Nota de Alerta - Influenza Cenário atual da circulação do vírus

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Nota de Alerta - Influenza
Alerta para intensificação das ações de controle e prevenção da Influenza
GOVERNO DO
ESTADO DO CEARÁ
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Secretaria da Saúde
A
Secretaria
da
Saúde
do
Estado
do
Ceará,
através
do
Núcleo
de
Vigilância
Epidemiológica/Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde (NUVEP/COPROM), vem alertar os
profissionais de saúde para a intensificação das ações de controle e prevenção de Influenza no Estado.
Cenário atual da circulação do vírus H1N1 - 2009
Depois de definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a fase pós-pandêmica, em agosto de
2010, o vírus da influenza pandêmica (H1N1) 2009 continua a circular no mundo, com diferente
intensidade em vários países. A OMS alerta que o vírus (H1N1) 2009 pode ter se tornado mais um vírus de
influenza de comportamento sazonal. Há, portanto, necessidade de manter alerta a vigilância
epidemiológica e os serviços, com a realização de ações preventivas, pois surtos e epidemias podem ocorrer
por esse vírus, que tem a característica de causar casos leves no geral, mas podendo acontecer casos graves,
semelhantes aos demais vírus sazonais.
No Brasil, entre as semana epidemiológicas (SE) 01 e 52 de 2011, foram notificados 4.944 casos de
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em hospitalizados. Destes, 181 (3,7%) foram classificados
como confirmados para Influenza pandêmica A (H1N1) e 21 (11,5%) evoluíram para óbito. Não há
evidencias de que a situação atual evolua para o cenário pandêmico de 2009.
No Ceará, no ano 2011, foram notificados 27 casos suspeitos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1)
2009. Todos os casos foram descartados. Na SE 47 (20/11/11 a 26/11/11), foi notificado um surto de
síndrome gripal por Influenza pandêmica (H1N1) 2009 no município de Pedra Branca, com 18 casos
confirmados. Foram confirmados casos de síndrome gripal em Boa Viagem (2), Quixadá (2) e Fortaleza (1).
Nenhum dos casos notificados evoluiu para SRAG ou óbito (Tabela e Gráfico 1).
Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde / Núcleo de Epidemiologia / SESA/Ce – Av. Almirante Barroso, 600 – Praia de Iracema
Fortaleza – CEP: 60.060-440 – Fone: (85) 31015214 / 5215 – FAX: (85) 31015197
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Tabela 1. Municípios com notificações de casos suspeitos de Influenza pandêmica (H1N1) 2009, no ano de 2011, Ceará.
Município
Notificados
Confirmados
Descartados
791
18
-
Acopiara
1
-
1
Fortaleza
4
1
3
Quixeramobim
1
-
1
Boa Viagem
51
2
5
Independência
3
-
3
Quixadá
3
2
1
Várzea Alegre
1
-
1
Maracanaú
1
-
1
Mombaça
1
-
1
Itapipoca
1
-
1
Senador Pompeu
1
-
1
859
23
19
Pedra Branca
Total
Gráfico 1. Municípios com notificações e casos confirmados de Influenza pandêmica (H1N1) 2009, no ano de 2011 e
2012, Ceará.
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Situação Epidemiológica de 2012
Em 2012, até a SE 11 (16/03/2012) foram confirmados laboratorialmente 14 casos de influenza
pandêmica (H1N1), dos quais oito evoluíram com Síndrome Respiratória Aguda Agrave (SRAG).
Dos 14 casos confirmados, sete casos são procedentes de Fortaleza e sete de Beberibe.
Dos 7 casos confirmados em Fortaleza seis evoluíram para SRAG, sendo três gestantes (um óbito).
Dos 7 casos confirmados em Beberibe, uma paciente evoluiu para óbito e uma gestante evoluiu com
SRAG, encontrando-se internada em unidade de referência. (Tabela 2 e Gráfico 2)
Tabela 2. Municípios com casos confirmados de Influenza pandêmica (H1N1) 2009 e SRAG, Ceará 2012
Município
Confirmados
SRAG
Óbito
Gestantes
Outros grupos
Fortaleza
7
3
3
1*
Beberibe
7
1
1
1
Total
14
4
4
-
* óbito em gestante
Gráfico 2. Municípios com casos confirmados de SRAG, no ano de 2012, Ceará.
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Vigilância Sentinela da Influenza no Estado
O Sistema de Vigilância Sentinela de Influenza foi implantado em 2000 e conta, atualmente, com uma
rede de 59 unidades sentinelas de Síndrome Gripal (SG) localizadas, em sua maioria, nas capitais
brasileiras.
No Ceará, duas unidades são sentinelas para vigilância da síndrome gripal: Hospital Infantil Albert Sabin
e Centro de Saúde Aída Santos, no município de Fortaleza.
Essas unidades informam semanalmente o número de atendimentos gerais e por SG, no Sistema de
Informação de Vigilância Epidemiológica da Influenza (SIVEP Gripe). Um dos objetivos do sistema é a
identificação dos vírus respiratórios que circulam no Estado, além de permitir o monitoramento da demanda
do atendimento por SG nas unidades sentinelas.
As unidades de vigilância de SG coletam cinco (05) amostras de secreção de nasofaringe (SNF) por
semana. As amostras coletadas são encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN)
para processamento pela técnica de Imunofluorescêcia Indireta (IFI), incluindo a pesquisa para os vírus
influenza A e B, parainfluenza 1, 2 e 3, adenovírus e vírus sincicial respiratório (VSR). Os vírus
identificados no Estado estão descritos na Tabela 2 e gráfico 2.
Tabela 2. Vírus respiratórios isolados, por unidade sentinelas, anos 2009 a 2012, Ceará.
Ano/Unidade
Amostras Amostras Influenza Influenza Paraflu
coletadas positivas
A
B
1
Paraflu
2
Paraflu Adenoví
3
rus
Nº
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
2009 Albert Sabin
227
52
23
3
5,77
1
1,9
0
0
3
5,7
6
11,5
6
Aída Santos
176
58
33
3
5,17
6
10,3
3
5,2
2
3,5 11
Albert Sabin
281
67
23,8 11
16,4
9
13,4
4
6
6
9
Aída Santos
141
48
25
6
12,5
1
2
0
Albert Sabin
366
68
18,5 13 19,1
17
25
0
0
Aída Santos
32
6
18,7
2
33,3
0
0
0
Albert Sabin
37
8
21,6
3
37,5
0
0
2010
2011
2012
Total
1260
34
12
307 24,3 47 15,3
39 12,7
%
VSR
Nº
%
11,5 33 63,4
19
15 25,8 18
31
12
18
11 16,4 14 20,9
0
4
8,3
3
6,2
22 45,8
1
1,4
4
5,8
0
0
33 48,5
0
0
0
2
33,3
0
0
2
33,3
0
0
0
0
3
37,5
1
12,5
1
12,5
8
2,6
12
4
42 13,6 36 11,7 123
40
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Gráfico 2 . Percentual de Vírus respiratórios isolados, anos 2009 a 2011, Ceará.
60
50
40
30
20
10
0
1
Influenza A
2
Influenza B
Parainfluenza 1
3
Parainf luenza 2
Parainfluenza 3
4
Adenovírus
VSR
Os dados acima reforçam que existe circulação de outros vírus respiratórios no Estado, além do vírus da
influenza pandêmica (H1N1) 2009. Todos os outros vírus citados causam síndrome gripal.
Definição de caso suspeito de Influenza H1N1 - 2009
A Influenza ou gripe é uma infecção viral aguda das vias respiratórias, de elevada transmissibilidade e de
distribuição global. Um indivíduo pode contraí-la várias vezes ao longo da vida e, em geral, tem evolução
autolimitada. Contudo, de acordo com a diversidade antigênica de seu agente etiológico esta doença pode
variar em sua gravidade, podendo se apresentar como uma síndrome gripal autolimitada ou evoluindo com
complicações para uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O modo de transmissão mais comum é
direta (pessoa a pessoa), por meio de aerossóis expelidos pela indivíduo infectado com o vírus da influenza,
a pessoas suscetíveis, ao falar, espirrar e tossir. O período de incubação pode variar de 1 a 7 dias, sendo
mais comum de 1 a 4 dias. O período de transmissibilidade em adultos pode variar de 1 dia antes até o 7º
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dia após o início dos sintomas e, para menores de 12 anos, 1 dia antes até o 14º dia após o início dos
sintomas. O objeto de vigilância são os casos de SRAG notificados como suspeitos de H1N1 – 2009.
Caso suspeito de SRAG é o indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda
caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse E dispneia, acompanhada ou não de manifestações
gastrointestinais ou dos seguintes sinais e sintomas: aumento de frequência respiratória (>25 IRPM –
incursões por minuto); hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente; em crianças,
além dos itens acima, observar também: batimentos da asa de nariz, cianose, tiragem intercostal,
desidratação e inapetência. O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações
laboratoriais e radiológicas como: laboratoriais – leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; radiografia
do tórax – infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação.
Alerta: deve ser dada atenção especial a essas alterações citadas acima, quando ocorrerem em pacientes
que apresentem fatores de risco para a complicação por influenza. Todos os óbitos com quadro clínico de
doença respiratória aguda grave, independentemente dos sintomas apresentados, serão considerados como
caso de SRAG.
Intensificação da Vigilância Epidemiológica da Influenza
Destaca-se em relação à rotina da vigilância de influenza, que as Secretarias Municipais da saúde devem
reforçar suas atividades, com o foco em:
- sensibilização de todos os serviços para diagnosticar, tratar, notificar e investigar os casos de SRAG;
- capacitação dos profissionais da rede de atenção à saúde em todos os níveis de complexidade;
- reativação da rede de distribuição de Oseltamivir e material de coleta de amostras;
- ampliação da capacidade de detecção e investigação de surto em instituições fechadas;
- aprimoramento das ações das unidades sentinela e manutenção do fluxo das informações dentro dos
prazos estabelecidos pelo MS;
- cumprimento da meta de vacinação de 80% do público alvo.
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Os objetivos da vigilância epidemiológica da Influenza são:
- Vigilância da SRAG;
- Investigar e acompanhar os casos de SRAG hospitalizados;
- Reduzir a ocorrência de formas graves e óbitos;
- Monitorar o padrão de gravidade da doença, detectando eventuais mudanças na virulência do vírus
influenza pandêmico;
- Vigilância da síndrome gripal nas unidades sentinelas do Estado.
A vigilância de casos de SRAG deve ser realizada pelos hospitais através dos Núcleos Hospitalares de
Epidemiologia (NHE), onde estes existirem, ou pela equipe de Vigilância Epidemiológica municipal em
conjunto com Secretaria de Estado da Saúde.
Alerta para Vigilância Laboratorial
A coleta de amostra clínica de nasofaringe de casos de SRAG que forem submetidos à hospitalização e
dos óbitos por SRAG devem continuar seguindo os fluxos estabelecidos, conforme Protocolo de
Notificação e Investigação de 2010 do MS. O LACEN-CE (laboratório de referência para a realização de
PCR para H1N1 – 2009 no Estado do Ceará) encontra-se abastecido e está em condições de realizar a
identificação viral para diagnóstico final e conclusão dos casos investigados.
Prevenção
Na prevenção de casos, a educação em saúde e a mobilização social são ótimas ferramentas e devem
reforçar o tema sobre etiqueta respiratória, com proteção das vias aéreas em situação de espirro e tosse,
como também de higienização das mãos, formas eficazes que devem ser amplamente divulgadas,
principalmente entre os grupos de risco de desenvolver a doença grave (população indígena, crianças
menores de 2 anos, gestantes, idosos e portadores de comorbidades).
As medidas preventivas devem ser amplamente divulgadas, principalmente no período de sazonalidade
da influenza no Brasil (junho a agosto): higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir, espirrar,
depois do uso do banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz); evitar tocar os olhos,
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nariz ou boca após contato com superfícies; usar lenço de papel descartável; evitar aglomerações e
ambientes fechados; adquirir hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e
atividade física.
A campanha de imunização contra Influenza no ano de 2011 começou em 25 de Abril e estendeu-se até
13 de maio, com ampla divulgação em todo o Estado e com o objetivo de alcançar a meta de 80% de
cobertura homogênea nos grupos-alvo, a saber: crianças de 6 meses a 2 anos, população de 60 anos e mais,
povos indígenas, gestantes, trabalhadores de saúde. A cobertura vacinal final para o Estado foi: crianças de
6 meses a 2 anos – 88,1% (176.788), população de 60 anos e mais – 82,9% (669.014), povos indígenas –
78% (17.506), gestantes – 47,44% e, trabalhadores de saúde – 101,6%. A campanha de vacinação contra
influenza no ano de 2012 está prevista para o período de 05 a 25 de maio e serão vacinados os grupos
considerados de risco para agravamento da doença.
Demais Informações:
• Novo protocolo atualizado de manejo clinico e vigilância epidemiológica da influenza – versão 2011, em vigor, disponível nos sites da
SESA e MS.
• Núcleo de Vigilância Epidemiologia/Centro de Informações Estratégicas de Referências :
Vigilância em Saúde do Ceará – CIEVS-CE, da SESA. Rua Almirante Barroso, 600,
Praia de Iracema, Fortaleza. Fone: 31014860 / 31015214 / 31015215 (Plantão)
Disque Saúde do Ministério da Saúde: 0800-61-1997
- Secretaria da Saúde do Ceará:
• 8ª CRES – Quixadá: Rua Juscelino Kubitschek, nº 199, Alto São Francisco. Fone:
http://www.saude.ce.gov.br
(88) 3445.1011
- Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br
• Secretaria Municipal de Pedra Branca - e-mail: [email protected]
- ANVISA: http://www.anvisa.gov.br
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