Saída de campo II - Chave para identificação plantas

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FLORA RIPÍCOLA
Estrato arbóreo
Amieiro (Alnus sp.)
O amieiro é uma árvore ripícola
mediterrânica e a espécie mais vulgar em
Portugal é a Alnus glutinosa. Atinge uma
altura máxima de 35 m e raramente
ultrapassa os 120 anos de idade. Os seus
frutos são uma espécie de pinha, com 1 a 2
cm de comprimento. As suas raízes
associam-se com fungos (actinomicetos) e
enriquecem o solo em azoto. A sua madeira
é de baixa densidade e resistente à água
sendo muito utilizada na construção de
guitarras.
Bétula (Betula alba)
É característica de climas temperados do
hemisfério norte e tem tamanho máximo de
30 m. Os amentilhos masculinos (AbrilMaio), são amarelo-alaranjados, compridos
e os femininos, são curtos e com estigmas
vermelhos. O seu fruto é uma pequena
sâmara (fruto com asas). No passado, o
"bálsamo" era extraído da Betula lenta. A
casca mascada era muito utilizada por
povos antigos da Eurásia, como paliativo
contra o mau-hálito. Tem muitas
propriedades medicinais.
Choupo branco (Populus alba)
É característico das florestas boreais, mas
abundante em regiões temperadas. Pode
atingir os 30 m de altura. O choupo é dióico:
as flores masculinas e femininas nascem
em
indivíduos
separados
(sexos
separados). As suas raízes crescem muito,
originando novos indivíduos, podendo
assim, sobreviver a fogos intensos.
Choupo-negro (Populus nigra)
Cresce muito rapidamente nas margens
dos rios e ribeiros e raramente ocorre no
interior das florestas. Exige muita luz e
pode atingir 30 metros de altura. A sua
madeira é leve, moderadamente flexível,
elástica, relativamente forte e resistente. É
apreciada no fabrico de mobiliário e nas
indústrias de pasta de papel.
Freixo comum (Fraxinus augustifolis)
É uma oleácea, com extensas e fortes
raízes, de folha caduca e pode atingir os 25
m de altura. É uma árvore de solos frescos
e profundos, que proporciona excelente
madeira, boa comida para o gado e cuja
casca e folhas são usadas na medicina
popular na cura da gota e reumatismo, na
redução da febre e cicatrização de feridas.
Loureiro (Laurus nobilis)
É uma espécie originária do Mediterrâneo.
Pode atingir 20 m de altura. As folhas têm
um odor muito característico, por isso são
muito usadas na culinária. O seu fruto é do
tipo baga e quando maduro tem cor negra.
A madeira é de excelente qualidade.
Salgueiro (Salix alba)
O salgueiro-branco é comum nas margens
dos rios e terrenos húmidos, podendo
atingir os 30 m de altura. Os seus
compridos ramos são também usados na
confecção de cestos e a sua madeira é
clara e não se esfarela. As suas folhas
contêm grandes quantidades de ácido
acetilsalicílico, de que se produz a Aspirina.
(O salgueiro-chorão (Salix babylonica) encontrase sobretudo em jardins, podendo atingir 10 m de
altura).
Estrato arbustivo e herbáceo
Cana (Arundo domax)
Muito comum nas proximidades de linhas
de água. Invade zonas ripícolas, zonas
húmidas e pantanosas, estradas e áreas
agrícolas. O seu rizoma reproduz-se
rapidamente (infestante).
Cavalinha (Equisetum sp.)
É uma planta perene. Não possui flores e,
consequentemente, nem sementes. É
adaptada a solos húmidos e é
persistente, podendo tornar-se uma erva
daninha infestante. Planta medicinal para
rins e bexiga, muito procurada para a
medicina popular. (fóssil vivo).
Pilriteiro (Crataegus monogyna) ou
Espinheiro
É um arbusto ou pequena árvore que
pode alcançar os 10 m de altura. As
flores são brancas róseas reunidas em
corimbos e os frutos são de cor vermelha.
Floresce de abril a maio. A madeira é
muito dura. A flor é utilizada para chás
como regulador do ritmo cardíaco, tendo
também propriedades sedativas.
Eufórbia (Euphorbia caracias)
Este género caracteriza-se pela produção
de um suco leitoso de propriedades
tóxicas (látex).
Sanguinho (Rhamnus alaternus)
É um arbusto de folha persistente que
pode atingir os 2 metros de altura. É
característico de regiões mediterrânicas
(espécie endémica da ilha da Madeira e
Canárias-floresta de Laurissilva). Tem
flores amarelo-esverdeadas, dispostas
em cachos, e os frutos (drupas) são
globosos e negros quando maduros.
Floresce entre março e julho.
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