global; 37% se considera bem informado sobre o assunto; 5% não se interessam pelo assunto e 3% responderam que nada sabem sobre o assunto. Ao serem questionados: “Você acredita que pequenas ações podem reduzir os efeitos do aquecimento global?” foram obtidas as seguintes respostas: 41% dos alunos ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³ entrevistados respondeu que concordam parcialmente que pequenas ações podem reduzir os efeitos do aquecimento global; 40% dos alunos entrevistados respondeu que concordam plenamente; 13% dos alunos entrevistados respondeu que não sabem; 3% dos alunos entrevistados respondeu que discordam totalmente e 3% dos alunos entrevistados respondeu que discordam parcialmente que pequenas ações podem reduzir os efeitos do aquecimento global. Reforço mais uma vez a citação de BRANCO destacando a importância de pequenas ações buscando ao menos amenizar os problemas ambientais “... cabendo a nós a responsabilidade de tentar evitá-los (2004, pág. 83). Ao serem perguntados sobre a economia de energia elétrica, 62% dos 68 alunos entrevistados responderam que economizam energia elétrica “às vezes”, desligando as lâmpadas e aparelhos quando saem do local; 28% respondeu que economiza energia elétrica, só acendo lâmpadas e aparelhos quando necessário; 10% dos alunos, somente do 1º ano, respondeu que não economiza energia elétrica, sempre deixando as lâmpadas acesas e aparelhos ligados. A maioria dos alunos entrevistados disseram que em seu bairro não existem indústrias que poluem o ar. Então, podemos afirmar que este fator não contribui, nesta comunidade, para o problema em questão. Foi possível perceber através dos dados coletados que entrevistados demoram de 10 a 15 min no banho; 25% dos 29% alunos alunos entrevistados demoram de 15 a 20 min no banho; 24% dos alunos entrevistados demoram de 5 a 10 min no banho; 22% dos alunos entrevistados demoram mais de 20 min no banho. O banho demanda dois recursos importantes: água e energia. Energia essa que vem causando impactos ambientais preocupantes devido a construção de usinas capazes de gerar energia suficiente para a demanda da população. Segundo BRANCO ( 2004, pág. 137): “O armazenamento de grandes volumes de água na superfície terrestre leva a grandes perdas, devendo ser considerado sempre uma violência à natureza, justificável apenas alguns casos em que os benefícios possam ser considerados excepcionalmente grandes em relação aos prejuízos!”. Ao serem questionados sobre o destino do lixo de sua casa, 52% dos alunos entrevistados respondeu que sempre separa o lixo em sua casa; 29% respondeu que às vezes separa o lixo, pois sua família pede; 10% respondeu que separa e reutiliza as embalagens quando possível; 9% respondeu que não separa o lixo, pois não é problema ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³ seu. Hoje em dia o lixo é um dos grandes problemas da humanidade, somos uma superpopulação e por isso a produção de resíduos é também muito grande. Antigamente valorizavam-se os produtos pela sua durabilidade, atualmente a valorização do produto está vinculada a sua apresentação, a sua embalagem e com isso acabamos gerando cada vez mais resíduos. “Finalmente, inaugurou-se a era da descartabilidade. É mais valioso o objeto que dura menos, que é jogado fora. Parece incrível que a propaganda tenha conseguido convencer a sociedade moderna disso!” (BRANCO 2004, pág. 137). Ao serem questionados sobre: “Com que freqüência sua família utiliza automóvel?” foram obtidas as seguintes respostas: 51% dos alunos entrevistados respondeu que a família utiliza automóvel todos os dias; para 25% a família utiliza automóvel somente nos finais de semana; 14% dos entrevistados respondeu que a família não possui automóvel; 10% respondeu que a família utiliza automóvel somente para ir trabalhar. Somos parte de uma sociedade de consumo, por isso não nos preocupamos com os recursos e com a polição dos automóveis, por exemplo. “O consumismo não gera apenas os impactos ambientais decorrentes da necessidade crescente de energia e do próprio processo industrial. Ele causa outro grave problema: o esgotamento dos recursos naturais não-renováveis, isto é aqueles que, uma vez consumidos, não podem ser repostos, como, por exemplo, o petróleo e os minérios em geral” (BRANCO 2004, pág. 61). 3. SOMOS REALMENTE PARTE DA SOLUÇÃO? REFLEXÕES SOBRE A PESQUISA Com base nos dados coletados através da pesquisa realizada na escola percebeuse que os alunos ouvem muito sobre o Aquecimento Global nos meios de comunicação, mas boa parte deles não se sente parte integrante do problema e logo também não se vêem como colaboradores na solução ou pelo menos como fator para amenizar a gravidade do problema porque acreditam que as ações devem partir de uma esfera maior, conforme destaca MINC (2005, pág,130) “Os programas aplicados de ecodesenvolvimento sugerem a reformulação do antigo lema ecológico: “ pensar globalmente, agir localmente”. Isso nos remete a uma reflexão sobre nossa práticas ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³ diárias em relação ao meio ambiente; nós necessitamos dele para sobrevivermos por isso é de nossa responsabilidade preservá-lo. A principal função do trabalho com a temática meio ambiente é formar cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade em que vivem, por isso da grande importância da escola nesse processo. “Assim, a grande tarefa da escola é proporcionar um ambiente saudável e coerente com aquilo que ela pretende que seus alunos aprendam, para que possa, de fato, contribuir para a formação da identidade como cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente e capazes de atitudes de proteção e melhoria em relação a ele”. (PCNs, 1998, pág. 187). Cabe a escola, investigar os saberes trazidos pelos alunos e confrontá-los com os saberes científicos de maneira que o educando possa pensar criticamente sobre os problemas ambientais que o cercam. Entretanto, é de extrema importância que esse tipo de educação possa ocorrer desde o início da vida escolar, já que a educação ambiental é um tema transversal e de fundamental importância para a sobrevivência do ser humano e dos ecossistemas como um todo. É importante destacar que sendo esse tema transversal, primeiramente precisa-se superar a fragmentação do saber nas instituições de ensino, para que ela realmente possa ocorrer de maneira significativa para o aluno. Partindo da escola, podemos abranger um grande número de pessoas que pelo menos tenham ouvido falar sobre assuntos relacionados às questões ambientais; que estejam preocupados com a escassez de recursos importantes e indispensáveis; que percebam que nós seres humanos seremos sempre os mais prejudicados, pois sabemos que a vida surgiu em nosso planeta muito antes de nós e independente de nós; então corremos o risco de desaparecer do nosso planeta em função das nossas próprias ações. Precisamos ter a natureza como aliada, utilizando seus recursos de maneira sustentável, para as nossas necessidades, preservado-os. “... O verdadeiro desenvolvimento, mais do que auto-sustentável, teria de ser autopreservante no sentido de procurar, ativamente, criar condições de autopreservação das culturas tradicionais, valorizando-as de modo a inibir as pressões do consumismo” (BRANCO 2004, pág. 127). ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRANCO, Samuel Murgel – Energia e Meio Ambiente – 2ª edição reformulada, editora moderna, 2004. BRANCO, Samuel Murgel - O Meio Ambiente em Debate – 3ª edição reformulada, editora moderna, 2004. CHIAVENATO,Júlio José – Ética Globalizada e Sociedade de Consumo – 2ª edição reformulada, editora moderna, 2004. HORN, Geraldo Balduino e DIEZ, Carmen Lúcia. Metodologia de Pesquisa.Curitiba: IESDE Brasil, 2003. pág. 92 MINC, Carlos - Ecologia e Cidadania – 2ª edição reformulada, editora moderna, 2005. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1998. ¹Licenciada em Ciências Biológicas pela URI- Erechim/RS; Pós-Graduada em Ciências Biológicas co enfoque em Educação Ambiental pela UNICS- Palmas/PR. ² ³