Relação dos solos de terraço/várzea da planície do município de Itobi/SP. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - UNICAMP Autor: MORCILLO, Camila Silva Garcia [email protected] Orientador: LADEIRA, Franscisco Sérgio Bernardes [email protected] Agência Financiadora: SAE PIBIC CNPq Palavras chave: Terraço, Várzea, Itobi Este projeto objetivou caracterizar os solos à dinâmica do canal fluvial no município de Itobi com os solos desenvolvidos na várzea e no terraço, buscando correlacionar os processos pedogenéticos com os depósitos associados ao canal. Caracterização da área de estudo A área estudada localiza-se a nordeste do estado de São Paulo e está inserida na Bacia hidrográfica do Rio Verde que pode ser caracterizada como uma planície fluvial, isto é, uma área de baixa declividade que por esse fator, está sujeita à frequentes inundações. (Moroz & Ross, 1997). A Bacia do Rio Verde estende-se por várias províncias geomorfológica, dentre elas o Planalto Atlântico, a Depressão Periférica, as Cuestas Basálticas e o Planalto Ocidental Paulista. O relevo é tido como algo que influencia no regime hídrico e deve-se considerar que a dinâmica do canal fluvial varia muito ao longo de sua extensão. A proximidade com o lençol freático proporciona um menor escoamento e consequentemente, um melhor desenvolvimento de solos hidromórficos. (Celarino, 2010). Técnicas e Resultados Figura 1:Área estudada Fonte: Google Earth (adaptação Camila Morcillo) Através do levantamento bibliográfico pode-se afirmar que as condições hidrológicas aliadas ao processo de erosão diferenciada, os tipos de solos e materiais com diferentes composições são responsáveis pela dinâmica dos processos de evolução dos solos da planície aluvial. A espessura do solo está relacionada com o relevo, sendo que em superfícies com maior declividade os solos tendem a ser mais rasos com pouca diferenciação entre os horizontes devido ao escoamento superficial enquanto em superfícies mais suaves os solos apresentam maiores diferenciações entre os horizontes e maior espessura. Conclusões Figura 2: Perfil de Gleissolo Fonte: Franscisco Bernardes Ladeira A presença contínua de água provoca processos hidromórficos no solo, o que está completamente de acordo com a situação geomorfológica da área. Nas áreas de várzea encontram-se as maiores concentrações de matéria orgânica pois a água que permanece na superfície diminui a velocidade de decomposição da matéria enquanto nas áreas de terraço ocorre uma boa infiltração e uma drenagem um pouco mais eficiente, desfavorecendo dessa forma, os processos de caráter químico. Os solos possíveis de serem encontrados na área de estudo são os Cambissolos, Gleissolos e Organosssolos. BIBLIOGRAFIA: CELARINO, A. L. S. Análise cronológica e pedológica de uma topossequência na planície fluvial do médio Mogi Guaçu. Campinas-SP, 2011. CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia Fluvial. O Canal Fluvial. Volume 1. Editora: Edgard Blucher, São Paulo, 1981. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio deJaneiro: Embrapa Solos, 1999. ROSS, J. & MOROZ, I. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo –FFLCH – USP / IPT / FAPESP. Volume 1. São Paulo, 1997 VITTE, A. C., MELLO, J. P. Determinação da fragilidade ambiental da Bacia do Rio Verde, Região nordeste do Estado de São Paulo, Brasil. RevistaTerritorium, Volume 16, 2009.