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Colégio Estadual Pedro Araújo Neto
Ensino Fundamental e Médio.
PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
GENERAL CARNEIRO – PR.
2010
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da História passou por várias mudanças no Brasil, as quais nem sempre significaram
progressos significativos. Essas mudanças começaram a partir de 1837 com o surgimento do Colégio
D. Pedro II, onde a base era positivista, eurocêntrica e histórico linear, sendo pouco valorizado o
sujeito como indivíduo histórico do Brasil.
Isto é retomado com Getúlio Vargas a partir de 1832 com o surgimento do Estado Novo e
legitimado com o ensino de Educação Moral e Cívica e Estudos Sociais./ Outro momento marcante na
História foi a ditadura militar de 1964 também legitimadora de políticas dominantes, como a história
factual e na construção de heróis, ou seja, o Estado como sujeito histórico.
Outra mudança ocorreu com a introdução da lei nº 5692/71 que trouxe em seu bojo o tecnicismo
nas escolas, tirando o espaço das Ciências Humanas, sendo tudo condensado na EMC e OSPB tendo
o Estado à função controladora e o aluno um cumpridor de tarefas e de deveres patrióticos. O ensino
se distancia de sua objetividade que é de formar indivíduos críticos e atuantes.
As mudanças efetivas passaram a ocorrer a partir de 1980 num momento pós ditadura e
reformas democráticas, havendo produção de material didático e uma concepção de história sendo
essa mais crítica.
A partir de 1990 a escola pública do Paraná passa a trabalhar uma nova história tendo como
base o currículo básico unificando o conteúdo e rompendo com o eurocentrismo, valorizando a História
local e regional, como a do Paraná e América Latina, continuando ainda cronológica e linear.
Enfim, a partir de 1997 com os Parâmetros Curriculares Nacionais e maior autonomia dos
professores, estando recentemente explícito na construção de Diretrizes Curriculares da Disciplina e a
introdução da História do Paraná, Cultura Afro- Brasileira e Africana em conformidade com a Lei nº
10639/03,e cultura dos povos indígenas sob a Lei 11.645/08, além dos estudos sobre a Nova
Esquerda Inglesa e a Nova História Cultural, trazendo uma nova consciência crítica.
Em 2002, inicia-se o processo das Diretrizes Curriculares pra o ensino da História. Neste
sentido há um projeto de formação continuada dos professores, evidenciando-se assim os
fundamentos teóricos metodológicos, base para todo o ensino da história, seja na construção da
Proposta Curricular ou como fonte para o trabalho dos próprios professores em sala de aula,utilizado
pelos próprios educandos.
A Historiografia recusa uma única verdade, pronta e acabada. Única vertente sem diálogo com
outras vertentes, renegando assim a teoria que afirma o fim da história.
Destacamos neste contexto a Nova História que engloba a História das mentalidades, como
Marc Bloc e Lucien Febre. A Nova História Cultural com Carlo Ginzburg e Roger Chartier e a Nova
Esquerda Inglesa com Raymond Willians, Eric Hobsbawn, Cristopher Hill.
O objetivo do estudo da área de História são processos históricos relativos às ações e relações
humanas através dos tempos. Transformações que podem ser voluntárias ou não.
Esse objetivo tem respaldo necessário para propiciar aos educandos ao longo do processo de
educação a formação da consciência Histórica crítica.
A História estuda os processos relativos a ações do homem no mundo e as suas
transformações sociais, políticas, econômicas e culturais.
Pensar História não é apenas na narração de grandes fatos ou heróis. É mais que memorização
de datas e nomes. Assim é fundamental que se leve em conta as diversas vertentes do pensamento
humano, pois, no contexto histórico é necessário que haja diálogo entre as concepções históricas
distintas umas das outras. Isto se dá através da investigação histórica. O que se pretende na verdade
é resguardar as diferenças e oposições entre elas.
Ensinar e aprender História é um processo de construção e reconstrução de conhecimento que
tem como base a pesquisa fundamentada nas fontes históricas.
A principal finalidade da História é o processo de construção do conhecimento, onde o sujeito
cresce criticamente para atuar na sociedade, analisando, interferindo e modificando a realidade. Em
acordo com o momento contemporâneo tendo respaldo para compreender os novos desafios
conceituais á sexualidade. Prevenção ao uso indevido de drogas, a educação fiscal, enfrentando a
violência na escola, educação ambiental. Em outras palavras, a História deixa de ser apenas fatos do
passado para tornar-se construção do presente, feita através de vestígios encontrados,
caracterizando-se como produto social de determinada época.
S expressa nesse sentido uma grande preocupação em que não apresentar os conteúdos da
História de forma fragmentada. A História se apresenta de forma global e não isolada. O mundo não
para por algum determinado acontecimento. Não podemos isolar a história política de uma
determinada sociedade, por exemplo, e estuda-la como única e exclusiva. O que podemos é
considerar os compartimentos criados pelos próprios historiadores para referenciar diferentes tipos de
estudos. O educador necessita localizar-se nos conteúdos que serão trabalhados em sala de aula, um
ponto de partida, uma luz que clareie seus planejamentos. Nomeados como conteúdos estruturantes,
eles apresentam-se dentro da disciplina de história como: Relações de Trabalho, Relações de poder e
Relações Culturais. Esses devem estar em comum acordo com os fundamentos teóricos
metodológicos.
Tendo por base que os conteúdos estruturantes são fundamentais e que devemos respeitar a
realidade e o coletivo escolar, vemos a necessidade de aludir o estudo no campo, enfatizando no
conteúdo econômico-social o MST, já que grande parte dos alunos que freqüentam a escola, são
assentamentos rurais. Buscamos nas raízes do movimento a luta social dessa parcela da população
pela reforma agrária. Procuramos entender com o movimento é organizado, o papel do governo dentro
dessa realidade histórica, a vida das famílias assentadas, os incentivos ou não a agricultura, etc. Isso
ocorre também com a cultura Afro-Brasileira e Africana,além da cultura indígena também esquecida e
desvalorizada durante muito tempo, é preciso lembrar sua importância na contribuição para a
constituição da Nação brasileira, “a figura boa da alma negra que, nos tempos patriarcais, criava o
menino dando-lhe de mamar, que embalava a rede ou o berço, que lhe ensinava as primeiras palavras
em português errado, o primeiro padre nosso”.( Gilberto Freyre). Nessa fala de Gilberto Freyre
percebemos claramente as influências culturais sobre o brasileiro em formação que sobreviveria a
escravidão.
CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Estruturantes: Relações de Poder, Relações de trabalho e Relações Culturais.
5ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
A experiência humana no tempo: A memória local e memória da humanidade; o tempo (as
temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações humanas no tempo).
O local e o Brasil
- O jovem aluno e suas percepções do tempo histórico ( temporalidades e periodizações):
memórias e documentos familiares e locais.
- O jovem e suas relações com a sociedade no tempo ( família, amizade, lazer, esporte, escola,
cidade, estado, país, mundo).
- Sexualidade, prevenção ao uso indevido de drogas, o enfrentamento à violência na escola.
A relação com o mundo
- a formação do pensamento histórico
- os vestígios humanos: os documentos históricos
- o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos, monumentos
espaços públicos, privados, sagrados.
- as diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e industriais.
- as formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos significativos, etc.
Os sujeitos a sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias.
O local e o Brasil
- os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupiguaranis.
- colonizadores portugueses e espanhóis e suas culturas na Américas e no território
paranaense.
- colonizadores espanhóis nas sociedades pré-colombianas.
- os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná.
- os imigrantes europeus e asiáticos e suas culturas no Brasil e no Paraná- a condição das
crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná.
A relação com o mundo
- o surgimento da humanidade na África e na Ásia e a diversidade cultural na sua expansão: as
teorias sobre seu aparecimento.
- as sociedades comunitárias
- as sociedades matriarcais
- as sociedades patriarcais
- o significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas.
A cultura local e cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular,festas e religiosidades: a
constituição do pensamento científico; as formas de representação humana; a oralidade e a escrita; as
formas de se narrar a história.
O local e o Brasil
- os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses.
- as manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as
festividades religiosas.
- pinturas rupestres e sambaquis no Paraná.
- a produção artística e científica paranaense.
A relação com o mundo
- pensamento científico: a antiguidade grega e Europa moderna.
- a formação da arte moderna.
- as relações entre a cultura oral e a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa histórica.
6ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Culturais.
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações
As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade
privada; a terra.
O local e o Brasil
- a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais
no Paraná.
- a família e os espaços privados: a sociedade patriarcal brasileira a constituição do latifúndio na
América portuguesa e no Brasil imperial e republicano.
- as reservas naturais e indígenas no Brasil.
−
a reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra nos assentamentos.
A relação com o mundo
- a constituição do espaço público da antiguidade na polis grega e na sociedade romana, a
reforma agrária na antiguidade grego-romana.
- a propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas.
O mundo do campo e o mundo da cidade
O local e o Brasil
- as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipais, a educação
fiscal.
- o engenho colonial a conquista do sertão.
- as missões jesuíticas.
- a Belle Époque tropical modernização das cidades.
- cidades africanas e pré-colombianas.
A relação com o mundo
- as cidades na antiguidade oriental.
- as cidades na sociedades antigas clássicas.
- a ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeu; a constituição dos
feudos ( Europa Ocidental, Japão e sociedades da áfrica meridional) e glebas servis ( Europa
Ocidental).
- as transformações no feudalismo europeu.
- o crescimento comercial e urbano na Europa.
As relações entre o campo e a cidade
O local e o Brasil
- as cidades mineradoras.
- as cidades e o tropeirismo no Paraná.
- os engenhos da erva mate no litoral e o Primeiro Planalto.
A relação com o mundo
- as relações campo-cidade no Oriente.
- as feiras medievais.
- o comércio com o Oriente.
- os cercamentos na Inglaterra moderna.
- o início da industrialização na Europa, educação ambiental.
- a reforma agrária na América Latina no século XX.
Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade
O local e o Brasil
- a relação entre senhores e escravos, o sincretismo religioso (formas de resistência afrobrasileira).
- as cidades e as doenças, a prevenção ao uso indevido de drogas
- a aquisição da terra e da casa própria.
- o MST e outros movimentos pela terra.
−
os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos XIX,
XX E XXI.
A relação com o mundo
- a peste negra e as revoltas camponesas.
- as culturas teocêntrica e antropocêntrica.
- as manifestações culturais na América Latina, África e Ásia.
- as resistências no campo e na cidade: América Latina e continente africano.
- a história das mulheres orientais, africanas e outras.
7ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Estruturantes: Relações de Poder, Relações de Trabalho e Relações Culturais.
Histórias das relações da humanidade com o trabalho
O local e o Brasil
- o trabalho nas sociedades indígenas.
- sociedade patriarcal e escravocrata.
- Mocambos/ Quilombos as resistências na colônia.
- remanescentes de quilombos.
A relação com o mundo
- a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas.
- o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita.
- o trabalho assalariado.
O trabalho e a vida em sociedade
O local e o Brasil
- a desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império.
- a busca pela cidadania no Brasil Império.
- os saberes nas sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam as tradições.
- corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom trabalhador.
A relação com o Mundo
- os significados do trabalho na Antiguidade-Oriental e Antiguidade Clássica.
- as três ordens do imaginário feudal.
- as corporações de ofício.
- o entretenimento na corte e nas feiras.
- o nascimento das fábricas e a vida cultural ao redor, a questão ambiental no Brasil e no
mundo.
O mundo e o trabalho
O local e o Brasil
- a desvalorização do trabalho.
- o latifúndio no Paraná e no Brasil.
- a sociedade oligárquico-latifundiária
−
a vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as contradições da modernização.
−
A relação com o mundo
- a produção e a organização social capitalista.
- a ética e moral capitalista.
As resistências e as conquistas de direito
O local e o Brasil
- o movimento sufragista feminino.
- a discriminação racial e lingüística ( o caipira no contexto do capital ).
- as congadas como resistência cultural.
- a consciência negra e o combate ao racismo.
- movimentos sociais e emancipacionistas.
- os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná, a questão da sexualidade.
A relação com o mundo
- o movimento sufragista feminino.
- a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
- o Ludismo.
- a constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadores.
- os homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneo.
8ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de poder, Relações de trabalho e Relações
Culturais.
A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas; as
instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis.
O local e o Brasil
- a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasil.
- a Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesa.
- as irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesa.
- o surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas
e universidades no Brasil.
- a formação dos sindicatos no Brasil.
- as associações e clubes esportivos no Brasil.
A relação com o mundo
- a instituição da igreja no Império Romano.
- as ordens religiosas católicas.
- as guildas e as corporações de ofício na Europa medieval.
- o surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais.
- a organização do poder entre os povos africanos.
- a formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidente.
−
o surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI, OMC,
OPEP, FIFA, Olimpíadas).
A formação do Estado: a monarquia; a república ( aristocracia, ditadura e democracia); os
poderes do Estado.
O local e o Brasil
- nas relações entre o poder local e o Governo Geral da América Portuguesa.
- os quilombos na América Portuguesa e no Brasil Imperial.
- a formação do estado – nação brasileira.
- as constituições do Brasil Imperial e republicano.
- a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia.
- os poderes do estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário, a educação fiscal.
- as empresas públicas brasileiras.
- a constituição do Mercosul.
A relação com o mundo
- o surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade no Crescente Fértil.
- a monarquia e a nobreza na Europa medieval.
- a formação dos reinos africanos.
- o Estado Absolutista europeu.
- a constituição da república no Ocidente.
- o Imperialismo no século XIX.
- a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as democracias.
- a constituição dos Estados socialistas e dos Estados de Bem–Estar Social.
- a formação dosa blocos econômicos.
Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as revoltas e
revoluções sociais ( políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais.
O local e o Brasil
- as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América Portuguesa e no Brasil Imperial.
-as revoltas republicanas na América Portuguesa.
- as revoltas sociais no Brasil Imperial e Republicana.
- as guerras cisplatinas e a Guerra do Paraguai.
- os movimentos republicano e abolicionista no Brasil Imperial.
- o movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil.
- o Brasil nas Guerras Mundiais.
- os movimentos pela redemocratização do Brasil( carestia,feministas, etnoraciais e estudantis).
A relação com o Mundo
- as revoltas democráticas na polis gregas.
- as revoltas plebeias, escravas e camponesas na República Romana.
- as heresias medievais.
- as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas.
-as revoltas religiosas na Europa Moderna.
- a conquista e a Colonização da América pelos povos europeus.
- as revoluções modernas.
- os movimentos nacionalistas.
- as guerras mundiais.
- as revoluções socialistas no século XX.
- as guerras de independência das nações africanas e asiáticas.
os movimentos camponeses latinos americanos e asiáticos.
ENSINO MÉDIO
Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais
Conteúdos específicos
1ª Série
1- Conceito de trabalho
O que é trabalho
Trabalho e sua valorização
O mundo do trabalho contemporâneo
A divisão do trabalho
O fim do mundo do trabalho
2- O mundo do trabalho em diferentes sociedades
O mundo do trabalho nas sociedades teocráticas
Egito antigo
Sociedades pré-colombianas
Astecas
Maias
A civilização inca
O trabalho e as artes nas sociedades pré-colombianas
O mundo do trabalho nas sociedades antigas: Grécia e roma
Filosofia e escravidão
O mundo do trabalho na sociedade feudal
3- Construção do trabalho assalariado
De artesãos independentes a tarefeiros assalariados
A constituição do sistema de fábricas
A organização do tempo do trabalho
Trabalho infantil
Trabalho feminino
4- Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mao de obra no contexto de
consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense
Os europeus e as etnias no novo mundo
A instituição da escravidão africana no continente americano
O trabalho escravo no novo mundo
O ataque ao império estadunidense
5- Urbanização e industrialização no Paraná
As primeiras vilas e cidades do Paraná
A contribuição da erva mata para a formação de vilas e de cidades no Paraná
A ocupação do interior: o surgimento de novas cidades vinculadas ao agroextrativismo
A diversidade da agropecuária e da industrialização espalhada pelo território paranaense
2ª Série
1- O estado nos mundos antigos e medievais
O conceito de estado
Estados na antiguidade oriental: poder politico e poder religioso
Mesopotâmia
Egito: uma experiencia de poder teocrático
Hebreus
Estado na Grécia antiga
Relação entre conquistadores e conquistados
Persas
Macedônios
Romanos
Estado na Idade Média: a hierarquização do poder
Sociedade feudal na Europa Ocidental
O Estado islâmico
2- O Estado e as relações de poder: formação dos estados nacionais
A formação do estado moderno
Teóricos do estado nacional absolutista
Do estado absolutista ao estado nação
Independência do Brasil e a formação do estado nacional
A construção da ideia da nação brasileira
Símbolos nacionais brasileiros
3- Relações de poder e violência no estado
Estado e as relações de poder
As guerras revolucionários e nacionais
Totalitarismo e violência
Relações de poder e formas de violência
A tortura
4- O estado imperialista e sua crise
A formação de impérios e colonias no seculo XIX
Justificativas e rivalidades nas disputas coloniais
A crise do estado imperialista
A formação dos regimes totalitários: ameaça a liberdade
A arte nos regimes totalitários na Alemanha e Itália
A industria cultural e as nações imperialistas
Os estados e bipolarização do mundo contemporâneo
Crise no socialismo e na União Soviética
5- Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séculos XVIII e
XIX)
A abolição da escravidão nos Estados Unidos da américa e no Brasil
A escravidão no Mundo Contemporâneo
As revoluções e a luta pela igualdade
Manifestações femininas: a busca da cidadania
A organização dos operários
Os jovens, a participação politica e a cidadania
6- Urbanização e industrialização no brasil
Atividades econômicas no Brasil colonial
As cidades na História do Brasil
Vida Urbana e industrial no brasil
7- O trabalho na sociedade contemporânea
O trabalho assalariado
O mundo do trabalho no brasil: inicio do século XX
O mundo do trabalho na politica desenvolvimentista brasileira: Era Vargas
O trabalho como garantia do processo brasileiro?
Reestruturação produtiva no Brasil na década de 1990
3ª Série
1- As cidades na História
As cidades neolíticas
As cidades antigas; urbanismo na Grécia e Roma
O Islã: Civilização urbana
As cidades na América Pré-Colombiana
A expansão urbana na Europa dos seculos XI a XIII
Cidades e catedrais: romântica e gótica
2- Relações culturais nas sociedades grega e romana na antiguidade: mulheres plebeus e
escravos
As mulheres na sociedade grega
A representação das mulheres na filosofia grega
A imagem da mulher grega nas artes
As mulheres na sociedade romana
A luta pelos direitos da plebe na sociedade romana
As revoltas de escravos
3- Relações culturais na sociedade Medieval Européia: camponeses, artesaos, mulheres,
hereges e doentes
O conceito da Idade media
As sociedades medievais: reflexão sobre a sociedade feudal
Algumas manifestações de dominação e resistência entre os camponeses
Algumas manifestações de dominação e resistência nas cidades
Um mapa de exclusão social na Idade Média
Reflexões sobre hereges na Idade média
Reflexões sobre doentes na idade média
A hanseniase
A peste negra
4- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna
Transformação do mundo moderno
Reforma protestante e o fim do monopólio da igreja católica
França Antártica: uma experiencia protestante ou experiencia indígena na América
portuguesa
Revolução gloriosa e o triunfo da burguesia sobre o absolutismo
Iluminismo: as luzes da razão na modernidade
As novas ideias e a contestação dos trabalhadores
5- Urbanização e industrialização no século XIX
Industrialização e urbanização
A cidade industrial
Higiene miasmas e bactérias
A arquitetura do século da industria
A revolução nos transportes
A utilização da eletricidade
A nova realidade e suas impressões na literatura e na arte
Arte iconográfica
O futuro das grandes cidades
6- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade contemporânea: é
proibido proibir
O mundo em transformações aceleradas
Os camponeses e a luta pela terra
O movimento feminista
A revolução jovem
O movimento negro e a luta pelos direitos civis
As revoltas dos jovens em Paris: outubro de 2005
7- Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea
A mundialização é real?
A explosão urbana
A tecnologia, a urbanização e a arte
A transparência dos problemas sociais e estruturais na explosao urbana
Metodologia
Os conteúdos básicos da 5ª,6ª,7ª,8ª séries do Ensino Fundamental deverão ser
problematizados por meio da contextualização – temporal das ações e relações dos sujeitos a serem
abordados em sua diversidade étnica,de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos
ligados a história local e do Brasil em relação a História da América Latina, da África, da Europa e
Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades ( mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos Básicos devem estar articulados
aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e
documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressa-las
por meio de narrativas históricas.
Segundo Rüsen, a aprendizagem histórica é uma das dimensões e manifestações da
consciência histórica. Está articulada ao modo como a experiência histórica é vivenciada e interpretada
de maneira a fornecer uma compreensão do presente e a construir projetos de futuro. Para Rüsen as
orientações e os métodos da pesquisa histórica são distintos das orientações e dos métodos do ensino
de Historia.
Para Rüsen, existem quatro tipos de consciência histórica: tradicional, exemplar crítica e
ontogenética. Esses tipos de consciência são expressos por diferentes narrativas históricas
fundamentados em quatro condições de orientação intencional da vida prática dos sujeitos no tempo:
afirmação, regularidade,negação e transformação.
Tomando por base que a história contribui para que se construa a consciência crítica nos
indivíduos e estes tornem-se atuantes na sociedade.
Para que esse objetivo ligado a aprendizagem histórica seja alcançado, sob a exploração de
metodologias ligadas à epistemologia da História, é importante considerar, na abordagem dos
conteúdos temáticos:
- múltiplos recortes temporais;
- diferentes conceitos de documentos;
- múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade.
- formas de problematização em relação ao passado;
- condições de elaborar e compreender conceitos que permitam ensinar históricamente;
superação da ideia de História como verdade absoluta por meio de percepção dos tipos de
consciência histórica expressas em narrativas históricas.
Desenvolvemos atividades metodológicas que justifiquem tal afirmativa:
- leituras e compreensão de textos como: cartas, revistas, jornais...
- pesquisas
-interpretação de imagens e mapas
- vídeos
- produção de textos
- iconografia
- música
- debates (seminários)
- trabalhos apresentados pelos alunos em sala de aula
- visitações a lugares históricos ( exemplo: história e memória – estudo no cemitério)
- história oral – depoimentos
−
aulas expositivas
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Os conteúdos de História do ensino fundamental, tem como finalidade analisar e avaliar
processualmente a formação do pensamento histórico e cultural que orienta o agir, dos sujeitos
históricos no tempo. Pretende fazer com que os jovens alunos percebam que são sujeitos históricos e
compreendam a formação de sua cultura local e das diversas culturas que com ela se relacionam e
que instituem um processo histórico distinto. Essa compreenção deve se fundamentar em narrativas e
documentos históricos que demarquem espaço – temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios
dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho
culturais.
É inegável a urgência de se construir novos referenciais de avaliação, procurando superar uma
cultura escolar que a prática como sendo apenas um instrumento que permite a constatação de
resultados finais ou quantitativa, desacompanhada da análise e do aprofundamento da sua dimensão
pedagógica. A avaliação não pode ser portanto, entendida como separada do próprio processo ensino
aprendizagem. Muitas das atividades da avaliação realizadas representam oportunidades para os
professores e para o próprio educando identificarem as dificuldades a serem superadas,as
capacidades já adquiridas, ou seja os progressos e obstáculos da aprendizagem.
É importante que se alcance as atitudes necessárias ao trabalho em grupo e a convivência
social. Os instrumentos de avaliação propostos devem contemplar as atitudes dos alunos na esfera de
sua sociabilidade. O compromisso de cada aluno com seu grupo de estudo e com a escola, manifesto
por meio de respeito ao outro,ao patrimônio e ao cumprimento com as tarefas que lhe cabem,não
podem estar ausentes de um processo de educação histórica.
A avaliação deve assumir uma perspectiva global,ou seja, deve incluir todos os sujeitos e
dimensões envolvidos nos processos educativos: aluno, escola e professor,e, desejavelmente, a
comunidade dos seus responsáveis.
Esse processo de inclusão representa um grande avanço, pois os olhos dos avaliadores
tendem, a incidir seu foco somente sobre os alunos. A avaliação representa uma ação que deve ser,
contínua em diagnósticos.
A avaliação se dará através dos seguintes instrumentos: atividades escritas, oral,pesquisas,
debates, trabalhos em grupo, avaliação das atividades realizadas no caderno, relatórios,etc.
BIBLIOGRAFIA
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Morais, 6ª edição. 1986 , p. 78
GILBERTO, Freyre. Casa Grande Senzala. 47ª Ed. S. I. ; Editora Global 2003.
HOLLANDA, Sergio Buarque de. Raízes o Brasil 26ª Ed. São Paulo: comanhia das Letras 1995.
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; Tania Maria F. Braga. A formação da
consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de História. In;Caderno Cedes.
Campinas, vol. 25., nº67, p.297 – 300, setembro/dezembro, 2005.
HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve seculoXX. São Paulo: Companhia das Letras
2002.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação . Curriculo Básico para Escola Pública do Estado
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JUNIOR, Caio Prado. História Economica do Brasil. 33ed. São Paulo: Ed.Brasiliense:
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PARANÁ, Diretrizes Curriculares de História para o ensino Fundamental. SEED, VERSÃO
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