Picada da Fêmea Momento do ataque características gerais: Fases do Mosquito da dengue CICLO EVOLUTIVO DO Aedes aegypti 5 a 7 dias Ovos 2 a 3 dias 1 a 450 dias 20 dias Clube dos Mosquitos da Dengue 1986- A primeira grande epidemia de dengue - Rio de Janeiro. Sucessivas epidemias no Brasil: Relaxamento? Corte de Verbas? “O boêmio voltou novamente”... E veio pra ficar. . Dengue Patogenia 1. O vírus é transmitido para o homem na saliva do mosquito. 2. O vírus se multiplica em órgãos-alvo. 3. O vírus infecta as células brancas do sangue e os tecidos linfáticos. 4. O vírus se libera e circula no sangue. 1 2 4 3 Dengue Patogenia 5. O segundo mosquito ingere o sangue com o vírus. 6 6. O vírus se multiplica no intestino médio e em outros órgãos do mosquito, infectando as glândulas salivares. 7. O vírus se multiplica nas glândulas salivares. 7 5 Agente etiológico A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral, transmitida por vetores artrópodes: • Aedes Aegypti • Aedes Albopictus Agente: Arbovírus do gênero Flavivírus pertencente à família Flavivíridae. São conhecidos quatro sorotipos: DEN 1, 2, 3 e 4. Fisiopatologia: Aumento da permeabilidade vascular : perda de água, eletrólitos ,proteína para o interstício: – Hipotensão – Hemoconcentração – Hipoproteinemia – Hiponatremia – Derrames cavitários . Disfunção da hemostasia : – Trombocitopenia – Coagulopatia Notas: Período de Incubação: de 3 a 7 dias. Período de Viremia: começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até ao 6º dia da doença. Formas Clínicas: a) dengue clássica inaparente e dengue sintomática b) dengue hemorrágica (FHD/SCD) Quadro Clínico geral: • • • • • • • Febre alta (início abrupto) Dor abdominal intensa Sonolência Prostração Irritabilidade Boca amarga Sangramentos Cefaléia frontal Manifestações neurológicas Dor retro orbitária Dores osteoarticulares e/ou musculares Presença ou não de exantemas (acompanhados ou não de pruridos e/ou descamações) • Vômitos • Diarréias DENGUE Aspectos Clínicos na Criança Crianças menores de cinco anos: O início pode passar despercebido, como:choro Intermitente, apatia, recusa de alimentos,sonolência ou irritabilidade. Ou um quadro Grave, como primeira manifestação da doença. Técnica da Realização da Prova do Laço (Rumpel-Leed) Fragilidade capilar: • Determinar a pressão arterial do usuário, seguindo as recomendações técnicas. • Voltar a insuflar o manguito até o ponto médio entre a pressão máxima e a mínima (Ex.: PA de 120 por 80 mmHg, insuflar até 100 mmHg). O aperto do manguito não pode fazer desaparecer o pulso. • Aguardar 5 minutos com o manguito insuflado( 3 minutos-criança) • Orientar o usuário sobre o pequeno desconforto sobre o braço. • Após 5 minutos, soltar o ar do manguito e retirá-lo do braço do paciente. • Procurar por petéquias na área do antebraço abaixo da prega do cotovelo. • Escolher o local de maior concentração e traçar um quadrado de 2,5 X 2,5 cm, usando uma régua comum e marcar com uma caneta. • Contar nessa área o número de petéquias(pontinhos Vermelhos) • A prova do laço é considerada positiva se forem contadas 20 ou mais petéquias no adulto e 10 ou mais na criança. Régua auxiliar da Prova do Laço Régua JR (em acrílico) DENGUE PROVA DO LAÇO Manifestações Hemorrágicas Hemorragias na pele: Petéquias, púrpuras e equimoses Sangramento gengival, epistaxe ou conjuntival . Sangramentos gastrintestinais: hematêmese, melena e hematoquesia Sangramentos Gênito- Urinários: Hematúria Metrorragia Diagnóstico Diferencial: Influenza,enteroviroses,malária,hepatites virais,leptospirose,febre tifóide,meningite, farmacodermias, abscesso hepático, infecção urinária e doenças exantemáticas( sarampo, rubéola, escarlatina, mononucleose,febre amarela) etc. Classificação do Quadro Clínico • Grupo A: Febre, dor de cabeça, dor nos olhos, dor no corpo, muita fraqueza e, às vezes, pintas no corpo: sarampo ? Rubéola? > Prova do Laço negativa. • Grupo B: Pequenos sangramentos >Prova do Laço positiva, além de febre, dores e fraqueza. Classificação: • Grupo C: SINAIS DE ALARME: queda brusca de temperatura ,intensa prostração,vômitos freqüentes e abundantes. • Grupo D: Pressão muito baixa, palidez e suor frio, coração acelerado, dificuldade para respirar, Desorientação,dedos e lábios cianóticos,além de desmaios. AS QUATRO PERGUNTAS: Para estadiar os grupos bastam quatro perguntas: TEM DENGUE? GRUPO A TEM HEMORRAGIAS? GRUPO B TEM SINAIS DE ALARME? GRUPO C TEM CHOQUE? GRUPO D Sinais de Alerta: • • • • • • • • • Vômitos persistentes, Dor abdominal intensa e contínua, Diminuição repentina da temperatura corporal, Letargia/ Agitação, Hipotensão postural, Diminuição da Pressão diferencial ( convergente) Fezes pretas ou Sangramentos volumosos, Derrames cavitários, Dificuldade respiratória Sinais de Choque: • • • • • • • • • Alterações do sensório, Hipotensão arterial. Taquicardia, Taquipnéia, Pulso fraco ou ausente, Palidez cutâneo-mucosa, pele fria e pegajosa. Enchimento capilar lento, Oligúria, Acidose metabólica Indicações Para Internação: a) b) c) d) e) f) g) Presença de sinais de alerta. Recusa na ingestão (alimentos ou líquidos) Comprometimento respiratório. Dificuldades de acompanhamento ambulatorial. Presença de co-morbidades. Uso de dicumarínicos. Plaquetas < 50.000 mm³ Tratamento: Ambulatorial : Hidratação oral precoce e adequada Adultos: 60 a 80 ml/Kg. Crianças: 40 a 50 ml/Kg . =1/3 de solução salina ou soro caseiro, água de coco, suco de frutas ou chás. Hospitalar : A critério médico. Complicações: Alterações neurológicas: Tremores, parestesias , hiperestesia cutânea Diminuição nível de consciência: letargia, agitação, confusão mental, convulsões Manifestações psíquicas: Psicose, demência, amnésia,irritabilidade. Disfunção cardiorrespiratória Insuficiência Hepática Plaquetopenia igual ou inferior a 50.000/mm3 Hemorragia Digestiva Derrames Cavitários: derrame pericárdico,pleural ou ascite. Medicamentos contraindicados: • • • • • • • • • • • • • • • • • Aspirina Aspisin AAS- adulto ou infantil Alidor Melhoral Infantil Ronal Somalgin Cardio Alka-Setzer / Sonrisal / superhist. Atagripe Besaprin Buferin Cheracap Doloxene- A Doril Engov Migrane Benegripe Etc. Critérios de Alta Hospitalar • • • • • • A- Ausência de febre por mais de 24 horas B- Melhora visível do quadro clínico. C- Hematócrito normalizado e estável. D- Plaquetas em elevação > 50.000/mm³. E- Estabilização hemodinâmica por 24 horas, F- Derrames cavitários em regressão e sem repercussão clínica, quando presentes. Plano de combate à Dengue. Nada se resolve como num passe de Mágica. Ou será que se resolve? Políticas Públicas de Saúde. Prevenção Primária: deve ter medidas adotadas de forma continuada e que atinja a comunidade como um todo , superando barreiras tais como: a) Desinformação b) Resistência às Mudanças c) Exclusão Social d) Conflitos de interesses etc. Estratégias básicas: Condições socioeconômicas (MEESA) Atividades pedagógico-educacionais Prática de bons hábitos alimentares Atividades físicas regulares Promoção de saúde no ambiente de trabalho SONHO – 10 PESADELO- ZERO Não seja Omisso(a) Melhor perder 30 minutos/dia, para detectar um foco da dengue, do que perder o seu “dengoso ou a sua dengosa” pelo resto da vida. Prevenção é coisa séria! Medidas objetivas de combate à Dengue: • • • • UTILIZAÇÃO DO FUMACÉ (produtos adequados e eficientes) EVITAR O ACÚMULO DE ÁGUA (dentro e fora de casa) MÉTODO MNEUMÔNICO: PVC PÉS - DE PLANTAS,FLORES E VASOS COM ÁGUA PARADA(devem ser evitados). Cuidado com as BROMÉLIAS • PNEUS USADOS (devem ser guardados ao abrigo da chuva). E se possível, furados. • VASILHAS ou vasilhames - Garrafas vazias, latas, panelas, bandejas, baldes,copos etc. (devem ser guardados de “boca” para baixo). • CONSTRUÇÕES -CASAS OU EDIFÍCIOS - Lages, telhados, calhas, ralos, cisternas, tonéis, tanques, piscinas, caixas de água ou coletores de água de geladeiras (devem ser sempre limpos ou bem fechados). MEDIDAS PALIATIVAS: • • • • • • Vestir-se com roupas longas e de cores claras, Utilizar telas de proteção em portas ou janelas, Usar mosquiteiros, Uso de Inseticidas c/ restrições, Usar repelentes com moderação e sob orientação, Acender velas repelentes de andiroba ou citronela (encontradas no comércio), • Sempre colocar (nos locais suspeitos) água sanitária, vinagre , sal de cozinha,fumo diluído em água ou borra de café, na tentativa de amenizar e bloquear o desenvolvimento de larvas. PREVINA-SE Referências Bibliográficas: • Medicina Ambulatorial. Editora Atheneu-2006. • Clínica Médica- dos sinais e sintomas ao diagnóstico e tratamento.Editora Manole 1ª edição/2007. • UFMG / infotec. • Doenças Relacionadas ao Trabalho : Ministério da Saúde • Dengue diagnóstico e manejo clínico-Ministério da Saúde(secretaria de vigilância em saúde.) 3ª edição/2007. • Decifra-me ou Devoro-te. Ministério da Saúde.Edição 2007 PECD-SESAU ( Dr. Celso Tavares) assessor técnico da área de vigilância Epidemiológica- AL. junho de 2007 e abril de 2008. www.dengue.org.br • www.cetesb.sp.gov.br • www.sucen.sp.gov.br • Revista Brasileira de Epidemiologia.(site) Entrada Proibida