Ano 6 • Julho/Agosto 2016 OS NOVOS PAIS Não mais meros coadjuvantes REVISTA A Revista Galanti é de propriedade e distribuição da Drogaria Galanti Ltda. Periodicidade: bimestral Tiragem: 10 mil exemplares Edição: Julho/Agosto 2016 Produzida por Grupo Letra Comunicação E-mail: [email protected] Arte e diagramação: Marcus Quito Jornalista responsável: Sônia Lara - MTb 16619 Coordenação editorial: Grupo Letra Comunicação Capa e fotos internas: 123rf.com Impressão: Grupo Smart Printer Central de Atendimento: (21) 2668-4401 Acesse www.drogariagalanti.com.br Fale conosco: [email protected] 4Gripe 6 Halitose 7 Varizes Masculinas 8Paternidade 10 Câncer na Gravidez 12Hipertensão 14Fome Os entrevistados desta edição não possuem qualquer vínculo profissional com a Drogaria Galanti. CALENDÁRIO DE SAÚDE Agosto 01 05 Dia Mundial da Amamentação 02 10 13 05 08 Dia da Farmácia Julho 13 14 25 27 28 Dia do Hospital Dia da Saúde Ocular Dia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA- Lei 8069/90) Dia do Engenheiro de Saneamento Dia do Representante Farmacêutico Criação do Ministério da Saúde (Lei 1920/53) Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Port.3236 e 3237) Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais 10 12 27 29 30 31 Dia Nacional da Saúde (nascimento de Oswaldo Cruz) Dia Nacional de Combate ao Colesterol Dia da Enfermeira Dia Nacional e Internacional da Juventude Dia do Psicólogo (Lei 4.119/64) Dia Nacional de Combate ao Fumo (Lei 7488/1986) Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (Lei 11303/2006) Dia do Nutricionista (Lei 8234/91) GRIPE A gripe ataca e, em tempos de H1N1, a atenção deve ser ainda mais redobrada. E é nessas horas que os truques caseiros, as receitinhas de antigamente e as sugestões dos amigos começam a surgir. Mas afinal, o que funciona e o que não funciona? O pneumologista Gilmar Zonzin esclareceu algumas dúvidas. O que funciona Vacina: a forma mais eficaz de se prevenir de quadros graves de infecção pelo vírus influenza H1N1, ainda que não tenha eficácia absoluta. O maior impacto da vacinação é a redução de complicações e mortes, especialmente entre o grupo de risco (crianças menores, idosos, grávidas e pessoas com determinadas doenças crônicas, além de algumas populações específicas). Quem não está no grupo de risco também pode se beneficiar da vacinação. Álcool gel e lavar as mãos: os vírus são eliminados nas gotículas que os portadores expelem ao tossir ou espirrar, podendo se espalhar e alcançar diversas superfícies, onde podem sobreviver até por horas. Se alguém toca essa superfície e, sem higienizar as mãos, mexe nos olhos, na boca ou até mesmo em outras pessoas, pode levar à introdução do vírus no organismo e desenvolver a doença. É recomendável retirar adornos como anéis e pulseiras para melhor higiene. Tapar a boca ao tossir/ espirrar: durante o período de transmissibilidade, esse 4 cuidado reduz a liberação do vírus nos ambientes. Se usar as mãos, é indicado lavá-las em seguida para reduzir a concentração do vírus na pele. Usar lenços de papel e jogá-los imediatamente no lixo seria o ideal. A transmissão é, usualmente, mais intensa nos três primeiros dias da doença, quando a carga viral expelida é maior. Evitar aglomerações: essa é vista como uma opção pessoal e baseada em bom senso antes de tudo. Considera-se de bom tom que pessoas claramente enfermas com alto grau de suspeição ou infecção confirmada pelo H1N1 evitem esse tipo de situação. Evitar o frio: funciona de certa forma. Os vírus respiratórios em geral, inclusive o da gripe, se propagam de forma mais intensa no inverno. A queda da temperatura e da umidade no ar, bem como a maior tendência às aglomerações, deixam as pessoas mais suscetíveis às infecções respiratórias virais e bacterianas em geral. Ficar de repouso: a pessoa infectada deve se afastar do trabalho ou da escola até se sentir Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 melhor, o que ocorre, geralmente, em uma semana. Isso tanto reduz o risco de transmissão da doença às outras pessoas, bem como o de complicações para o próprio paciente. Cuidar da alimentação: não existem alimentos específicos que devam ser recomendados ou evitados, mas sim, um reforço à regra geral de se buscar uma alimentação saudável e equilibrada, sem excessos ou faltas. Privilegiar frutas, legumes, verduras, carnes magras e peixe. Evitar alimentos que possam levar a desconforto abdominal (gorduras em geral ou alimentos excessivamente pesados) e sem valor nutricional. Bolsa de água quente: para diminuir o desconforto muscular. Não interfere na duração, gravidade e nem modifica o risco de complicações, é uma medida para reduzir os sintomas exclusivamente, relaxando a musculatura. Aquecer os pés: novamente, apenas para efeito relaxante e gerar uma sensação de conforto e bem-estar. Não há nenhum efeito sobre a doença em si. E o que NÃO funciona Evitar alimentos gelados: não há relação entre consumir alimentos gelados e contrair gripe já que ela é uma doença infecciosa transmitida de uma pessoa à outra. O que pode ocorrer é que a ingestão de alimentos gelados por pessoas com garganta inflamada/irritada pode acentuar os sintomas de desconforto, mas não exatamente agravar a doença. Agasalhar-se em excesso: em excesso não, mas adequadamente, sim. Agasalhar-se na medida evita oscilações extremas da temperatura corporal e o aumento do gasto de energia que pode reduzir a imunidade, bem como contração excessiva de vasos sanguíneos que pode facilitar o desenvolvimento de quadros infecciosos. Ir ao pronto-socorro: exceto que você esteja com sintomas que levem à suspeita de algo realmente preocupante. Ou seja, nos casos de sintomas brandos como os presentes no resfriado comum (coriza, tosse seca, espirros, garganta arranhando e sem febre ou com febre baixa) não vá ao pronto-socorro pois aí você estará em um local com maiores riscos de exposição e contágio. Caso apresente sintomas mais significativos, como febre alta, falta de ar, acentuada queda do estado geral ou aparecimento de secreções respiratórias, você deve procurar um médico imediatamente. Uso de máscara: a indicação do uso de máscaras pode ser feita para os portadores do vírus H1N1 para reduzir a disseminação do mesmo ao tossir e espirrar. Mas as máscaras comercializadas não oferecem proteção efetiva duradoura. Ficar só um dia em casa: a transmissão do vírus, bem como o risco de complicações gira em torno de sete dias, devendo o afastamento obedecer a presença de clara melhora clínica sem o “mascaramento” pelo uso excessivo de medicamentos. Se entupir de remédios: os medicamentos sintomáticos não mudam o curso temporal da doença e podem gerar efeitos colaterais importantes, especialmente com o uso de altas doses e por período prolongado, sendo os mesmos indicados apenas quando seu uso é necessário para controlar a febre e a dor. Os antivirais, em especial o Oseltamivir (Tamiflu), devem ser utilizados apenas com recomendação médica, sendo mais efetivos quando o tratamento se inicia precocemente, idealmente até 48 horas do surgimento dos sintomas. Fazer gargarejos com água e sal: a penetração do vírus pode ocorrer a qualquer momento e fazer gargarejos de nada ajudará a evitar o contágio. Algumas pessoas podem referir a redução de desconforto na garganta com esse tipo de procedimento, mas não há nenhum benefício adicional. Aumentar a umidade dos locais que frequenta: esse tipo de atitude não muda a circulação e disseminação do vírus. Em algumas situações, pode reduzir o desconforto nas vias respiratórias e em outro aumentar a presença de elementos associados a estímulos alérgicos, como fungos por exemplo. Dr. Gilmar Zonzin Pneumologista CRM: 523297 - RJ Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 5 Nem sempre quem sofre de mau hálito reconhece o problema. Normalmente, parentes e amigos são os primeiros a notar, mas a situação é delicada e, muitas vezes, o silêncio prevalece. Mas, afinal, o que leva uma pessoa a desenvolver halitose? Quem responde é o odontólogo Marcelo Eduardo Moraes dos Santos. Halitose Não é desconforto, 6 é doença! Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 A halitose, embora tenha sido considerada como doença no ano de 1873 por Howe, ainda é pouco discutida no meio acadêmico. De acordo com a Prof. Dra.Olinda Tárzia, da Universidade de São Paulo, que escreveu o primeiro livro “Halitose –Um desafio que tem cura”, existem 60 causas que podem fazer com que as pessoas desenvolvam halitose ou mau hálito. Entretanto, na grande maioria dos casos, a alteração do hálito ocorre a partir de um processo de diminuição do fluxo salivar, “boca seca”, associada à saburra lingual (placa esbranquiçada que se forma no dorso da língua). Logo, as doenças diabetes, hipertensão, alterações renais, stress, periodontite, gengivite, cárie e, alguns medicamentos que diminuem o fluxo salivar podem levar ao desenvolvimento da halitose. Qual a incidência dessa doença na sociedade? De acordo com as pesquisas desenvolvidas na USP, 40% da população até 40 anos de idade desenvolvem halitose. E, na população acima de 55 anos, esse percentual chega a 85%. Quais são as melhores formas de tratar o problema? Como a halitose possui vários níveis, existem protocolos específicos para cada um deles. Mas, em todos eles a correta higienização, principalmente da língua, e o controle do fluxo salivar são, sem dúvida, os procedimentos que sempre devem ser intensificados para efetiva prevenção e combate da doença. Existe uma procura espontânea para o tratamento da halitose ou o paciente só vai buscá-lo quando é orientado por algum profissional de saúde? Como o assunto é pouco conhecido e divulgado, normalmente apenas as pessoas que sofriam, notavam ou mesmo eram alertadas sobre o mau hálito procuravam ajuda. Entretanto, mesmo procurando ajuda, não encontravam solução para o problema porque, médicos e dentistas não têm na sua formação base conceitual para tratar da halitose. Como é feito o diagnóstico da halitose? O diagnóstico é realizado através de uma anamnese e do resultado de equipamentos que, a partir da coleta do ar na cavidade bucal, conseguem separar e mensurar os gazes que são responsáveis pelo mau hálito. Dr. Marcelo Eduardo Moraes dos Santos Odontólogo CRO/RJ 17.842 Bate-papo com o Doutor Varizes masculinas: Como se prevenir? Engana-se quem pensa que varizes afetam só as mulheres. O público masculino representa 20% dos pacientes diagnosticados com o problema. E para tirar dúvidas sobre o assunto, ouvimos o angiologista Ary Elwing (CRM 22.946): Quando surgem as varizes? As varizes aparecem quando as válvulas impedem o refluxo do sangue para o coração, então o líquido fica nas veias que pressionam as paredes e provocam a dilatação e deformação delas. Além da questão estética, que tipo de desconforto ocasionam? É comum os homens reclamarem de inchaço nas pernas, sensação de peso, cansaço, queimação, hemorragias, escurecimento e até endurecimento da pele. Geralmente esses sintomas aparecem após os 30 anos de idade. Quais as causas mais comuns? Ter varizes ou não, tem relação tanto com questões genéticas – se algum familiar próximo teve você pode ser a próxima vítima -, quanto com hábitos diários. Os pacientes sedentários e aqueles que, devido ao trabalho, ficam muito tempo em pé ou sentados, são os que mais sofrem. Como funcionam a prevenção e o tratamento? A prevenção neste caso tem a ver com mexer os pés. Quando há movimentação, as veias se dilatam devido à contração muscular e há pressão dos pés, e então o sangue não fica ali, acumulado. Manter-se no peso ideal e não fumar também são itens que devem estar na lista dos cuidados para evitá-las. Mas, para os homens que já sentem o desconforto é preciso buscar tratamento o quanto antes. Em varizes mais finas podem ser realizadas aplicações de laser ou injeções. Porém, se a espessura chegar aos 4 mm é preciso passar por uma cirurgia. Como se dá o tratamento cirúrgico? Existem dois métodos cirúrgicos para varizes. O primeiro é o convencional, onde o cirurgião marca as veias varicosas e com o paciente anestesiado faz pequenas incisões para removê-las. Os cortes são tão pequenos que nem precisam de sutura. Já o método mais moderno é através do laser endovenoso. Com anestesia local, uma agulha com fibra ótica de laser de diodo é introduzida na veia do paciente. Ela faz com que o vaso feche e seja absorvido pelo corpo. Uma única aplicação é o suficiente para se obter o resultado desejado. Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 7 PATERNIDADE: qual o papel do homem? Os tempos são outros e quanto a isso não há discussão. Homens e mulheres têm lutado por novos espaços, seja em casa, no trabalho, na sociedade e, também, na criação dos filhos. Mas, mesmo que um filho seja responsabilidade de ambos os pais, pela capacidade atribuída à mulher de gerar um bebê, muitas pessoas ainda passam todas as dúvidas e preocupações para a mãe e deixam com o que o pai fique em segundo plano. As mulheres já nascem com instinto materno, mas os homens, na maioria dos casos, segundo a psicóloga Carla Ribeiro, vão construindo essa imagem a partir de cada movimento da gestação, como os ultrassons, os “chutes” e o crescimento do feto. Nesse período o homem já pode e deve participar, ajudando a escolher a maternidade, que tipo de parto o casal (ou a mulher) deseja, o enxoval do bebê, são exemplos. Após o nascimento, explica a psicóloga, surgem os sentimentos de orgulho, carinho, amor, proteção, mas também com relação às responsabilidades financeiras e sua influência nas oportunidades futuras do filho. Mas, não precisa e não deve parar por aí. O homem que tem o interesse de cuidar do bebê juntamente com a mãe desenvolve inúmeras habilidades. É nesse contato que ele tem a chance de aprender a cuidar da criança de maneira responsável, com delicadeza e sutileza, já que se trata se um ser tão pequeno e frágil. “A relação do bebê com o pai ensina muitas coisas também, na convivência, a ter paciência, tolerância, pois o bebê chora de madrugada, sente cólica, adoece, ou seja, precisa da dedicação integral 8 Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 dos pais durante 24 horas do dia”, aponta Carla. E, apesar da pressão feita sobre a mulher e a consequente imagem de que o pai não tem a mesma preocupação com a criança do que as mães, de acordo com a profissional, hoje existem mais pais presentes do que antes, que dão bastante ênfase na presença na vida dos filhos desde muito pequenos. Alguns pais têm até uma preocupação maior se comparados às mães, pois desdobram-se para levar/buscar as crianças na escola, levar à igreja, ir às reuniões escolares, juntamente com a mãe ou não. “Infelizmente não é um movimento de todos, pois alguns estão inibidos no pensamento de ‘a mulher faz melhor’, mas a realidade não é de quem faz melhor, e sim quem quer fazer. Na verdade, a responsabilidade não é de um ou de outro, é dos dois”, afirma a psicóloga. algumas atividades com o bebê para que a mãe possa descansar. Além disso, sente orgulho ao ouvir o bebê chamando-o de pai e reconhecendo o seu papel na criação dele”, recomenda. comumente acontece é a mulher considerar que ela sabe fazer melhor ou ter medo que o marido não faça do seu jeito, o que gera um estresse maior, um cansaço e esgotamento do corpo, que acabam passando para o casamento e para o bebê também. O dia a dia ideal As tarefas dos pais podem ser divididas durante o dia, para que um não desempenhe mais ou ache que o outro faça melhor. A criança cresce aprendendo que as figuras masculina e feminina têm uma diferença considerável. A figura da mulher, como mãe, principalmente, é vista como um ser angelical, que oferece o corpo para o desenvolvimento e o alimento para o crescimento da criança. “A amamentação natural, por exemplo, possibilita apenas à mulher esse contato com o filho. Mas o pai pode participar desses momentos de amamentação, pegando na mão da criança, fazendo carinho e, pelo toque, o filho percebe que existe uma terceira pessoa, que é o pai. O homem também pode fazer Sendo assim, Carla Ribeiro faz ainda um alerta para as mamães: é preciso permitir a entrada desse pai na vida do bebê e na relação com ele. A mãe não pode esquecer que este pai também tem responsabilidades, mesmo que ele execute as atividades diferente da maneira que ela faz. O que Carla Ribeiro Psicóloga Clínica e Hospitalar CRP 25079/05 Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 9 Câncer na gravidez: como manter o bebê a salvo? A boa notícia chega: o teste de gravidez aponta positivo. Na sequência, é diagnosticado um câncer. Tanto a maternidade quanto a doença são, naturalmente, cercadas de dúvidas e inseguranças, mas o que fazer diante desse quadro contraditório? “Hoje, nem toda grávida precisa interromper a gestação para continuar o tratamento, existem manobras e etapas que devem ou não ser feitas durante o período para preservar a vida da criança e da mãe”, afirma o radioterapeuta Leonardo Chamon. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente em 2016, serão 300.870 mulheres diagnosticadas com câncer. Os números alarmam, mas os estudos que contribuem para a luta contra a patologia também têm crescido e melhorado a eficácia do processo de cura. “Cada caso deve ser analisado individualmente, mas são sempre considerados dois aspectos: tempo de gestação e grau do tumor, para se definir como proceder em relação ao tratamento”, explica. Ele acrescenta que localização e dimensão também influenciam diretamente no tipo de tratamento que a paciente 10 Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 deverá se submeter para evitar abortos, nascimentos prematuros e más formações do bebê. Além disso, os três primeiros meses da gestação exigem cautela, uma vez que correspondem à fase mais delicada para o feto. “Nesse período, existem riscos para a criança e, quimioterapia, por exemplo, não é recomendada”. Segundo Dr. Leonardo, em grande parte dos casos, as pacientes estão aptas a passar por cirurgia que, além de ser eficaz, evita interferências diretas na gestação. A radioterapia não é indicada em nenhuma etapa. O mais recomendado é esperar o nascimento para dar início a esse tratamento”, pondera. Em casos extremos, em que a doença se encontra em estágio avançado, o aborto pode ser a alternativa para salvar a vida da mãe. “Todas as decisões são tomadas em consenso entre especialistas e pacientes, sempre visando amenizar a dor desse momento”. Antes da gravidez Enquanto passa por tratamento, é recomendável que seja feito uso de método anticoncepcional. “No geral, indicamos a camisinha, pois algumas pílulas, se combinadas com os remédios, podem acelerar o crescimento do tumor”. O médico explica que essa decisão deve ser tomada junto ao especialista. Manutenção da fertilidade A gravidez, para algumas mulheres diagnosticadas com câncer, é um desejo, ainda não concretizado. Assim, quem sonha com uma gestação, ao saber que sofre da doença, deve tomar medidas para se resguardar. Isso porque, após vencer a doença, há pacientes que se deparam com um novo problema: a infertilidade. “Tratamentos com quimioterapia e radioterapia, além de destruírem as células tumorais, também podem atingir as germinativas, que produzem óvulos e espermatozoides. Além disso, também interferem nas funções hormonais, responsáveis pela pro- dução de gametas”, explica o ginecologista Selmo Geber. Segundo o médico, a urgência da doença e a necessidade imediata de se dar início aos tratamentos contra o câncer exigem decisões rápidas do oncologista. No entanto, devido à pressa, muitas vezes o fator reprodutivo não é abordado. “Aspectos do tratamento e de efeitos colaterais diretos são amplamente discutidos. Porém, a preservação da fertilidade para o futuro, através de criopreservação, por exemplo, acaba sendo deixada de lado”, avalia. O objetivo com a criopreservação dos óvulos - seja por vitrificação ou por congelamento -, é conservar o material para que ele possa ser utilizado no futuro, por meio de técnicas de reprodução assistida. “O óvulo é submetido a uma variação de temperatura de 37ºC a -196ºC em menos de um segundo. O material congelado é, então, armazenado em nitrogênio líquido, podendo ser mantido assim por tempo indefinido”, explica. Segundo Geber, as taxas de gravidez utilizando óvulos congelados têm sido semelhantes à obtida com exemplares frescos, de 50%. Dr. Leonardo Chamon Radioterapeuta CRM 39017 Dr. Selmo Geber Ginecologista CRM:22188-MG Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 11 De acordo com o Ministério da Saúde, 24,8% dos brasileiros sofrem de hipertensão. Dentre esse percentual, 59% possuem mais de 65 anos. “A pressão alta é uma das maiores causas de morte por problemas cardíacos no mundo. Mas o que poucos sabem é que ela também pode contribuir para diversas enfermidades no cérebro”, esclarece o neurocirurgião Feres Chaddad Neto. Seu CÉREBRO também sofre com a HIPERTENSÃO A hipertensão arterial é uma doença crônica e, por definição médica, o paciente é considerado hipertenso quando sua pressão se encontra, por vários dias, acima de 14 por 9. “Geralmente, a enfermidade só apresenta sintomas quando se torna muito grave, com sérias consequências ao corpo, como dores 12 Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 de cabeça, vômito, falta de ar, agitação e visão turva. A pressão alta pode causar infarto, insuficiência cardíaca, angina, insuficiência renal, cegueira, e levar a derrames e acidentes vasculares cerebrais, já que quando a pressão está alta, as artérias do cérebro ficam mais enrijecidas”, esclarece o médico. Acidente Vascular Cerebral (AVC) Além da hipertensão arterial, o colesterol elevado, fumo, diabetes, histórico familiar, ingestão de álcool, vida sedentária, excesso de peso e estresse são considerados fatores de risco. O AVC pode ser decorrente de lesões cerebrais relacionadas a patologias que acometem artérias e veias. O AVC pode ser prevenido com o controle da hipertensão, do tabagismo, das dislipidemias (ou seja, alterações do metabolismo que geram aumento do colesterol total e do ruim, diminuição do colesterol bom e aumento das triglicérides) e com a realização de atividades esportivas. No entanto, doenças específicas como os aneurismas intracranianos devem ser pesquisados nos familiares de pacientes que tenham uma história da doença envolvendo parentes de primeiro grau. Arteriosclerose É uma doença degenerativa da artéria ocasionada pela destruição das fibras musculares lisas e das fibras elásticas que a constituem, levando a um endurecimento da parede arterial. A hipertensão arterial de longa duração e sem tratamento adequado e o aumento da idade são as principais causas. A pressão alta provoca alterações na superfície interna das artérias, facilitando a penetração das gorduras na parede arterial. Na arteriosclerose, há um depósito de gordura, cálcio e outras substâncias na parede das artérias, o que faz com que elas se estreitem e os tecidos irrigados por elas sofram um déficit, ou seja, ocorre uma isquemia (falta de sangue). Pessoas acima de 50 anos e hipertensas devem fazer consultas regulares ao cardiologista e ao neurologista, especialmente se sentirem dor no peito e nas pernas e dormência em algum membro. O diagnóstico precoce e o tratamento correto podem impedir o agravamento da arteriosclerose e prevenir um ataque cardíaco, derrame ou outra emergência médica. Demência Vascular Depois do Alzheimer, esta é uma das causas mais comuns de demência. Ela é caracterizada por múltiplas isquemias (diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea, numa parte do organismo, ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição), que vão ocorrendo no cérebro ao longo da vida do indivíduo. Essas isquemias vão se somando e causam uma diminuição na competência cognitiva. As sequelas variam de acordo com a gravidade dos acidentes vasculares cerebrais. Pode haver paralisia, indisposição, esquecimentos e incapacidade de desenvolver tarefas do dia a dia. O tratamento é necessário para prevenir outros acidentes vasculares. Geralmente, também são indicados medicamentos para aliviar a inquietude, depressão e distúrbios do sono, que podem acompanhar a demência. O acompanhamento das famílias é extremamente importante, já que muitos pacientes ficam dependentes de cuidados. O neurocirurgião alerta que “a hipertensão é uma doença silenciosa grave e que pode matar, por isso é indispensável buscar uma vida mais saudável, praticar exercícios físicos regulares, criar uma rotina de alimentação equilibrada e fazer exames periódicos”. Dr. Feres Chaddad Neto , Neurocirurgião CRM 89100 Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 13 A fome não te larga? Quatro dicas para lidar com ela Todo mundo sente fome e, por mais que não pareça, ela é importante. Afinal, é através dela que “lembramos” de ingerir os alimentos necessários para nutrir nosso organismo e garantir energia ao longo do dia. Mas, e se ela não dá trégua? Fome a todo instante é normal? Segundo o nutrólogo André Veinert, a resposta é não. “Se for uma criança, adolescente ou grávida a necessidade nutricional será diferente, mas em um adulto saudável emendar refeições é sinal de que algo na saúde não está bem. Se o paciente come além do que deveria ele terá excesso de peso e risco de desenvolver doenças crônicas, como o diabetes e problemas no coração”, ­explica. 1 2 Pare para comer Mesmo se for apenas um lanche entre as refeições, pare o que você está fazendo e se concentre apenas na alimentação. Em 2015, um estudo da Universidade de Surrey, no Reino Unido, alertou que, quando você come fazendo outra atividade, como por exemplo, dirigindo ou atendendo ao telefone, o seu cérebro não é totalmente capaz de registrar a quantidade de alimento que você consumiu. O resultado: você não se sentirá saciado por completo e terá fome logo. Já quando o seu cérebro registra todas as calorias consumidas, ele vai te ajudar a fazer suas refeições de forma mais consciente. Para ajudar quem sofre com essa fome sem fim, o nutrólogo separou quatro atitudes simples, as quais você deve estar atento e mesmo mudá-las para controlar o apetite. Dr. André Veinert, Nutrólogo CRM 111255/SP Invista na qualidade do sono A qualidade do sono é um ponto fundamental para controlar o peso. A leptina e a grelina, hormônios que têm relação com o apetite, estão diretamente ligados a uma noite bem dormida. “A leptina é liberada principalmente durante as primeiras horas da manhã. Ela está ligada ao gasto energético, controle da glicose e funções do pâncreas. Baixos níveis desse hormônio no organismo reduzem a ingestão alimentar, enquanto altos índices aumentam a vontade de comer”, explica Veinert. Já a grelina é a responsável por aquele estímulo inicial, ou seja, a necessidade e vontade de ingerir algo. Para controlar os hormônios o ideal é dormir de sete a oito horas por noite. 14 Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 3 Reduza os alimentos processados 4 Além de ter uma pequena quantidade de fibra, diminuindo o tempo que fica no estômago, a comida industrializada é fonte de açúcar e outros componentes desnecessários para mantermos a saúde em dia. Uma pesquisa americana do The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism aponta que o consumo de xarope de milho, utilizado como adoçante nesse tipo de alimento, diminui os níveis de insulina e leptina, além de aumentar as concentrações de grelina, aquele hormônio responsável por estimular a fome. Coma a cada 3 a 4 horas “Esse é um dos hábitos mais importantes a se adotar”, pontua o nutrólogo. “Quando você faz refeições pequenas e frequentes os níveis de insulina melhoram, bem como o controle da fome e do apetite”, diz. Mas cuidado! São lanches pequenos em intervalos de três a quatro horas. Caso haja exagero você vai sentir o peso na balança. “Então, para ter uma vida saudável e não ficar com o estômago roncando durma bem, coma a cada três horas e escolha alimentos saudáveis”, finaliza. Revista Galanti • Julho | Agosto 2016 15 PETRÓPOLIS CENTRO Rua do Imperador, 9 (esquina com Rua Dr. Porciúncula) Tel.: (24) 2243-7252 / 2245-0721 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 21:00h, domingos das 08:00h às 17:00h. CENTRO Praça Visconde do Rio Branco, 16 Tel.: (24) 2237-6009 / 2237-8499 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 20:00h, domingos das 08:00h às 17:00h. CENTRO Rua Dezesseis de Março, 175 Tel.: (24) 2242-9362 / 2242-7162 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 20:00h. CENTRO Rua do Imperador, 728 Tel.: (24) 2231-1320 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 21:00h, domingos das 08:00h às 17:00h. DUQUE DE CAXIAS CENTRO Rua José de Alvarenga, 405 Tel.: (21) 2771-0003 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 19:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. CENTRO Av. Pres. Vargas, 59 Tel.: (21) 2671-2481 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 19:00h. BELFORD ROXO CENTRO Rua João Fernandes Neto, nº 1305 e 1307 Tel.: (21) 3771-1482 / 3663-2498 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. VOLTA REDONDA VILA SANTA CECÍLIA Rua Dezesseis, 79 Tel.: (24) 3342-6284 / 3348-1216 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h, domingos das 08:00h às 17:00h. SÃO GONÇALO CENTRO Praça Dr. Luiz Palmier, 50 Tel.: (21) 2606-3578 / 2606-3156 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 19:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. NOVA IGUAÇU CENTRO Trav. Almerinda Lucas de Azeredo, 70 Tel.: (21) 2882-4750 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:30h e sábados das 08:00h às 18:00h. CENTRO Av. Gov. Amaral Peixoto, 142 Tel.: (21) 2668-3073 / 2668-4092 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h. CENTRO Av. Gov. Amaral Peixoto, 324 Tel.: (21) 2667-4810 / 2667-3868 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. CENTRO Rua Getúlio Vargas, 90 Tel.: (21) 2768-7599 / 2768-8585 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 16:00h, domingos das 8:00h às 14:00h. CENTRO Av. Dr. Luiz Guimarães, 153 Tel.: (21) 2768-4880 / 2768-4377 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. CENTRO Av. Dr. Luiz Guimarães, 93 Tel.: (21) 2768-1387 / 2667-8065 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h. CENTRO Rua Cel. Francisco Soares, 134 Tel.: (21) 2765-3362 / 2765-3424 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h, domingos das 09:00h às 15:00h. QUEIMADOS CENTRO Av. Irmãos Guinle, 1037 Tel.: (21) 2665-5831 / 2665-5847 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. SÃO JOÃO DE MERITI CENTRO Rua Gessyr Gonçalves Fontes, 115 Tel.: (21) 2755-7665 / 2755-7666 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. NITERÓI CENTRO Rua José Clemente, 42 – Loja Tel.: (21) 2620-1200 / 2620-1054 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 15:00h. RIO DE JANEIRO MADUREIRA Av. Min. Edgar Romero, 72 Tel.: (21) 3390-5010 / 3390-0396 De segunda a sexta-feira das 07:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h. MADUREIRA Rua Dagmar da Fonseca, 19 Tel.: (21) 2450-1684 / 2489-4184 De segunda a sexta-feira das 07:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h. CAMPO GRANDE Rua Coronel Agostinho, 153 Tel.: (21) 2415-2968 / 3394-2565 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h. COPACABANA Av. N. Sra. de Copacabana, 656 Tel.: (21) 2255-0529 / 2255-1770 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 20:00h, domingos das 09:00h às 15:00h. COPACABANA Rua Barata Ribeiro, 157 Tel.: (21) 2541-8845 / 2244-0180 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sàbados das 08:00h às 18:00h. BANGU Rua Silva Cardoso, 229 A Tel.: (21) 2401-8152 / 2401-8266 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h. CENTRO Rua da Ajuda, 35 lojas B e C Tel.: 2533-2715 / 2533-2717 De segunda a sexta-feira das 07:00h às 20:00h. NILÓPOLIS CENTRO Av. Getúlio Vargas, 1476 Tel.: (21) 3760-2811 / 3762-3582 De segunda a sexta-feira das 07:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 19:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. CENTRO Avenida Mirandela, 35 Tel.: (21) 3760-0745 / 3761-7171 De segunda a sexta-feira das 08:00h às 21:00h e sábados das 08:00h às 19:00h, domingos das 08:00h às 14:00h. GALANTI EM CASA: 0800-0213768 (Volta Redonda e Petrópolis) 4002-3768 (Rio e Grande Rio)