Provas da tarde

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INSTRUÇÕES
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Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no
espaço reservado para isso.
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Este Caderno contém 100 questões de múltipla escolha, assim distribuídas: 101 a 120 - Saúde
Coletiva, 121 a 160 – Pediatria/Puericultura; 161 a 200 – Ginecologia e Obstetrícia.
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Se o Caderno estiver incompleto ou contiver imperfeição gráfica que impeça a leitura, solicite
imediatamente ao Fiscal que o substitua.
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Cada questão apresenta somente uma opção de resposta correta.
5
Utilize qualquer espaço em branco deste Caderno para rascunhos e não destaque nenhuma folha.
6
Você dispõe de quatro horas para responder às questões e preencher a Folha de Respostas.
7
Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno não serão considerados para efeito de
avaliação.
8
O preenchimento da Folha de Respostas é de sua inteira responsabilidade.
9
Ao retirar-se definitivamente da sala, devolva ao Fiscal a Folha de Respostas.
Assinatura do Candidato: ____________________________________________________________
PROVA COGNITIVA – Tarde
101 a 200
101. A OMS (2008) divulgou seu Relatório Mundial de Saúde destacando os Cuidados Primários
(“agora mais do que nunca”) como elemento diferenciador dos sistemas de saúde. Quatro
conjuntos de reformas, ou diretrizes, foram apontadas:
A) reformas da cobertura universal, reformas na prestação dos serviços, reformas das
políticas públicas, reformas de liderança
B) reformas da cobertura seletiva, reformas na atenção hospitalar, reformas das políticas
privadas, reformas de competência na gestão
C) reformas da cobertura universal, reformas na atenção hospitalar, reformas de liderança,
reformas na educação em saúde
D) reformas da cobertura seletiva, reformas na prestação dos serviços, reformas de
competência de gestão, reformas na educação em saúde
102. Na avaliação da acessibilidade, com uma das características dos serviços de saúde, devem
ser levados em conta os seguintes aspectos:
A) geográfico, verificando-se as variações regionais na inserção do serviço, nos hábitos da
população
B) funcional, verificando-se os tipos de serviços oferecidos, horários disponíveis e qualidade
da atenção
C) cultural, verificando-se a disponibilidade dos serviços para todos os cidadãos, tipo e
horário de atendimento
D) econômico, verificando-se a disponibilidade de recursos e meios de transporte para
atendimento das demandas
103. Na literatura especializada em saúde coletiva, nos últimos anos, tem havido um destaque
para a importância da construção de redes de atenção à saúde (RAS) na qualificação dos
sistemas de saúde. Os principais argumentos para essa fundamentação:
A) avanços na integralidade e na construção de vínculos, melhorias na regionalização e
hierarquização das ações, novos blocos de financiamento da saúde
B) aumento da prevalência e incidência de doenças crônicas,
descentralização dos serviços, subfinanciamento na área especializada
deficiências
na
C) aumento da prevalência e incidência de doenças crônicas, avanços na integralidade e a
construção de vínculos, custos crescentes no tratamento das doenças
D) avanços na integralidade e na construção de vínculos, novos blocos de financiamento da
saúde, aumento das endemias
104. O “Pacto pela Saúde”, celebrado em 2006, como um acordo interfederativo (União, Estados
e Municípios), representando uma nova etapa político-organizativa do SUS, tem como
prioridade:
A) consolidar a redução da mortalidade materna, infantil neonatal e infantil, e de adultos por
causas externas (violência, acidentes de trânsito)
B) estabelecer como sua meta principal expandir a Atenção Básica e reduzir os recursos em
assistência médica de média e alta complexidade
C) estabelecer como sua meta principal aumentar os contratos com a iniciativa privada, para
não permitir que a mortalidade por doenças crônico-degenerativas evolua
D) consolidar e qualificar a Estratégia Saúde da Família (ESF) como modelo de Atenção
Básica à saúde e como centro ordenador das redes de Atenção à Saúde do SUS
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105. No “Pacto pela Vida” (2006), como compromisso entre os gestores do SUS, foram definidas
prioridades a serem pactuadas (entre outras):
A) saúde do idoso, controle do câncer do colo de útero e de mama, promoção da saúde
B) saúde do idoso, redução da mortalidade infantil, novo financiamento das ações
C) redução da mortalidade infantil e materna, repolitização da saúde, fortalecimento da
atenção básica
D) redução da mortalidade infantil e materna,
programação e pactuação integrada (PPI)
descentralização
das
ações,
nova
106. No “Pacto de Gestão”, celebrado em 2006, são estabelecidas novas diretrizes para a gestão
do SUS. No aspecto do financiamento foram definidos cinco (05) blocos para o custeio com
recursos federais:
A) saúde da família, atenção da média e alta complexidade, vigilância sanitária, assistência
hospitalar, gestão do SUS
B) saúde da família, atenção de alta complexidade, vigilância sanitária, assistência
hospitalar, gestão do SUS
C) atenção básica, atenção de alta complexidade, vigilância em saúde, assistência
farmacêutica, regionalização do SUS
D) atenção básica, atenção da média e alta complexidade, vigilância em saúde, assistência
farmacêutica, gestão do SUS
107. A regionalização, como uma das diretrizes do SUS, é um dos eixos estruturantes do “Pacto
de Gestão” (2006). Tem como seus principais instrumentos de planejamento:
A) plano Diretor de Investimentos (PDI), Programação Pactuada e Integrada da Atenção a
Saúde (PPI) e o Colegiado de Gestão Regional (CGR)
B) plano Diretor de Regionalização (PDR), Colegiado de Gestão Regional (CGR), Regiões de
Saúde (RS)
C) plano Diretor de Regionalização (PDR), Plano Diretor de Investimentos (PDI) e a
Programação Pactuada e Integrada da Atenção a Saúde (PPI)
D) plano Diretor de Investimentos (PDI), Programação Pactuada e Integrada da Atenção a
Saúde (PPI), e as Regiões de Saúde (RS)
108. Por sua relevância para o setor público de saúde, existem os “sistemas de informação de
base nacional”, definidos pelo Ministério da Saúde como de utilização obrigatória em todos
os Estados e municípios. Entre eles podem ser destacados:
A) Sistema de Informações em Mortalidade (SIM), Sistema de Informações da Atenção
Básica (SIAB), Cadernos de Informações em Saúde (CIS)
B) Sistema de Informações em Mortalidade (SIM), Sistema de Informações da Atenção
Básica (SIAB), Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
C) Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC), Departamento de Informática do
SUS (DATASUS), Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA)
D) Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB), Departamento de Informática do SUS
(DATASUS), Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
109. O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, através da Portaria 1.946, de 18/10/2005,
define a relação de doenças de notificação compulsória para todo o território nacional.
Marque a opção em que todas as doenças são de notificação compulsória.
A) febre amarela, leishmaniose e rubéola
B) coqueluche, sarampo e tracoma
C) dengue, difteria e filariose
D) febre tifóide, hepatite B e brucelose
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110. “O estudo da distribuição de freqüência de doenças e dos agravos à saúde coletiva em
função das variáveis ligadas ao tempo, ao espaço e à pessoa, possibilitando o detalhamento
do perfil epidemiológico, com vistas à promoção da saúde, às ações preventivas e de
assistência”. Esse conceito corresponde à Epidemiologia:
A) descritiva
B) quantitativa
C) analítica
D) social
111. A ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias
nações, é denominada de:
A) epidemia de massa
B) multiepidemia
C) epidemia global
D) pandemia
112. São exemplos de doenças de veiculação hídrica:
A) difteria, cárie dental, ancilostomíase e tétano
B) tétano, sarampo, doenças infecciosas e pneumonia
C) febre tifóide, amebíase e diarréias infecciosas
D) sífilis, coqueluche, amebíase e esquistossomose
113. O principal método de trabalho, de investigação e fundamentação de ações de saúde
coletiva é:
A) o ecológico
B) o epidemiológico
C) o clínico
D) o analítico
114. “Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual e
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças e agravos”. Esse enunciado corresponde a:
A) promoção da saúde
B) vigilância sanitária
C) vigilância nutricional
D) vigilância epidemiológica
115. O surgimento das doenças no ser humano acompanha a forma de organização da
sociedade. Atualmente, no Brasil, as causas de doenças e morte da população vêm se
modificando, e a esse fenômeno chamamos “transição epidemiológica”, cujas características
principais são:
A) aumento da mortalidade por “causas externas” e doenças crônico-degenerativas
B) agravamento das condições sociais, com redução da esperança de vida
C) elevação das causas de óbito por doenças infecciosas e parasitárias
D) controle de grandes endemias, como malária e esquistossomose
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116. Para se conhecer a prevalência de uma doença infecciosa em determinada população, é
necessário saber sobre essa doença, o número de:
A) pessoas que tiveram contato com o agente
B) pessoas infectadas
C) casos conhecidos
D) casos novos
117. A incidência de determinada doença corresponde ao número de:
A) casos antigos em um determinado período
B) casos novos e antigos da doença
C) casos novos em um determinado período
D) pessoas expostas a ela em determinado período
118. Os indicadores mais adequados para se avaliar as condições de vida de uma população:
A) mortalidade infantil, expectativa de vida, consumo calórico per capita
B) expectativa de vida, mortalidade materna, mortalidade em maiores de 50 anos
C) mortalidade por doenças infecciosas, mortalidade materna, expectativa de vida
D) número de casos de diarréia, número de mortes em menores de um ano
119. Uma doença de alta letalidade é aquela em que:
A) a probabilidade de morte é grande na população
B) a taxa de mortalidade é grande
C) o risco de morte entre os doentes é grande
D) o risco de adoecer é grande
120. Com o objetivo de ajudar no controle das epidemias de Dengue (arbovirose transmitida pelo
mosquito Aedes aegypti), o Ministério da Saúde, em 2007, lançou o suplemento “Dengue:
decifra-me ou devoro-te”. Assinale a resposta correta sobre os principais mitos e erros
relativos ao problema:
A) as complicações clínicas só ocorrem em pacientes com febre hemorrágica do dengue
(FHD), não ocorrem nos pacientes com o dengue clássico
B) nos serviços de atenção primária os pacientes recebem o tratamento sintomático para a
dengue clássica e são feitos controles sobre o vetor para controle da transmissão da
infecção, com ações de dedetização nas residências
C) as formas graves do dengue só ocorrem em pacientes de classe social menos favorecida,
e não ocorrem na primoinfecção que é benigna
D) nos serviços de atenção primária os pacientes e seus familiares recebem as informações
sobre hidratação oral, medicamentos proibidos, e identificação dos sinais de alarme sobre
o agravamento da doença
121. Em relação ao aleitamento materno é correto afirmar:
A) aleitamento materno exclusivo é caracterizado quando a criança recebe leite materno,
direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou
sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de hidratação oral,
suplementos minerais ou medicamentos
B) a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil recomendam
amamentação exclusiva até 4 meses de idade e complementada até os 2 anos ou mais
C) no segundo ano de vida, o leite materno deixa de ser uma importante fonte de nutrientes,
sendo inclusive menos energético nesse período
D) o leite materno tem vários efeitos protetores, exceto na redução de peso, pois crianças
amamentadas ao seio têm chance maior de apresentar sobrepeso/obesidade
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122. No Brasil, o Ministério da Saúde contra-indica formalmente a amamentação ao seio
materno na seguinte circunstância:
A) mãe em uso de tuberculostáticos
B) mãe com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
C) mãe HbsAg positiva, mesmo que o filho receba vacina antihepatite B e imunoglobulina
D) mãe em uso de anticoncepcional hormonal oral
123. Na falta do aleitamento materno, o leite de vaca não-modificado, fluido ou em pó, é
inadequado para a alimentação do lactente no primeiro ano de vida devido, dentre outros
fatores:
A) teores de gordura (ácido linoléico) semelhantes às fórmulas infantis e ao leite materno,
porém taxas elevadas de proteínas, ferro e sódio
B) altos teores de gordura (ácido linoléico) e carboidratos, taxas baixas de proteínas, baixos
teores de ferro e sódio
C) baixos teores de gordura (ácido linoléico) e carboidratos, taxas elevadas de proteínas,
baixos teores de ferro e alta taxa de sódio
D) baixos teores de gordura (ácido linoléico), taxas elevadas de proteínas e carboidratos,
altos teores de ferro e baixa taxa de sódio
124. Mãe de lactente saudável de 04 meses de idade e 15 dias, chega ao consultório solicitando
orientação em relação ao calendário vacinal de sua criança. Para se considerar atualizado,
segundo a recomendação atual do calendário básico do Ministério da Saúde do Brasil, esta
criança deve ter recebido:
A) BCG- ID – 1ª dose, vacina tetravalente (DPT+Hib) - 1ª e 2ª doses, VOP (Vacina Oral
contra a Poliomielite) - 1ª e 2ª doses, VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) - 1ª e 2ª
doses
B) BCG- ID – 1ª dose, vacina contra hepatite B - 1ª dose, vacina tetravalente (DPT+Hib) - 1ª
e 2ª doses, VOP (Vacina Oral contra a Poliomielite) - 1ª e 2ª doses, VORH (Vacina Oral
de Rotavírus Humano) - 1ª dose
C) Vacina contra hepatite B - 1ª e 2ª doses, vacina tetravalente (DPT+Hib) - 1ª e 2ª doses,
VOP (Vacina Oral contra a Poliomielite) - 1ª e 2ª doses
D) BCG- ID – 1ª dose, vacina contra hepatite B - 1ª e 2ª doses, vacina tetravalente
(DPT+Hib) - 1ª e 2ª doses, VOP (Vacina Oral contra a Poliomielite) - 1ª e 2ª doses, VORH
(Vacina Oral de Rotavírus Humano) - 1ª e 2ª doses
125. De acordo com o Manual de Normas de Vacinação do Plano Nacional de Imunizações, as
vacinas de bactérias ou vírus atenuados são contra-indicadas para crianças com:
A) imunodeficiência congênita ou adquirida; neoplasias malignas; tratamento com corticóide
em esquemas imunodepressores ou submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras
B) afecções recorrentes respiratórias ou alérgicas das vias respiratórias superiores;
diarréias; doenças de pele
C) desnutrição; imunodeficiência congênita ou adquirida; diarréias
D) doença neurológica estável ou pregressa, com seqüela presente; tratamento com
corticóide em esquemas imunodepressores ou submetidas a outras terapêuticas
imunodepressoras
126. Ao se utilizarem os escores Z dos indicadores P/E (peso/estatura) e E/I (estatura/idade)
para a avaliação nutricional de crianças, são considerados inadequados, pela recomendação
da OMS, os valores abaixo de:
A) -2,0DP para o indicador E/I e -1,0DP para o indicador P/E
B) -1,0DP para ambos os parâmetros
C) -2,0DP para ambos os parâmetros
D) -1,0DP para o indicador E/I e -2,0DP para o indicador P/E
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127. Criança com 4 anos de idade, com indicadores Peso/Estatura (P/E) = 85%
Estatura/Idade(E/I) = 90%, deve ser classificada, sob o ponto de vista nutricional, como:
e
A) desnutrição Energético-Proteica Crônica Pregressa
B) desnutrição Energético-Proteica Crônica
C) desnutrição Energético-Proteica Aguda
D) eutrofia
128. A abordagem dietética da criança desnutrida grave, em fase inicial de tratamento
intrahospitalar, comparando-a aos indivíduos eutróficos da mesma idade, deve ser com:
A) menor teor de proteína, menor teor de lactose, menor aporte calórico
B) maior teor de proteína, menor teor de lactose, maior aporte calórico
C) teor de proteína e lactose semelhantes, maior aporte calórico
D) menor teor de proteína, teor de lactose semelhante, maior aporte calórico
129. Na fase inicial de tratamento do desnutrido grave (fase de estabilização) deve-se priorizar:
A) o controle de infecções, da hipoglicemia, da hipotermia e da desidratação e a correção de
deficiência de micronutrientes, sem a utilização inicial de ferro
B) a recuperação nutricional, pois esse parâmetro repercutirá na correção da hipoglicemia,
hipotermia e deficiência de oligoelementos
C) o controle de infecções e desidratação e a correção de deficiência de micronutrientes,
com a utilização inicial de ferro
D) a recuperação nutricional e a estimulação emocional, sensorial e o desenvolvimento
130. Em relação ao tratamento e prevenção da anemia ferropriva na infância pode-se afirmar:
A) o ferro heme contido principalmente nos alimentos de origem vegetal tem baixa
biodisponibilidade
B) a dose de ferro elementar recomendada para o tratamento é de 1 a 2 mg/kg/dia, durante
o período 30 dias
C) a criança em uso de leite materno exclusivo até os 06 meses não necessita receber
suplementação profilática de ferro durante este período
D) o ácido ascórbico, a frutose, a vitamina A e os carotenóides são fatores inibidores da
absorção do ferro
131. Na deficiência de ferro na criança, dentre os parâmetros abaixo demonstrados, espera-se,
em primeiro lugar, que haja alterações laboratoriais em:
A) ferro sérico
B) hemoglobina
C) ferritina
D) volume corpuscular médio (VCM)
132. Criança de 7 anos de idade, com quadro súbito de poliúria, polidipsia e perda de peso. Para
confirmação diagnóstica da hipótese de diabetes mellitus, a glicemia de jejum deveria estar:
A) acima de 100 mg/dl em duas ocasiões
B) acima de 110 mg/dl em duas ocasiões
C) acima de 116 mg/dl em duas ocasiões
D) acima de 126 mg/dl em duas ocasiões
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133. Avaliando-se o desenvolvimento puberal de adolescentes, foram encontrados o estádio 2
para um menino e o estádio 3 para uma menina, segundo Marshall e Tanner. Assinale a
alternativa que melhor reproduz esses estádios:
A) menino: aumento da bolsa escrotal e dos testículos e pequeno aumento do pênis.
Crescimento esparso de pêlos longos, finos, lisos ou discretamente encaracolados na
base do pênis. Menina: aumento considerável da mama e da aréola, sem separação de
seus contornos e pêlos mais escuros, espessos e encaracolados, distribuindo-se na
região púbica
B) menino: testículo, bolsa escrotal e pênis do tamanho e proporções infantis e pêlos
púbicos ausentes. Menina: Elevação somente do mamilo, mamas infantis e pêlos púbicos
ausentes
C) menino: aumento do pênis, principalmente em diâmetro, e desenvolvimento da glande.
Pêlos do tipo adulto, mas com área de distribuição menor. Menina: projeção da aréola e
do mamilo, formando uma 2ª saliência acima do nível da mama. Pêlos do tipo adulto, mas
com área de distribuição menor
D) menino: aumento da bolsa escrotal e dos testículos e pequeno aumento do pênis.
Crescimento esparso de pêlos longos, finos, lisos ou discretamente encaracolados na
base do pênis. Menina: projeção da aréola e do mamilo, formando uma 2ª saliência acima
do nível da mama. Pêlos do tipo adulto, mas com área de distribuição menor
134. Criança com Estatura/Idade (E/I) = -2,2DP, histórico familiar para retardo puberal, exame
físico normal, idade óssea compatível com a estatura, porém retardada em relação à idade
cronológica, exames laboratoriais normais, previsão de altura final de acordo com o alvo
genético. Pode-se afirmar que o diagnóstico mais compatível é:
A) atraso constitucional do crescimento
B) baixa estatura familiar
C) baixa estatura por deficiência de GH
D) estatura adequada
135. Para o diagnóstico de febre reumática, são considerados como critérios maiores de Jones
os seguintes sinais ou sintomas:
A) cardite, artralgia, eritema
hemosedimentação elevada
marginado,
nódulos
subcutâneos
e
velocidade
de
B) cardite, febre, artrite em pequenas articulações, coréia de Sydenham e eritema marginado
C) cardite, poliartrite, coréia de Sydenham, eritema marginado e nódulos subcutâneos
D) cardite, artrite de pequenas articulações, eritema marginado, nódulos subcutâneos e PCR
elevado
136. O tratamento de eleição da crise aguda da asma na infância, respaldado pelas IV Diretrizes
Brasileiras no Manejo da Asma, constitui-se em:
A) havendo boa resposta ao tratamento inicial, as medicações inalatórias devem ser
espaçadas para cada hora
B) oxigênio, se saturação de oxigênio<95%, β2-agonista a cada 20 minutos,
preferencialmente via inalatória, até uma hora (3 doses), corticosteróide (IV ou VO), de
imediato, concomitante à medicação inalatória, em qualquer situação
C) oxigênio, se saturação de oxigênio<95%, β2-agonista a cada 20 minutos,
preferencialmente via inalatória, até uma hora (3 doses), corticosteróide (IV ou VO), caso
o paciente seja corticodependente ou se não responder ao beta 2 agonista
D) a adrenalina subcutânea ainda pode ser considerada a droga inicial, pois tem efeito
broncodilatador superior aos β2-agonistas, com poucos eventos adversos
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137. Considerando as definições atuais de diarréia aguda, diarréia persistente e diarréia crônica,
assinale a alternativa correta:
A) a diarréia aguda é causada, na sua maioria, por erro alimentar e, portanto, sua evolução
depende da correção de tais erros, por meio de uma dieta apropriada
B) a diarréia aguda tem etiologia infecciosa, sua evolução é auto-limitada e tem duração
inferior a 14 dias
C) a diarréia persistente não pode ser considerada uma conseqüência da diarréia aguda,
tendo em vista que sua etiologia inicial não foi a partir de um processo infeccioso
intestinal
D) a diarréia crônica é proveniente de um quadro infeccioso intestinal que se prolongou por
mais de 30 dias
138. No tratamento da diarréia aguda, segundo as recomendações da Organização Mundial da
Saúde e adotadas pelo Ministério da Saúde do Brasil, a criança em “plano A” deverá
receber:
A) terapia de reidratação oral no serviço de saúde, e, após hidratada, recomendações para o
acompanhamento domiciliar
B) aumento da oferta de líquidos, uso de soro caseiro ou sais de reidratação oral no caso de
perdas por vômitos ou diarréia, oferta de alimentação livre e adequada para a idade
C) hidratação venosa, com necessidades normais e reposição das perdas, até a melhora do
quadro diarréico e dos distúrbios hidroeletrolíticos
D) medidas dietéticas apropriadas que incluem a suspensão do leite de vaca, se deste fizer
uso, utilização de fórmulas de baixa alergenicidade ou baixo teor de lactose, até cessar o
processo da diarréia
139. Criança com 01 ano e 04 meses de idade, com quadro de distensão abdominal, diarréia há
60 dias, fezes volumosas, sem sangue ou muco, importante perda ponderal e irritabilidade
nos últimos 30 dias. Sem quadros respiratórios associados. Fez uso de leite materno
exclusivo até os 6 meses de vida, com introdução de leite de vaca aos 7 meses e de glúten
aos 9 meses. Irmão com asma brônquica e pais com rinite alérgica. A hipótese diagnóstica a
ser investigada e o exame a ser solicitado no início da investigação são:
A) alergia à proteína do leite de vaca e testes cutâneos ou RAST para alimentos
B) fibrose cística e pesquisa de gordura fecal
C) retocolite Ulcerativa Inespecífica e colonoscopia com biópsias
D) doença celíaca e anticorpo antitransglutaminase tecidual
140. Criança de 02 anos de idade, com dificuldade para evacuar há 06 meses, fezes
endurecidas, ressecadas, eliminadas com esforço, as vezes com raios de sangue e com
escape fecal (soiling). Tem receio e medo para usar o sanitário. Exame físico: eutrófico, sem
distensão abdominal, toque retal com fezes endurecidas na ampola retal. O diagnóstico mais
provável é:
A) constipação intestinal crônica funcional
B) megacólon congênito (Doença de Hirschsprung)
C) constipação por endocrinopatia (hipotireoidismo)
D) síndrome da Pseudo-Obstrução Idiopática
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141. A principal causa de sibilância em qualquer idade na infância é:
A) fibrose cística
B) refluxo gastroesofágico
C) infecção viral respiratória
D) malformações congênitas de vias aéreas e cardíacas
142. Criança de 5 meses de idade, com quadro inicial de febre, coriza e tosse, surgindo, 3 dias
depois, sibilância e dificuldade respiratória, com batimento de asa do nariz e retração
torácica. Sem antecedentes anteriores de quadros respiratórios. Raio X de tórax demonstrou
hiperinsuflação difusa, hipertransparência e retificação do diafragma.
O provável
diagnóstico é:
A) bronquiolite viral aguda
B) pneumonia
C) asma brônquica
D) aspiração de corpo estranho
143. Em relação à tuberculose pulmonar na infância, pode-se afirmar:
A) a forma pulmonar é altamente bacilífera
B) a primo-infecção evolui em 90% dos casos para cura
C) o PPD não é demonstrativo de infecção e de resposta de hipersensibilidade
D) o exame bacteriológico por lavado gástrico é indicado em pacientes acima de 05 anos
144. O principal agente bacteriano envolvido no derrame pleural das pneumonias bacterianas
agudas na criança é:
A) Mycoplasma pneumoniae
B) Haemophilus influenzae
C) Staphylococcus aureus
D) Streptococcus pneumoniae
145. De acordo com o peso de nascimento o recém-nascido pode ser classificado em “baixo
peso”, “muito baixo peso” ou “extremo baixo peso”, respectivamente, quando tem o peso de
nascimento menor que:
A) 2000g, 1500g e 1000g
B) 3000g, 2500g e 1500g
C) 2500g, 1500g e 1000g
D) 2500g, 1250g e 850g
146. Na atenção em sala de parto a um recém-nascido que não está respirando e se apresenta
hipotônico ao nascimento, os passos iniciais consistem em: prover calor, posicionar
adequadamente a cabeça, aspirar vias aéreas e
A) secar, estimular e administrar oxigênio inalatório, durante os primeiros 30 segundos.
B) secar e estimular, durante os primeiros 60 segundos.
C) secar e estimular, durante os primeiros 30 segundos
D) secar, estimular e fazer ventilação com pressão positiva, durante os primeiros 30
segundos
Revalidação de Diploma Medicina
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147. No tratamento antibiótico da sífilis congênita com comprometimento neurológico, deve ser
utilizado como primeira escolha:
A) penicilina procaína
B) penicilina cristalina
C) ceftriaxona
D) penicilina benzatina
148. Recém-nascido com 25 dias de vida, com icterícia que se iniciou há 13 dias, associado a
urina escura e fezes gradativamente mais claras. Nasceu em boas condições, gestação
saudável, peso de nascimento= 3050g. Ao exame físico: bom estado geral, ativo, ictérico,
fígado a 04 cm do rebordo costal direito, consistência firme, sem baço palpável. Retorna
após cinco dias, com os seguintes exames: hemograma sem alterações, bilirrubinas totais:
10mg/dL,
bilirrubina
direta:
9,0mg/dL,
ALT:
70mg/dL,
AST:55mg/dL,
gamaglutamiltransferase: 350mg/dL. Ultrassonografia abdominal: sem dilatação cística biliar.
Torna-se urgente a seguinte conduta:
A) investigar hemólise com a dosagem de G6PD, reticulócitos e curva de fragilidade
osmótica
B) solicitar sorologias para infecções congênitas, como sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose
e hepatites virais
C) solicitar triagem para erros inatos do metabolismo
D) encaminhar para biópsia hepática a fim de investigar atresia de vias biliares extrahepáticas
149. Lactente de 05 meses de idade, com quadro súbito de dor abdominal em cólica, vômitos e
distensão abdominal, parada de eliminações de fezes, e saída de muco e sangue pelo ânus.
Em uso de leite materno exclusivo até o momento. Deve-se investigar prioritariamente para:
A) invaginação intestinal
B) colite infecciosa
C) colite alérgica
D) pólipo intestinal
150. Criança com 3 anos de idade, calendário vacinal desatualizado, com sintomas iniciais de
febre baixa e mal estar por dois dias, surgindo posteriormente exantema máculo-papular
morbiliforme, não confluente, que se iniciou na face e evoluiu para o tronco, com artralgia,
adenopatia retroauricular e occipital. O diagnóstico mais provável é:
A) varicela
B) rubéola
C) eritema infeccioso
D) escarlatina
151. Criança com dois anos de idade chega ao consultório com história de pequenas vesículas
em face, que posteriormente atingiram pescoço, tronco, nádegas e algumas isoladas em
palmas e plantas. Estas se transformam em bolhas de até 2 cm de diâmetro, flácidas, que se
rompem e demonstram base eritematosa, brilhante e úmida. O diagnóstico mais provável é:
A) varicela
B) escabiose
C) molusco contagioso
D) impetigo bolhoso
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152. Criança com 6 anos de idade apresentou um segundo episódio de convulsão tônico-clônica
generalizada, dois dias após o primeiro episódio, com dez minutos de duração. Há
ocorrência familiar do mesmo quadro. EEG confirmou epilepsia. A princípio, a droga de
escolha é:
A) carbamazepina
B) vigabatrina
C) valproato
D) fenobarbital
153. A droga empregada para a profilaxia dos contactantes de crianças com meningite
meningocócica é:
A) sulfametoxazol+trimetoprim
B) rifampicina
C) ampicilina
D) amoxicilina
154. Na SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), o mecanismo epidemiológico mais
importante de aquisição do vírus entre crianças é:
A) transmissão vertical, da mãe para o seu filho
B) transfusão de sangue e derivados
C) abuso sexual
D) uso de drogas injetáveis
155. No diagnóstico de infecção do trato urinário na infância, a urocultura colhida por saco
coletor, de forma adequada, é sugestiva de tal hipótese quando apresenta:
A) mais de 1000 UFC/mL de um patógeno urinário único
B) mais de 10000 UFC/mL de um patógeno urinário único
C) mais de 100000 UFC/mL de um patógeno único
D) crescimento bacteriano em qualquer número
156. Criança com 3 anos de idade, melanoderma, sexo feminino, apresenta febre há 45 dias,
diária, palidez e aumento do volume abdominal. Ao exame físico, observam-se desnutrição
grave, ausculta cardiopulmonar sem alterações, fígado firme e liso, a 6 cm do rebordo costal
direito e baço firme, a 10 cm do rebordo costal esquerdo. Um hemograma imediato
demonstrou hemoglobina= 8g/dL, leucócitos totais= 3500/mm3 (30% neutrófilos,
aneosinofilia) e plaquetas= 80000/mm3. Diagnóstico provável:
A) esquistossomose mansoni
B) leishmaniose visceral (calazar)
C) desnutrição energético-proteica primária
D) anemia falciforme
157. Após o primeiro episódio de infecção do trato urinário em uma criança, deve-se:
A) somente realizar investigação por imagem para as crianças acima de 2 anos de idade
B) aguardar a ocorrência do segundo episódio para realizar investigação por imagem,
independente da idade
C) realizar investigação por imagem em todas as crianças, independente da idade
D) somente realizar investigação por imagem para as crianças abaixo de 2 anos de idade
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158. Dentre os achados laboratoriais de crianças com glomerulonefrite difusa aguda, a
confirmação diagnóstica se faz diante da ocorrência de:
A) presença de proteinúria discreta a moderada
B) dosagem de C3 baixa
C) presença de cilindros hemáticos na urina
D) títulos elevados de ASLO (Antiestreptolisina O)
159. São achados encontrados na síndrome nefrótica em crianças:
A) proteinúria maciça com valores acima de 50mg/kg/dia, hipoalbuminemia < 2,5g/dL,
colesterol sérico baixo
B) proteinúria moderada com valores abaixo de 50mg/kg/dia, hipoalbuminemia < 2,5g/dL,
colesterol sérico baixo
C) proteinúria moderada ou baixa com valores abaixo de 50mg/kg/dia, albumina sérica
normal, hipercolesterolemia
D) proteinúria maciça com valores acima de 50mg/kg/dia, hipoalbuminemia < 2,5g/dL,
hipercolesterolemia
160. O principal patógeno bacteriano causador de faringotonsilite é:
A) estreptococo beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes)
B) Haemophilus influenzae
C) Staphylococcus aureus
D) Moraxella catarrhalis
161. Paciente com 54 anos, diabética e hipertensa, menopausa aos 47 anos, procura
atendimento médico com queixa de episódios de sangramento genital leve há 10 dias. Qual
a conduta apropriada:
A) solicitar ultra-sonografia transvaginal
B) prescrever terapia hormonal estroprogestativa
C) realizar biópsia endometrial
D) realizar curetagem uterina
162. Está indicado para uma paciente de 52 anos, menopausada há cinco anos, com
diagnósticos prévios de angina instável e osteoporose, e que procura atendimento médico
para acompanhamento do climatério:
A) isoflavonas + suplementação de oligoelementos
B) terapia hormonal estrogênica
C) apenas suplementação de cálcio
D) alendronato + cálcio
163. Numa paciente de 47 anos iniciando a apresentar fogachos e irregularidade menstrual, qual
dos seguintes resultados de dosagens hormonais é compatível com o quadro clínico
apresentado?
A) elevação dos níveis de FSH
B) elevação dos níveis de progesterona
C) diminuição dos níveis de LH
D) diminuição dos níveis de prolactina
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164. Contra-indicação absoluta para a prescrição de terapia hormonal estroprogestativa na pósmenopausa:
A) diabetes mellitus
B) varizes de membros inferiores
C) hipertensão arterial
D) antecedente de trombose venosa profunda
165 Em relação ao herpes genital, é correto afirmar.
A) no quadro clínico da primo-infecção, é raro o encontro de sintomas gerais e adenopatia
inguinocrural
B) o diagnóstico é eminentemente citológico, pela visualização de células multinucleadas
C) na seqüência de eventos, os sintomas de prurido e ardência antecedem o surgimento das
vesículas e úlceras
D) numa parturiente com lesão ativa e início de trabalho com bolsa íntegra, a melhor via de
parto é a vaginal
166. Sobre os métodos de rastreamento do câncer de colo uterino, é ERRADO afirmar.
A) a citologia se presta melhor que a colposcopia para a triagem populacional devido a sua
melhor relação custo-benefício
B) a colposcopia é considerada insatisfatória quando a junção escamo-colunar não é
visualizada
C) as áreas iodo-positivas ao teste de Schiller devem ser biopsiadas sob visão colposcópica
D) a colheita adequada de citologia é considerada quando são recolhidas células da
ectocérvice e do canal endocervical
167. É fator de risco para o desenvolvimento de adenocarcinoma do endométrio:
A) uso de tamoxifeno
B) uso de progestagênio
C) infecção por HPV
D) multiparidade
168. Paciente com queixa de corrimento vaginal, associado a prurido intenso e ardor miccional.
Conteúdo vaginal de aspecto grumoso e esbranquiçado. Qual o tratamento:
A) penicilina benzatina – 2.400.000 UI – via intramuscular
B) metronidazol – creme vaginal por 7 dias
C) tinidazol – via oral dose única e vaginal por 7 dias
D) fluconazol – via oral em dose única
169. Paciente de 24 anos, com queixa de oligomenorréia desde a menarca, associada a ganho
de peso e infertilidade. Índice de Ferriman-Gallwey = 12. Qual o diagnóstico provável?
A) hiperprolactinemia
B) síndrome dos ovários policísticos
C) síndrome de insensibilidade androgênica
D) endometriose
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170. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, todas as condutas abaixo
integram o protocolo a ser instituído no atendimento á mulher vítima de violência sexual,
EXCETO:
A) realizar profilaxia da hepatite B com vacina + imunoglobulina
B) prescrever anticoncepção de emergência
C) exigir realização de boletim de ocorrência policial
D) prescrever antibioticoprofilaxia para gonorréia
171. Paciente com 22 anos, com queixa de dor em baixo ventre há uma semana, associada a
dispareunia. Nega febre. Ao exame: presença de secreção purulenta exteriorizando-se pelo
orifício cervical externo. Dor intensa à palpação das tubas uterinas e à mobilização do colo
uterino. Não foram palpadas massas anexiais. Quanto ao tratamento nessa situação, deve
ser:
A) expectante, pois na maioria das vezes ocorre regressão espontânea do quadro
B) ambulatorial, com antibióticos e antiinflamatórios
C) internação, com hidratação e antibióticos por via endovenosa
D) cirúrgico, por laparotomia ou culdotomia
172. Maria, 21 anos, procurou atendimento médico para consulta de rotina, tendo sido colhida
citologia oncótica e solicitados exames sorológicos. Três dias depois, o médico foi procurado
pela chefe do laboratório, com a informação de que o resultado da sorologia para HIV de
Maria havia sido positiva. O médico prontamente contactou a mãe e uma irmã da paciente e
informou sobre o diagnóstico, solicitando que trouxessem Maria na próxima consulta. No
caso em questão, qual princípio da bioética foi violado?
A) autonomia
B) justiça
C) beneficência
D) não-maleficência
173. Adolescente de 14 anos, apresentou a primeira menstruação com 13 anos e vem à consulta,
trazida pela mãe, pelo fato de estar tendo ciclos menstruais irregulares, com intervalos
variando entre 40 e 50 dias. Ao exame: mamas normodesenvolvidas, pêlos axilares e
pubianos presentes e normais, hímen íntegro. Qual a conduta:
A) agonista do GnRH (goserelina)
B) anticoncepcional hormonal oral
C) expectante, pois o quadro é transitório
D) acetato de medroxiprogesterona
174. Sobre a infecção pelo HPV (papilomavírus humano) é correto:
A) está fortemente relacionada com o desenvolvimento de cistoadenocarcinoma do ovário
B) os subtipos 16 e 18 são considerados de alto potencial oncogênico
C) a vacina contra o HPV está indicada para todas as mulheres com idade inferior a 30 anos
D) o diagnóstico é clínico, pelas características dos sintomas apresentados e lesões típicas
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175. Hormônio implicado com o recrutamento folicular no início do ciclo menstrual:
A) LH
B) FSH
C) estradiol
D) progesterona
176. Paciente com queixa de ausência de menstruações há três meses. Ao exame: presença de
descarga papilar láctea bilateral, em pequena quantidade. Quanto a conduta imediata a ser
tomada:
A) prescrever anticoncepcional para regularização dos ciclos
B) prescrever bromocriptina ou cabergolina
C) solicitar beta-hCG, dosagem de prolactina e dosagem de TSH
D) encaminhar para acompanhamento pré-natal
177. Paciente de 48 anos, G3P3A0 (3 partos vaginais), com queixa de incontinência urinária aos
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esforços. Nega urgência miccional e polaciúria. Exame físico: IMC = 26 kg/m , cistocele grau
II, retocele grau II. Urocultura sem crescimento bacteriano. Tratamento adequado:
A) terapia hormonal
B) anticolinérgicos
C) imipramina
D) cirúrgico
178. Paciente de 25 anos, com quadro controlado de epilepsia, em uso de contraceptivo
hormonal oral combinado. Vem para esclarecimento de dúvidas quanto ao uso da pílula.
Qual das seguintes alternativas está correta:
A) o método contraceptivo deve ser trocado imediatamente, pois está formalmente contraindicada a utilização de anticoncepcional hormonal em pacientes com epilepsia
B) na ocorrência de sintomas gástricos e náuseas, a paciente deve ser orientada para tomar
a pílula em jejum
C) na eventualidade de precisar aumentar a dose da medicação anticonvulsivante utilizada, a
dosagem do contraceptivo deve ser diminuída
D) na ocorrência de esquecimento do uso de uma pílula nas últimas 24 horas, a paciente
deverá tomar a pílula imediatamente, não sendo necessário associar uso de condom
179. Paciente de 42 anos, apresentou resultado alterado de citologia oncótica, sendo
encaminhada para realização de colposcopia. Foi identificada uma área suspeita, que foi
biopsiada. Resultado do exame anátomo-patológico: NIC 3/carcinoma in situ. Qual a conduta
seguinte:
A) conização
B) hibridização in situ
C) eletrocauterização do colo
D) histerectomia total
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180. Paciente de 29 anos, notou aparecimento de caroço em mama esquerda há 15 dias. Ao
exame, palpa-se nódulo de aproximadamente 2 cm, no quadrante superior externo da mama
esquerda, arredondado, consistência firme, limites nítidos e ampla mobilidade. Sem
descarga papilar à expressão. Qual a hipótese diagnóstica mais provável:
A) abscesso mamário
B) ectasia ductal
C) fibroadenoma
D) tumor maligno da mama
181. É fator de risco para amniorrexe prematura:
A) descolamento placentário
B) infecção urinária
C) prematuridade
D) malformação fetal
182. São achados imprescindíveis para o diagnóstico de abortamento incompleto
A) colo uterino fechado e sangramento genital
B) embrião intra-útero e sangramento transvaginal
C) ausência de restos ovulares intra-útero e dor pélvica
D) restos ovulares e sangramento transvaginal
183. Multípara, apresentando palpitações e dispnéia aos grandes esforços. Na ausculta cardíaca
evidenciou-se hiperfonese de B2, extra-sístoles esporádicas, e freqüência cardíaca de
79bpm. Estes dados podem corresponder a:
A) achados fisiológicos
B) insuficiência tricúspide
C) estenose mitral
D) miocardiopatia hipertrófica
184. Em relação à vacinação no pré-natal, é correto afirmar:
A) utilização de anti-tetânica é recomendado em quem desconhece seu uso prévio
B) vacina para febre amarela é rotina em pacientes que trabalham com animais
C) vacina para hepatite B deve ser utilizada sempre que há sorologia negativa
D) vacina da rubéola causa malformações graves quando aplicada no 1º trimestre
185. É fundamental na primeira consulta de pré-natal
A) ausculta fetal e coleta de citologia oncótica
B) realização de ultrassonografia transvaginal e exame clínico
C) avaliação do risco gestacional e solicitação de exames laboratoriais
D) vacinação para tétano e hepatite B
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Revalidação de Diploma Medicina
186. É causa de rotura uterina
A) dose elevada de sulfato de magnésio
B) uso crônico de corticóide
C) anti-inflamatórios em alta dose
D) uso indevido de ocitócicos
187. Multípara, não realizou pré-natal, apresentando sangramento transvaginal associado a dor
abdominal de forte intensidade, iniciados há 20 minutos. Idade gestacional de 33 semanas.
Ao exame: bom estado geral, dispnéica, hidratada, pressão arterial de 150 x 120mmHg,
útero hipertônico, ausculta fetal 100bpm. Qual o diagnóstico?
A) placenta circunvalada
B) placenta prévia
C) rotura de vasa prévia
D) descolamento prematuro de placenta
188. Primigesta com 15 anos, idade gestacional de 36 semanas, não recebeu assistência prénatal. Apresenta quadro de cefaléia de forte intensidade, náuseas, epigastralgia e
convulsão. Pressão arterial de 160x110mmHg. Ausência de contração uterina, colo impérvio,
ausculta fetal=170 bpm. Diagnóstico e conduta, respectivamente:
A) síndrome HELLP e cesárea
B) iminência de eclâmpsia e indução do parto
C) eclâmpsia e cesárea
D) hipertensão gestacional e indução do parto
189. Em pré-eclâmpsia grave com edema agudo de pulmão, qual a conduta imediata de escolha?
A) digoxina
B) furosemida
C) atenolol
D) alfa-metil dopa
190. São causas de coagulopatia na gravidez, EXCETO
A) placenta prévia
B) sepse
C) óbito fetal
D) descolamento prematuro de placenta
191. Apresentam risco aumentado para hemorragia no quarto período do parto:
A) gemelaridade, leiomioma uterino intramural, corioamnionite
B) macrossomia fetal, anestesia com halogenados, diabetes mellitus
C) leiomioma uterino subseroso, nuliparidade, corioamnionite
D) polidrâmnio, cardiopatia, hipertrigliceridemia
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192. Conduta eficaz em trabalho de parto pré-termo após 35 semanas
A) aspirina
B) antibioticoterapia
C) bloqueador de canal de cálcio
D) corticoterapia
193. É correto quanto à contratilidade uterina
A) as contrações do período premunitório obedecem o triplo gradiente descendente
B) mantém-se de forma rítmica após a dequitação
C) cessam completamente após o quarto período do parto
D) tem início simultâneo no segmento e fundo uterino
194. Puérpera, 24 horas após cesárea, apresentando febre e leucocitose, com linfócitos atípicos:
A) realizar imediatamente ultrassonografia para avaliar endometrite
B) deve ser iniciado antibioticoterapia
C) pode se tratar de achado fisiológico
D) proceder a curetagem uterina devido à presença de restos ovulares
195. Qual a conduta na primeira hora após parto operatório a fórceps, em paciente com choque
hipovolêmico?
A) revisão do canal de parto e avaliação uterina
B) transfusão sanguínea, reposição de plaquetas
C) avaliação hemodinâmica e histerectomia parcial
D) reposição de plasma fresco e crioprecipitado
196. Multípara com sangramento transvaginal intermitente, chega à urgência em trabalho de
parto com quadro de hemorragia genital significativa, que melhora após realizar amniotomia.
Qual o diagnóstico?
A) descolamento prematuro de placenta
B) rotura uterina
C) laceração de colo uterino
D) placenta prévia
197. Qual a conduta para uma paciente que durante o pré-natal apresenta um exame sorológico
positivo para HIV?
A) iniciar profilaxia para infecção urinária e hepatite B
B) realizar dois testes de triagem simultâneos com princípios diferentes
C) interromper imediatamente a gravidez
D) iniciar terapia antiretroviral
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198. Em paciente com pré-eclâmpsia grave, o acidente vascular cerebral ocorrido 35 dias após o
parto, deve ser considerado:
A) causa natural, portanto não é morte materna
B) morte materna de causa obstétrica indireta
C) morte materna de causa não obstétrica
D) morte materna de causa obstétrica direta
199. Durante a realização de um procedimento de curetagem uterina, um médico ginecologista
identificou, além dos restos ovulares, a presença de uma estrutura semelhante a cordão
umbilical, finalizando o procedimento normalmente. Dois dias depois, a paciente foi
reinternada com quadro de peritonite e sepse grave. À laparotomia, foi detectada perfuração
uterina e de alça intestinal. Quanto à conduta do médico que realizou a curetagem, é correto
afirmar:
A) não houve erro médico
B) ocorreu negligência e imperícia
C) ocorreu imprudência
D) trata-se de complicação freqüente
200. É método anticoncepcional seguro e eficaz na mulher que está amamentando:
A) realização da tabela
B) amamentação exclusiva
C) uso de diafragma
D) pílula a base de progestagênio
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