DA ENTREVISTA À PRODUÇÃO DE TEXTOS Stefânia Caroline

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DA ENTREVISTA À PRODUÇÃO DE TEXTOS
Stefânia Caroline Oviedo de LIMA1
Milena Monique OVIEDO2
Eixo Temático: Processos de Ensino Aprendizagem – com ênfase na inovação tecnológica,
metodológica e práticas docentes
Agência Financiadora: CAPES
Resumo
Este trabalho tem como objetivo apresentar resultados obtidos por intermédio da
intervenção didática do Projeto Olimpíadas de Língua portuguesa – Escrevendo o futuro em
sala de aula. Esse método de ensino-aprendizagem se iniciou através do Ministério da
Educação e da Fundação Itaú Social, mediante a coordenação técnica do Centro de
Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), que neste ano
acontece sua 5ª edição. O tema selecionado é “O lugar onde vivo”, do qual seu objetivo é
favorecer os alunos a ampliar vínculos com a comunidade e aprofundar o entendimento
sobre a realidade, colaborando para seu desenvolvimento como cidadão. Em 2016, os
primeiros 100 mil docentes inscritos recebem o DVD com a Coleção da Olimpíada,
ferramenta que apresenta a sequência didática com intuito de ensinar a escrita em quatro
gêneros textuais. O objetivo específico da intervenção tracejou na ideia de que, mediante a
leitura de diferentes textos e de entrevistas, estimulam a produção textual do gênero
narrativo. Assim, apresentou-se aos alunos do 8º ano A, da Escola Estadual São José
(Cassilândia - Mato Grosso do Sul), a estrutura e as características desse gênero por meio
de redações, pesquisas, slides, apresentações, vídeos e entrevistas com os colegas e
pessoas idosas da cidade para saber o quanto a cidade desenvolveu, e se o comportamento
das pessoas mudaram após vários anos, posteriormente transformaram essa entrevista em
uma narrativa de primeira pessoa por conseguinte em uma narrativa em terceira pessoa,
desse modo, estimular o aluno à produção textual. Os problemas identificados na maioria
dos alunos do ensino básico é a dificuldade em se comunicar perante os colegas em
apresentações de trabalhos ou em leituras em sala de aula, se sentiam constrangidos e não
havia muita interação nesse sentido, não conseguiam expor suas ideias no papel, isto é, em
fazer redações ou resumos. O fato é que esse tipo de bloqueio os afetam durante toda a
vida acadêmica, por isso que muitos estudantes chegam ao Ensino Médio e Superior sem a
menor ideia sobre como extrair os conteúdos principais de um texto. Foi utilizado como
fundamento teórico a obra: A coesão Textual de Ingedore Grunfeld Villaça Koch, em sua
produção faz uma introdução a linguística textual em que destaca propriedades básicas da
organização do texto. O livro aponta as técnicas constitutivas de pesquisa e examina, a
partir delas, as classes das palavras, tempos verbais, os conectivos entre outros. Os
comentários e os exemplos favorecem o leitor a observar de maneira diferente elementos da
linguagem, comumente expostos dentro dos limites do discurso, que oculta a sua real
dimensão. Também foi trabalhado a obra: Gêneros textuais: definição e funcionalidade de
Luiz Antônio Marcuschi, em que o autor afirma que os gêneros textuais chegam, fixam e se
ajustam operante nas culturas em que se desenvolvem e definem-se muito mais por suas
atividades comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas características
linguísticas e estruturais é impossível se comunicar oralmente a não ser por algum gênero,
nessa contextura os gêneros textuais se atribuem como ações sócio discursivas. Consoante
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Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – (UEMS/UUC), e-mail: [email protected].
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – (UEMS/UUC), e-mail: [email protected].
a Marcuschi o hibridismo instiga a ligação entre oralidade e escrita, e nos mostra que
devemos ter em mente essa relação no contexto dos gêneros, desde os mais informais até
os mais formais e em todos as circunstancias e situações de rotina cotidiana. As obras
denotam linguagens simples e de fácil entendimento, foi possível transmitir aos alunos com
eficácia e dinâmica a essência do assunto. A execução das atividades foram promovidas
pelos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência),
supervisionados pelo professor regente da sala. Durante toda a execução deste trabalho,
tentou-se mostrar ao aluno a importância do gênero textual narrativo, com a finalidade de
lhe transmitir a utilidade desse tipo de texto tanto na vida cotidiana como na escolar do
mesmo. Nessa perspectiva, o aluno do Ensino Básico e os bolsistas adquiriram experiência
da compreensão textual, mediante a leitura de jornais, revistas e artigos, a fim de ter maior
conhecimento sobre o assunto em desenvolvimento com vistas à produção textual do aluno,
durante o processo, houve contato com palavras que geralmente, não faziam parte do
cotidiano deles, consequentemente, não faziam parte também de seu vocabulário, utilizado
no dia a dia. Os resultados obtidos foram satisfatórios, uma vez que os estudantes do
Ensino Fundamental II desenvolveram significativo senso crítico, totalmente visível em suas
produções, melhoraram a ortografia, linha de raciocínio e debateram abertamente a respeito
de assuntos que cercam a vida cotidiana do cidadão e sua cidade. Constatou-se que esse
discente obteve evolução bastante surpreendente e positiva no decorrer da proposta.
Palavras-chave: Entrevista, produção textual, oralidade, narrativa, aprendizagem, leitura.
Referências
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual: Mecanismos de constituição textual a
organização do texto fenômenos de linguagem. 6 ed. - São Paulo: Contexto, 1993. 75p.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Disponível em:
https://pt.scribd.com/doc/61404180/Generos-textuais-definicao-e-funcionalidade-Luiz-ntonioMarcuschi <Acesso em: 20/10/2016 as 15:08 h>.
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