avc - revisão integrativa no nordeste do brasil resumo

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA
INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
Edilene Cristiane Lanes Arcanjo
Izaias Gomes Arcanjo
AVC - REVISÃO INTEGRATIVA NO NORDESTE DO BRASIL
João Pessoa/PB
2014
2
Edilene Cristiane Lanes Arcanjo
Izaias Gomes Arcanjo
AVC - REVISÃO INTEGRATIVA NO NORDESTE DO BRASIL
Artigo de revisão submetido ao
Instituto
Brasileiro
de
Terapia
Intensiva, como parte dos requisitos
para a conclusão do
Profissionalizante
Intensiva.
Orientador: Prof. Dr. Douglas Ferrari Carneiro
Co-orientador: Prof. Dr. Rodrigo Tadini
João Pessoa/PB
2014
em
Mestrado
Terapia
3
AVC - REVISÃO INTEGRATIVA NO NORDESTE DO BRASIL
RESUMO
Introdução: Vive-se um momento de enfrentamento das doenças cerebrovasculares
em nosso país com um programa nacional e público para a atenção aos milhões de
pessoas com fatores de risco ou acometidos por um acidente vascular cerebral.
Objetivos: Analisar criticamente a literatura publicada nos anais do IX Congresso
Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares / AVC2013 no Ceará para o nordeste do
Brasil. Métodos: Estudo de revisão integrativa sistemática. Resultados: A busca
resultou em um total de 193 referências potenciais, das quais 10 artigos atenderam
ao critério de inclusão no estudo.
PALAVRAS CHAVES: AVC2013. Doenças Cerebrovasculares. Reabilitação.
ABSTRACT
Background: We live in a moment of confrontation of cerebrovascular diseases in
our country with a national program and public attention to the millions of people with
risk factors or affected by a stroke. Objectives: To analyze the literature published in
the Annals of the IX Brazilian Congress of Cerebrovascular Diseases / AVC2013 in
Ceará in the northeast of Brazil. Methods: A systematic integrative review. Results:
The search resulted in a total of 193 potential references, of which 10 articles met the
inclusion criteria in the study.
KEYWORDS: AVC2013. Cerebrovascular diseases. Rehabilitation
________________________________________________________________
1 INTRODUÇÃO
Vive-se um momento de enfrentamento das doenças cerebrovasculares
(DCV) em nosso país. Entramos no seleto grupo de nações com um programa
nacional e público para a atenção aos milhões de pessoas com fatores de risco ou
acometidos por um acidente vascular cerebral (CARVALHO, 2013).
As DCV são a segunda causa de morte no mundo, no Brasil apresenta-se
como a primeira causa de morte e de incapacidade gerando significativos impactos
sociais e econômicos. As pesquisas indicam que esta posição tende-se manter até o
ano de 2030. (BRASIL, 2013).
4
O Ministério da Saúde orienta a formatação de Serviços de Referência
para o Tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) sob a forma de duas
portarias oficiais: a 664 e a 665 de 12 de abril de 2012, credenciando-os de acordo
com o número de leitos, complexidade dos exames e acessibilidade à equipe
neurológica/neurocirúrgica. Entretanto, poucos hospitais públicos correspondem a
esse formato, especialmente pela falta de leitos exclusivamente dedicados ao AVC
(PARANHOS, 2013).
A taxa de mortalidade por DCV no Brasil é 3 vezes a encontrada nos EUA
e no Canadá; além disso, nas regiões Norte e Nordeste brasileiras é a principal
causa de óbito, sendo a segunda nas regiões Sul e Sudeste (DE FATIMA, 2013).
2 JUSTIFICATIVA
Percebe-se uma formação inadequada para o enfrentamento dos doentes
com AVC que repetem internações e intercorrências de agravamento e necessitam
de redução do tempo da espera para tratamento.
Este artigo se justificativa no intuito de buscar propostas e avanços na
abordagem ao AVC para o nordeste do Brasil, por meio da revisão da literatura.
3 REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL
A avaliação inicial de um paciente com suspeita de AVC é similar a
qualquer outra emergência e segue a regra mnemônica do ABCDE. A informação
mais importante da história clínica é o horário de início dos sintomas. Para pacientes
incapazes de fornecer informações (afásicos ou com rebaixamento do nível de
consciência) ou que acordam com os sintomas de AVC, o horário de início dos
sintomas é definido como aquele em que o paciente foi visto assintomático pela
última vez. O tempo do início dos sintomas até o diagnóstico e a definição do
tratamento agudo são os principais determinantes do prognóstico destes pacientes.
A suspeita clínica inicial deve ocorrer sempre que o paciente apresentar déficit
neurológico súbito, com ou sem sinais de rebaixamento do nível de consciência,
encaminhando o paciente imediatamente para a sala de emergência ou sistema
móvel que aciona tomografia (TC), após diagnóstico e conduta definidos pelo
5
emergencista com suporte a distância do neurologista, elementos chave na decisão
terapêutica (BRASIL, 2013).
Figura 1 – Protocolo de atendimento pré-hospitalar do acidente vascular
cerebral
Fonte: Adaptado SAMU Porto Alegre, 2010.
6
Figura 2 – Fluxograma de Atendimento do AVC Agudo
Fonte: Diretrizes Sociedade Brasileira de DCV 2012 e Portaria nº 664/2012 do
Ministério da Saúde.
Segundo Jauch, 2013, a TC afasta hemorragia intracraniana e outros
diagnósticos diferenciais, como infarto definido e edema cerebral importante.
Possibilita fazer o diagnóstico das principais doenças intracranianas que podem
7
mimetizar um AVC isquêmico (AVCI). Se houver suspeita de hemorragia
subaracnóide (HSA), considerar punção lombar e não indicar trombólise.
Para aumentar a acurácia da suspeita diagnóstica de AVC na triagem,
escalas validadas em todo o mundo devem ser utilizadas nos serviços de
emergência. O exame neurológico deve ser breve e direcionado, são utilizadas as
escalas: Escala de Coma de Glasgow e escala de AVC do National Institute of
Health (NIHSS). O NIHSS é a escala mais utilizada para avaliação da gravidade e
para acompanhamento da evolução clínica do AVC (ver escalas de avaliação). A
escala varia de 0 a 42 pontos. Em pacientes submetidos à terapia trombolítica, deve
ser aplicada na admissão do paciente e a cada hora nas primeiras 6 horas, a cada 6
horas nas próximas 18 horas. E diariamente até o 10° dia de internação e na alta
hospitalar (Portaria nº 664, 2012).
Tratamento do AVCI agudo com ativador tissular de plasminogênio recombinante
(rtPA) endovenoso:
1. Iniciar a infusão de rtPA EV 0,9mg/kg administrando 10% em bolus em 1 minuto e
o restante em 1 hora. Não exceder a dose máxima de 90mg. Aplicação da estratégia
do bolus de rtPA EV na sala de TC reduz de forma significativa os tempos portaagulha (KALLAS, 2013).
2. Não administrar heparina, antiagregante plaquetário ou anticoagulante oral nas
primeiras 24 horas do uso do trombolítico.
3. Manter o paciente em jejum por 24 horas pelo risco de hemorragia e necessidade
de intervenção cirúrgica de urgência.
4. Não passar sonda nasoentérica nas primeiras 24 horas.
5. Não realizar cateterização venosa central ou punção arterial nas primeiras 24 h.
6. Não passar sonda vesical. Se for imprescindível o uso de sonda vesical, esperar
até, pelo menos, 30 minutos do término da infusão do rtPA.
7. Manter hidratação com soro fisiológico. Só usar soro glicosado se houver
hipoglicemia (neste caso, usar soro isotônico: SG 5% + NaCL 20% 40ml).
8. Controle neurológico rigoroso: verificar escore de AVC do NIH a cada 15 minutos
durante a infusão, a cada 30 minutos nas próximas 6 horas e, após, a cada hora até
completar 24 horas.
9. Monitorize a pressão arterial (PA) a cada 15min nas duas primeiras horas e
depois a cada 30 minutos até 24 a 36 horas do início do tratamento, mantendo a PA
8
≤ 180/105mmHg. A PA deve ser monitorada continuamente (PA não invasiva).
Pressão sistólica >185 mmHg ou diastólica > 110 mmHg: administrar nitroprussiato
endovenoso a 0,5 mcg/kg/min em dose inicial ou esmolol.
Figura 3 – AVC Hemorrágico: algoritmo de tratamento
Fonte: Ministério da Saúde, 2012.
10. Se houver qualquer suspeita de hemorragia intracraniana, suspender o rtPA e
solicitar TC de crânio com urgência, hemograma, TP, KTTP, plaquetas e
fibrinogênio.
9
11. Após as 24 horas do tratamento trombolítico, o tratamento do AVC segue as
mesmas orientações do paciente que não recebeu trombólise, isto é, antiagregante
plaquetário ou anticoagulação.
12. Iniciar profilaxia para trombose venosa profunda (TVP) (heparina de baixo peso
ou enoxaparina) 24 horas pós-trombólise.
É recomendado o monitoramento intensivo da glicemia capilar (4/4 horas),
tratamento da hiperglicemia (dose ajustada de insulina) e prevenção da hipoglicemia
(administração de glicose e potássio quando necessário). O último consenso
americano de tratamento da fase aguda do AVCI recomenda que a glicemia capilar
seja mantida entre 80 e 140 mg/d e caso a PA não for mantida < 185/110 mmHg não
administrar rtPA.
Os critérios de inclusão e exclusão devem ser revistos antes da
administração do alteplase e os riscos e benefícios do tratamento devem ser
esclarecidos com participação dos familiares e registrados na ficha clínica de
acompanhamento de caso, anexada ao prontuário.
Critérios de inclusão para uso de rtPA
(BRASIL, 2013): AVCI em qualquer
território encefálico; possibilidade de se iniciar a infusão do rtPA dentro de 4,5 horas
do início dos sintomas. Para isso, o horário do início dos sintomas deve ser
precisamente estabelecido. Caso os sintomas forem observados ao acordar, devese considerar o último horário no qual o paciente foi observado normal; TC do crânio
ou ressonância magnética (RM) sem evidência de hemorragia; Idade superior a 18
anos; NIH inicial maior que 4 (exceto afasia); ASPECTS Score ≥ 7;
Critérios de exclusão (BRASIL, 2013): Uso de anticoagulantes orais com tempo de
protrombina (TP) com RNI > 1,7. Uso de heparina nas últimas 48 horas com TTPA
elevado; AVCI ou traumatismo cranioencefálico grave nos últimos 3 meses; História
pregressa de hemorragia intracraniana ou de malformação vascular cerebral; TC de
crânio com hipodensidade precoce > 1/3 do território da ACM; PA sistólica ≥
185mmHg ou PA diastólica ≥ 110mmHg (em 3 ocasiões, com 10 minutos de
intervalo) refratária ao tratamento anti-hipertensivo; Melhoria rápida e completa dos
sinais e sintomas no período anterior ao início da trombólise; Deficits neurológicos
leves (sem repercussão funcional significativa); Cirurgia de grande porte ou
procedimento invasivo nos últimos 14 dias; Punção lombar nos últimos 7 dias;
Hemorragia geniturinária ou gastrointestinal nos últimos 21 dias ou história de
10
varizes esofagianas; Punção arterial em local não compressível na última semana;
Coagulopatia com TP prolongado (RNI > 1,7), TTPA elevado ou plaquetas <
100.000/mm3; Glicemia < 50mg/dl com reversão dos sintomas após a correção;
Evidência de endocardite ou êmbolo séptico, gravidez; Infarto do miocárdio recente
(3 meses) – contraindicação relativa; Suspeita clínica de HSA ou dissecção aguda
de aorta.
4 OBJETIVO GERAL

Analisar criticamente a literatura publicada nos anais do IX Congresso
Brasileiro de DCV / AVC2013 no Ceará para o nordeste do Brasil.
4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar a produção científica elencada dos anais do IX Congresso
Brasileiro de DCV / AVC2013 segundo variáveis temáticas: epidemiologia;
semiologia; miscelânea (diagnóstico e trombólise) e reabilitação.

Identificar os aspectos de abordagem AVC, mais adequados à realidade no
nordeste do Brasil.
5 MATERIAL E MÉTODOS
A revisão integrativa é um modelo de pesquisa que permite a construção
de uma análise da literatura, com uma posterior discussão sobre os artigos de
pesquisas, permitindo possíveis reflexões sobre a realização de futuros estudos
(CORRÊA EJ, 2011).
A análise dos dados foi realizada na forma de quadros, sintetizando os
resultados por similaridade do conteúdo.
5.1 COLETA DE DADOS
A população de estudo constituiu-se na produção científica elencada dos
anais do IX Congresso Brasileiro de DCV / AVC2013 segundo variáveis temáticas:
epidemiologia; semiologia; miscelânea (diagnóstico e trombólise) e reabilitação. A
pesquisa foi realizada em 15/06/2014 à 04/07/2014.
11
Foram realizadas buscas sistematizadas, com o objetivo de identificar os
aspectos de abordagem AVC para o nordeste do Brasil. Como critérios de exclusão
foram utilizados, textos que não tinham referência ao nordeste do Brasil e/ou
propostas à realidade no nordeste do Brasil. Destes 193 artigos localizados, após a
aplicação dos critérios de exclusão, a amostra final foi composta por 13 produções
científicas.
5.2 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA
O presente estudo não foi apreciado pela Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (CONEP), porque se trata de revisão de literatura.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A leitura pormenorizada dos artigos encontrados permitiu agrupar as
categorias de análise (Quadros 1, 2, 3 e 4).
Quadro 01: Epidemiologia.
Autores
Título
LIMA A. K. G. Perfil dos pacientes com suspeita de AVE atendidos em um
et. Al..
serviço de urgência em Fortaleza
CÂMARA N. A. Características sociodemográficas e clínicas de pacientes
A. C.et al
trombolizados de uma unidade de AVC de referência no
Ceará
LOPES J. M.; Tendência da taxa de mortalidade por acidente vascular
SANCHISG.J.B. cerebral no Brasil: análise de 15 anos de série temporal.
DE FARIA C. G. Comparação entre a morbidade e mortalidade por doenças
et al.
cerebrovasculares no Piauí
Fonte: IX Congresso Brasileiro de DCV / AVC2013.
Para Lima et. al, 2013, AVC no Brasil apresenta-se como a primeira
causa de morte e de incapacidade. Percebe-se que a maioria dos pacientes são
mulheres e idosas. O gerenciamento clínico por meio do Protocolo de Manchester
contribui para o atendimento rápido dos casos suspeitos.
Segundo Câmara et al., 2013, apesar da terapia trombolítica ser eficaz,
apenas uma minoria acometida de AVC é beneficiada. Portanto a prevenção ainda é
o melhor tratamento.
Ainda segundo Lopes e Sanchis, 2013, a taxa de mortalidade no Brasil
declinou nos 15 anos.
12
Para De Faria, 2013, as DCBV não são as mais incidentes nas
internações no nordeste devido a doenças do aparelho circulatório (DAC), mas são
responsáveis por grande parte dos óbitos das pessoas internadas. apesar da
tendência declinante das taxas.
Quadro 02: Semiologia.
Autores
Título
MATOS J. J. Perfil dos pacientes com suspeita de AVE atendidos em um
F.C. et al
serviço de urgência em Fortaleza
LUNA A. C. P. Perfil epidemiológico de pacientes internados em unidade de
et. al.
AVC agudo em hospital do interior do Ceará.
Fonte: IX Congresso Brasileiro de DCV / AVC2013.
Na análise de Matos, 2013, no nordeste do Brasil, uma minoria consegue
chegar nas primeiras 3 horas ao médico, dificultando o prognóstico favorável. O NIH
Stroke Scale (NIHSS) tornou-se indispensável para tratamento agudo dos doentes.
Gradua os resultados obtidos em categorias: pontuação 0, entre 1-4 (AVC leve); de
5-15 (AVC moderado); entre 16-20 (AVC moderado a grave) e, finalmente, de 21-42
(AVC grave).
Neste trabalho de Luna, 2013, AVC é predominantemente uma doença
que afeta idosos. 80% dos pacientes permanecem até 6 dias na Unidade de AVC.
Os sintomas apresentados durante a admissão os mais prevalentes foram
alterações de fala (57%), de marcha (59%), dormência (43%) e desvio de comissura
labial (33%).
Quadro 03: Miscelânea.
Autores
Título
ROLIM F. P. et Perfil e evolução clínica de uma série de pacientes
al.
submetidos à trombólise na unidade de AVC do hospital
geral de Fortaleza.
DAMASCENO
Resultados do tratamento trombolítico intravenoso com
P. G. et al.
alteplase entre 3 e 4,5 horas após acidente vascular
encefálico: estudo observacional no hospital geral de Fortaleza.
RAFAEL G. V. Trombólise no sertão: a experiência de uma unidade de AVC
et al.;
no interior do Ceará.
AIRES G. F. H. Caracterização do perfil de pacientes atendidos em unidade
neurológica de tratamento intensivo de um hospital da rede
terciária de saúde.
Fonte: IX Congresso Brasileiro de DCV / AVC2013.
O tratamento com trombolítico endovenoso no HGF, Fortaleza (ROLIM,
2013), cursou com melhora da capacidade funcional dos pacientes após 3 meses do
13
AVC isquêmico, fazendo-se necessário implantar medidas educativas sobre AVC
isquêmico em nossa sociedade.
O tratamento com alteplase até o período de 4,5h poderá ser realizado
com segurança e eficácia (DAMASCENO, 2013).
Em março de 2013 foi inaugurada a primeira Unidade de AVC em uma
região carente no interior do Ceará, no HRC. Uma opção que vem se mostrando
viável e com resultados positivos. Porém, a falta de uma regulação mais eficiente
prejudica o acesso ao serviço (RAFAEL, 2013).
No
AVC,
por
muitas
vezes
o
evento
isquêmico
transforma-se
hemorrágico, quer pela gravidade do comprometimento, ou pela demora no início do
tratamento e requer uma unidade de terapia intensiva (AIRES, 2013).
Quadro 04: Reabilitação
Autores
Título
RODRIGUES R Incidência de ulcera por pressão em uma unidade de AVC.
C et al.
PASSOS J. O. Análise cinemática do movimento de pacientes com acidente
et al;
vascular cerebral na atividade de beber água após jogo de
realidade virtual. .
LUNA A. C. P, Avaliação da capacidade funcional em pacientes internados
et al.;
em uma unidade de AVC isquêmico no interior do Ceará
utilizando as escalas de BARTHEL E RANKIN.
Fonte: IX Congresso Brasileiro de DCV / AVC2013.
As úlceras por pressão (UPP) representam sério problema de saúde pública,
em particular em uma unidade de AVC, decorrente de déficits motores. A baixa
incidência de UPP em uma unidade de AVC se configura em um importante
indicador de qualidade do serviço (RODRIGUES, 2013).
Os pacientes com hemiparesia esquerda obtiveram melhora da velocidade
angular, após a realização do jogo virtual de tênis de mesa do X Box 360º Kinect,
sugerindo que a lateralidade da lesão pode influenciar a recuperação motora
(PASSOS, 2013)
.
De acordo com Luana A. C. P. et al., o conhecimento da capacidade
funcional, através das escalas de Rankin e Barthel, na Unidade de AVC Isquêmico
deve ser considerado na qualificação do atendimento.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
14
Vive-se um momento de enfrentamento das doenças cerebrovasculares
no nordeste do brasil. Doença que afeta predominantemente idosos, uma minoria
consegue chegar nas primeiras 3 horas ao médico. A prevenção ainda é o melhor
tratamento.
É preciso agir. Situações emergenciais deve ser uma oportunidade de
implantar medidas educativas sobre AVC. Evidenciar o quanto podemos ser e estar
permanentemente atentos à proteção e promoção da ideia de que viver com
dignidade é o maior bem da humanidade. Um direito garantido a todos em qualquer
situação, todo o tempo.
Resta a indagação de como transferir o conhecimento para os serviços de
saúde, profissionais e usuários do Nordeste do Brasil, de modo a impactar e
transformar a realidade encontrada? Mecanismos e instrumentos que ampliem
capacidades de intervenção coletiva, nas mãos de gestores e profissionais
conscientes terão mais sucesso que aqueles focalizados no indivíduo.
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DE DOENÇAS CEREBROVASCULARES, nov. DE 2013. Anais de epidemiologia.
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