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Capa e arte gráfica: Carolynn Andrews (de saudosa lembrança)
Revisão: Luciana Pessina
Apoio técnico: Ila Ayres Koshino
© 1998, 2012: Esly Regina Souza de Carvalho
Todos os direitos reservados.
www.pracadoencontro.com.br
[email protected]
Dedicatória
Dedicamos este livro a todos
aqueles que querem orar...
e não conseguem.
Agradecimentos
Atrás de todo trabalho como este existem “mãos invisíveis”. Quero aproveitar esta
oportunidade para “dar a César o que é de César”.
Meu braço direito no decorrer desta obra foi Ila Ayres Koshino. Ela bateu e rebateu o
texto, decifrou os meus hieróglifos e deu sugestões pertinentes. Foi ela também quem
primeiro se submeteu aos exercícios do livro, enquanto ainda estavam no rascunho.
Sem a sua ajuda esse livro não teria sido possível. Rogo à Deus sua recompensa
devida.
Outra “mão invisível” foi a de Carolynn Andrews, responsável pela arte final e a capa.
Também a Inácio Paulo Ribeiro preciso agradecer. Em termos práticos, ele é quase o
co-autor. Juntos pensamos e afinamos as ideias. Suas sugestões foram preciosas.
Finalmente, a todos que me encorajaram, orando por este projeto, eu agradeço. Meu
desejo é que todo possam ser abençoados ao fazerem este trabalho, como eu fui ao
desenvolvê-lo.
Esly Regina S. de Carvalho
Brasília, agosto de 1988
A ideia original de um laboratório de oração foi do Pr. Derrel Santee. Da experiência
dele surgiu a proposta de se aprofundar o conhecimento espiritual através de
exercícios e jogos sistematizados que revelassem mais a respeito do nosso ser
emocional numa perspectiva de oração.
Mas este livro nasceu mesmo depois de muitas conversas e lutas de vida, e veio à luz
numa viagem de Niterói à Belo Horizonte, em fevereiro de 1988. À medida em que
Inácio Paulo Ribeiro (meu grande amigo) e eu conversávamos, o livro tomava forma,
e corpo, e alma, e, por fim, o Espírito Santo vivificou e o fez arder no coração. Em
pouco tempo, estava no papel. Inácio fez a revisão final do conteúdo, e incorporamos
as suas sugestões. É um trabalho tão dele quanto meu.
É um livro diferente. Não se trata de um livro de leitura, mas sim, de trabalho e
descobrimento. A ideia é proporcionar a você uma forma de crescimento na sua vida
de oração e nas suas outras relações também. É muito comum querer orar e não
saber como fazê-lo, ou por onde começar. Sente-se que há algo que está
“emperrando” a proposta, mas ninguém parece descobrir o furo na engrenagem. Aqui
queremos pôr às claras o que pode nos atrapalhar nesta andança, para que possamos
crescer mais na comunhão à qual Deus nos tem chamado.
Bom proveito!
Introdução
Este caderno de oração é um livro de trabalho. Neste sentido, trata-se de uma
proposta singular no meio evangélico: uma abordagem psicológica de um “exercício”
espiritual, a oração. Baseamo-nos na ideia de que o homem é um ser interligado:
corpo/alma/espírito, e o que afeta uma área afeta também outra. Se pudermos
diagnosticar e sanar os obstáculos emocionais que nos impedem de termos uma vida
espiritual mais livre, poderemos vir a ter uma comunhão com Deus e com o próximo
mais saudável.
Você vai tirar deste trabalho aquilo que você investir: se investir muito, também vai
tirar muito proveito. Não se trata de um livro de leitura: é um caderno de trabalho, mais
próximo, talvez, de um diário.
Temos vários alvos para alcançar com esta proposta:



CRESCER EMOCIONALMENTE: Aprender a conhecer-se e auto avaliar-se,
examinar seus vínculos, dificuldades, problemas, traumas e aprender a lidar
com eles;
CRESCER ESPIRITUALMENTE: Criar o hábito de meditação e reflexão,
fundamentais para uma vida de oração profunda e consistente, procurando
conformar-se cada vez mais à “imagem e estatura do Varão Perfeito, Jesus”;
DESENVOLVER DISCIPLINA: Não se deve “pular” lições, nem ler adiante,
mas, sim, completar exercício por exercício, na sequencia. (Você vai ser capaz
de segurar sua curiosidade?!)
Como utilizar este material
Apesar dos exercícios terem sido elaborados para um trabalho individual, nada
impede que sejam desenvolvidos num grupo de crescimento. Podem ser feitos
anteriormente em sua casa para serem compartilhados no grupo, ou serem feitos em
grupo mesmo e ali discutidos. O importante é que haja continuidade, perseverança e
assiduidade nos encontros. Oferecemos a alternativa de um trabalho individual pois
nem sempre é possível formarmos um grupo nesses moldes, e o proveito individual
também é muito grande (uma vez superada a tentação de começar e deixar na
metade).
Haverá momentos em que você vai estar muito entusiasmado com seu trabalho e vai
querer ir adiante mais depressa. Tente disciplinar-se e ter paciência. (Segundo minha
filha, ter paciência significa “esperar um tempão sem ficar com raiva”). Se você fizer
cinco páginas de uma vez, arrisca-se a “perder o gás”. Além do mais, os trabalhos
precisam ser “digeridos”: é preciso refletir sobre eles, pensar, meditar, orar.
Se você começar a desanimar com o trabalho, pare e examine-se. Isto é um dado
importante: quantos projetos inacabados temos na vida?! Especialmente no nosso
contexto, avalie o porquê do seu desânimo. É preguiça? Preguiça de que? O que você
vinha trabalhando antes de desanimar-se? Era um tema difícil para você lidar? Está
com receio de continuar e ver o que mais vai aparecer? Isto é muito comum, portanto,
não se assuste, mas não pare tampouco. Há algo aí que precisa ser trabalhado e
compreendido. Peça sabedoria a Deus e siga adiante. Vai melhorar.
Se você fizer os exercícios apenas esporadicamente, você prejudica a continuidade e
andamento do trabalho: perde o fio da meada e vai custar-lhe aquecer-se novamente.
Escolhemos o uso dos desenhos propositadamente. É uma forma “projetiva” de
trabalho; significa uma forma de podermos conhecer mais o nosso inconsciente. No
desenho, deixamos aparecer coisas que, conscientemente, não percebemos. Por
isso, analisar os nossos desenhos é muito rico: temos um vislumbre de “alguém” que
também mora dentro de nós, um lado nosso mais escondido e que pode nos oferecer
informação valiosa.
Oferecemos algumas sugestões práticas:
1. Compre um jogo de lápis de cor ou canetas hidrográficas para usar nos
exercícios. Torna o trabalho mais interessante e mais significativo, já que o
uso de cores nunca é aleatório: por alguma razão “interior” escolhemos o rosa
e não o azul para determinado objeto, e assim por diante.
Utilize lápis, mas pouca borracha. Seu primeiro rabisco é o mais valioso. Aqui
não se trata de fazermos lindos desenhos – muito pouca gente desenha
melhor que uma criança de seis anos. (Console-se). Use símbolos, gráficos
ou qualquer outro desenho que exprima seus sentimentos. Não há problema
em fazer as formas humanas como “bonecos” ou de “pauzinhos”
Cuide de escrever a primeira coisa que vier a sua mente quando assim for
solicitado. Seja espontâneo e evite censurar-se. Escreva primeiro e analise
depois.
2. Também desenhe a primeira coisa que lhe vier à mente. Seja livre nos seus
desenhos e nos seus escritos. Não se censure. (Apagar é uma forma de
censura). Solte-se primeiro e reflita depois.
3. Guarde seu caderno num lugar seguro e privado para que você tenha
segurança de que só vai vê-lo quem você deixar. Afinal, é uma espécie de
diário, cheio de pensamentos pessoais e, às vezes, íntimos. Se você estiver
desenvolvendo este trabalho em grupo, não deve se sentir pressionado (e nem
pressionar) a mostrar seu exercício. Às vezes relutamos em apresentá-los.
(Preste atenção e veja quais são os que você tem maior dificuldade em revelar
– é um dado significativo). Ninguém deve ser obrigado a mostrar o que não
quiser, mas alertamos que o compartilhamento é rico e deve ser um alvo do
grupo.
Se você estiver trabalhando só, mostre seu trabalho a alguém da sua inteira
confiança, de vez em quando, para ouvir seus comentários. Ou melhor,
convide alguém a comprar seu próprio caderno e façam encontros de
compartilhamento a dois.
4. Tente trabalhar sempre no mesmo lugar, e, se possível, no mesmo horário.
Crie seu “cantinho de oração”, um lugar que você busque com entusiasmo e
expectativa. Nos dias em que você estiver trabalhando no seu caderno, servirá
para inspirá-lo a outros tipos de oração.
Ore pelo seu trabalho: peça que Deus lhe mostre algo em cada exercício. Ore
antes de começar. Não deixe de orar quando terminar. Orar se aprende
orando: o que der, da forma que der, do seu jeito. Se não dá pra orar, peça a
Deus que lhe mostre o porquê: o que está acontecendo na sua relação com
Deus... isto também é um dado significativo, parte de um aprendizado.
No final de cada exercício, escreva uma oração. Afinal, Deus sabe ler o que
você escreve!
5. Escolha bem seu ritmo de trabalho. É melhor um alvo mais modesto, porém
mais realista. Você deve poder trabalhar sem interrupções e sem ser
apressado. Se isto significa fazer um ou dois exercícios por semana, assim
seja. Mas procure fazê-los sempre no mesmo dia e horário. Você deve se
permitir de 30 a 40 minutos para cada exercício. Às vezes, pode trabalhar
menos tempo, mas, em outros momentos, você vai querer mais.
6. Não deixe de colocar a data nos trabalhos. Daqui a um ano ou dois (ou cinco
ou seis), compre outro destes cadernos e repita os exercícios. Compare. Veja
o que mudou.
Finalmente, queremos encorajá-lo a fazer desta reflexão um estilo de vida. Como dizia
um velho sábio: a vida não examinada não vale a pena ser vivida.
Acreditamos que à medida que se for conhecendo melhor, terá novas coisas para
apresentar diante de Deus. Você vai poder começar a mudar coisas na sua vida,
coisas de que antes você não tinha consciência e que às vezes faziam do seu
comportamento algo incompreensível.
Qualquer dúvida, escreva-nos. Se você quiser compartilhar alguma experiência
conosco, ou mesmo a sua opinião sobre a nossa proposta de oração, não hesite em
nos mandar uma carta ou email. Serão muito apreciados!
Agora, ao trabalho!
Parte 1 o que é a oração?
O que é a oração? Há milhares de livros sobre este assunto, mas hoje, aqui, o que
realmente nos interessa é o que você pensa que é oração.
Escreva aqui a sua definição. (Não há respostas certas ou erradas! Somente o que
você pensa. O que importa é a sua ideia, a sua opinião).
- Definição:
- Agora, explique a sua definição:
Ore sobre isso:
Quando você pensa em orar, qual é o primeiro sentimento que lhe vem? (Seja sincero
e escreva a primeira coisa que lhe veio à mente).
1.
parte 1
o que é a oração?
Quando você pensa em orar, qual é o primeiro sentimento que aparece? (Seja sincero e
escreva a primeira coisa que lhe veio à mente).
Sentimento:
Quando você pensa em fazer uma “hora silenciosa” diária, o que você sente?
Sentimento:
(Sentimento não é pensamento).
Agora leia o que você escreveu. O que você pensa sobre isso?
Ore sobre isso:
2.
parte 1
o que é a oração?
É impossível nós restringirmos Deus a uma folha de papel. Mas apenas para fins de
nossa própria pesquisa, vamos tentar fazê-lo.
Se você pudesse representar Deus com alguma imagem, como seria? Faça esse
desenho.
Agora, analise o que você desenhou. Explique seu desenho:
Ore sobre isso:
3.
parte 1
o que é a oração?
Faça um desenho que exprima sua relação com Deus:
Há alguma forma de ligação? Ou vocês estão separados? Como é a ligação? O que
passa por ela? Analise seu trabalho.
O que percebeu? Ore sobre isso:
4.
parte 1
o que é a oração?
Abra sua Bíblia no livro de Salmos. Trata-se de um livro cheio de orações. Escolha
algum com o qual você está se identificando hoje.
Leia-o em voz alta.
Agora, escreva seu próprio salmo. Não se esforce por reproduzir os moldes do livro
de salmos ou limitar-se a usar estritamente a linguagem religiosa. Procure usar
palavras e figuras, e imagens que sejam bem suas e reflitam a sua experiência
pessoal.
5.
parte 1
o que é a oração?
Existem diferentes tipos de oração. É muito fácil fazer oração de petição (pedidos). É
o mais comum. Nos próximos exercícios vamos trabalhar diferentes formas de
oração...
Mas vamos começar com as petições... Muitas vezes temos tanta coisa na cabeça
que não conseguimos fazer as outras tarefas direito.
Vamos “limpar o campo”.
Escreva aqui as coisas que estão lhe preocupando, TUDO que você conseguir
lembrar.
Escreva uma oração de entrega a Deus destas coisas. Que esta lista sirva de lembrete
a você de que tudo isso foi entregue ao Senhor. Ele não precisa de lembrete. Quem
precisa lembrar-se é você.
6.
parte 1
o que é a oração?
Agora veja dentre estas coisas que você escreveu no exercício anterior, quais
dependem de você para serem resolvidas? Faça sua parte: “César” deve fazer o que
é de “César” (você); e Deus fará o que é de Deus.
Naquele “santo dos santos” dentro de nós: você acredita que Deus cuida de você?
Que Ele está interessado nas coisas que lhe acontecem?
( ) sim
( ) não
( ) mais ou menos
( ) talvez
Para que orar?
7.
parte 1
o que é a oração?
João Wesley disse certa vez que: “Deus faz tudo pela oração e nada sem ela”.
O que isto significa para você?
Escreva uma carta a Deus... quando temos um amigo a quem queremos muito bem,
e ele vai embora, escrevemos cartas a ele para não perdermos o contato.
Deus é um grande amigo. De onde Ele está, poderá ler sua carta. Veja o que você
quer lhe dizer...
8.
parte 1
o que é a oração?
Há um hino famoso cujo refrão é “Conte as bênçãos, diga quantas são recebidas da
Divina Mão...”
Hoje vamos contar nossas bênçãos... pode começar... quais as bênçãos que você
tem “recebido da Divina Mão”?
Agora, escreva sua oração de gratidão.
9.
parte 1
o que é a oração?
Louvor não é gratidão. Os dois costumam ser facilmente confundidos, mas não são a
mesma coisa.
O que é louvor?
O que é gratidão?
Agora escreva uma oração de louvor (mínimo de dez linhas)!
(Selwyn Hughes diz que “agradecemos a Deus pelo que Ele faz, e O louvamos pelo
que Ele é...”)
10.
parte 1
o que é a oração?
Confessar nossos pecados nem sempre é fácil, mas, já que fazem separação entre
nós e Deus, é preciso confessá-los para que possamos manter nossa comunhão com
Deus.
Numa folha à parte, faça uma lista de todos os pecados dos quais você se lembra,
mas tudo mesmo. Até “aqueles”. (Não vale fazer lista “mental”. É por escrito. Mas não
deixe ninguém ver).
Agora, pegue esta folha e queime-a em lugar seguro. O que vai fazer com as cinzas?
Hoje você lançou simbolicamente estes pecados no “Mar do Esquecimento” (imaginese jogando estas cinzas neste mar).
Se esses pecados voltarem a lhe atormentar ou fazer você se sentir culpado, lembrese: da mesma forma que você não conseguirá encontrar mais a sua lista aqui, Deus
tampouco os encontrará no Seu arquivo. Foram perdoados, cancelados, apagados.
Ore sobre isso:
11.
parte 1
o que é a oração?
Você já ouviu a voz de Deus?
Se Deus quisesse falar com você, como Ele faria?
Descreva a cena.
De que formas Deus já falou com você?
Ore sobre isso:
12.
parte 1
o que é a oração?
Esvazie sua mente de tudo que possa lhe atrapalhar; imagine uma tela onde estão
escritos as coisas que estão na sua cabeça. Agora vá “vendo” um apagador que vai
deixando a tela completamente branca, limpa.
Vá inspirando mais do Espírito Santos com sua respiração.
Relaxe, mas fique atento. Peça a Deus que fale com você. Veja o que acontece...
depois, pense sobre o seguinte:
-
Ouviu Sua voz?
-
Vieram-lhe imagens pelas quais orar?
-
Lembrou-se de pessoas ou situações que precisam de sua intercessão?
Tente fazer deste tipo de oração – a oração da escuta – uma prática diária. Oração é
um diálogo – não é só você falando e Ele ouvindo. Deus também quer ter Sua vez de
falar. Faça silêncio... e ouça!
Ore sobre isso:
13.
parte 1
o que é a oração?
Você sabia que Deus busca intercessores? Isaías 59:16 nos diz que Deus procurou
quem ficasse na brecha da intercessão e não encontrou ninguém.
Pergunte a Deus por quem (pelo que) Ele quer que você aprenda esta lição de
intercessão. Espere que Deus lhe traga algo (alguém) à mente. Então assuma este
tema de intercessão. Ponha-se no lugar do outro. Imagine o que está passando, como
está vivendo. Tente sentir o que o outro sente – entrar “na sua pele”.
Agora, escreva sua oração de intercessão. Sempre que este pedido lhe vier à mente,
pare e ore de novo, até que Deus lhe dê a certeza de que sua oração foi atendida. Aí,
peça a Deus outro tema pelo qual interceder.
Sua oração:
14.
parte 1
o que é a oração?
Olhe seu exercício número 4.
No seu desenho, havia algo que impedisse uma mais íntima ligação com Deus?
Faça outro desenho agora:
Quais as coisas que servem de obstáculo à sua comunhão com Deus? Como seria
possível retirá-los da sua vida?
Ore sobre isso:
15.
parte 2
relações
Vamos começar uma nova etapa no nosso trabalho. Vamos dar início a uma
investigação sobre diferentes vínculos que o ser humano possui: sua relação consigo
mesmo(a), com o próximo, com Deus, com a igreja, com a família e com o mundo.
Alguns dos exercícios propostos apareceram num outro livro, “Jogos Dramáticos para
Cristãos” 1 e foram especialmente adaptados para o trabalho aqui.
Estas relações muitas vezes possuem aspectos que precisam ser compreendidos de
forma que nossa vida de oração não sofra prejuízos. Se guardarmos rancor ou
ressentimento de alguém ou de algo, isto vai impedir uma mais perfeita comunhão
com Deus. (“Se ao ofereceres teu sacrifício, te lembrares de que tens algo contra teu
irmão...”, “Se não perdoares as ofensas dos outros...”).
Como entregar a Deus partes desconhecidas do nosso ser?
Vamo-nos abrir ao escrutínio do Espírito Santo. Seja o mais honesto possível nesses
exercícios – é como terá maior proveito.
1 Jogos Dramáticos para Cristãos, de Esly Regina de Carvalho, pode ser encontrado através da Praça
do Encontro, www.pracadoencontro.com.br
parte 2
relação consigo
Faça um desenho dos seus vínculos, das “coisas” com as quais se relaciona. Vale
tudo: coisa, gente, atributo. Pode ser de forma figurativa, simbólica, ou abstrata, como
quiser. O importante é que represente a você e a sua vida.
Agora, olhe e analise: que cores foram usadas? O que significa a distribuição dos
símbolos? O que você esqueceu de incluir? Como você organizou os elementos no
espaço disponível?
Ore por isso:
16.
parte 2
relação consigo
Se você fosse um bicho ou animal, qual seria? Desenhe-o aqui:
Agora, faça uma descrição desse bicho ou animal. Quais suas características, físicas
e de “personalidade”?
O que esse bicho tem em comum com você?
Ore sobre isso:
17.
parte 2
relação consigo
Escreva uma historinha sobre o bicho que você desenhou.
O que esta historia tem a ver com seu momento de vida?
Ore sobre isso:
18.
parte 2
relação consigo
Dentro de cada um de nós vive uma criança... mesmo que nem sempre estejamos
cônscios disto.
Escreva uma “biografia” dessa criança que há em você. Como foi sua infância? O que
você se lembra? Que tipo de criança você foi?
Que aspectos desta descrição ainda estão presentes hoje em você? Quais já
mudaram?
Ore sobre isso:
19.
parte 2
relação consigo
Faca um desenho de seu próprio corpo (corpo inteiro).
Lembre-se de que há poucos “artistas” entre nós.
Como ficou? Sem levar em conta a “perfeição” do desenho, o que você pensa da
informação oferecida aí? Que partes você gostou mais? Menos? Como é seu nível de
auto-aceitação?
Nosso corpo foi criado “na imagem e semelhança de Deus”. Mesmo tendo sido
modificado pelo pecado, ainda é um dom de Deus. Escreva aqui uma oração de
agradecimento pelo seu corpo – do jeito que ele é hoje.
20.
parte 2
relação consigo
Paulo mencionou o conflito que existe dentro de muitos de nós: “O bem que quero
fazer, não faço. O que não quero, isto sim eu faço”.
Abaixo encontra-se um diagrama que podemos nomear o “Eu dividido”. Preencha o
gráfico com os dois “eus” que vivem aí dentro de você.
Dê um nome a cada lado e faça uma descrição de cada um. O que cada lado quer?
Como está o nível de integração dos dois?
21.
parte 2
relação consigo
Faça um desenho de uma árvore:
Responda as seguintes perguntas:
1. Que tipo de árvore é?
2. Quantos anos têm?
3. Está sozinha ou há outras árvores por perto?
O que estas coisas têm a ver com você?
Ore sobre isso:
22.
parte 2
relação consigo
Você acaba de herdar uma grande fortuna. Escreva abaixo como você vai gastar esse
dinheiro.
Analise depois:
Quanto dinheiro era? Muito ou pouco?
Como você gastou? Em que gastou mais? Menos?
Ore sobre isso:
23.
parte 2
relação consigo
Você cuida do seu corpo?
Faça uma avaliação:
-
Seu peso está dentro dos parâmetros ideais para sua altura?
-
Quando foi a última vez que você fez uma revisão médica? Dentária?
-
Você se arruma bem? Tem a melhor aparência possível?
-
Você se veste para agradar a quem?
Ore sobre isso:
24.
parte 2
relação consigo
Quando você precisa conversar com alguém, a quem você procura?
Por quê? Você confia em alguém? Confiaria um segredo?
Você também sabe ouvir? As pessoas procuram você para desabafar?
Por que será?
Ore sobre isso:
25.
parte 2
relação com a família
Faça uma pequena biografia da sua mãe (ou mãe substituta). Descreva-a.
O que você tem em comum com ela?
Ore sobre isso:
26.
parte 2
relação com a família
Faça uma biografia do seu pai (ou pai substituto). Descreva-o.
O que você tem em comum com ele?
Ore sobre isso:
27.
parte 2
relação com a família
Faça um desenho da sua família de origem.
O que você percebe analisando o desenho?
Ore sobre isso:
28.
parte 2
relação com a família
Faça um desenho da sua família desenvolvendo uma atividade juntos.
Qual é a atividade?
Qual a palavra que descreve o quadro?
O que você percebe?
Ore sobre isso:
29.
parte 2
relação com a família
Faça um desenho de sua família atual (ou ideal, se você não é casado).
O que você percebe analisando o desenho?
Quem está perto de quem?
Que emoções cada um exprime?
Ore sobre isso:
30.
parte 2
relação com a família
Que coisas precisariam mudar nos vínculos familiares?
Que coisas precisariam mudar em você?
Se você tem filhos, descreva cada um. Como é sua relação com eles? O que
precisaria mudar? O que está bem? (Se você não tem filhos, como você imaginaria
que criaria seus filhos se os tivesse? Como você se sente em relação a este
assunto?).
Ore sobre isso:
31.
parte 2
relação com a igreja
Desenhe uma igreja. Descreva-a com três adjetivos.
Como está sua relação com a igreja?
Ore sobre isso:
32.
parte 2
relação com a igreja
Abaixo está o desenho de um corpo. Simboliza o corpo de Cristo. Agora, faça uma
pintura ou colagem, com escritos, desenhos ou figuras recortadas, pra preencher o
espaço.
DESENHO DO CORPO DE CRISTO
Agora escolha o lugar neste Corpo que voce sente que é seu. Assinale-o.
Agora analise seu desenho: Tem olhos? Boca? Ouvidos?
Como são as pernas? Os pés? As mãos?
Ore sobre isso:
33.
parte 2
relação com o mundo
Desenhe o mundo da perspectiva de Deus. Como você imagina que Ele vê o mundo?
Ore sobre isso:
34.
parte 2
relação com o mundo
Como você imagina o desafio que Jesus lançou aos seus discípulos de evangelizar o
mundo? Escreva a SUA estratégia para conseguir fazê-lo.
Quantas das suas propostas são viáveis? O que pode contribuir?
35.
parte 3
os caminhos de Deus
Estes estudos foram baseados num livro de devocionais (* ) sobre diferentes formas
como Deus lida com as pessoas nas suas vidas. Talvez possamos aprender mais
sobre isso na nossa vida de oração.

(*) Every Day with Jesus, Selwyn Hughes, CWR, England. (Sept/Oct. 1987)
parte 3
os caminhos de Deus
Deus costuma testar as pessoas antes de confiar Suas tarefas e trabalhos a elas. Ele
nos testa em diferentes áreas da vida. Como você lida com seu tempo? Faça aqui
uma relação de como você gasta seu tempo.
Quantas horas por semana você gasta:
- Com trabalho
____________ hrs
- Com a família ____________ hrs
- Com atividades espirituais
____________ hrs
- Com estudos
____________ hrs
- Com a igreja
____________ hrs
- Com a televisão
____________ hrs
- Com o computador
____________ hrs
- Com outros lazeres
____________ hrs
- Outros
____________ hrs
Avalie como está gastando o seu tempo. Há coisas que devem mudar de prioridade?
Deus tem lugar para lhe confiar outras coisas a fazer? Quais?
Ore sobre isso:
Decisões tomadas:
36.
parte 3
os caminhos de Deus
Como você lida com seu dinheiro?
Escreva abaixo quanto você ganha: R$ ____________________
Como você gasta seu dinheiro:
________________________
R$____________________
________________________
R$____________________
________________________
R$____________________
________________________
R$____________________
________________________
R$____________________
Você costuma dar dinheiro para
Sua igreja?
R$____________________
Missões?
R$____________________
Ofertas especiais
R$____________________
O que você percebe sobre a sua maneira de gastar dinheiro? Há algo que precisa
mudar?
Ore sobre isso:
Decisões tomadas:
37.
parte 3
os caminhos de Deus
Você termina o que começa?
Enumere os projetos que você começou nos últimos tempos:
-
Quantos foram terminados?
Ore sobre isso:
38.
parte 3
os caminhos de Deus
Ler: Filipenses 4:8-20 e Romanos 8:28.
Quais são as suas circunstâncias atuais? Descreva.
Você crê que você está onde Deus permite que você esteja neste momento? Você
crê que Ele é soberano e está em controle da situação?
Você está contente nas suas circunstâncias atuais?
Ore sobre isso:
39.
parte 3
os caminhos de Deus
Ler: Tiago 3.
Como anda sua língua? Preste atenção no que ela diz (e no que ela deixa de dizer).
Há mudanças necessárias?
Quais?
O que você resolveu fazer sobre isso hoje?
Ore sobre isso:
40.
parte 3
os caminhos de Deus
Ler Mateus 6:14-15
Faça uma avaliação profunda, diante de Deus, dos seus relacionamentos. De quem
você guarda mágoa? Rancor? Raiva?
Escreva seus nomes aqui:
Como você vai fazer? Ore sobre isso:
Escreva sua oração de perdão aqui:
41.
parte 3
os caminhos de Deus
Muitas pessoas possuem dificuldade em controlar seus desejos:
-
dinheiro
comida (apetite)
bebida (álcool)
sexo
drogas
fumo
outros. Especifique:
Qual é a SUA área de dificuldade? Seus desejos descontrolados? Descreva aqui:
Ore sobre isso:
42.
parte 3
os caminhos de Deus
Uma das formas que Deus lida conosco é:
-
revelar
reverter
restaurar
Ele revela Sua vontade. Há circunstâncias em que nós temos certeza absoluta de que
Deus nos falou algo ou nos mostrou um caminho claramente.
Daí, muitas vezes parece que a situação “dá pra trás”, e tudo que pode dar errado, dá
errado. Ficamos perplexos, duvidamos até de que Deus nos falou. Isso é normal.
Depois, Ele restaura a situação de forma que possamos vê-lO claramente agindo: não
podemos negar Sua intervenção.
Você já passou por situações assim? Está passando?
Descreva-a. (Veja exemplos na vida de Abraão, Moisés, José, Pedro...)
Ore sobre isso:
43.
parte 3
os caminhos de Deus
Às vezes, nos encontramos em situações onde parece que está tudo errado. Deus
permite tais situações nas nossas vidas para desenvolver nossa persistência e
caráter. Como diz Selwyn Hughes, “Deus está muito mais comprometido em
desenvolver nosso caráter do que a nossa felicidade”.
O que você pensa sobre isto? Já se encontrou em situações assim? Descreva:
Ore sobre isso:
44.
parte 3
os caminhos de Deus
Ler João 10.
Jesus disse que Ele era a porta... Ele é uma porta na sua vida? Para o quê?
A porta tem como função separar contextos e possibilitar a passagem de um para o
outro.
Como é isso na sua vida? Jesus separa contextos na sua vida? Dá passagem?
Como? Para o quê?
Ore sobre isso:
45.
parte 3
os caminhos de Deus
Jesus disse que Ele abre portas que ninguém pode fechar.
Muitas vezes, sentimo-nos diante de um caminho bloqueado, não é verdade? Há
caminhos que desejaríamos que nos estivessem sempre abertos. Quais são estes
caminhos na sua vida? Quais as portas abertas que você gostaria que existissem?
Ore sobre isso:
46.
parte 3
os caminhos de Deus
Estamos concluindo nosso trabalho aqui, apesar de que este tipo de crescimento e
reflexão nunca se conclui. Faça uma avaliação desta experiência: O que você
aprendeu? Para que serviu ter perseverado até aqui? Como mudou sua vida de
oração? Qual o valor deste trabalho?
Se você quiser, faça uma cópia dessa folha e mande para nós. Gostaríamos de saber
suas conclusões!
47.
conclusão
Aqui termina este trabalho, mas não termina a proposta. Gostaríamos que você
continuasse a se descobrir de suas próprias formas. Esperamos que você já esteja
conseguindo orar, ou pelo menos, já fala com o Senhor “via aérea”. Para os que não
tinham dificuldade nesta área, cremos que tenham conseguido aprofundar mais sua
relação com Deus.
Estamos pensando em dar seguimento a esta proposta. Talvez você tenha sentido
que deveríamos ter tocado em algum assunto? Pode nos escrever. Há muitas outras
coisas a serem abordadas e estamos abertos às suas sugestões. Também estamos
abertos às suas críticas (construtivas). De que forma podemos melhorar nosso
trabalho?
Pedimos suas orações sobre nossos trabalhos também. Lembrem-se de nós quando
forem interceder pelas obras de Deus. Lembrem-se deste caderno – que possa ser
uma bênção na vida de outras pessoas também.
Esperamos reencontrá-lo em breve em outro caderno, e, por isso, não se trata de uma
despedida final, mas simplesmente de um “até breve, se Deus quiser”.
Abraços,
Praça do Encontro
www.pracadoencontro.com.br
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