CLIMA URBANO DE CHAPECÓ: AS DERIVAÇÕES DA

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ANAIS do SEPE – Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFFS
ISSN 2317 – 7489
Vol. IV (2014) – Anais do IV SEPE e IV Jornada de Iniciação Científica
CLIMA URBANO DE CHAPECÓ: AS DERIVAÇÕES DA URBANIZAÇÃO NO
CLIMA LOCAL
Matheus Kochemborger1
Jonathan Mendes2
Andrey Luis Binda3
A urbanização e o crescimento das cidades têm promovido importantes
modificadores do clima local. Isso se deve ao fato de que não apenas aos materiais
utilizados na construção da cidade, mas também, na redução das áreas verdes.
Baseado nessa premissa, diversos autores têm proposto a expressão ”clima
urbano", para indicar as derivações da cidade sobre o clima local. Deve-se enfatizar
que o clima urbano é algo complexo que afeta diretamente a população urbana
ocasionando o conforto/desconforto térmico e a ocorrências de ilhas de calor e de
frescor. É com este foco que se insere o projeto de pesquisa intitulado “As
Intervenções Espaciais Urbanas no Comportamento Térmico e Higrométrico na
Cidade de Chapecó-SC: Episódios Sazonais de Verão e Inverno (2013-2014)” o qual
visa compreender como as derivações da urbanização da cidade Chapecó têm
induzido modificações na temperatura e na umidade do ar. Para tanto, foi executado
um transecto móvel de aproximadamente 14 km, com percurso no eixo norte-sulleste da cidade, iniciando e terminando na área periurbana, e passando pelo centro
da cidade. Informações sobre essa metodologia pode ser encontrada em diversos
trabalhos vinculados à climatologia urbana. Um termo-higrômetro da marca Hanna
Instruments, modelo HI-9564, acoplado na parte superior de um veículo automotor
foi utilizado para as coletas de temperatura e umidade que foram executadas a cada
200 metros, em três períodos diários, correlatos às leituras padrão das estações
meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (9, 15 e 21 horas). Além disso,
tomou-se o cuidado de manter a velocidade do automóvel utilizado, não superior a
30 km/h e duração máxima de 40 minutos, conforme recomenda a literatura. No ano
de 2013/2014 foram realizadas seis coletas de campo, sendo destas quatro no
período do inverno (17/07/2013, 24/07/2013, 08/08/2013 e 12/09/2013) e duas no
período do verão (16/01/2014 e 22/01/2014). Deve-se enfatizar que não cabe
apresentar todos os resultados encontrados na pesquisa até o momento, sobretudo,
por conta da quantidade de informações coletadas. O importante a ser salientado, é
que nem sempre o aumento e a redução dos valores estiveram relacionados à
topografia (até mesmo porque, a amplitude máxima no transecto não superava 100
m), sendo antes, associados aos padrões de ocupação urbana. Para se avaliar isso,
comparou-se com os dados coletados no transecto com àqueles mensurados na
1
Discente do curso de Geografia Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS –
Chapecó-SC. Bolsista - Auxiliar de Pesquisa. E-mail: [email protected]
2
Discente do curso de Geografia Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS –
Chapecó-SC. Estudante voluntário - Auxiliar de Pesquisa. E-mail: [email protected]
3
Mestre em Geografia. Professor Assistente do curso de Geografia Licenciatura da Universidade
Federal da Fronteira Sul – UFFS – Chapecó-SC. E-mail: [email protected]
estação meteorológica de Chapecó (EPAGRI/INMET) conforme recomenda Monteiro
(1990). Observa-se que em média as temperaturas coletadas às 09:00 horas
sempre ficaram acima da estação meteorológica (exceto uma ocasião), do mesmo
modo como observado nas 15:00. Nas medições das 21:00 horas, por três ocasiões,
a temperatura não foi superior quando comparada com a estação meteorológica.
Esses resultados demonstram que as mudanças impostas pelo uso do solo urbano
já podem ser visualizadas já no início da manhã, quando a cidade inicia o
aquecimento, que encontra seu máximo na coleta das 15:00. À noite, o resfriamento
noturno ocorre de modo mais rápido do que as áreas adjacentes, o que também se
deve pela rápida perda de energia dos materiais utilizados na construção da cidade.
Palavras-chave: transecto móvel, temperatura do ar, aspectos climáticos.
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