Resumo sobre os Romanos na Península Ibérica A2 Os Romanos na Península Ibérica A conquista romana e a resistência dos povos ibéricos O Império Romano 218 a.C – Romanos chegaram à Península Ibérica. 19 a.C – Domínio romano de toda a Península Ibérica. 409 d.C – Chegada dos povos bárbaros à Península Ibérica. A Península Ibérica esteve sob domínio romano – 700 anos. O 1º Imperador de Roma – Octávio César Augusto (nasceu: 63 a.C e morreu a 14 d.C). Governou de 27a.C – 14 d.C Os romanos eram originários de Roma (Península Itálica) Começaram por dominar os povos vizinhos, na Península Itálica. Continuaram a sua expansão, tanto para Ocidente como para Oriente, lutando contra outros povos para imporem o seu domínio. As vitórias sobre os gregos e os cartagineses asseguraram-lhes o domínio sobre todo o Mar Mediterrâneo, ao qual chamaram “Mare Nostrum” (O Nosso Mar) = ninguém lá podia navegar nem fazer comércio sem autorização dos romanos. Os Romanos acabaram por formar um vasto Império, cuja capital era Roma. Após sucessivas conquistas, os Romanos conseguiram construir um grande império. Este era formado por um conjunto de territórios à volta do Mar Mediterrâneo e compreendia três continentes: Europa, Ásia e África. Roma era a capital do império. Os territórios dominados forneceram muitas riquezas aos Romanos. A conquista e o domínio do Império ficaram a dever-se, em grande parte, à existência de um exército rigorosamente treinado, disciplinado e bem armado, constituído por legiões. Legiões – unidades de combate Legionários – soldados pertencentes a uma legião (exército romano) Império – conjunto de vários territórios habitados por povos diferentes sujeitos ao poder do mesmo chefe supremo : o Imperador. Hispânia –nome dado pelos romanos à Península Ibérica. Função do penacho – usado pelos chefes militares para que os soldados os pudessem ver e seguir as suas instruções durante as batalhas. A resistência à Ocupação Romana A Península Ibérica foi cobiçada pelos romanos devido: a) ao desejo de dominarem o Mar Mediterrâneo; b) às riquezas do solo (terras férteis) e subsolo ( metais como o ouro, a prata e o ferro); c) Pretendiam aumentar os seus territórios. Os Lusitanos, chefiados por Viriato, utilizando a tática da guerrilha, foram uma das várias tribos guerreiras que se distinguiram na luta contra os Romanos, mas acabaram por ser vencidos pelo exército de Augusto. Lusitanos – tribos de celtiberos que habitavam a Lusitânia. Tática utilizada: guerrilha ( armadilhas e emboscadas) Lusitanos : escudo redondo ; capacete de couro; espada; lança; túnica. A Península Ibérica Romanizada A Romanização – conjunto de transformações que os romanos introduziram na Península Ibérica. Os Romanos exerceram grande influência no modo de vida dos povos peninsulares. Com os Romanos, desenvolveu-se o cultivo da vinha, do trigo, da oliveira e das árvores de fruto. (Agricultura) Surgiram novas indústrias e desenvolveram-se outras, como a olaria, as forjas, as minas e a salga de peixe. Divulgou-se a numeração romana. Leis – Direito Romano – conjunto de leis escritas comuns a todo o Império. Foram edificadas novas construções e criados novos povoados. Os Romanos impuseram o seu modo de vida e a sua Língua – o Latim – aos povos dominados. A Língua dos Romanos, o Latim – que deu origem a várias línguas, entre as quais o Português – e a boa rede de estradas foram dois factores muito importantes para a Romanização das terras conquistadas. Algumas marcas da presença dos romanos na Península Ibérica: cidades, mosaicos, templos e altares (em honra dos deuses romanos), estradas, pontes, salgadeiras, ânforas, termas, aquedutos (abasteciam as cidades de água), circos, Fórum – praça principal “Todos os caminhos vão dar a Roma” / “Quem tem boca vai a Roma” – porque foi construída uma rede de estradas que unia as cidades mais importantes do império à capital – Roma. Marco Romano – colocado nas bermas das estradas indicando a distância até à cidade seguinte. O Cristianismo Há cerca de dois mil anos, quando os Romanos dominavam a Palestina, nasceu Jesus Cristo, em Belém. Com Cristo, apareceu uma nova religião – o Cristianismo. Jesus defendia : A existência de um único Deus (religião monoteísmo); Amor, Igualdade, Fraternidade, Bondade; Que o 1º mandamento era amar a Deus e o 2º era amar o próximo como a nós mesmos; Que todos são iguais e filhos de Deus. Os Romanos adoravam vários deuses, incluindo o Imperador (religião politeísta) e praticavam a escravatura. Como os cristãos recusaram sempre o culto ao Imperador e aos deuses romanos, no princípio foram perseguidos. Mas, em 313, Constantino deu liberdade de culto aos Cristãos. Em 380, Teodósio declarou o Cristianismo religião oficial do Império. A liberdade de culto e, mais tarde, a protecção concedida aos Cristãos originaram a rápida expansão do Cristianismo por todo o Império Romano. A Contagem do Tempo O nascimento de Cristo foi considerado um acontecimento tão importante que muitos povos passaram, alguns séculos mais tarde, a usá-lo como referência na contagem do tempo. Surgiu, assim, a Era Cristã. As Invasões Bárbaras No século V, vários povos vindos da Europa Central invadiram o Império Romano. Pretendiam apoderar-se das riquezas do Ocidente e fugir aos Hunos. Estes povos bárbaros tinham como forma de governo a monarquia. O chefe usava o título de rei. Nos séculos V e VI, formaram-se dois reinos bárbaros na Península Ibérica: O reino dos Suevos, no Noroeste, com capital em Braga; O reino dos Visigodos, com a capital em Toledo, ocupando o restante território. Na segunda metade do século VI, os Visigodos venceram os Suevos e ficaram senhores de toda a Península Ibérica. Os Visigodos acabaram por se converter também ao Cristianismo e adoptar as leis e a língua peninsulares.