literatura de espinheira santa

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LITERATURA DE ESPINHEIRA SANTA
Nome Científico: Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch.
Nomes Populares: Cancerosa, Cancorosa, Cancorosa-de-sete-espinhos, Cancrosa,
Congorça, Coromilho-do-campo, Espinheira-divina, Espinheira-santa, Espinho-deDeus, Maiteno, Salva-vidas, Sombra-de-touro, Erva-cancrosa, Erva-santa.
Família Botânica: Celastraceae
Parte Utilizada: Folhas e talos
Descrição:
Árvore de pequeno porte ou arbusto grande, crescendo até no máximo 5m de
altura, dotado de copa arredondada e densa, nativo de regiões de altitude do Sul
do Brasil. Folhas coriáceas e brilhantes, com margens providas de espinhos pouco
rígidos. Flores pequenas, de cor amarelada. Os frutos são cápsulas oblongas,
deiscentes, de cor vermelha, contendo 1-2 sementes de cor preta. Existe na região
Sudeste do país a espécie Maytenus aquifolium Mart., com características e
propriedades muito similares, sendo inclusive conhecida por quase os mesmos
nomes populares.
Constituintes Químicos Principais: Friedelina e Friedelanol, Fenóis, Taninos
condensados.
Indicação:
A planta possui atributos ornamentais pela semelhança de suas folhas e frutos com
o “azevino” usado nas decorações de natal no hemisfério norte, tendo por esta
razão sido introduzida no paisagismo. Sua grande utilidade, contudo, está na
medicina caseira onde vem sendo empregada de longa data no tratamento de
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE ESPINHEIRA SANTA
problemas estomacais (gastrite e úlceras). As pesquisas com esta planta iniciaramse na década de 60 estimuladas por sua eficácia no tratamento de úlceras e até
mesmo câncer. Estudos iniciais revelaram que esta planta, bem como algumas
outras do gênero Maytenus, contém compostos antibióticos que mostraram potente
atividade antitumoral e antileucêmica em doses muito baixas.
Na medicina tradicional é usado atualmente o emplastro de suas folhas aplicado
localmente no tratamento do câncer de pele. O decocto de suas folhas é usado em
lavagens para o mesmo tratamento. Ainda que usado no tratamento do câncer, seu
uso mais popular é no tratamento de úlceras, indigestão, gastrites crônicas e
dispepsia. Contra afecções gástricas (atonia, hiperacidez, úlceras gástricas e
duodenais e gastrite crônica) é indicado o seu chá, preparado adicionando-se água
fervente em 1 xícara (chá) contendo 1 colher (sobremesa) de folhas picadas, na
dose de 1 xícara (chá) antes das principais refeições. Sua potente atividade
antiulcerogênica foi demonstrada num estudo farmacológico de 1991, confirmando
que um simples extrato de água quente de suas folhas foi tão eficaz quanto duas
das principais drogas usadas para este tratamento: ranitidina e cimetidina,
causando um aumento em volume e pH do suco gástrico. A eficácia e popularidade
desta planta relatadas nas pesquisas conduzidas recentemente têm tornado-a cada
vez mais conhecida e usada na medicina herbalítica dos EUA, onde o extrato de
suas folhas vem sendo empregado para úlceras, para recomposição da flora
intestinal e inibição de bactérias patogênicas, como laxante, para eliminar toxinas
através dos rins e pele, para regular a produção do ácido clorídrico do estômago e
para vários outros males.
Diversas outras atividades farmacológicas também são atribuídas à espinheira
santa como antiácido, antiespasmódico, anti-inflamatório e cicatrizante. Também é
usada no tratamento de acnes, eczemas, feridas e ulcerações.
Farmacologia:
Embora alguns trabalhos tenham indicado que a atividade antiúlcera poderia ser
explicada pela presença de princípios ativos inibidores da bomba de prótons, etapa
final das vias reguladoras da secreção ácida gástrica, seu mecanismo de ação
terapêutica ainda não está totalmente esclarecido. Sugere-se que a atividade
farmacológica ocorre por via sistêmica, visto que os estudos em ratos
demonstraram que tanto a administração oral, quanto a administração
intraperitonial, produziram o mesmo efeito protetor à mucosa gástrica.
Toxicidade: Estudos toxicológicos publicados demonstraram a segurança do seu
uso, sem efeitos colaterais.
Reações adversas: Algumas pessoas podem apresentar sensação de boca seca,
náusea e gastralgia, que desaparecem com o seu uso contínuo.
Contraindicação: Não deve ser usada pelas gestantes devido ao risco de provocar
aborto. Contraindicado para pessoas que possuem hipersensibilidade a espinheira
santa.
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Revisão de Interação: Nenhuma interação foi encontrada.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. ALBERTON, M.D.; FALKENBERG, D.B.; FALKENBERG, M.B.. Análise
cromatográfica de fitoterápicos a base de espinheira santa
(Maytenus ilicifolia). Revista Brasileira de Farmacognosia, 2002.
3. ESPINHEIRA
SANTA.
Disponível
em:
http://santuariofatima.org.br/bodachne/plantas%20medicinais.html
4. NASCIMENTO, V.T.; LACERDA, E.U.; et al. Controle de qualidade de
produtos à base de plantas medicinais comercializados na cidade do
Recife-PE:
erva-doce
(Pimpinella
anisum
L.),
quebra-pedra
(Phyllanthus spp.), espinheira santa (Maytenus ilicifolia Mart.) e
camomila (Matricaria recutita L.). Revista Brasileira de Plantas
Medicinais, Botucatu, v.7, n.3, 2005.
5. ESPINHEIRA
SANTA.
Disponível
em:
http://www.bulas.med.br/bula/11412/espinheira+santa.htm
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