- UFCG/CSTR

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
TAXOCENOSE DE CUPINS EM ÁREA DE CAATINGA DA DEPRESSÃO
SERTANEJA SETENTRIONAL PARAIBANA, NORDESTE DO BRASIL
ISRAEL SOARES DA SILVA
PATOS – PB
2016
ISRAEL SOARES DA SILVA
TAXOCENOSE DE CUPINS EM ÁREA DE CAATINGA DA DEPRESSÃO
SERTANEJA SETENTRIONAL PARAIBANA, NORDESTE DO BRASIL
Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura
Plena em Ciências Biológicas da Universidade
Federal de Campina Grande campus de Patos,
PB, para obtenção do Grau de Licenciado em
Ciências Biológicas.
Orientadora: Prof.ª Dr.a Flávia Maria da Silva Moura
PATOS – PB
2016
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG
S586t
Silva, Israel Soares da Silva
Taxocenose de cupins em área de Caatinga da depressão sertaneja
setentrional paraibana, Nordeste do Brasil / Israel Soares da Silva. – Patos,
2016.
47f. il. color.
Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas) – Universidade
Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2016.
"Orientação: Profa. Dra.Flávia Maria da Silva Moura”
Referências.
1. Biodiversidade. 2. Grupos alimentares. 3. Densidade de ninhos.
4. Semiárido. I. Título.
CDU 573:37
AGRADECIMENTOS
Aos meus familiares, pelo amor, carinho e confiança;
À minha orientadora, Prof.a Dr.a Flávia Maria da Silva Moura, pelo auxilio nas
análises e na identificação das espécies, pelo profissionalismo, dedicação e
incentivo, sobretudo pelos muitos ensinamentos passados durante todo esse tempo
do desenvolvimento do trabalho;
Aos estudantes Emanuelly Félix, Gusmão Ferreira e Laisa Rodrigues pelo
auxílio nas coletas de campo que tiveram grande importância para o trabalho;
Aos meus colegas, parceiros de curso que compartilharam momentos difíceis e
alegres ao longo desses cinco anos de jornada;
Aos muitos amigos, que estiveram ao meu lado durante essa etapa da minha
vida, em especial as grandes amigas Jéssica de Sousa Pereira e Thalíta Luana da
Silva Ferreira;
Aos membros da banca avaliadora por aceitarem participar e pelas
contribuições futuras;
A todos que de uma forma ou de outra me apoiaram no desenvolvimento desse
trabalho.
“A conquista do homem sobre a natureza revela-se, no momento da sua consumação,
a conquista da natureza sobre o homem.”
C. S. Lewis
RESUMO
A Caatinga é um mosaico de arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas,
cobrindo grande parte do Nordeste brasileiro. De forma geral, existem poucos
inventários publicados sobre a diversidade de cupins em áreas de Caatinga. O
objetivo deste estudo foi analisar a composição da taxocenose de cupins em uma
área de Caatinga localizada no município de São Bentinho, Estado da Paraíba,
Brasil. Um protocolo padronizado de amostragem (30 horas x pessoa) foi aplicado,
consistindo de seis transectos de 65 m, com cinco parcelas de 10 m 2 distribuídas ao
longo de cada um dos transectos. A densidade de ninhos foi estimada em seis
parcelas de 65 x 20 m. Registraram-se 20 morfoespécies, pertencentes a 15
gêneros e três famílias, com 109 encontros. A riqueza de espécies estimada foi 24,8
± 5,4 (Chao2) e 25,8 ± 2,1 (Jackknife1). Os Apicotermitinae, Nasutitermitinae e
Termitinae apresentaram o mesmo número de espécies, enquanto que os
Nasutitermitinae foram mais abundantes. O grupo alimentar dos xilófagos foi
dominante. Registraram-se cinco espécies construtoras de ninhos conspícuos:
Constrictotermes
cyphergaster,
Microcerotermes
strunckii,
Microcerotermes
indistinctus, Nasutitermes corniger e Nasutitermes macrocephalus. A densidade
estimada foi de 57,7 ± 48,8 ninhos ativos/ha (média ± desvio padrão), sendo C.
cyphergaster a principal espécie construtora. O número de morfoespécies
encontradas ficou dentro da amplitude já registrada para áreas de Caatinga (10 a 29
morfoespécies).
A
Caatinga
apresenta
clima,
vegetação
e
geomorfologia
heterogêneos, dessa forma, a ampliação dos estudos sobre a diversidade de cupins
em seus ecossistemas pode ajudar no futuro reconhecimento de padrões de
diversidade regionais para cupins.
Palavras-chave: Biodiversidade, Grupos Alimentares, Densidade de Ninhos,
Semiárido.
ABSTRACT
The Caatinga is a mosaic of brambles and seasonally dry forests, covering much of
northeastern Brazil. In general, there are few inventories published on the diversity of
termites in areas of Caatinga. The aim of this study was to analyze the composition
of the assemblage of termites in a Caatinga area in the county of São Bentinho,
Paraíba State, Brazil. A standardized sampling protocol (30 hours x person) was
applied, consisting of six transects 65 m, five parcels of 10 m² distributed along each
transect. The density of nests
was estimated at six plots of 65 x 20 m. 20
morphospecies were registered, belonging to 15 genera and three families, with 109
encounters. The richness of species estimated was 24.8 ± 5.4 (Chao2) and 25.8 ±
2.1 (Jackknife1). The Apicotermitinae, Nasutitermitinae and Termitinae had the same
number of species, while Nasutitermitinae were more abundant. The food group of
xylophagous was dominant. Were registered five species builders conspicuous
nests: Constrictotermes cyphergaster, Microcerotermes strunckii, Microcerotermes
indistinctus, Nasutitermes corniger and Nasutitermes macrocephalus. The density
was 57.7 ± 48.8 active nests/ha (mean ± standard deviation), and C. cyphergaster
being the main construction specie. The number of morphospecies found was within
the range already registered for areas of Caatinga (10-29 morphospecies).The
Caatinga presents climate, vegetation and heterogeneous geomorphology, thus the
amplification of studies on termite diversity in their ecosystems can help in the future
recognition of regional diversity patterns for termites.
Keywords: Biodiversity, Food Groups, Density Nests, Semi-Arid.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01.
Localização da área de estudo, município de São Bentinho, estado da
Paraíba, Brasil. ......................................................................................................... 19
Figura 02.
Serra de São Bentinho, São Bentinho, Paraíba, Brasil. ...................... 20
Figura 03.
Riqueza de espécies e número de encontros de cupins por subfamília
de Termitidae na Serra de São Bentinho, município de São Bentinho, Estado da
Paraíba, Brasil. ......................................................................................................... 26
Figura 04.
Riqueza de espécies e número de encontros de cupins por grupo
alimentar na Serra de São Bentinho, município de São Bentinho, Estado da Paraíba,
Brasil. ....................................................................................................................... 26
Figura 05.
Curva de acumulação de espécies de cupins (Mao-Tau) e intervalo de
confiança (95%), na Serra de São Bentinho, município de São Bentinho, Estado da
Paraíba, Brasil. ........................................................................................................ 27
Figura 06.
Bentinho,
Ninhos conspícuos ativos de cupins construídos na Serra de São
município
de
São
Bentinho,
Paraíba,
Brasil.
................................................................................................................................... 28
Figura 07.
Análise
de
agrupamento
(UPGMA)
(acima)
e
Escalonamento
multidimensional não-métrico (nMDS) (abaixo) entre oito áreas de Caatinga no
Nordeste do Brasil. .................................................................................................. 29
LISTA DE TABELAS
Tabela I.. Riqueza de espécies, abundância relativa (número de encontros), grupo
alimentar e micro-habitat de cupins em área de Caatinga, localizada no município de São
Bentinho, Estado da Paraíba, Brasil. .................................................................................... 25
Tabela II.. Volume estimado (em litros) e densidade de ninhos conspícuos ativos de cupins
por hectare (média ± desvio padrão) registrados para a Serra de São Bentinho, localizada
no
município
de
São
Bentinho,
Estado
da
Paraíba,
Brasil.
............................................................................................................................................... 27
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 14
3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 15
3.1 Cupins: caracterização, importância e diversidade ............................................ 15
3.2 A Caatinga .......................................................................................................... 17
3.3 Levantamentos de cupins da Caatinga .............................................................. 18
4 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 20
4.1 Área de Estudo ................................................................................................... 20
4.2 Amostragem ....................................................................................................... 21
4.3 Análises .............................................................................................................. 23
4.4 Similaridade faunística entre áreas de Caatinga ................................................ 24
5 RESULTADOS ...................................................................................................... 25
6 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 31
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 35
8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 36
APENDICE A ........................................................................................................... –
APENDICE B ........................................................................................................... --
12
1 INTRODUÇÃO
A Caatinga compreende um mosaico de arbustos espinhosos e florestas
sazonalmente secas, cobrindo grande parte do Nordeste do Brasil, sendo marcada
pela caducidade das folhas durante a estação seca e abundância de arbustos
espinhosos (AUBRÉVILLE,1961). Apresenta variações pluviométricas anuais, que
formam curtas estações chuvosas e longos períodos de estiagem (LEAL et al., 2005;
KROL et al., 2001). Grande parte das áreas de Caatinga vem passando por intensos
declínios de diversidade decorrentes, principalmente, da ação humana, esse
problema intensifica-se por ser uma das regiões menos inventariadas e menos
estudadas (ALVES, 2009).
Os cupins estão entre os grupos de insetos com maior importância para a
manutenção estrutural e ecológica das florestas, devido a sua capacidade detritívora
e sua influência na ciclagem de nutrientes (JOUQUET et al., 2011). Tais atividades
funcionais nos ecossistemas, lhes conferem o status de indicadores para a
qualidade dos habitats e de organismos indispensáveis para a manutenção biológica
do globo (EGGLETON & TAYASU, 2001).
A diversidade e o padrão de distribuição dos cupins demonstram influência
direta da sua localização espacial (EGGLETON et al., 1994), sofrendo um declínio
da riqueza de espécies quando se afasta do equador (JONES & EGGLETON, 2011).
As regiões tropicais e subtropicais têm um maior destaque quanto a esses
parâmetros, ao apresentar uma grande parcela das espécies conhecidas e um
elevado índice de endemismo de espécies e gêneros (CONSTANTINO, 1998).
Comparativamente
aos
estudos
realizados
em
outros
domínios
morfoclimáticos brasileiros, existem poucos inventários publicados sobre a
diversidade de cupins em áreas de Caatinga (MARTIUS et al., 1999; MÉLO &
BANDEIRA, 2004; VASCONCELLOS et al., 2010; ALVES et al., 2011; JUNIOR et
al., 2014; VASCONCELLOS & MOURA, 2014; COUTO et al., 2015; ARAÚJO et al.
2015). Nos últimos quinze anos, um grande esforço amostral vem sendo empregado
na realização de levantamentos das taxocenoses de cupins em diversas áreas de
Caatinga, possibilitando maiores comparações de dados e realização de testes de
similaridade entre áreas (ALVES, 2011; VASCONCELLOS & MOURA, 2014). Tais
13
pesquisas vem favorecendo uma mudança de cenário, contudo os esforços ainda
são preliminares (COUTO et al., 2015).
Tendo em vista a fragilidade e a fragmentação da Caatinga, resultando em
declínios significativos de riqueza e abundância de espécies (VASCONCELLOS et
al., 2010), estudos de biodiversidade em tais áreas são de extrema relevância.
Sendo possível investigar a distribuição regional das espécies, levando em
consideração a complexidade estrutural da região. Espera-se que o presente estudo
sirva como base para estudos das taxocenoses e ecológicos sobre cupins,
fornecendo dados importantes para o conhecimento biológico e conservação em
áreas de Caatinga.
14
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Caracterizar a estrutura da taxocenose de cupins, em uma área de Caatinga
localizada no município de São Bentinho, Estado da Paraíba, Brasil.
2.2 Específicos
 Determinar a composição da termitofauna da área de estudo;
 Determinar a riqueza de espécies e abundância relativa de colônias;
 Caracterizar a estrutura trófica e os hábitos de nidificação das taxocenoses;
 Estimar a densidade de ninhos conspícuos e determinar as espécies
construtoras;
 Avaliar a similaridade faunística da área de estudo em relação a outras áreas
de Caatinga já inventariadas.
15
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Cupins: caracterização, importância e diversidade
Os térmitas ou cupins são insetos da subordem Isoptera (ordem Blattodea). O
nome da subordem faz referência as asas da casta reprodutiva (alados) que
apresentam semelhanças morfológicas entre as anteriores e posteriores, “asas
iguais” (Do Grego iso, igual; pteron, asa). Os Isoptera são insetos sociais com
interações entre os indivíduos da colônia, constituídos por castas bem definidas
(KORB, 2012); apresentando uma sobreposição de gerações na colônia, cuidado
cooperativo com a prole e divisão das atividades reprodutivas (WILSON,1971).
Segundo a classificação de Khrishna et al. (2013), a subordem Isoptera é
composta por nove famílias: Kalotermitidae, Stylotermitidae, Hodotermitidae,
Termopsidae, Mastotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae, Indotermitidae e
Termitidae. No Brasil, as espécies de cupins encontradas são pertencentes a quatro
famílias, Serritermitidae, Rhinotermitidae, Termitidae e Kalotermitidae, sendo
Serritermitidae endêmica da América do Sul (CONSTANTINO & ACIOLI, 2006).
Os cupins são fototrópicos negativos, fato que contribuiu para que as
espécies vivam no interior de galerias e ninhos (GRASSÉ, 1982). Os ninhos,
também conhecidos como cupinzeiros, variam quanto ao volume, forma, localização
e altura no qual está aderido. Esta diversidade de ninhos relaciona-se principalmente
a fatores adaptativos e evolutivos (COSTA-LEONARDO, 2002). Quanto a sua
posição em relação ao solo, os ninhos podem ser classificados em: epígeos, quando
apresentam parte acima do solo e parte abaixo do solo; hipógeos, quando são
subterrâneos; arborícolas, quando estão aderidos a troncos de árvores; e do tipo
one-piece, que são encontrados no interior de madeira seca (FONTES, 1979).
Podem ocorrer espécies de cupins que coabitam os ninhos de outras espécies,
formando um inquilinismo entre elas (DOMINGOS, 1983).
Devido a sua alta capacidade detritívora, os cupins exercem um importante
papel ecológico (LEE & WOOD, 1971; HOLT & LEPAGE, 2000), auxiliando na
ciclagem de nutrientes no solo e atuando na mineralização de uma grande variedade
de materiais celulósicos (KASPARI, 2014). Suas atividades trazem benefícios
principalmente para os organismos produtores, oferecendo suporte para o
crescimento das florestas. Devido a capacidade de modificar o habitat, alterando as
16
estruturas químicas e físicas de solo e promovendo sua aeração (ADAMSON, 1943;
WOOD & SANDS, 1978; HOLT & LEPAGE, 2000), os cupins são considerados
engenheiros do ecossistema e indicadores da qualidade do ambiente (BROWN
Jr.,1991; LAWTON et al., 1997; BIGNELL & EGGLETON, 2000). Uma vez que os
cupins podem consumir detritos vegetais nos seus mais variados graus de
decomposição, eles têm um melhor aproveitamento do fluxo energético dos
ecossistemas (DONOVAN et al. 2001; LIMA & COSTA-LEONARDO, 2007;
FREYMANN et al, 2010).
A fauna de cupins é composta por indivíduos morfofisiologicamente
diferentes, compondo as castas; cada casta realiza tarefas especializadas dentro da
colônia (EGGLETON & TAYASU, 2001). Os operários são responsáveis pela busca
e coleta do alimento, nutrição das demais castas e construção de galerias; enquanto
os soldados realizam a defesa da colônia. O casal real, rei e rainha, são
responsáveis pela reprodução, embora algumas espécies possam apresentar mais
de um casal real por colônia (KRISHNA, 1969; LIMA & COSTA, 2007; FERREIRA,
2011).
A biologia alimentar dos cupins é um fator que está diretamente relacionado a
morfologia do intestino e da mandíbula, refletindo a história de vida e evolução
desse grupo (NOIROT, 1995). Os cupins alimentam-se de diversos substratos
celulósicos, como húmus, madeira, serapilheira, entre outros. (DE SOUSA &
BROWN,1994; EGGLETON et al., 1995). Devido ao seu hábito alimentar, muitos
povos têm considerado os cupins como pragas, pelos seus ataques as plantações e
mobilhas de regiões urbanas (COSTA-LEONARDO, 2002; EVANS et al., 2013).
No Mundo, foram descritas aproximadamente 3.100 espécies de cupins
(KHRISHNA et al., 2013), amplamente distribuídas entre as regiões tropicais,
subtropicais e alguns pontos temperados (MAYNARD et al., 2015; SCHEFFRAHN et
al., 2015). Apesar dos maiores valores de abundância e diversidade terem sido
registrados para as florestas tropicais úmidas, os cupins das regiões áridas e
semiáridas apresentam igual ou maior valor funcional relacionado aos processos
ecológicos (HOLT & COVENTRY, 1990; BIGNELL & EGGLETON, 2000).
Foram registradas aproximadamente 650 espécies cupins na região
Neotropical, principalmente em áreas de florestas tropicas e savanas (CANCELLO &
SCHLEMMERMEYER, 1999; CONSTANTINO, 2016). No Brasil foram descritas
aproximadamente 320 espécies de cupins, mas estimativas projetam que esse
17
número possa ser maior, algo em torno de 500 espécies (CONSTANTINO &
CARVALHO, 2012).
3.2 A Caatinga
A Caatinga é o domínio morfoclimático predominante da região Nordeste do
Brasil (SAMPAIO, 1995), composto por um mosaico de arbustos espinhosos e
florestas sazonalmente secas (TRICART, 1961; KUHLMANN, 1974; EITEN 1983;
LEITE, 2015). A Caatinga está inserida no semiárido brasileiro, apresentando um
clima tropical semiárido, e estima-se que 11% do território brasileiro seja ocupado
por esse domínio. A sua cobertura natural vem sofrendo ao longo dos anos uma
vasta redução provocada de forma antropogênica. Estudos recentes apontam uma
Caatinga de natureza extremamente frágil quanto a sua manutenção ecológica
(GIULIETTI et al., 2004; LEAL et al., 2005; ALVES, 2009).
Nessa região, as variações climáticas, juntamente com características do solo
e relevo, formam diferentes paisagens que favorecem a uma complexa fisionomia da
vegetação (ALBUQUERQUE & BANDEIRA, 1995), com formação caducifólia e
espinhosa, associadas a depressões, e formas vegetais encontradas em serras e
chapadas (FERRAZ et al., 1998; GIULIETTI et al., 2004).
Uma das características da região é o regime de chuvas, cuja irregularidade
pluviométrica relaciona-se com a formação de duas estações (REIS, 1976), a
estação chuvosa, com índices pluviométricos mais elevados com duração de três a
cinco meses, geralmente iniciando em novembro; e a estação seca, com eventuais
chuvas de verão ou nenhuma chuva (CHIANG & KOUTAVAS, 2004; LEAL et al.,
2005).
A natureza semiárida da Caatinga, em combinação com fatores geofísicos
antigos e recentes, resultou em um agrupamento de grande diversidade de
ambientes fitogeográficos heterogêneos (ANDRADE-LIMA, 1981; AB’SÁBER, 1974).
Mesmo entre áreas próximas, essa variação de habitats proporciona a ocorrência de
maneiras peculiares de sobrevivência e de histórias de vida da sua fauna e flora
(ANDRADE-LIMA, 1975; LEAL et al., 2003). Estudar essas regiões faz-se necessário
principalmente para conhecer um pouco da diversidade e ecologia refletindo na sua
conservação.
A
Caatinga
apresenta
clima,
vegetação
e
geomorfologia
heterogêneos, dessa forma, a ampliação dos estudos sobre a diversidade de cupins
18
nessa região pode ajudar no futuro reconhecimento de padrões de diversidade
regionais de cupins.
3.3 Levantamentos de cupins da Caatinga
A maioria dos trabalhos sobre cupins no Brasil foram desenvolvidos na
Floresta Amazônica e no Cerrado (MATHEWS, 1977; GONTIJO & DOMINGOS,
1991; MARTIUS, 1994; MARTIUS et al., 1996; BRANDÃO & SOUZA, 1998;
CONSTANTINO, 2005). A Caatinga teve seus primeiros estudos de diversidade para
gêneros nos últimos anos da década de 90 (BANDEIRA & VASCONCELLOS, 1999;
MARTIUS et al., 1999). O primeiro estudo de diversidade exclusivamente da
Caatinga, foi realizado na Estação Ecológica do Seridó, no estado do Rio Grande do
Norte, e revelou uma baixa diversidade de gêneros, quando comparados a outras
regiões como o Cerrado e a Mata Atlântica (MARTIUS et al., 1999).
A primeira lista de espécies de cupins para a Caatinga registrou um total de
17 espécies e 10 gêneros para a Estação Experimental de São João do Cariri, no
estado da Paraíba (MELO & BANDEIRA, 2004). Estudando assembleias de cupins
em três habitats sob diferentes regimes de perturbações antrópicas na Caatinga
paraibana, Vasconcellos et al. (2010) constataram que o modo de aproveitamento
do solo afeta prejudicialmente comunidades de cupins, e esse efeito é mais danoso
na categoria trófica dos xilófagos, catalogando para as três diferentes áreas 26
morfoespécies distribuídas em 19 gêneros. Pesquisando sobre a importância
ecológica dos cupins como bioindicadores da qualidade do habitat em três áreas
com diferentes níveis de antropização, foram registradas 10 espécies e 8 gêneros de
cupins para a Estação Ecológica do Seridó, estado do Rio Grande do Norte (ALVES
et al., 2011).
Até o ano de 2012, aproximadamente 30 espécies de cupins haviam sido
registradas para a Caatinga através de estudos de diversidade, principalmente para
as mesorregiões da Depressão Sertaneja Setentrional e Planalto da Borborema, tais
resultados indicaram que a diversidade de cupins não seria tão baixa quanto se
pensava para essas regiões e parte dessa diversidade de espécies ainda não possui
uma taxonomia definida (VASCONCELLOS & MOURA, 2014). Vasconcellos &
19
Moura (2014) registraram 40 espécies de cupins em áreas de Caatinga, nos
municípios de Curaçá e Milagres, estado da Bahia.
Dez espécies de cupins, distribuídas em 7 gêneros foram catalogadas através
de uma amostragem de abundância, biomassa e influências sazonais na Fazenda
Almas, na cidade de São José dos Cordeiros, estado da Paraíba (ARAÚJO et al.,
2015). Couto et al. (2015) registraram 45 espécies de cupins em Taquaritinga do
Norte, em ecossistemas do semiárido do Nordeste que incluiu ambientes de
Caatinga e de Brejo de Altitude. Desse total, cerca de 16 espécies foram registradas
em área de Caatinga, das quais 14 espécies e 7 gêneros apresentaram distribuição
exclusiva para esse ambiente.
Através de uma compilação de trabalhos publicados até o ano de 2016, foi
feito para o presente estudo um levantamento geral para a diversidade de cupins
registrada em áreas de Caatinga, resultando em aproximadamente 64 espécies
(MELO & BANDEIRA, 2004; VASCONCELLOS et al., 2010; ALVEZ et al., 2011;
JUNIOR et al., 2014; VASCONCELLOS & MOURA, 2014; COUTO et al., 2015;
ARAÚJO et al. 2015). No entanto, se comparada as áreas de Cerrado e Mata
Atlântica, a diversidade de cupins nessa região ainda é pouco conhecida.
20
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Área de Estudo
O estudo foi realizado na Serra de São Bentinho, município de São Bentinho,
Estado da Paraíba, Brasil (6° 52' 37.68" S; 37° 43' 5.79" W). A serra encontra-se
inserida na mesorregião do sertão paraibano (IBGE, 2010), ocupando uma área de
aproximadamente 19 km2 (Figura 1 e 2) que variam de baixo a alto grau de
perturbação ambiental, com uma altitude média de 441m.
A região está inserida na unidade geoambiental da depressão sertaneja
setentrional, representando uma paisagem típica do semiárido nordestino,
caracterizada por uma superfície de pediplanação monótona, situada sob a unidade
litoestratigráfica paleoproterozóica (BRASIL, 2005). O relevo é predominantemente
suave-ondulado, forma comum do Nordeste devido ao ciclo intenso de erosão
(SAMA, 2015).
Figura 1. Localização da área de estudo, município de São Bentinho, estado da Paraíba, Brasil.
21
Figura 2. Serra de São Bentinho, São Bentinho, Paraíba, Brasil.
O clima da área de estudo é do tipo tropical semiárido (Bsh), segundo a
classificação de Köppen, com chuvas de verão podendo ir desde novembro até o
mês de abril. A umidade relativa do ar tem média de 42% a 65%, e a temperatura
média anual varia de 18oC a 33,5ºC. A precipitação média anual para a região é de
409,4mm, embora a pluviometria possa variar entre algumas áreas que apresentam
índices maiores ou menores que a média geral (BRASIL, 2005; AESA, 2006).
Os principais solos encontrados na região são os planossolos, podzólicos,
bruno e litólicos (BRASIL, 1972). Devido a área de estudo estar situada um pouco a
cima da paisagem predominante, apresenta um solo com classificação típica de
elevações residuais, litólico, com afloramento de rochas, raso, pedregoso e com
uma fertilidade natural média (GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA, 1985). A
vegetação é basicamente composta por Caatinga hiperxerófila, variando de floresta
média a baixa; a cobertura vegetal é do tipo arbustiva-arbórea (GOVERNO DO
ESTADO DA PARAÍBA, 1985; BRASIL, 2005).
4.2 Amostragem
Um protocolo padronizado para levantamento rápido de diversidade de
cupins foi aplicado durante os dias 11 a 13 de abril de 2015. Tal protocolo foi
proposto por Cancello et al. (2002), a partir de modificações dos protocolos de De
22
Souza & Brown (1994) e Jones & Eggleton (2000). Foram aplicados seis transectos
de 65m x 2m, com pelo menos 100m de distância entre eles. Cada um dos
transectos foi dividido em cinco parcelas de 5m x 2m (10m2), distantes 10m uma das
outras (com o objetivo de diminuir a probabilidade de coleta da mesma colônia em
parcelas distintas). O tempo amostral por parcela foi de 1h por pessoa. Nesse
período, os cupins foram procurados em ninhos ativos e abandonados (até 2m de
altura), em túneis, em troncos de árvores vivas e mortas, no folhiço, no interior e sob
galhos caídos, no solo (até 20 cm de profundidade), sob pedras e em raízes mortas.
Os espécimes coletados foram armazenados em frascos contendo álcool a 80% e
devidamente etiquetados com informações de campo.
As amostras termíticas foram depositadas no Laboratório de Termitologia da
UFCG, onde foram identificadas a nível de gênero e posteriormente a nível de
espécie/morfoespécie com auxílio de estereomicroscópio. Para as identificações
foram utilizados a chave dicotômica para os gêneros de cupins Neotropicais
(CONSTANTINO, 2002), e os trabalhos taxonômicos em nível específico listados em
Constantino (1998; 2012); também foram realizadas comparações com espécimes
da coleção de referência do Laboratório de Termitologia da UFCG e do Laboratório
de Termitologia da Universidade Federal da Paraíba.
Para a densidade de ninhos conspícuos (visíveis no ambiente), seis parcelas
de 65m x 20m foram estabelecidas paralelamente aos transectos de diversidade,
sendo realizada uma varredura a procura de ninhos. Esses ninhos foram contados,
espécimes foram coletados para posterior identificação, e foram registradas
informações de volume, hábito de nidificação (arborícola ou epígeo), além de
registros fotográficos.
As espécies foram categorizadas em grupos alimentares (EGGLETON et al.,
1995, modificado), de acordo com as observações dos hábitos alimentares in situ,
da morfologia das mandíbulas dos operários (DELIGNE, 1966), da cor e do
conteúdo intestinal (BANDEIRA, 1989) e baseadas em informações da literatura
sobre cupins Neotropicais, como Bandeira (1989), Constantino (1992), Martius
(1994a), Donovan et al. (2001) e Vasconcellos et al. (2010).
Os grupos alimentares foram classificados em: (X) xilófagos, alimentam-se de
madeira; (H) humívoros, alimentam-se de húmus misturado ao solo mineral; (X/H)
23
interface xilófagos/humívoros, alimentamdo-se predominantemente no solo sob
troncos ou dentro de madeira em avançado estágio de decomposição, que se tornou
misturada ao solo (= consumidores intermediários sensu DE SOUZA & BROWN,
1994); e (X/F) xilófagos/folífagos, forrageiam em folhas e/ou galhos da serapilheira.
4.3 Análises
Uma vez obtidos os dados biológicos, como riqueza de espécies, grupos
alimentares, grupos taxonômicos e número de encontros, as medidas ecológicas de
uso frequente na caracterização da estrutura de taxocenoses foram calculadas
através dos programas Primer 7-beta e EstimateS 9.1 (CLARKE & WARWICK, 2001;
COLWELL, 2005). O número de parcelas onde uma dada espécie estava presente
(encontros) foi utilizado como medida indireta da abundância relativa (JONES, 2000;
VASCONCELLOS et al., 2010).
A curva de acumulação de espécies foi construída através do método MaoTau (COLWELL et al., 2004), o qual oferece intervalos de confiança, tendo sido
realizadas 1000 aleatorizações sem reposição a partir dos dados de coleta em cada
parcela. Sendo gerada uma curva de acumulação, na qual o número de espécies em
cada parcela é representado por um desvio formando uma curva, se a curva atingir
assíntota (estabilizar), indica que a riqueza total foi atingida, caso contrário a
ascensão da curva indica que novas espécies podem ser encontradas.
Os estimadores não-paramétricos Chao 2 e Jackknife 1 foram utilizados para
avaliar a riqueza de espécies em cada área. Esses estimadores foram considerados
os dois melhores estimadores não-paramétricos da riqueza de espécies por Walther
& Moore (2005). O Chao 2 é um estimador de segunda ordem que considera o
número de espécies que ocorrem em uma (uniques) ou duas (duplicates) amostras;
dessa forma, quanto maior o número de espécies exclusivas de uma amostra, maior
será o valor da estimativa (MAGURRAN, 2011). O Jackknife1 corresponde a uma
função do número de espécies que acorrem em uma amostra, baseando-se na
amostragem de unidades de partes aleatórias.
24
4.4 Similaridade faunística entre áreas de Caatinga
Para a realização da análise qualitativa de similaridade faunística de cupins
entre áreas de Caatinga, foi construída uma matriz “gênero x localidade” das
taxocenoses de cupins baseada em presença/ausência de gênero. Dados de
inventários faunísticos publicados foram agregados aos resultados do presente
estudo, totalizando 8 áreas. A lista das áreas com localização geográfica e fontes
dos dados foi disponibilizada no Apêndice A. Foi realizada uma análise de
similaridade ao nível de gênero, considerando presença/ausência desses em cada
uma das áreas (Apêndice B).
O conjunto de dados final incluiu 30 gêneros (Apêndice B). A verificação de
sinônimos e de erros ortográficos foi realizada com base no banco de dados on-line
de CONSTANTINO (2016).
A similaridade entre as taxocenoses foi calculada utilizando o coeficiente de
Bray-Curtis. A matriz de similaridade construída foi submetida à análise de
agrupamento utilizando o método UPGMA (unweighted pair-group mean arithmetic
linking method) (LUDWIG & REYNOLDS, 1988). Também foi utilizado o
escalonamento multidimensional não-métrico (nMDS), baseado na matriz de BrayCurtis, para ordenar os atributos das taxocenoses em duas dimensões (GOTELLI &
ELLISON, 2004).
25
5 RESULTADOS
Registraram-se 20 morfoespécies de cupins, pertencentes a 14 gêneros e três
famílias, com 109 encontros (Tabela I). A família Termitidae foi a mais
representativa, apresentando 18 morfoespécies de cupins (90% do total de espécies
e 85,3% dos encontros), a família Rhinotermitidae apresentou uma espécie (5% do
total e 13,8% dos encontros) e a família Kalotermitidae também apresentou uma
espécie (5% do total e 0,9% dos encontros).
As subfamílias de Termitidae (Apicotermitinae, Nasutitermininae e Termitinae)
apresentaram seis morfoespécies cada; quanto ao número de encontros
Nasutitermininae representou 46,2% das amostras, enquanto Apicotermitinae e
Termitinae representaram 26,9% das amostras cada (Figura 3).
A riqueza de espécies estimada foi 24,8 ± 5,4 (Chao2) e 25,8 ± 2,1
(Jackknife1). A espécie como maior número de encontros foi Nasutitermes kemneri,
(18,4% dos encontros), seguida por Heterotermes sulcatus com 13,7% dos
encontros.
O grupo alimentar dos xilófagos foi o mais representativo, tanto em número de
espécies (8 espécies) quanto em número de encontros (48,6% dos encontros);
sendo seguido pelos dos humívoros (7 espécies e 15,6% dos encontros) (Figura 4).
Quanto a suficiência amostral, percebeu-se que a curva de acumulação de
espécies não atingiu assíntota (Figura 5), indicando que em coletas adicionais mais
espécies poderão ser registradas para a área amostrada.
26
Tabela I. Riqueza de espécies, abundância relativa (número de encontros), grupo alimentar e microhabitat de cupins em área de Caatinga, localizada no município de São Bentinho, Estado da Paraíba,
Brasil. Grupo alimentar: Xi, xilófago; Hu, humívoro; Fo, folífago; Xi/Fo, xilófago/folífago; Xi/Hu,
xilófago/humívoro. Micro-habitat: M, madeira; S, solo; A, arborícola; L, serapilheira; I, inquilino.
Táxons
Encontros (n)
Grupo Alimentar
Micro-habitat
KALOTERMITIDAE
Rugitermes sp.
RHINOTERMITIDAE
1
Xi
M
Heterotermes sulcatus Mathews, 1977
TERMITIDAE
APICOTERMITINAE
Anoplotermes sp.
15
Xi
M
8
Hu
S
Aparatermes sp.
1
Hu
S
Apicotermitinae sp.1
4
Hu
S
Apicotermitinae sp.2
Grigiotermes sp.
7
Fo
S
1
Hu
S
Ruptitermes sp.
NASUTITERMININAE
Constrictotermes cyphergaster (Silvestri, 1901)
4
Fo
S
4*
Xi
A
Diversitermes sp.
11
Xi/Fo
L/M/S
Nasutitermes corniger (Motschulsky, 1855)
2*
Xi
A
Nasutitermes kemneri Snyder & Emerson, 1949
20
Xi
M
Nasutitermes macrocephalus (Silvestri, 1903)
5*
Xi
A
Subulitermes sp.
TERMITINAE
Amitermes amifer Silvestri, 1901
1
Hu
S/M
9
Xi/Hu
S/M
Inquilinitermes fur (Silvestri, 1901)
1
Hu
I
Inquilinitermes microcerus (Silvestri, 1901)
1
Hu
I
Microcerotermes indistinctus Mathews, 1977
4*
Xi
A
Microcerotermes strunckii (Sörensen, 1884)
2*
Xi
A
Termes fatalis Linnaeus, 1758
8
Xi/Hu
S/M
Encontros
109
Morfoespécies
20
Chao2 ± DP
24,8 ± 5,4
Jack1 ± DP
*Ninho conspícuo encontrado na área
25,8 ± 2,1
27
Figura 3. Riqueza de espécies e número de encontros de cupins por subfamília de Termitidae na
Serra de São Bentinho, município de São Bentinho, Estado da Paraíba, Brasil.
Figura 4. Riqueza de espécies e número de encontros de cupins por grupo alimentar na Serra de
São Bentinho, município de São Bentinho, Estado da Paraíba, Brasil.
28
Figura 5. Curva de acumulação de espécies de cupins (Mao-Tau) e intervalo de confiança (95%), na
Serra de São Bentinho, município de São Bentinho, Estado da Paraíba, Brasil.
Foram registradas cinco espécies de cupins construtoras de ninhos
conspícuos arborícolas: Constrictotermes cyphergaster, Microcerotermes strunckii,
Microcerotermes indistinctus, Nasutitermes corniger e Nasutitermes macrocephalus
(Figura 6). A densidade de ninhos estimada foi de 57,7 ± 48,8 ninhos ativos/ha
(média ± desvio padrão). O volume médio estimado foi de 43,7 ± 30,6 Litros. A maior
densidade de ninhos foi registrada para Constrictotermes cyphergaster (Tabela II).
Tabela II. Volume estimado (em litros) e densidade de ninhos conspícuos ativos de cupins por
hectare (média ± desvio padrão) registrados na Serra de São Bentinho, localizada no município de
São Bentinho, Estado da Paraíba, Brasil.
Espécies construtoras
Encontros (n)
Volume (L)
Densidade
Constrictotermes cyphergaster (Silvestri, 1901)
31
Nasutitermes corniger (Motschulsky, 1855)
3
Nasutitermes macrocephalus (Silvestri, 1903)
4
Microcerotermes indistictus Mathews, 1977
2
Microcerotermes strunckii (Soerensen, 1884)
5
Total Geral
45
35,2 ± 29,5
60,0 ± 10,0
87,8 ± 83,4
10,4 ± 13,6
25,2 ± 21,7
43,7 ± 31,6
39,7 ± 41,7
3,8 ± 4,2
5,1 ± 9,3
2,6 ± 4,0
6,4 ± 7,6
57,7 ± 48,8
29
B
A
D
C
E
Figura 6. Ninhos conspícuos ativos de cupins construídos na Serra de São Bentinho, município de
São Bentinho, Paraíba, Brasil. A: Microcerotermes strunckii (Söerensen, 1884), B: Nasutitermes
macrocephalus (Silvestri, 1903), C: Microcerotermes indistinctus Mathews, 1977, D: Nasutitermes
corniger (Motschulsky, 1855), e E: Constrictotermes cyphergaster (Silvestri, 1901).
30
A análise de agrupamento mostrou a formação de dois grandes grupos: A)
PRD+SJC+SBE+TQN+FAL, e B) CUR+SNN, enquanto que MIL apresentou menor
similaridade com as demais localidades ficando fora desses dois grupos (Figura 7).
Ocorrendo a formação desses grupos também no escalonamento multidimensional
não-métrico (Figura 7).
Figura 7. Análise de agrupamento (UPGMA) (acima) e Escalonamento multidimensional não-métrico
(nMDS) (abaixo) entre oito áreas de Caatinga no Nordeste do Brasil. PRD: Poço Redondo – SE
(*Protocolo de amostragem diferente); SJC: São João do Cariri – PB; SBE: São Bentinho – PB; TQN:
Taquaritinga do Norte – PE; FAL: São José dos Cordeiros – PB; CUR: Curaçá – BA; SNN: Serra
Negra do Norte – RN e MIL: Milagres – BA.
31
6 DISCUSSÃO
O número de morfoespécies encontradas (20) está dentro da amplitude de
riqueza registrada para outros trabalhos em áreas de Caatinga 10 a 29 spp. (MELO
& BANDEIRA, 2004; VASCONCELLOS et al., 2010; ALVEZ et al., 2011; JUNIOR et
al., 2014; VASCONCELLOS & MOURA, 2014; COUTO et al., 2015; ARAÚJO et al.
2015). Quando comparado a outros domínios morfoclimáticos brasileiros, como o
Cerrado, a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica, onde suas amplitudes de
espécies são respectivamente: 30 a 70 espécies (MATHEWS, 1977; COLES, 1980;
BRANDÃO & SOUZA, 1998; CONSTANTINO, 2005; DIAS & MORAIS, 2007); 11 a
88 espécies (BANDEIRA & MACAMBIRA, 1988; BANDEIRA, 1989; CONSTANTINO,
1992; DE SOUZA & BROWN, 1994; ACKERMAN et al., 2009); e de 4 a 34 espécies
(MEDEIROS et al., 1999; VASCONCELLOS et al., 2005; REIS & CANCELLO, 2007;
SOUZA et al., 2012; CANCELLO et al., 2014), a fauna de cupins da Caatinga não é
tão baixa quanto se pensava.
A falta de protocolos de amostragem padronizados dificulta comparações
entre ecossistemas a partir de diferentes estudos (DAWES GROMADZKI, 2003).
Protocolos para coleta de cupins, baseados em transectos, foram propostos por De
Souza & Brown (1994), Eggleton et al. (1995), e avaliados por Jones & Eggleton
(2000). Para avaliar a abundância relativa de espécies de cupins e a estrutura das
taxocenoses em Florestas Tropicais, Jones & Eggleton (2000) desenvolveram um
protocolo padronizado de amostragem rápida. Tal protocolo vem sendo amplamente
utilizado, permitindo a comparação em escalas locais (EGGLETON et al., 1999;
DAVIES, 2002), regionais (GATHORNE-HARDY et al., 2002) e globais (EGGLETON,
2000).
O protocolo de Jones & Eggleton (2000) é composto por um único transecto
de 100 x 2 m, subdividido em 20 parcelas de 5 x 2 m, as quais são amostradas
sequencialmente, com um esforço de coleta de 1 h/pessoa/parcela. Tal desenho
amostral tem algumas desvantagens: (i) a utilização de um único transecto pode
resultar em uma não representação de toda a heterogeneidade de habitats existente
em uma localidade; (ii) a inexistência de espaçamento entre as parcelas aumenta
consideravelmente a probabilidade da presença da mesma colônia em várias
32
parcelas. Tendo isso em vista, Cancello et al. (2002) propuseram um protocolo
amostral modificado a partir daqueles propostos por De Souza & Brown (1994) e por
Jones & Eggleton (2000), o qual foi utilizado no presente estudo.
De forma geral, o grupo alimentar dos cupins xilófagos foi dominante em
número de espécies e abundância relativa na área inventariada. Tal resultado foi
registrado em outros trabalhos da Caatinga (MELO & BANDEIRA, 2004;
VASCONCELLOS, 2010; JUNIOR et al, 2014; VASCONCELLOS & MOURA, 2014;
COUTO et al., 2015; ARAÚJO et al. 2015). Na Floresta Atlântica, o grupo alimentar
dos os xilófagos tem sido o grupo alimentar dominante em número de espécies e
abundância, sendo seguidos pelos humívoros, assim como no presente estudo
(REIS & CANCELLO, 2007; VASCONCELLOS et al., 2010; SOUZA et al., 2012;
CANCELLO et al., 2014). Na Floresta Amazônica, o grupo dominante em espécies
também tem sido o dos xilófagos (BANDEIRA & MACAMBIRA, 1988; BANDEIRA,
1989; CONSTANTINO, 1992), e menos frequentemente os humívoros (ACKERMAN
et al., 2009). No Cerrado, o grupo dos humívoros é dominante em número de
espécies (GONTIJO & DOMINGOS, 1991; CONSTANTINO, 2005; CONSTANTINO
& ACIOLI, 2006).
Alguns fatores podem influenciar a proporção entre os grandes táxons e entre
os grupos alimentares encontrados em uma determinada área: (i) as peculiaridades
naturais do ecossistema; (ii) o nível de distúrbio da área; iii) o método de coleta; e
(iv) problemas taxonômicos. Entre as peculiaridades do ecossistema, destacam-se o
posicionamento latitudinal (BIGNELL & EGGLETON, 2000), as características físicas
e químicas do solo (LEE & WOOD, 1971), a altitude (JONES 2000; BANDEIRA et
al., 2003), os eventos históricos (EGGLETON et al., 1994) e a pluviosidade
(GATHORNE-HARDY et al., 2001).
A grande diversidade de Termitidae pode ser explicada pelo fato da família
ser a mais abundante e diversa nos ecossistemas tropicais (ARAÚJO, 1958;
CONSTANTINO, 1998; BIGNELL & EGGLETON, 2000; TRANIELLO & LEUTHOUD,
2000). Já o registro de apenas uma espécie da família Kalotermitidae pode ter
relação com o habito de nidificação, uma vez que essa família tem preferência pelo
interior de troncos das árvores de madeira seca, com maior rigidez, dificultando sua
visualização e coleta (CANCELLO, 1996; ROISIN et al., 2006). A família
Rhinotermitidae possui ninhos espalhados no solo o que também dificulta o seu
33
encontro e é uma das famílias com menor riqueza de cupins do Brasil
(CONSTANTINO, 1998; CANCELLO & SCHLEMMERMEYER, 1999).
Entre as subfamílias de Termitidae, os Nasutitermitinae foram dominantes em
número de encontros e iguais as outras subfamílias em número de espécies para a
área de estudo. Tal resultado coincidiu com outros estudos publicados sobre a
fauna de cupins da Floresta Atlântica, Amazônia, Cerrado e Caatinga onde a
dominância da subfamília Nasutitermitinae tanto em riqueza de espécies como em
número de encontros é recorrente (BANDEIRA et al., 1998; BRANDÃO, 1998;
CONSTANTINO, 2005; VASCONCELLOS et al., 2005; REIS & CANCELLO, 2007;
VASCONCELLOS, 2010; VASCONCELLOS et al., 2010; SOUZA et al., 2012).
O gênero Nasutitermes foi o mais abundante e mais diverso, com três
espécies registradas (N. corniger, N. kemneri e N. macrocephalus). Nasutitermes
kemneri esteve presente em 20 de um total de 30 parcelas, indicando ser uma
espécie de grande abundância na área, com uma frequência amostral de 18%
(VASCONCELLOS et al., 2010). A espécie Heterotermes sulcatus, que no presente
estudo apresentou a segunda maior frequência (13,7%), é importante na ciclagem
de madeira seca e possuem alta resistência a diferentes níveis de perturbação
ambiental (ALVES et al., 2011).
Um total de 5 espécies de cupins apresentaram ninhos conspícuos (visíveis
no ambiente) na área da Serra de São Bentinho, resultado também encontrado em
áreas de Caatinga por Mélo & Bandeira, (2004), Vasconcellos et al. (2010) e Alves et
al. (2011). Porém tais resultados mostraram-se inferiores quando comparado a
outros domínios, como Floresta Amazônica (30 spp.) (BANDEIRA et al., 1989;
CONSTANTINO, 1992; MARTIUS, 1994b; APOLINÁRIO, 2000); Cerrado (16 spp.)
(COLES, 1980; DOMINGOS et al., 1986) e Floresta Atlântica acima do Rio São
Francisco (10 spp.) (ERNESTO et al., 2014).
A densidade média de ninhos foi de 57,7 ninhos conspícuos ativos/ha. Tais
densidades são comparáveis as registradas para Floresta Atlântica com 24 a 92
ninhos/ha (VASCONCELLOS, 2010), e está dentro da amplitude de outros trabalhos
da a Caatinga, com 0,7 a 89 ninhos/ha (MARTIUS et al., 1999; MÉLO & BANDEIRA,
2004; VASCONCELLOS et al., 2010; ALVES et al., 2011), sendo bastante inferior a
densidade de ninhos registrada para o Cerrado, com 564 a 972 ninhos/ha (COLES,
34
1980; DOMINGOS et al., 1986). A densidade de ninhos conspícuos e o número de
espécies
construtoras
também
podem
refletir
distúrbios
antrópicos
dos
ecossistemas, uma vez que áreas mais antropizadas possuem uma menor riqueza
de espécies e abundância de ninhos (VASCONCELLOS et al., 2010; ALVES et al.,
2011).
A análise de agrupamento mostrou que com 60% de similaridade têm-se a
formação de dois grandes grupos: (PRD+SJC+SBE+TQN+FAL) e (CUR+SNN),
enquanto que MIL apresentou menor similaridade com as demais localidades. Tendo
isso em vista, a similaridade faunística apresentada entre as áreas foi elevada em
relação a ocorrência de gêneros de cupins. No grupo (CUR+SNN) estão as
localidades de Curaça/BA e Serra Negra do Norte/RN. A área que apresentou menor
similaridade com as demais localiza-se em Milagres/BA, sul da Bahia, sendo a área
mais distante geograficamente. O grupo maior (PRD+SJC+SBE+TQN+FAL) inclui
áreas localizadas nos estados da Paraíba, Pernambuco e Sergipe.
A área mais similar a São Bentinho foi Taquaritinga do Norte/ PE. Os
resultados do presente estudo apresentaram uma composição de gêneros
relativamente semelhante a encontrada em Taquaritinga do Norte/ PE (Couto et al.,
2015), 11 gêneros foram comuns entre as duas áreas, no entanto, entre 14 gêneros
de cupins listados na atual amostragem, Microcerotermes, Rugitermes e
Subulitermes não foram encontrados por Couto et al. (2015).
A riqueza de gêneros geralmente apresenta-se fortemente relacionada à
riqueza de espécies, tanto unindo todos os ecossistemas ou analisando-os
isoladamente (VASCONCELLOS et al., 2015). Dessa forma, a utilização da riqueza
genérica pode ser uma boa alternativa em programas de monitoramento e em
estudos que objetivem traçar padrões biogeográficos para a região Neotropical,
como já realizado em escala global (JONES & EGGLETON, 2011).
35
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos resultados do presente estudo, o número de espécies, número
de encontros e densidade de ninhos conspícuos estão dentro das amplitudes
esperadas para uma área de Caatinga.
Quanto a composição de gêneros, a Serra de São Bentinho é mais similar a
área de Caatinga do município de Taquaritinga do Norte/PE.
O resultado encontrado grupos tróficos é concordante com a maioria dos
estudos realizados para áreas de Caatinga.
Com os resultados obtidos nesse trabalho, é possível reiterar a necessidade
de estudos ecológicos aprofundados e inventários da taxocenose de cupins para a
região semiárida do Nordeste, tendo em vista o pouco sobre a diversidade e a
heterogeneidade dessas áreas.
36
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APÊNDICES
Apêndice A. Áreas, com código da área, localização geográfica e fontes de pesquisa, utilizadas para a análise de similaridade entre áreas de Caatinga.
Município/Estado
Cód. da área
Coordenadas
Fonte de pesquisa
Amostragem
FAL
07° 28' S; 36° 52' W
VASCONCELLOS et al., 2010
Mesmo protocolo
São João do Cariri - PB
SJC
07° 25' S; 36° 30’ W
Poço Redondo - SE
PRD
10° 02' S; 39° 50' W
MELO & BANDEIRA, 2004
JUNIOR et al., 2014
Protocolo diferente
Serra Negra do Norte - RN
SNN
06°37’ S; 37°16’ W
ALVEZ et al., 2011
Mesmo protocolo
Taquaritinga do Norte - PE
TQN
07º 59’ S; 36º 02’ W
COUTO et al., 2015
Mesmo protocolo
Curaçá - BA
CUR
09º 07’ S; 39º 41’ W
VASCONCELLOS & MOURA, 2014
Mesmo protocolo
Milagres - BA
MIL
12º 54’ S; 39º 50’ W
VASCONCELLOS & MOURA, 2014
Mesmo protocolo
São Bentinho - PB
SBE
6° 52' S; 37° 43' W
PRESENTE ESTUDO
Mesmo protocolo
São José dos Cordeiros - PB
Mesmo protocolo
Apêndice B. Lista de ocorrência de 30 gêneros de cupins para 8 localidades de Caatinga no Brasil,
utilizada para realização da análise de agrupamento (UPGMA) e escalonamento multi-dimensional
não-métrico (nMDS).
Gêneros
Áreas
FAL
SJC
PRD
SNN
TQN
CUR
MIL
SBE
Amitermes
1
1
1
1
1
1
1
1
Anoplotermes
1
1
1
1
1
1
1
1
Aparatermes
0
0
0
0
1
0
1
1
Araujotermes
0
0
0
0
0
0
1
0
Constrictotermes
1
1
1
0
1
1
1
1
Coptotermes
1
0
0
0
0
0
0
0
Cornitermes
0
0
0
0
0
0
1
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Cryptotermes
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Cylindrotermes
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Dentispicotermes
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Dihoplotermes
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Diversitermes
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Ereymatermes
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Grigiotermes
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Heterotermes
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Inquilinitermes
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Labiotermes
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Microcerotermes
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Nasutitermes
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Neocapritermes
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Neotermes
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Procornitermes
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Rugitermes
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Ruptitermes
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Termes
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Velocitermes
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