223 querem ser doadores de medula

Propaganda
JP ■ 10
GERAL
Quarta-feira,
6 de agosto de 2008
SAÚDE
223 querem ser doadores de medula
> PATRICIA MIRANDA
A equipe do Hemocentro de Porto
Alegre coletou 223 amostras de sangue
de cachoeirenses ontem, buscando incluí-los no banco de doadores de medula óssea. Conforme a enfermeira Cátia
Vieira, responsável pela comissão intrahospitalar de doação de órgãos e tecidos, a maioria dos doadores foram funcionários do próprio HCB, Ulbra/Cachoeira e empresas de Cachoeira do
Sul. “A comunidade em geral ainda tem
muitos receios com relação ao assunto.
Esse é o principal motivo de termos
recebido a doação de poucas pessoas”,
lamentou Cátia.
A auxiliar administrativa Vanessa
dos Santos Alves, de 21 anos, foi uma
das doadoras que esteve na Escola de
Saúde na tarde de ontem. Ela já é
doadora de sangue desde os 18 anos,
mas não perdeu a oportunidade de
buscar incluir o seu nome na lista de
doadores de medula. “Vim aqui para
ajudar. Nunca ninguém da minha família precisou de transplante de medula,
mas penso que um dia poderá ser um
deles. Se me chamassem para doar, não
pensaria duas vezes”, afirmou ela. O
transplante de medula é um dos tratamentos propostos para doenças malignas ligadas ao sangue, entre elas a
leucemia. Tanto a coleta quanto a possível doação são gratuitas.
Apesar de não ter chegado às 300
amostras programadas, os enfermeiros
do Hemocentro saíram satisfeitos com a
quantidade de doações. Segundo Cátia,
nas cidades do interior o número de
doações é sempre inferior às capitais.
Nesta etapa foram coletados apenas de
cinco a 10 mililitros de sangue, dependendo de cada pessoa, para serem encaminhados para análise em Porto Alegre. Somente se o doador tiver todos os
seus exames aprovados é que o seu
nome é incluído no cadastro mundial de
doadores de medula.
COMPATIBILIDADE - Segundo
Cátia, os doadores cachoeirenses que
forem selecionados irão para um cadastro mundial para que bancos de medula
de todo o mundo possam fazer a pesquisa em busca de doadores compatíveis.
“As possibilidades de se encontrar um
doador compatível é bastante difícil. Se
uma pessoa que precisa de um transplante de medula não encontrar a doação entre um familiar, a chance de
encontrar alguém de fora é de um para
cada 300 mil casos”, ressaltou Cátia.
Quando um doador compatível é encontrado, o mesmo é notificado e verificado
se ele tem interesse em ser doador.
UMA PERGUNTA
PATRÍCIA MIRANDA
Funcionários do HCB, Ulbra/Cachoeira e lojas da cidade foram os principais doadores
Vanessa não tem medo de ser doadora de medula óssea
>> IMPORTANTE
Os enfermeiros do Hemocentro devem
voltar a Cachoeira do Sul em uma nova
oportunidade. A próxima coleta deve
acontecer em um local público, possivelmente a Praça José Bonifácio, para que
a comunidade tenha fácil acesso. A data
ainda não está definida.
MUL
TIMÍDIA
MULTIMÍDIA
Acesse o site do JP e assista
um vídeo com a movimentação na
Escola de Saúde na tarde de ontem
para a doação de sangue para o
cadastro no banco de medula.
Como é feito o transplante?
O transplante é feito em Porto Alegre. O HCB é um dos captadores da rede,
mas como nestes casos a captação e transplante têm que ser feitos juntos, o
doador deve ir até a capital, sem custo para ele. A doação é feita por meio de uma
pequena cirurgia que dura cerca de 90 minutos, onde o doador precisa ser
anestesiado somente da cintura para baixo. São realizadas múltiplas punções
com agulhas nos ossos da bacia e é aspirada a medula. Retira-se no máximo 10%
do volume de medula do doador. Esta retirada não causa comprometimento à
sua saúde. Como não há corte, no dia seguinte ele já pode sair do hospital.
CONVITE PARA MISSA
DE 1º ANO DE FALECIMENTO
“O tempo passa, as lágrimas teimam em cair, e a saudade é
grande, mas enquanto houver algum de nós sempre lembraremos de ti. Se algum dia ninguém lembrar, não importa, pois já estaremos juntos”.
Esposo Edgar, mãe Carolina, filhos e
demais familiares de
TRÊS PERGUNTAS SOBRE
Transplante de medula óssea
O que é medula óssea?
É um tecido líquido que ocupa o interior
dos ossos, sendo conhecida popularmente por “tutano”. Na medula óssea
são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos),
os leucócitos (glóbulos brancos) e as
plaquetas. Pelas hemácias, o oxigênio é
transportado dos pulmões para as células de todo o organismo e o gás carbônico
é levado destas para os pulmões, a fim
de ser expirado. Os leucócitos são responsáveis pela defesa do organismo,
inclusive nas infecções. As plaquetas
compõem o sistema de coagulação do
sangue.
Como é o transplante
para o paciente?
Depois de se submeter a um tratamento
que destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse
uma transfusão de sangue. Essa nova
medula é rica em células chamadas
progenitoras, que, uma vez na corrente
sangüínea, circulam e vão se alojar na
medula óssea, onde se desenvolvem.
O que fazer quando não
há um doador compatível?
Quando não há um doador aparentado
(um irmão ou outro parente próximo,
geralmente um dos pais), a solução é
procurar um doador compatível entre
os grupos étnicos (brancos, negros, amarelos) semelhantes. Embora, no caso do
Brasil, a mistura de raças dificulte a
localização de doadores, é possível
encontrá-los em outros países. Desta
forma surgiram os primeiros bancos de
doadores de medula, em que voluntários de todo o mundo são cadastrados e
consultados para pacientes de todo o
planeta.
LINHA DIRETA
ZELI SOUZA CAVALHEIRO
Leitora quer
sinaleira
convidam parentes e amigos para missa
a realizar-se dia 06/8/08 (hoje), às
18h30min, na Catedral Nossa Senhora
da Conceição. Pelo comparecimento
agradecem.
A leitora Dora Ribeiro, moradora do Bairro Santo Antônio, entrou em contato pelo email [email protected]
para solicitar com urgência uma
sinaleira para veículos e faixas
de segurança para pedestres
na esquina das ruas Pinheiro
Machado e Juvêncio Soares.
3722-9666
Nota 10
A vendedora Taís Fernanda Züge Fagundes
atribui nota 10 ao atendimento recebido pelo seu
pai, Olavo Lima Fagundes, no último dia 31 no
Hospital de Caridade e Beneficência. Fagundes
precisou de um atendimento de urgência devido
ao rompimento de uma artéria e foi atendido pelo
nefrologista André Prochnow, cirurgião Sérgio
Moraes e anestesista Fernando Webstein. “O meu
pai foi muito bem atendido, tanto pelos médicos
como equipe de enfermagem. Desde o porteiro,
recebemos muita atenção no HCB”, elogiou Taís.
Download