Juízos de valor bom e mau, bom e ruim Vânia Dutra de Azeredo

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Juízos de valor bom e mau, bom e ruim
Vânia Dutra de Azeredo, Lays Rodrigues da Silva
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
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Objetivos
Esta pesquisa tenciona analisar os juízos de
valor bom e mau, bom e ruim em Nietzsche, e
tem como empenho maior compreender as
mudanças valorativas que remetem a
transformações de designações expressas em
tais juízos. Nós propomos uma leitura das obras
nietzschianas: Além do Bem e do Mal e
Genealogia da Moral, perguntando sob que
condições o homem inventou para si tais juízos
e como uma sociedade durante gerações vive
de acordo com a moral estabelecida sem ao
menos questionar suas precedências ou quais
suas intenções quanto à promoção da vida.
Métodos/Procedimentos
A partir da leitura dos textos de Nietzsche:
Genealogia da Moral e Para além do bem e do
mal, e comentários a respeito do tema; tendo
como metodologia análise textual, temática,
interpretativa e síntese dos textos que constam
na bibliografia, analisamos o percurso ahistórico que vingou até os psicólogos e
utilitaristas ingleses – aquele por qual não há
embasamento,
pois
os
mesmos
não
conseguiam ao menos buscar evidências que
comprovassem suas teorias acerca da origem
dos juízos. Clarifica-se, portanto, a forte
necessidade nietzschiana de uma nova análise
histórica, filológica e genealógica sobre os
juízos morais, donde consideramos o ponto de
partida para a pesquisa. O trabalho foi
desenvolvido através de encontros semanais
dos alunos-pesquisadores ao longo de um ano,
pautando-se em debates e exposição ao grupo.
Resultados
Não existe uma moral absoluta na filosofia de
Nietzsche, apenas consentimento do homem
por uma moralidade fertilizada na sociedade e
fortemente enraizada na religião. Tudo é
interpretação na ótica nietzschiana, portanto
seu uso indevido é condigno a vicitudes das
moralidades que geram o declínio da vontade.
Portanto, compreende-se que os juízos de valor
"bom" e "mau", contraposto a "bom" e "ruim"
fazem parte do valor e utilidade da ação e das
tradições morais, que para Nietzsche são
adestramento e pacificação do animal homem,
que por não serem desmitificados continuam
tornando-o um ser débil, incapaz de julgar por
sua própria natureza e de acordo com suas
necessidades. Um homem até poderia pautar
sua vida com tais moralidades, porém elas
deveriam afirmar sua existência. haja vista
serem mais que avaliações morais, transpondo
ao comportamento humano e florescendo no
imaginário.Superação dos valores, é o que
pretende ao desejar um homem além do bem e
do mal.
Conclusões
Entende-se que do dúbio juízo de valor: “ruim” e
“mau” oposto a “bom” – embora deturpados por
escravos e sacralizados pela casta sacerdotal derivou-se as novas tábuas de valores
postulando bem e mal como moralidade
partindo do viés cristão. Nietzsche quer romper
esta submissão permitindo o homem o
confronto com Deus, ou qualquer forma de
dominação.
Pretendese
eliminar
imediatamente as ilusões da verdade absoluta
referentes ao conhecimento, à moral e à
religião.
Referências Bibliográficas
[1]AZEREDO, Vânia. Nietzsche e a dissolução
da moral. São Paulo: Discurso Editorial & Unijuí,
2003. [2]MARTON, Scarlett. Das forças
cósmicas aos valores humanos. Belo Horizonte:
UFMG, 2010. [3]MELO, Eduardo. Nietzsche e a
justiça.
São
Paulo:
Perspectiva,
2010.[4]NIETZSCHE, F. Genealogia da moral.
Tradução de Paulo César Souza, São Paulo:
Companhia das Letras, 1987. [5] ____________
Para além do bem e do mal. Tradução de Paulo
César Souza, São Paulo: Companhia das
Letras,
2009.
[6]SAFRANSKI,
Rüdiger.
Nietzsche uma biografia, Trad. Lya Luft, São
Paulo: Geração, 2011.
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