Relações de gênero: desejo, sexualidade e os sinais da evolução

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Relações de gênero: desejo, sexualidade e os sinais da evolução na modernidade
José Sávio Leopoldi
Universidade Federal Fluminense
Gênero, desejo, feminilidade
ST 59 - Corpo, gênero e saúde: reconfigurações nas representações sociais de corpo e gênero no
contexto pós-moderno
A idéia inicial deste trabalho foi estimulada pelo resultado de uma pesquisa publicada no jornal
Folha de S. Paulo com a seguinte chamada para a matéria: “Mulher rica e instruída vive mais
sozinha”.1 A pesquisa, realizada pelo Centro de Estudos Sociais do Instituto Brasileiro de Economia da
FGV, mapeou essa questão em várias cidades do país, mostrando que o fato ocorria em praticamente
todas as regiões brasileiras, não constituindo, portanto, um acontecimento particularmente associado
aos grandes centros urbanos, como se poderia pensar a princípio. Obviamente, existem variações entre
cidades de diferentes estados, mas a constatação a que se chegou foi de uma grande homogeneidade de
situações no que diz respeito àquele aspecto das relações de gênero no Brasil. O objetivo da pesquisa
foi, na realidade, promover um levantamento de dados apenas para deixar transparente o resultado da
questão, ou seja, sem preocupação em buscar as razões que levavam àquele resultado. Não deixou,
porém, de registrar algumas opiniões com relação à maior solidão das mulheres mais bem sucedidas
cultural e economicamente no que respeita às suas relações amorosas. A pesquisa mostrou uma
convergência de opiniões no sentido de admitir que essas mulheres, devido à sua formação, sintonia
com a modernidade e capacidade crítica, tornam-se mais exigentes com relação à escolha dos parceiros,
preferindo ficar sozinhas a ter alguém a seu lado que não corresponda às suas expectativas, mais
difíceis de serem satisfeitas do que as daquelas mulheres que mantêm uma postura mais tradicional.
Tal observação não deixa de ser verdadeira, mas apresenta alguns aspectos que merecem ser
considerados com algum rigor. Primeiro, coloca a mulher moderna num nível exagerado de
superioridade em relação ao contingente masculino, como se não houvesse homens suficientemente
interessantes para motivá-la para um relacionamento amoroso, por mais bem sucedida e inteligente que
possa ser. Além disso, não considera o fato de que ninguém busca, ou deseja, ser tão exigente a ponto
não aceitar ninguém a seu lado, de modo a impor-se a obrigação de ficar sozinha. E ainda não
vislumbra a possibilidade de que exigências masculinas também existem e podem constituir uma das
razões para a mencionada falta de companhia das mulheres instruídas, à medida que os homens podem
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colocar algum tipo de restrição aos novos padrões de feminilidade. Assim, se por um lado as mulheres
que conquistaram direitos e galgaram posições sociais mais elevadas nos tempos atuais têm à sua
disposição um contingente proporcionalmente mais reduzido de homens em comparação com as
mulheres com desempenhos mais tradicionais, não podemos deixar de levar em consideração a resposta
masculina às modificações do comportamento feminino. Nossa hipótese é que eles também têm
exigências que querem ver cumpridas e que priorizam relacionamentos menos desafiadores dos padrões
estabelecidos de feminilidade. Em outras palavras, se aquelas mulheres estão ficando mais sozinhas por
força de sua formação, que as tornaram mais exigentes, há também homens exigentes que se tornam
menos interessados em lhes fazer companhia.
Tal quadro mostra, portanto, enfaticamente, que à medida que as pessoas envelhecem as
mulheres ficam mais – ou seja, em maior número -, sozinhas, numa percentagem muito mais elevada
do que a que se observa entre os homens. Uma questão poderia emergir dessas considerações, ou seja:
como pode haver tantas mulheres sozinhas se o número de homens na população total não excede tanto
o das mulheres?
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Essa questão é respondida quando se observa a base da pirâmide dos não casados:
havia, segundo ainda o censo de 1980, muito mais homens solteiros com pouca idade do que mulheres
jovens solteiras, numa proporção de 71% a 50% para a faixa etária dos 20 aos 24 anos e de 35% a 29%
entre os 25 e 29 anos. A partir daí, porém, em todos os segmentos etários superiores, o número de
mulheres era maior do que o dos homens no que respeita à solidão afetiva e a percentagem crescia
progressivamente à medida que a idade aumentava. Se entre os 30 e 44 anos, as mulheres
desacompanhadas perfaziam 21% contra 14% dos homens sós, na faixa extrema superior, de 65-69
anos, esses percentuais chegavam a 57% e 19% respectivamente.
A questão inicialmente colocada, isto é, que diz respeito ao isolamento das mulheres bem
sucedidas econômica e culturalmente nos tempos atuais, deve, portanto, ser percebida à luz do quadro
acima exposto, o que nos leva à conclusão de que, na realidade, aquelas mulheres constituem o “núcleo
duro” da “pirâmide da solidão” feminina. Em outras palavras, se as mulheres à medida que envelhecem
tendem a ficar mais desacompanhadas que os homens, a pesquisa referida no início deste trabalho
indica que as mulheres mais modernas encontram ainda mais dificuldade para encontrar um parceiro.
Mas é preciso observar também que uma mulher, ao terminar de galgar os degraus da formação
acadêmico-cultural, da independência econômica e da maturidade psicológica que a capacita a
enfrentar com mais contundência e menos sofrimentos os desafios de uma sociedade ainda muito
machista como a brasileira, se encontra numa idade, provavelmente entre 30 e 40 anos, faixa que já
apresenta um percentual de mulheres não-casadas (cerca de 20%), maior do que o de homens sozinhos
(em torno de 15%). E a partir daí a diferença entre homens e mulheres sós aumenta progressivamente
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para elas, enquanto se mantém praticamente estável pare eles até os 60 anos. O fato, portanto, da
mulher completar a formação cultural e obter a independência financeira já entrada na maturidade, se
poderia parecer vantajoso em termos da conquista de um parceiro também sintonizado com a
modernidade, implica na verdade defrontar-se com uma situação de competição com mulheres mais
jovens, que aceitam uma relação afetiva em bases mais conservadoras, ou seja, aquela que não desafia
– ou desafia menos – os padrões estabelecidos, de modo a vivenciar, sem maiores problemas, uma
relação de dependência com um parceiro com idade às vezes bem maior e que se coloca na posição de
provedor e desempenha o papel mais forte da relação.
O fato de a mulher moderna tornar-se mais exigente quanto ao estabelecimento de relações
amorosas é, nosso ver, um elemento pouco esclarecedor da questão referente à sua situação como
constituinte do “núcleo duro” do contingente das não-casadas. Nossa convicção – e esta parece
constituir a resposta mais consistente à questão colocada - é que esse quadro está alicerçado na natureza
conservadora do desejo masculino que oferece respostas lentas às modificações que têm conformado o
objeto do seu desejo, ou seja, a mulher ou, mais especificamente, a sua feminilidade. Ninguém pode
negar as profundas mudanças ocorridas neste último século do status e papel da mulher e das
representações sobre ela nas sociedades ocidentais, em qualquer campo para o qual voltemos nosso
olhar, seja ele político, social, cultural, econômico, estético, artístico ou midiático. Paradoxalmente,
essa modernização do comportamento feminino na direção da igualdade para com o masculino, não
tem concorrido para um inegável fortalecimento das relações entre homens e mulheres. Pode-se mesmo
pensar que o contrário é verdadeiro, pelo menos para as mulheres mais liberadas, mais independentes,
melhor remuneradas e com nível de instrução mais elevado, já que essas condições concorrem para o
aumento da probabilidade de ficarem sozinhas, isto é, sem um parceiro constante, residindo ou não sob
o mesmo teto. Se, por um lado, é fácil perceber como as conquistas do movimento feminista têm
contribuído para essa situação à medida que necessariamente levam a uma postura de maior exigência
social e afetiva, por outro, a “disponibilidade do desejo” do contingente masculino também se reduz em
face dessa “nova mulher”. Além disso, conquistar aquela posição de independência na idade madura,
implica ter menos homens à sua disposição, uma vez que, de modo geral e em todas as sociedades, eles
sempre se sentiram mais atraído por mulheres mais jovens.
Mas uma questão central é a já mencionada menor disponibilidade do desejo masculino, que
resulta da resistência, inconsciente – é preciso ressaltar – do homem em aceitar com naturalidade a
mulher moderna, ou seja, aquela que desempenha novos papéis sociais, com tudo que isso significa.
Nossa hipótese é que a modernidade, ao modelar a nova mulher, está necessariamente promovendo a
construção de uma nova feminilidade para a qual o psiquismo e a sexualidade do homem não estão
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devidamente preparados, a despeito de manifestações “politicamente corretas” que, se surgem no nível
consciente dos homens modernos, nem por isso atingem as profundezas dos desejos inconscientes. Pois
acreditamos que o desejo, ainda que constitua uma manifestação instintiva da natureza humana, nem
por isso está dissociado das instâncias culturais em que se deve inserir o objeto desejado. Do ponto de
vista masculino, o desejo sexual não é orientado mecanicamente para a parte sexual do corpo feminino,
mesmo porque aquela não existe independentemente deste, nem tem uma autonomia relativa no sentido
de que se destaca dele, como acontece, por exemplo, com o pênis. O corpo feminino pode ser visto,
portanto, como uma arquitetura que encobre a vagina, um complexo estético que – em consonância
com os papéis sociais desempenhados pela mulher - guia, atrai, orienta o desejo masculino. Mas com
essa característica e essa importância, se o corpo desejado pode bastar para um relacionamento sexual
pontual e passageiro, ele não é bastante para ancorar um desejo duradouro, base de uma relação
amorosa prolongada em que se sustenta família. Outro poderoso ingrediente que se faz presente no
campo sexual freqüentado pelos homens é a feminilidade que, se tem raízes na constituição biológica
da mulher, na realidade resulta de uma elaborada construção cultural destinada a harmonizar-se com a
masculinidade e o desejo masculino.
Nossa suposição é que os tempos atuais estão provocando uma reconfiguração do paradigma da
feminilidade - em consonância com as conquistas sociais alavancadas pelo movimento feminista - que
o psiquismo e a sexualidade, vale dizer, o desejo do homem está aprendendo a aceitar, porém num
ritmo mais lento do que as mulheres modernas gostariam que acontecesse. Acreditamos que isso se
deve ao fato de que tal desejo embora direcionado ao corpo e à figura da mulher, sempre esteve na
verdade mais associado a exatamente aquilo que agora está sendo questionado, ou seja, ao papel por ela
desempenhado e conseqüentemente ao padrão de feminilidade que ele implica. Isto porque se a
feminilidade esteve sempre relacionada ao corpo da mulher – mesmo quando, nos períodos mais
repressivos da sexualidade feminina nas sociedades ocidentais, apenas o rosto e as mãos ficavam à
mostra, uma vez que o corpo era encoberto por pesadas e dissimuladoras vestimentas -, ela se associava
também a um conjunto de qualidades tidas como naturalmente constituintes do ser feminino, como o
desempenho de determinadas tarefas, além da submissão e subordinação à masculinidade. Daí ter-se
produzidos os estereótipos que impregnaram o feminismo na história das sociedades ditas civilizadas,
particularmente das classes mais abastadas, e cujas características – socialmente construídas, diga-se de
passagem -, continuam despertando o desejo masculino, como a fragilidade, a delicadeza, a submissão,
a simpatia, a graça e a beleza, elementos que, de maneira geral, ainda são considerados como
constituintes da natureza da mulher.
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Feminilidade, status e papel social sempre estiveram poderosamente entrelaçados no ser social
feminino, de modo que a mudança relativamente rápida dos dois últimos atributos em tempos recentes
– mais fáceis de serem modificados devido à sua concretude e objetividade – estão engendrando um
novo modelo do feminino sem que o desejo masculino esteja podendo acompanhar o ritmo da
mudança. Isto porque ele ainda se mantém, em larga medida, voltado para um quadro de feminilidade
que priorizaria aquelas características que estão sendo vistas como ultrapassadas pelos contingentes
feministas da atualidade. Enquanto aquelas mudanças concernentes à feminilidade não provocarem
modificações, obviamente não na natureza dos instintos sexuais, mas na conformação desses instintos,
materializados no desejo sexual do homem, haverá um evidente descompasso entre a feminilidade
moderna e o desejo masculino, que, dada sua natureza essencialmente conservadora, se direciona mais
facilmente à mulher que exibe um padrão de comportamento considerado tradicional. O paradoxo que
se observa, no entanto, é que, se a mulher moderna tem sido estimulada em suas lutas e suas conquistas
por uma parte significativa da população masculina, que racionalmente se posiciona de maneira
favorável às suas aspirações, mesmo esses homens não deixam de se sentirem mais atraídos por aquelas
mulheres que continuam a expressar sua feminilidade em termos tradicionais, o que significa dizer que
elas mais facilmente encontrarão um parceiro e tenderão a manter relacionamentos mais estáveis. Tais
considerações parecem explicar a situação – constatada na pesquisa acima mencionada – de uma maior
solidão afetiva das mulheres modernas, mais independentes, mais capazes de assumir posições antes
reservadas aos homens e melhor posicionadas socialmente do que as que se guiam por padrões mais
conservadores. Isso porque aparecem, na verdade, como inibidoras daquele desejo, como desafiadoras
do poder que a masculinidade sempre exigiu. Lutadoras na linha de frente de uma modernidade a que
todos parecem almejar, as mulheres de vanguarda acabam pagando um elevado preço pela busca da
igualdade social entre os gêneros, que constitui a palavra de ordem de qualquer sociedade moderna.
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Nossa hipótese é que um padrão masculino-feminino de relacionamento, por debaixo de todas
as capas culturais, parece ter estado presente em todas as sociedades, das mais antigas às atuais. O que
queremos dizer é que, apesar de todas as diferenças que se podem observar entre as sociedades
primitivas e as modernas, alguns operadores lhes são comuns, considerando que buscam o mesmo
objetivo, isto é, a criação de melhores condições para a existência social e cultural dos indivíduos e, em
última instância, para a sua reprodução genética. Nossa reflexão sobre as relações de gênero nos
tempos modernos, reproduzem inequivocamente o quadro observado – de um muito elevado nível de
abstração, é preciso que se diga, nas sociedades de caçadores-coletores. À medida que estas se
atrelaram a uma radical e inflexível divisão de trabalho entre homens e mulheres – que seguramente já
havia sido estabelecida entre os hominídeos que na escala evolutiva antecederam o homo sapiens – e
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que tal divisão constituiu um fator decisivo para o estabelecimento da supremacia da espécie humana
no planeta, ela se transformou em uma espécie de “cláusula pétrea” da estrutura social de qualquer
grupamento humano conhecido do passado e do presente. E o desejo masculino, em que pesem todas as
modificações ocorridas na imagem, no corpo, no status e no papel femininos se manteve em certa
medida fiel a ela. Uma frase popular aplicada ao futebol ajuda a entender a lógica que embasa essa
questão: “em time que está ganhando o jogo não se mexe”. Na prática, o time pode até ser mexido, mas
com muita cautela, tendo em vista que a menor modificação pode comprometer o desempenho do
conjunto, baseado no arranjo tático e psicológico que se estabelece entre os jogadores. Essa,
freqüentemente, é a regra seguida pelos técnicos em geral, ainda que alguns torcedores mais afoitos
preferissem a substituição imediata de um ou outro jogador, sem se preocupar com uma avaliação mais
acurada, de que é capaz um bom técnico. Pois o técnico competente da organização social é o conjunto
da sociedade que, tendo em vista seus objetivos maiores, é cauteloso com relação às mudanças sociais
que se apresentam à sua escolha, como é o caso da divisão de trabalho entre os gêneros, do status e
papel da mulher, bem como das características em torno das quais se define a feminilidade.
Com este procuramos aprofundar algumas questões que envolvem as relações de gênero no
mundo de que fazemos parte, com as modificações que já se fizeram e continuam sendo feitas nesse
campo, assim como com as turbulências que um assunto desse porte naturalmente provoca tendo em
vista sua importância para a vida cotidiana de todos nós, sem esquecer o processo evolutivo da
humanidade, ainda e sempre presente e em desenvolvimento. O foco central foi a pesquisa que indica
que “quanto mais instruídas, mais urbanas, mais velhas e mais ricas, mais as mulheres brasileiras de
hoje tendem a viver sozinhas”. Como vimos, se há uma tendência generalizada no sentido de que o
percentual de mulheres sem companheiros estáveis aumente à medida que a idade avança, o “núcleo
duro” do contingente das não-casadas é constituído pelas mulheres com melhor formação social e
cultural e bem sucedidas economicamente.
De acordo, ainda, com a pesquisa mencionada no início do trabalho, as mulheres que vivem
sozinhas possuem uma renda 62% maior do que a das mulheres acompanhadas. A situação urbana
fortalece o isolamento feminino, já que enquanto 45,4% das mulheres que residem nas capitais estão
sozinhas, nas áreas rurais elas são 25,6%. A condição de mais instruídas, mais bem sucedidas, mais
liberadas sexualmente e aspirantes a uma relação igualitária com os homens não deixa de fazer com
que tais mulheres se tornem mais críticas em relação à performance masculina - em todos os sentidos,
inclusive o sexual -, e aos relacionamentos que não se coadunaram com a modernidade em que querem
viver. Mas, não se pode ignorar também que elas devem estar sendo menos desejadas pelos homens
para um relacionamento estável, ainda que eles – pelo menos um grande contingente, se não a maioria
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– verbalizem seu apoio às legítimas aspirações femininas. Na prática, porém, relutam, sem conseguir
explicar a razão desse comportamento, em tornar realidade aquele apoio. Isso acontece porque eles não
têm acesso ao mecanismo inconsciente associado à pulsão sexual que, sintonizada com a instância
superegóica do sujeito e expressa em consonância com os valores e padrões da sociedade, tende –
como sempre aconteceu – a dirigir-se a uma feminilidade de perfil mais conservador, estratégia que se
revelou extremamente positiva na evolução da humanidade, como se percebe quando se debruça sobre
as relações de gênero nas sociedades de caçadores-coletores. O resultado é que a subjetividade
masculina, em sintonia com o desejo sexual, acaba aceitando as modificações do comportamento
feminino num ritmo lento, ou seja, sem a rapidez que parece impregnar qualquer movimento –
inclusive o feminista, nem é preciso dizer -, se não a dinâmica mesma do mundo moderno.
Notas
1 Edição de 10 de junho de 2005, caderno C, p. 4.
2 O censo divulgado pelo IBGE registra para o ano 2000 uma população no Brasil de 169.799.170 pessoas, com uma
percentagem de 50,78 % para as mulheres e 49,22 % para os homens, uma diferença, portanto, de apenas 1,56 % a favor do
contingente feminino. Cf. site www.ibge.gov.br.
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