os novos - Drogaria Galanti

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Ano 6 • Julho/Agosto 2016
OS NOVOS
PAIS
Não mais meros
coadjuvantes
REVISTA
A Revista Galanti é de propriedade e
distribuição da Drogaria Galanti Ltda.
Periodicidade: bimestral
Tiragem: 10 mil exemplares
Edição: Julho/Agosto 2016
Produzida por Grupo Letra Comunicação
E-mail: [email protected]
Arte e diagramação: Marcus Quito
Jornalista responsável: Sônia Lara - MTb 16619
Coordenação editorial: Grupo Letra Comunicação
Capa e fotos internas: 123rf.com
Impressão: Grupo Smart Printer
Central de Atendimento: (21) 2668-4401
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Fale conosco: [email protected]
4Gripe
6
Halitose
7
Varizes Masculinas
8Paternidade
10
Câncer na Gravidez
12Hipertensão
14Fome
Os entrevistados desta edição não possuem qualquer vínculo profissional com a Drogaria Galanti.
CALENDÁRIO
DE SAÚDE
Agosto
01
05
Dia Mundial da Amamentação
02
10
13
05
08
Dia da Farmácia
Julho
13
14
25
27
28
Dia do Hospital
Dia da Saúde Ocular
Dia do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA- Lei 8069/90)
Dia do Engenheiro de Saneamento
Dia do Representante Farmacêutico
Criação do Ministério da Saúde
(Lei 1920/53)
Dia Nacional de Prevenção de Acidentes
do Trabalho (Port.3236 e 3237)
Dia Mundial de Luta Contra as
Hepatites Virais
10
12
27
29
30
31
Dia Nacional da Saúde
(nascimento de Oswaldo Cruz)
Dia Nacional de Combate ao
Colesterol
Dia da Enfermeira
Dia Nacional e Internacional da
Juventude
Dia do Psicólogo (Lei 4.119/64)
Dia Nacional de Combate ao Fumo
(Lei 7488/1986)
Dia Nacional de Conscientização
sobre a Esclerose Múltipla
(Lei 11303/2006)
Dia do Nutricionista (Lei 8234/91)
GRIPE
A gripe ataca e, em tempos de H1N1, a atenção deve ser ainda mais redobrada.
E é nessas horas que os truques caseiros, as receitinhas de antigamente e as
sugestões dos amigos começam a surgir. Mas afinal, o que funciona e o que
não funciona? O pneumologista Gilmar Zonzin esclareceu algumas dúvidas.
O que funciona
Vacina: a forma mais eficaz
de se prevenir de quadros
graves de infecção pelo vírus
influenza H1N1, ainda que
não tenha eficácia absoluta. O
maior impacto da vacinação é
a redução de complicações e
mortes, especialmente entre o
grupo de risco (crianças menores, idosos, grávidas e pessoas
com determinadas doenças
crônicas, além de algumas
populações específicas). Quem
não está no grupo de risco
também pode se beneficiar da
vacinação.
Álcool gel e lavar as mãos:
os vírus são eliminados nas
gotículas que os portadores
expelem ao tossir ou espirrar,
podendo se espalhar e alcançar diversas superfícies, onde
podem sobreviver até por horas.
Se alguém toca essa superfície e, sem higienizar as mãos,
mexe nos olhos, na boca ou
até mesmo em outras pessoas,
pode levar à introdução do vírus
no organismo e desenvolver a
doença. É recomendável retirar
adornos como anéis e pulseiras
para melhor higiene.
Tapar a boca ao tossir/
espirrar: durante o período
de transmissibilidade, esse
4
cuidado reduz a liberação do
vírus nos ambientes. Se usar as
mãos, é indicado lavá-las em
seguida para reduzir a concentração do vírus na pele. Usar
lenços de papel e jogá-los imediatamente no lixo seria o ideal.
A transmissão é, usualmente,
mais intensa nos três primeiros
dias da doença, quando a carga
viral expelida é maior.
Evitar aglomerações: essa
é vista como uma opção pessoal
e baseada em bom senso antes
de tudo. Considera-se de bom
tom que pessoas claramente
enfermas com alto grau de suspeição ou infecção confirmada
pelo H1N1 evitem esse tipo de
situação.
Evitar o frio: funciona de
certa forma. Os vírus respiratórios em geral, inclusive o da gripe, se propagam de forma mais
intensa no inverno. A queda da
temperatura e da umidade no
ar, bem como a maior tendência às aglomerações, deixam
as pessoas mais suscetíveis às
infecções respiratórias virais e
bacterianas em geral.
Ficar de repouso: a pessoa
infectada deve se afastar do trabalho ou da escola até se sentir
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
melhor, o que ocorre, geralmente, em uma semana. Isso tanto
reduz o risco de transmissão da
doença às outras pessoas, bem
como o de complicações para o
próprio paciente.
Cuidar da alimentação:
não existem alimentos específicos que devam ser recomendados ou evitados, mas sim,
um reforço à regra geral de se
buscar uma alimentação saudável e equilibrada, sem excessos
ou faltas. Privilegiar frutas,
legumes, verduras, carnes magras e peixe. Evitar alimentos
que possam levar a desconforto
abdominal (gorduras em geral
ou alimentos excessivamente
pesados) e sem valor nutricional.
Bolsa de água quente:
para diminuir o desconforto
muscular. Não interfere na
duração, gravidade e nem modifica o risco de complicações,
é uma medida para reduzir
os sintomas exclusivamente,
relaxando a musculatura.
Aquecer os pés: novamente,
apenas para efeito relaxante e
gerar uma sensação de conforto
e bem-estar. Não há nenhum
efeito sobre a doença em si.
E o que NÃO funciona
Evitar alimentos gelados:
não há relação entre consumir
alimentos gelados e contrair
gripe já que ela é uma doença
infecciosa transmitida de uma
pessoa à outra. O que pode
ocorrer é que a ingestão de
alimentos gelados por pessoas
com garganta inflamada/irritada
pode acentuar os sintomas de
desconforto, mas não exatamente agravar a doença.
Agasalhar-se em excesso:
em excesso não, mas adequadamente, sim. Agasalhar-se na
medida evita oscilações extremas da temperatura corporal e
o aumento do gasto de energia
que pode reduzir a imunidade,
bem como contração excessiva
de vasos sanguíneos que pode
facilitar o desenvolvimento de
quadros infecciosos.
Ir ao pronto-socorro:
exceto que você esteja com
sintomas que levem à suspeita
de algo realmente preocupante.
Ou seja, nos casos de sintomas
brandos como os presentes
no resfriado comum (coriza,
tosse seca, espirros, garganta
arranhando e sem febre ou com
febre baixa) não vá ao pronto-socorro pois aí você estará
em um local com maiores
riscos de exposição e contágio.
Caso apresente sintomas mais
significativos, como febre alta,
falta de ar, acentuada queda do
estado geral ou aparecimento
de secreções respiratórias,
você deve procurar um médico
imediatamente.
Uso de máscara: a indicação
do uso de máscaras pode ser
feita para os portadores do vírus
H1N1 para reduzir a disseminação do mesmo ao tossir
e espirrar. Mas as máscaras
comercializadas não oferecem
proteção efetiva duradoura.
Ficar só um dia em casa: a
transmissão do vírus, bem como
o risco de complicações gira
em torno de sete dias, devendo
o afastamento obedecer a presença de clara melhora clínica
sem o “mascaramento” pelo uso
excessivo de medicamentos.
Se entupir de remédios:
os medicamentos sintomáticos
não mudam o curso temporal da doença e podem gerar
efeitos colaterais importantes,
especialmente com o uso
de altas doses e por período
prolongado, sendo os mesmos
indicados apenas quando seu
uso é necessário para controlar
a febre e a dor. Os antivirais,
em especial o Oseltamivir
(Tamiflu), devem ser utilizados
apenas com recomendação
médica, sendo mais efetivos
quando o tratamento se inicia
precocemente, idealmente até
48 horas do surgimento dos
sintomas.
Fazer gargarejos com
água e sal: a penetração do
vírus pode ocorrer a qualquer
momento e fazer gargarejos de
nada ajudará a evitar o contágio. Algumas pessoas podem
referir a redução de desconforto na garganta com esse tipo
de procedimento, mas não há
nenhum benefício adicional.
Aumentar a umidade
dos locais que frequenta:
esse tipo de atitude não muda
a circulação e disseminação do
vírus. Em algumas situações,
pode reduzir o desconforto nas
vias respiratórias e em outro
aumentar a presença de elementos associados a estímulos
alérgicos, como fungos por
exemplo.
Dr. Gilmar Zonzin
Pneumologista
CRM: 523297 - RJ
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
5
Nem sempre quem sofre de mau hálito reconhece
o problema. Normalmente, parentes e amigos são
os primeiros a notar, mas a situação é delicada
e, muitas vezes, o silêncio prevalece. Mas, afinal,
o que leva uma pessoa a desenvolver halitose?
Quem responde é o odontólogo Marcelo Eduardo
Moraes dos Santos.
Halitose
Não é desconforto,
6
é doença!
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
A halitose, embora tenha sido
considerada como doença no
ano de 1873 por Howe, ainda
é pouco discutida no meio
acadêmico. De acordo com
a Prof. Dra.Olinda Tárzia, da
Universidade de São Paulo,
que escreveu o primeiro livro
“Halitose –Um desafio que tem
cura”, existem 60 causas que
podem fazer com que as pessoas desenvolvam halitose ou
mau hálito. Entretanto, na grande maioria
dos casos, a alteração
do hálito
ocorre a partir
de um processo de diminuição do fluxo
salivar, “boca seca”, associada à saburra lingual
(placa esbranquiçada
que se forma no dorso da
língua). Logo, as doenças
diabetes, hipertensão,
alterações renais, stress,
periodontite, gengivite, cárie e,
alguns medicamentos que diminuem o fluxo salivar podem
levar ao desenvolvimento da
halitose.
Qual a incidência dessa
doença na sociedade?
De acordo com as pesquisas
desenvolvidas na USP, 40% da
população até 40 anos de idade
desenvolvem halitose. E, na população acima de 55 anos, esse
percentual chega a 85%.
Quais são as melhores
formas de tratar o
problema?
Como a halitose possui vários
níveis, existem protocolos
específicos para cada um deles.
Mas, em todos eles a correta
higienização, principalmente da língua, e o controle do
fluxo salivar são, sem dúvida,
os procedimentos que sempre
devem ser intensificados para
efetiva prevenção e combate da
doença.
Existe uma procura
espontânea para o
tratamento da halitose ou
o paciente só vai buscá-lo
quando é orientado por
algum profissional de
saúde?
Como o assunto é pouco conhecido e divulgado, normalmente apenas as pessoas que
sofriam, notavam ou mesmo
eram alertadas sobre o mau
hálito procuravam ajuda.
Entretanto, mesmo procurando
ajuda, não encontravam solução para o problema porque,
médicos e dentistas não têm na
sua formação base conceitual
para tratar da halitose.
Como é feito o diagnóstico
da halitose?
O diagnóstico é realizado
através de uma anamnese e
do resultado de equipamentos
que, a partir da coleta do ar
na cavidade bucal, conseguem
separar e mensurar os gazes
que são responsáveis pelo mau
hálito.
Dr. Marcelo Eduardo Moraes dos Santos
Odontólogo
CRO/RJ 17.842
Bate-papo
com o Doutor
Varizes masculinas:
Como se prevenir?
Engana-se quem pensa que varizes afetam só as
mulheres. O público masculino representa 20% dos pacientes
diagnosticados com o problema. E para tirar dúvidas sobre o assunto, ouvimos o angiologista Ary Elwing (CRM 22.946):
Quando surgem as varizes?
As varizes aparecem quando as válvulas impedem o refluxo do sangue
para o coração, então o líquido fica nas veias que pressionam as paredes e provocam a dilatação e deformação delas.
Além da questão estética, que tipo de desconforto ocasionam?
É comum os homens reclamarem de inchaço nas pernas, sensação de
peso, cansaço, queimação, hemorragias, escurecimento e até endurecimento da pele. Geralmente esses sintomas aparecem após os 30 anos
de idade.
Quais as causas mais comuns?
Ter varizes ou não, tem relação tanto com questões genéticas – se
algum familiar próximo teve você pode ser a próxima vítima -, quanto
com hábitos diários. Os pacientes sedentários e aqueles que, devido
ao trabalho, ficam muito tempo em pé ou sentados, são os que mais
sofrem.
Como funcionam a prevenção e o tratamento?
A prevenção neste caso tem a ver com mexer os pés. Quando há
movimentação, as veias se dilatam devido à contração muscular e há
pressão dos pés, e então o sangue não fica ali, acumulado. Manter-se
no peso ideal e não fumar também são itens que devem estar na lista
dos cuidados para evitá-las. Mas, para os homens que já sentem o
desconforto é preciso buscar tratamento o quanto antes. Em varizes
mais finas podem ser realizadas aplicações de laser ou injeções. Porém,
se a espessura chegar aos 4 mm é preciso passar por uma cirurgia.
Como se dá o tratamento cirúrgico?
Existem dois métodos cirúrgicos para varizes. O primeiro é o
convencional, onde o cirurgião marca as veias varicosas e com o
paciente anestesiado faz pequenas incisões para removê-las. Os
cortes são tão pequenos que nem precisam de sutura. Já o método
mais moderno é através do laser endovenoso. Com anestesia local,
uma agulha com fibra ótica de laser de diodo é introduzida na veia do
paciente. Ela faz com que o vaso feche e seja absorvido pelo corpo.
Uma única aplicação é o suficiente para se obter o resultado desejado.
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
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PATERNIDADE: qual o papel do homem?
Os tempos são outros e quanto a isso não há discussão. Homens e mulheres têm lutado por novos
espaços, seja em casa, no trabalho, na sociedade e,
também, na criação dos filhos.
Mas, mesmo que um filho seja responsabilidade de ambos os
pais, pela capacidade atribuída à mulher de gerar um bebê, muitas pessoas ainda passam todas as dúvidas e preocupações para a
mãe e deixam com o que o pai fique em segundo plano.
As mulheres já nascem com instinto materno, mas os
homens, na maioria dos casos, segundo a psicóloga
Carla Ribeiro, vão construindo essa imagem a partir
de cada movimento da gestação, como os ultrassons,
os “chutes” e o crescimento do feto. Nesse período o
homem já pode e deve participar, ajudando a escolher a maternidade, que tipo de parto o casal (ou a
mulher) deseja, o enxoval do bebê, são exemplos.
Após o nascimento, explica a psicóloga,
surgem os sentimentos de orgulho, carinho,
amor, proteção, mas também com relação
às responsabilidades financeiras e sua
influência nas oportunidades futuras
do filho. Mas, não precisa e não deve
parar por aí.
O homem que tem o interesse de
cuidar do bebê juntamente com a mãe
desenvolve inúmeras habilidades. É
nesse contato que ele tem a chance
de aprender a cuidar da criança de
maneira responsável, com delicadeza
e sutileza, já que se trata se um ser
tão pequeno e frágil. “A relação do
bebê com o pai ensina muitas coisas
também, na convivência, a ter paciência, tolerância, pois o bebê chora
de madrugada, sente cólica, adoece,
ou seja, precisa da dedicação integral
8
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
dos pais durante 24 horas do
dia”, aponta Carla.
E, apesar da pressão feita sobre a mulher e a consequente
imagem de que o pai não tem
a mesma preocupação com
a criança do que as mães, de
acordo com a profissional, hoje
existem mais pais presentes do
que antes, que dão bastante
ênfase na presença na vida dos
filhos desde muito pequenos.
Alguns pais têm até uma preocupação maior se comparados
às mães, pois desdobram-se
para levar/buscar as crianças
na escola, levar à igreja, ir às
reuniões escolares, juntamente com a mãe ou não. “Infelizmente não é um movimento
de todos, pois alguns estão
inibidos no pensamento de
‘a mulher faz melhor’, mas a
realidade não é de quem faz
melhor, e sim quem quer fazer.
Na verdade, a responsabilidade não é de um ou de outro, é
dos dois”, afirma a psicóloga.
algumas atividades com o bebê
para que a mãe possa descansar. Além disso, sente orgulho
ao ouvir o bebê chamando-o
de pai e reconhecendo o seu
papel na criação dele”, recomenda.
comumente acontece é a mulher considerar que ela sabe
fazer melhor ou ter medo que
o marido não faça do seu jeito,
o que gera um estresse maior,
um cansaço e esgotamento do
corpo, que acabam passando
para o casamento e para o
bebê também.
O dia a dia ideal
As tarefas dos pais podem
ser divididas durante o dia,
para que um não desempenhe mais ou ache que o outro
faça melhor. A criança cresce
aprendendo que as figuras
masculina e feminina têm
uma diferença considerável. A
figura da mulher, como mãe,
principalmente, é vista como
um ser angelical, que oferece o
corpo para o desenvolvimento
e o alimento para o crescimento da criança. “A amamentação natural, por exemplo,
possibilita apenas à mulher
esse contato com o filho. Mas
o pai pode participar desses
momentos de amamentação,
pegando na mão da criança,
fazendo carinho e, pelo toque,
o filho percebe que existe uma
terceira pessoa, que é o pai.
O homem também pode fazer
Sendo assim, Carla Ribeiro
faz ainda um alerta para
as mamães: é preciso
permitir a entrada
desse pai na vida do
bebê e na relação
com ele. A mãe não
pode esquecer que este
pai também tem responsabilidades, mesmo que ele
execute as atividades diferente
da maneira que ela faz. O que
Carla Ribeiro
Psicóloga Clínica e Hospitalar
CRP 25079/05
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
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Câncer
na
gravidez:
como manter o bebê a salvo?
A boa notícia chega:
o teste de gravidez
aponta positivo.
Na sequência,
é diagnosticado
um câncer. Tanto
a maternidade
quanto a doença
são, naturalmente,
cercadas de dúvidas e
inseguranças, mas o
que fazer diante desse
quadro contraditório?
“Hoje, nem toda grávida
precisa interromper a gestação
para continuar o tratamento,
existem manobras e etapas
que devem ou não ser feitas
durante o período para preservar a vida da criança e da
mãe”, afirma o radioterapeuta
Leonardo Chamon.
Segundo estimativas do
Instituto Nacional de Câncer
(INCA), somente em 2016,
serão 300.870 mulheres
diagnosticadas com câncer.
Os números alarmam, mas os
estudos que contribuem para a
luta contra a patologia também
têm crescido e melhorado a
eficácia do processo de cura.
“Cada caso deve ser analisado individualmente, mas são
sempre considerados dois
aspectos: tempo de gestação e
grau do tumor, para se definir
como proceder em relação ao
tratamento”, explica.
Ele acrescenta que localização
e dimensão também influenciam diretamente no tipo de
tratamento que a paciente
10
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
deverá se submeter para evitar
abortos, nascimentos prematuros e más formações do bebê.
Além disso, os três primeiros
meses da gestação exigem
cautela, uma vez que correspondem à fase mais delicada
para o feto. “Nesse período,
existem riscos para a criança
e, quimioterapia, por exemplo,
não é recomendada”.
Segundo Dr. Leonardo, em
grande parte dos casos, as
pacientes estão aptas a passar
por cirurgia que, além de
ser eficaz, evita interferências diretas na gestação. A
radioterapia não é indicada
em nenhuma etapa. O mais
recomendado é esperar o
nascimento para dar início a
esse tratamento”, pondera.
Em casos extremos, em que a
doença se encontra em estágio
avançado, o aborto pode ser a
alternativa para salvar a vida
da mãe. “Todas as decisões
são tomadas em consenso
entre especialistas e pacientes,
sempre visando amenizar a dor
desse momento”.
Antes da gravidez
Enquanto passa por tratamento, é recomendável que seja
feito uso de método anticoncepcional. “No geral, indicamos a camisinha, pois algumas
pílulas, se combinadas com
os remédios, podem acelerar
o crescimento do tumor”. O
médico explica que essa decisão deve ser tomada junto ao
especialista.
Manutenção
da fertilidade
A gravidez, para
algumas mulheres
diagnosticadas com
câncer, é um desejo,
ainda não concretizado. Assim, quem
sonha com uma gestação, ao saber que
sofre da doença, deve
tomar medidas para se
resguardar. Isso porque,
após vencer a doença, há
pacientes que se deparam
com um novo problema: a
infertilidade. “Tratamentos
com quimioterapia e radioterapia, além de destruírem as células tumorais,
também podem atingir
as germinativas, que produzem óvulos e espermatozoides. Além disso,
também interferem nas
funções hormonais,
responsáveis pela pro-
dução de gametas”, explica o
ginecologista Selmo Geber.
Segundo o médico, a urgência
da doença e a necessidade
imediata de se dar início aos
tratamentos contra o câncer
exigem decisões rápidas do oncologista. No entanto, devido
à pressa, muitas vezes o fator
reprodutivo não é abordado.
“Aspectos do tratamento e
de efeitos colaterais diretos
são amplamente discutidos.
Porém, a preservação da fertilidade para o futuro, através de
criopreservação, por exemplo,
acaba sendo deixada de lado”,
avalia.
O objetivo com a criopreservação dos óvulos - seja por vitrificação ou por congelamento
-, é conservar o material para
que ele possa ser utilizado no
futuro, por meio de técnicas
de reprodução assistida. “O
óvulo é submetido a uma variação de temperatura de 37ºC
a -196ºC em menos de um
segundo. O material congelado é, então, armazenado em
nitrogênio líquido, podendo
ser mantido assim por tempo
indefinido”, explica. Segundo
Geber, as taxas de gravidez utilizando óvulos congelados têm
sido semelhantes à obtida com
exemplares frescos, de 50%.
Dr. Leonardo Chamon
Radioterapeuta
CRM 39017
Dr. Selmo Geber
Ginecologista
CRM:22188-MG
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
11
De acordo com o Ministério da Saúde, 24,8% dos brasileiros sofrem de
hipertensão. Dentre esse percentual, 59% possuem mais de 65 anos. “A
pressão alta é uma das maiores causas de morte por problemas cardíacos
no mundo. Mas o que poucos sabem é que ela também pode contribuir
para diversas enfermidades no cérebro”, esclarece o neurocirurgião
Feres Chaddad Neto.
Seu CÉREBRO
também sofre com
a HIPERTENSÃO
A hipertensão arterial é uma doença crônica
e, por definição médica, o paciente é considerado hipertenso quando sua pressão se
encontra, por vários dias, acima de 14 por
9. “Geralmente, a enfermidade só apresenta
sintomas quando se torna muito grave, com
sérias consequências ao corpo, como dores
12 Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
de cabeça, vômito, falta de ar, agitação e visão
turva. A pressão alta pode causar infarto,
insuficiência cardíaca, angina, insuficiência
renal, cegueira, e levar a derrames e acidentes vasculares cerebrais, já que quando a
pressão está alta, as artérias do cérebro ficam
mais enrijecidas”, esclarece o médico.
Acidente Vascular
Cerebral (AVC)
Além da hipertensão arterial, o colesterol
elevado, fumo, diabetes, histórico familiar,
ingestão de álcool, vida sedentária, excesso
de peso e estresse são considerados fatores
de risco. O AVC pode ser decorrente de
lesões cerebrais relacionadas a patologias que
acometem artérias e veias. O AVC pode ser
prevenido com o controle da hipertensão, do
tabagismo, das dislipidemias (ou seja, alterações do metabolismo que geram aumento
do colesterol total e do ruim, diminuição do
colesterol bom e aumento das triglicérides) e
com a realização de atividades esportivas. No
entanto, doenças específicas como os aneurismas intracranianos devem ser pesquisados
nos familiares de pacientes que tenham uma
história da doença envolvendo parentes de
primeiro grau.
Arteriosclerose
É uma doença degenerativa da artéria ocasionada pela destruição das fibras musculares
lisas e das fibras elásticas que a constituem,
levando a um endurecimento da parede arterial. A hipertensão arterial de longa duração
e sem tratamento adequado e o aumento da
idade são as principais causas. A pressão alta
provoca alterações na superfície interna das
artérias, facilitando a penetração das gorduras
na parede arterial. Na arteriosclerose, há um
depósito de gordura, cálcio e outras substâncias na parede das artérias, o que faz com que
elas se estreitem e os tecidos irrigados por
elas sofram um déficit, ou seja, ocorre uma
isquemia (falta de sangue). Pessoas acima de
50 anos e hipertensas devem fazer consultas
regulares ao cardiologista e ao neurologista,
especialmente se sentirem dor no peito e nas
pernas e dormência em algum membro. O
diagnóstico precoce e o tratamento correto
podem impedir o agravamento da arteriosclerose e prevenir um ataque cardíaco, derrame
ou outra emergência médica.
Demência Vascular
Depois do Alzheimer, esta é uma das causas
mais comuns de demência. Ela é caracterizada por múltiplas isquemias (diminuição ou
suspensão da irrigação sanguínea, numa parte
do organismo, ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição), que vão ocorrendo no cérebro ao longo da vida do indivíduo.
Essas isquemias vão se somando e causam
uma diminuição na competência cognitiva.
As sequelas variam de acordo com a gravidade dos acidentes vasculares cerebrais. Pode
haver paralisia, indisposição, esquecimentos
e incapacidade de desenvolver tarefas do dia
a dia. O tratamento é necessário para prevenir outros acidentes vasculares. Geralmente,
também são indicados medicamentos para
aliviar a inquietude, depressão e distúrbios do
sono, que podem acompanhar a demência. O
acompanhamento das famílias é extremamente importante, já que muitos pacientes ficam
dependentes de cuidados.
O neurocirurgião alerta que “a hipertensão
é uma doença silenciosa grave e que pode
matar, por isso é indispensável buscar uma
vida mais saudável, praticar exercícios físicos
regulares, criar uma rotina de alimentação
equilibrada e fazer exames periódicos”.
Dr. Feres Chaddad Neto , Neurocirurgião
CRM 89100
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
13
A fome não te
larga? Quatro dicas
para lidar com ela
Todo mundo sente fome e, por
mais que não pareça, ela é
importante. Afinal, é através dela
que “lembramos” de ingerir os
alimentos necessários para nutrir
nosso organismo e garantir energia
ao longo do dia. Mas, e se ela não
dá trégua? Fome a todo instante é
normal?
Segundo o nutrólogo André Veinert, a resposta é
não. “Se for uma criança, adolescente ou grávida
a necessidade nutricional será diferente, mas em
um adulto saudável emendar refeições é sinal de
que algo na saúde não está bem. Se o paciente
come além do que deveria ele terá excesso de
peso e risco de desenvolver doenças crônicas,
como o diabetes e problemas no coração”,
­explica.
1
2
Pare para comer
Mesmo se for apenas um lanche entre as refeições, pare o que você está fazendo e se concentre
apenas na alimentação. Em 2015, um estudo da
Universidade de Surrey, no Reino Unido, alertou
que, quando você come fazendo outra atividade,
como por exemplo, dirigindo ou atendendo ao
telefone, o seu cérebro não é totalmente capaz de
registrar a quantidade de alimento que você consumiu. O resultado: você não se sentirá saciado
por completo e terá fome logo. Já quando o seu
cérebro registra todas as calorias consumidas, ele
vai te ajudar a fazer suas refeições de forma mais
consciente.
Para ajudar quem sofre com essa fome sem fim,
o nutrólogo separou quatro atitudes simples, as
quais você deve estar atento e mesmo mudá-las
para controlar o apetite.
Dr. André Veinert, Nutrólogo
CRM 111255/SP
Invista na qualidade do sono
A qualidade do sono é um ponto fundamental para controlar o peso. A leptina e a grelina,
hormônios que têm relação com o apetite, estão
diretamente ligados a uma noite bem dormida.
“A leptina é liberada principalmente durante
as primeiras horas da manhã. Ela está ligada ao
gasto energético, controle da glicose e funções
do pâncreas. Baixos níveis desse hormônio no
organismo reduzem a ingestão alimentar, enquanto altos índices aumentam a vontade de comer”,
explica Veinert. Já a grelina é a responsável por
aquele estímulo inicial, ou seja, a necessidade e vontade de ingerir algo. Para controlar os
hormônios o ideal é dormir de sete a oito horas
por noite.
14
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
3
Reduza os alimentos processados
4
Além de ter uma pequena quantidade de fibra,
diminuindo o tempo que fica no estômago, a
comida industrializada é fonte de açúcar e outros
componentes desnecessários para mantermos a
saúde em dia. Uma pesquisa americana do The
Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism aponta que o consumo de xarope de milho,
utilizado como adoçante nesse tipo de alimento,
diminui os níveis de insulina e leptina, além de
aumentar as concentrações de grelina, aquele
hormônio responsável por estimular a fome.
Coma a cada 3 a 4 horas
“Esse é um dos hábitos mais importantes a se
adotar”, pontua o nutrólogo. “Quando você faz refeições pequenas e frequentes os níveis de insulina melhoram, bem como o controle da fome e do
apetite”, diz. Mas cuidado! São lanches pequenos
em intervalos de três a quatro horas. Caso haja
exagero você vai sentir o peso na balança.
“Então, para ter uma vida saudável e não ficar
com o estômago roncando durma bem, coma a
cada três horas e escolha alimentos saudáveis”,
finaliza.
Revista Galanti • Julho | Agosto 2016
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PETRÓPOLIS
CENTRO
Rua do Imperador, 9
(esquina com Rua Dr. Porciúncula)
Tel.: (24) 2243-7252 / 2245-0721
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 21:00h,
domingos das 08:00h às 17:00h.
CENTRO
Praça Visconde do Rio Branco, 16
Tel.: (24) 2237-6009 / 2237-8499
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 20:00h,
domingos das 08:00h às 17:00h.
CENTRO
Rua Dezesseis de Março, 175
Tel.: (24) 2242-9362 / 2242-7162
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 20:00h.
CENTRO
Rua do Imperador, 728
Tel.: (24) 2231-1320
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 21:00h,
domingos das 08:00h às 17:00h.
DUQUE DE CAXIAS
CENTRO
Rua José de Alvarenga, 405
Tel.: (21) 2771-0003
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 19:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
CENTRO
Av. Pres. Vargas, 59
Tel.: (21) 2671-2481
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 19:00h.
BELFORD ROXO
CENTRO
Rua João Fernandes Neto, nº 1305 e 1307
Tel.: (21) 3771-1482 / 3663-2498
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
VOLTA REDONDA
VILA SANTA CECÍLIA
Rua Dezesseis, 79
Tel.: (24) 3342-6284 / 3348-1216
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h,
domingos das 08:00h às 17:00h.
SÃO GONÇALO
CENTRO
Praça Dr. Luiz Palmier, 50
Tel.: (21) 2606-3578 / 2606-3156
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 19:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
NOVA IGUAÇU
CENTRO
Trav. Almerinda Lucas de Azeredo, 70
Tel.: (21) 2882-4750
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:30h e sábados das 08:00h às 18:00h.
CENTRO
Av. Gov. Amaral Peixoto, 142
Tel.: (21) 2668-3073 / 2668-4092
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h.
CENTRO
Av. Gov. Amaral Peixoto, 324
Tel.: (21) 2667-4810 / 2667-3868
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
CENTRO
Rua Getúlio Vargas, 90
Tel.: (21) 2768-7599 / 2768-8585
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 16:00h,
domingos das 8:00h às 14:00h.
CENTRO
Av. Dr. Luiz Guimarães, 153
Tel.: (21) 2768-4880 / 2768-4377
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
CENTRO
Av. Dr. Luiz Guimarães, 93
Tel.: (21) 2768-1387 / 2667-8065
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h.
CENTRO
Rua Cel. Francisco Soares, 134
Tel.: (21) 2765-3362 / 2765-3424
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h,
domingos das 09:00h às 15:00h.
QUEIMADOS
CENTRO
Av. Irmãos Guinle, 1037
Tel.: (21) 2665-5831 / 2665-5847
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 18:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
SÃO JOÃO DE MERITI
CENTRO
Rua Gessyr Gonçalves Fontes, 115
Tel.: (21) 2755-7665 / 2755-7666
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
NITERÓI
CENTRO
Rua José Clemente, 42 – Loja
Tel.: (21) 2620-1200 / 2620-1054
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 15:00h.
RIO DE JANEIRO
MADUREIRA
Av. Min. Edgar Romero, 72
Tel.: (21) 3390-5010 / 3390-0396
De segunda a sexta-feira das 07:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h.
MADUREIRA
Rua Dagmar da Fonseca, 19
Tel.: (21) 2450-1684 / 2489-4184
De segunda a sexta-feira das 07:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h.
CAMPO GRANDE
Rua Coronel Agostinho, 153
Tel.: (21) 2415-2968 / 3394-2565
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h.
COPACABANA
Av. N. Sra. de Copacabana, 656
Tel.: (21) 2255-0529 / 2255-1770
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 20:00h,
domingos das 09:00h às 15:00h.
COPACABANA
Rua Barata Ribeiro, 157
Tel.: (21) 2541-8845 / 2244-0180
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sàbados das 08:00h às 18:00h.
BANGU
Rua Silva Cardoso, 229 A
Tel.: (21) 2401-8152 / 2401-8266
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
20:00h e sábados das 08:00h às 18:00h.
CENTRO
Rua da Ajuda, 35 lojas B e C
Tel.: 2533-2715 / 2533-2717
De segunda a sexta-feira das 07:00h às
20:00h.
NILÓPOLIS
CENTRO
Av. Getúlio Vargas, 1476
Tel.: (21) 3760-2811 / 3762-3582
De segunda a sexta-feira das 07:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 19:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
CENTRO
Avenida Mirandela, 35
Tel.: (21) 3760-0745 / 3761-7171
De segunda a sexta-feira das 08:00h às
21:00h e sábados das 08:00h às 19:00h,
domingos das 08:00h às 14:00h.
GALANTI EM CASA:
0800-0213768 (Volta Redonda e Petrópolis)
4002-3768 (Rio e Grande Rio)
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