MITOLOGIA - filosofia - edenilsonrobson

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MITOLOGIA, narrativas que envolvem deuses, semideuses e heróis da Antiguidade. Conjunto de mitos de um povo, de uma
religião e de uma civilização. Nos tempos primitivos, cada sociedade desenvolvia os próprios mitos, que tinham um papel
importante na vida religiosa desses grupos. A maior parte dos mitos diz respeito a divindades que possuem poderes sobrenaturais.
Porém, muitos deuses e heróis da mitologia têm caracterÃsticas humanas. Durante milhares de anos, os mitos inspiraram
artistas na criação de obras-primas da arquitetura, literatura, música, pintura e escultura.
De Que Tratam os Mitos. Em sua maioria, eles podem ser divididos em dois grupos: os mitos da criação e os mitos
explicativos. Os mitos da criação tentam explicar a origem do mundo, o surgimento do homem e o nascimento dos deuses. Os
mitos explicativos tratam dos processos ou acontecimentos naturais.
Os nórdicos, que viviam na Escandinávia medieval, acreditavam que o deus Thor produzia o trovão e o raio, atirando um
martelo em seus inimigos. Os antigos gregos acreditavam que o relâmpago era uma arma usada pelo deus Zeus. Algumas
sociedades criaram mitos para explicar a formação e as caracterÃsticas de acidentes geográficos.
Os Seres MÃticos. Apesar dos seus poderes sobrenaturais, muitos deuses e deusas nasciam, apaixonavam-se, combatiam entre si
e se comportavam de forma geral como seus adoradores humanos. Outro grupo de seres mÃticos inclui deuses e deusas que se
parecem com animais. Alguns seres mÃticos não eram nem inteiramente humanos, nem animais.
Muitos mitos tratam do relacionamento entre deuses e mortais. Alguns mortais mÃticos têm um pai divino e uma mãe mortal.
São chamados heróis. As histórias sobre esses personagens são denominadas epopéias.
Lugares MÃticos. Certos mitos descrevem lugares onde vivem demônios, deuses e deusas ou as almas dos mortos. A maioria
deles fica no céu ou no cume de uma montanha elevada. Os lugares mÃticos existem na mitologia da maioria dos povos. Os
gregos acreditavam que seus deuses viviam num Monte Olimpo mÃtico que se erguia acima do Monte Olimpo visÃvel, ao norte
da Grécia. Os esquimós acreditam que a deusa Sedna vive em um mundo debaixo do oceano.
SÃmbolos MÃticos. Os homens sempre usaram muitos sÃmbolos para ajudar a explicar o mundo. Os gregos simbolizavam o
Sol como o deus Hélio dirigindo um carro em chamas pelo céu. Os egÃpcios representavam o Sol como um barco. Na
mitologia da Babilônia, o herói Gilgamesh procurou uma erva especial que tornava imortal quem a consumisse.
Alguns povos adotaram a serpente como sÃmbolo da saúde, pois acreditavam que, ao trocar de pele, ela voltava a ser jovem e
saudável. Os gregos retratavam Asclépio, o deus da medicina, segurando um bastão com uma serpente enrolada em volta
dele. Hoje, a profissão médica é simbolizada por esses dois Ãcones.
MITOLOGIA EGÕPCIA
O rio Nilo tem um papel importante na mitologia egÃpcia. Ao correr do sul para o norte, cortando o Egito, o rio cria uma estreita
faixa de terra fértil no meio de um grande deserto. O extremo contraste entre a fertilidade ao longo do Nilo e a terra
improdutiva do deserto tornou-se um tema básico da mitologia egÃpcia.
A Grande Enéade. As mais antigas informações sobre a mitologia egÃpcia vêm dos hieróglifos que ornamentam os
muros dos túmulos, como as câmaras funerárias nas pirâmides. Esses escritos das pirâmides e outros documentos relatam
que, entre meados de 3200 e 2250 a.C., os egÃpcios acreditavam em uma famÃlia de nove deuses, que se tornou conhecida como
a Grande Enéade - termo originado da palavra grega ennea, que significa nove. Os nove deuses da Grande Enéade eram
Aton, Chu e Tefnut, Geb e Nut, OsÃris, Õsis, Néftis e Hórus. O termo Enéade passou a indicar também outras
deidades. Uma delas era Nun, que simbolizava um grande oceano que existia antes da criação da Terra e dos céus. Outra
era o deus-sol Rá, considerado governante do mundo e primeiro faraó divino.
O primeiro deus da Grande Enéade era Aton, às vezes identificado com o sol poente. Aton também representava a fonte de
todos os deuses e de todas as coisas vivas. Rá gerou um casal de gêmeos, Chu e sua irmã Tefnut. Chu era o deus do ar, que
existia entre o céu e a Terra. Tefnut era a deusa do orvalho. Chu e Tefnut se casaram e também tiveram gêmeos, Geb e sua
irmã Nut. Geb era o deus da Terra e faraó do Egito. Nut representava os céus. Geb e Nut se casaram, mas Rá se opôs
à união e ordenou ao pai deles, Chu, que erguesse Nut aos céus, separando-a de Geb. A iniciativa de Chu separou o céu
da Terra. Como Nut tinha pintas espalhadas pelo corpo, estas deram origem às estrelas.
O Mito de OsÃris. Apesar de separados, Geb e Nut tiveram vários filhos. Entre eles figuram OsÃris, Õsis e Set.
Originalmente, OsÃris pode ter sido deus da vegetação, especialmente das plantas que crescem em terras férteis ao longo
do Nilo. A deusa Õsis pode ter representado a fertilidade feminina. Set era o deus do deserto.
Geb se retirou para o céu. OsÃris se tornou, então, faraó e tomou Õsis como sua rainha. Set ficou com ciúmes de OsÃris
e o matou. Em algumas versões desse mito, Set cortou o corpo de OsÃris em pedaços, colocou-os em uma caixa, que deixou
flutuar no Nilo. Õsis recusou-se a aceitar a morte do marido. Procurou os restos mortais de OsÃris com a ajuda de sua irmã
Néftis e de vários outros deuses e deusas. Depois, reconstituiu o corpo, devolvendo OsÃris à vida. OsÃris tornou-se,
então, deus da vida após a morte. Os egÃpcios acreditavam que se OsÃris podia triunfar sobre a morte, os seres humanos
também poderiam fazê-lo.
Set tornou-se faraó do Egito depois de matar OsÃris. No entanto, Hórus, filho de OsÃris e de Õsis, depôs Set e se tornou
faraó. Assim, as forças da vegetação e da criação - simbolizadas por OsÃris, Õsis e Hórus - triunfaram sobre as
forças do mal, simbolizadas por Set.
Outras Divindades EgÃpcias incluem Hator, mulher de Hórus, Anúbis, Ftás e Tot. Hator tornou-se a protetora de todas as
criaturas femininas. Anúbis acompanhava os mortos até a entrada do outro mundo, tendo ajudado OsÃris a voltar à vida. Os
egÃpcios também acreditavam que Anúbis tinha sido o inventor de seus elaborados rituais funerários e dos processos de
enterro. Ftás inventou as artes; Tot, a escrita e os rituais mágicos. Também ajudou a trazer OsÃris de volta à vida.
Muitos animais aparecem na mitologia egÃpcia. O falcão era consagrado a Hórus. O escaravelho simbolizava Rá. Os egÃpcios consideravam o gato e o crocodilo animais sagrados.
Entre 1570 e 1090 a.C., várias divindades tornaram-se tão importantes quanto os deuses e deusas da Enéade. O maior
desses deuses era Amon. Sua seita se centralizava originalmente em Tebas. Com o correr do tempo, Amon foi sendo identificado
com Rá e ficou conhecido como Amon-Rá.
MITOLOGIA GREGA
O mais antigo registro da mitologia grega vem das tábuas de argila que datam da civilização micênica, que alcançou seu
apogeu entre 1450 e 1200 a.C. Essa civilização consistia em várias cidades-Estado na Grécia. As tábuas de argila
descrevem o principal deus micênico como sendo Posêidon. Ele reapareceria na mitologia grega posterior como uma figura
importante. Zeus, que mais tarde se tornou o principal deus da mitologia grega, tinha um papel menor nos mitos micênicos.
Durante o séc. XII a.C., os dórios, que viviam no noroeste da Grécia, conquistaram os micenenses. A invasão dórica
terminou com a civilização micênica e teve inÃcio o perÃodo que é geralmente chamado de era do obscurantismo da
Grécia Antiga. Durante esse perÃodo de 400 anos, a mitologia dórica e a micênica combinaram-se, formando a mitologia
grega clássica.
As fontes básicas para a mitologia grega clássica são a Teogonia de HesÃodo e a IlÃada e a Odisséia de Homero, que
datam aproximadamente do séc. VIII a.C. HesÃodo e Homero estão entre os maiores poetas da Grécia Antiga. A
Teogonia, a IlÃada e a Odisséia contêm a maior parte dos personagens e temas da mitologia grega.
O Mito da Criação. A Teogonia contém o mito grego mais importante. Como relata, o Universo começou em um estado
de vazio chamado Caos. A divindade Gaia, ou Terra, ergueu-se do Caos. Imediatamente deu à luz Urano, que se tornou rei do
céu. Gaia casou-se com Urano, gerando filhos que foram chamados de Titãs.
Urano temia seus filhos e os prendeu dentro do enorme corpo de Gaia. Esta ficou ressentida com o aprisionamento de seus filhos
e conspirou com Crono, o Titã mais jovem, contra Urano. Usando uma foice dada por Gaia, Crono atacou Urano e o tornou
incapaz de gerar filhos. Em seguida, Crono libertou os Titãs de dentro de Gaia. Como Urano não podia mais gerar filhos,
Crono se tornou o rei do céu. Durante o seu reinado, o trabalho de criar o mundo continuou. Milhares de divindades nasceram,
inclusive os deuses e deusas da morte, da noite, do arco-Ãris, dos rios e do sono.
Crono casou-se com sua irmã Réia, que lhe deu três filhas e três filhos. Crono, no entanto, tinha medo de ser deposto por
seus filhos. Por isso engoliu seus cinco primeiros herdeiros assim que eles nasceram. Para salvar seu sexto filho, Zeus, Réia
enganou Crono, fazendo-o engolir uma pedra embrulhada em roupas de bebê, e escondeu a criança na ilha de Creta. Depois
que Zeus cresceu, voltou para desafiar o pai. Induziu Crono a beber uma substância que o fez vomitar os cinco filhos. Todos
tinham se tornado adultos e foram comandados por Zeus numa guerra contra Crono e os outros Titãs. Zeus e seus seguidores
saÃram vencedores do conflito. Exilaram os Titãs para o Tártaro, uma região escura nas profundezas da terra. Os deuses e
deusas vitoriosos escolheram Zeus como seu governante e concordaram em viver com ele no Monte Olimpo. As divindades que
viviam lá se tornaram conhecidas como deuses olÃmpicos.
As Divindades Gregas podem ser divididas em vários grupos. O mais antigo era o dos Titãs, liderado por Crono. O grupo
mais poderoso era o dos deuses olÃmpicos. Havia várias classes de divindades entre os deuses olÃmpicos. A classe superior era
composta de seis deuses e seis deusas: Zeus, o governante de todos os deuses; Apolo, deus da música, da poesia e da pureza;
Ares, deus da guerra; Hefesto, ferreiro dos deuses; Hermes, mensageiro dos deuses; e Posêidon, deus dos terremotos e do
oceano. As deusas eram Atena, deusa da sabedoria e da guerra; Afrodite, deusa do amor; Õrtemis, irmã gêmea de Apolo e
deusa da caça; Deméter, deusa da agricultura; Hera, irmã e mulher de Zeus; e Héstia, deusa da lareira e do seu fogo.
Três deuses importantes se associaram aos 12 olÃmpicos: Hades, soberano dos infernos e irmão de Zeus; Dioniso, deus do
vinho e do comportamento selvagem; e Pã, deus da floresta e dos pastos.
Havia vários grupos de divindades menores na mitologia grega. Belas jovens chamadas ninfas guardavam várias partes da
natureza. As ninfas chamadas drÃades viviam na floresta e as chamadas nereidas viviam no mar. Três deusas chamadas Parcas
controlavam o destino de cada homem. As musas eram nove deusas de várias artes e ciências.
A mitologia grega também tem um certo número de seres chamados semideuses, em parte divinos e em parte mortais.
Héracles (chamado de Hércules pelos romanos) era provavelmente o semideus mais importante. Simbolizava a força e a
resistência fÃsica. Outro semideus, Orfeu, tornou-se conhecido por seu belo canto.
Quase todos os deuses, deusas, semideuses e outras divindades gregas se tornaram objeto de cultos especÃficos. Muitos deles
estavam associados a determinadas cidades. O povo de Delfos, cidade famosa por seu oráculo, tinha um culto especial a Apolo.
Os cidadãos de Atenas viam em Atena sua protetora. Éfeso se tornou o centro do culto de Õrtemis. O Templo de
Õrtemis, em Éfeso, é uma das sete maravilhas do mundo.
Os Heróis se tornaram quase tão importantes na mitologia grega quanto as divindades. Nasciam, envelheciam e morriam. No
entanto, ainda assim estavam associados aos deuses. A maioria dos heróis e heroÃnas gregos pode ser dividida em dois grupos
principais. O primeiro surgiu antes do inÃcio da Guerra de Tróia, em 1194 a.C., e o segundo lutou nessa guerra.
Os heróis mais famosos anteriores à Guerra de Tróia foram Jasão, Teseu e Édipo. Jasão comandou um grupo de
heróis chamados Argonautas, que procuravam o fabuloso Velo de Ouro, a pura lã de ouro de um carneiro sagrado. Teseu
matou o Minotauro, um monstro com corpo de homem e cabeça de touro. Édipo, rei de Tebas, sem o saber, matou seu pai e
se casou com a mãe. A história de Édipo é um tema popular entre artistas e escritores há mais de 2 mil anos.
A Guerra de Tróia foi travada entre a Grécia e a cidade de Tróia. O conflito começou depois que Helena, mulher do rei de
Esparta, fugiu para Tróia com Páris, filho do rei troiano. Os gregos organizaram um exército para atacar Tróia e conduzir
Helena de volta à Grécia. Os heróis gregos que participaram da Guerra de Tróia foram, entre outros, Agamênon, o
comandante-em-chefe; Menelau, marido de Helena; e Odisseu, o general que concebeu um plano que levou finalmente à queda
de Tróia. Aquiles era o guerreiro grego mais famoso, e os maiores heróis troianos eram Heitor e Páris. Os deuses e as deusas
participaram da guerra quase tanto quanto os heróis. Quase todos os deuses ficaram do lado dos gregos.
MITOLOGIA ROMANA
Os romanos entraram em contato com a cultura grega durante o séc. VIII a.C. e, mais tarde, algumas de suas divindades
começaram a refletir as caracterÃsticas dos deuses e deusas gregos. Porém, antes desse perÃodo, os romanos já tinham
desenvolvido uma mitologia própria. Na verdade, muitas das semelhanças básicas entre as mitologias grega e romana podem
ser atribuÃdas à herança indo-européia, comum à Grécia e a Roma.
Divindades Romanas. Antes de entrarem em contato com a cultura grega, os romanos adoravam três deuses principais Júpiter, Marte e Quirino (trÃade arcaica). Júpiter reinou como deus dos céus e veio a ser identificado com Zeus. Marte era
o deus da guerra. Ocupava um lugar muito mais importante na mitologia romana do que Ares, o deus da guerra na mitologia
grega. Quirino aparentemente representava as pessoas comuns. Os gregos não tinham um deus parecido com ele.
No fim do séc. VI a.C., os romanos começaram a substituir a trÃade arcaica pela trÃade capitolina - Júpiter, Juno e
Minerva. Na nova trÃade, Júpiter continuava a ser o principal deus dos romanos. Eles identificavam Juno com a deusa grega
Hera, e Minerva com Atena.
Entre os séc. VI e II a.C., outras figuras mitológicas apareceram entre os romanos, quase todas baseadas em divindades
gregas. Essas divindades romanas eram Baco (Dioniso para os gregos), Ceres (Deméter para os gregos), Diana (Õrtemis para
os gregos), Mercúrio (Hermes para os gregos), Netuno (Posêidon para os gregos), Plutão (Hades para os gregos), Vênus
(Afrodite para os gregos), Vesta (Héstia para os gregos) e Vulcano (Hefesto para os gregos).
Rômulo e Remo. Em sua mitologia, os romanos tentavam explicar a fundação e a história de sua nação. O melhor
exemplo é a história de Rômulo e Remo, os mÃticos irmãos fundadores da cidade de Roma.
Os antigos romanos acreditavam que Rômulo e Remo fossem gêmeos nascidos de uma mãe mortal e do deus da guerra,
Marte. Logo depois de seu nascimento, foram postos para flutuar no rio Tibre dentro de um cesto. Uma loba encontrou os bebês
e tomou conta deles. Finalmente, um pastor descobriu os gêmeos e os criou até a idade adulta.
Rômulo e Remo decidiram construir uma cidade no lugar do Tibre onde a loba os tinha descoberto. Numa briga, Rômulo, ou
um de seus seguidores, matou Remo. Então, Rômulo fundou Roma, supostamente no ano 753 a.C.
Os Sete Reis. De acordo com a mitologia romana, Rômulo foi o primeiro dos sete reis que governaram Roma desde sua
fundação até o inÃcio do séc. VI a.C. Alguns estudiosos acreditam que esses reis surgiram provavelmente como
divindades que os romanos converteram em personagens históricos. Os reis e os deuses têm muitas semelhanças. Por
exemplo, Rômulo se parece com Júpiter porque ambos eram basicamente governantes e não chefes militares. Túlio HostÃlio se assemelha a Marte.
A Eneida. Durante o séc. III a.C. os romanos tentaram relacionar as origens de seus deuses com os mitos gregos. Por volta da
época do nascimento de Cristo, o poeta romano VirgÃlio escreveu um poema épico chamado Eneida. VirgÃlio tentou
relacionar as origens de Roma com os acontecimentos que se seguiram à destruição de Tróia, incendiada pelos gregos. A
Eneida acompanha as peregrinações do herói troiano Enéias, que escapou ileso da cidade em chamas. Depois de muitas
aventuras, Enéias fundou uma cidade. O filho de Enéias, Arcânio, transferiu mais tarde a cidade para Alba Longa, onde
Rômulo e Remo nasceram. Desse modo, VirgÃlio relacionou a fundação de Roma com a Guerra de Tróia, um
acontecimento importante na mitologia grega.
MITOLOGIA CELTA
Os celtas eram um povo antigo, de origem indo-européia. Entre os séc. V e III a.C, estabeleceram-se na Europa,
especialmente nas Ilhas Britânicas.
A maior parte das informações existentes sobre a mitologia celta se baseia em personagens e acontecimentos das Ilhas
Britânicas, especialmente da Irlanda. Durante a Idade Média, os monges irlandeses preservaram muitos mitos celtas antigos
em várias coleções de manuscritos. A coleção mais importante é o Lebor Gabala (Livro das Conquistas), que traça
a história mÃtica da Irlanda.
Os Ciclos Irlandeses. Grande parte da mitologia celta diz respeito a três importantes ciclos: (1) o ciclo mitológico, (2) o ciclo
de Ulster e (3) o ciclo feniano.
O Ciclo Mitológico está conservado no Lebor Gabala. Descreve o inÃcio do povoamento da Irlanda por invasões sucessivas
de cinco raças sobrenaturais. A raça mais importante era a dos tuatha de Danann.
O Ciclo de Ulster se centraliza na Corte do rei Conchobar, no Ulster, provavelmente antes da época de Cristo. As histórias
contam as aventuras de Cuchulain, um grande herói irlandês que também pode ser considerado um semideus.
O Ciclo Feniano descreve os feitos do herói Finn MacCool, de seu filho Ossian e do bando de guerreiros de Finn, conhecidos
como Fianna.
Mitos Galeses. Duas raças de deuses aparecem na mitologia galesa - os filhos de Don e os filhos de Llyr. Os mitos galeses
mais famosos falam do rei Artur e seus cavaleiros da Távola Redonda. O mÃtico rei Artur era provavelmente inspirado em um
poderoso chefe celta que viveu em Gales durante o séc. VI. Algumas histórias sobre Artur e seus cavaleiros podem remontar
a textos literários galeses tão antigos quanto os Quatro Ramos dos Mabinogi. Uma dessas histórias conta como os cavaleiros
foram à procura do Santo Graal, taça que Jesus Cristo usou na Última Ceia.
MITOLOGIA TEUTÔNICA
A mitologia teutônica consiste nos mitos da Escandinávia e da Alemanha. Algumas vezes é chamada de mitologia nórdica,
por causa dos nórdicos que viveram na Escandinávia durante a Idade Média. As fontes básicas escritas da mitologia
teutônica compreendem duas obras chamadas Edas. Outras informações sobre a mitologia teutônica vêm das lendas
sobre famÃlias e heróis especÃficos das obras literárias e históricas da Idade Média.
A Criação da Vida. De acordo com os Edas, havia dois lugares antes da criação da vida - Muspellsheim, uma terra de
fogo, e Niflheim, uma terra de gelo e névoa. Entre elas ficava Ginnungagap, um grande vazio onde se encontravam o calor e o
gelo. Desse vazio surgiu Ymir, primeiro ser vivo e gigante muito jovem. Logo depois apareceu outra criatura, uma vaca chamada
Audhumla. Ymir se alimentava com o leite de Audhumla. Quando Ymir chegou à idade adulta, dele nasceram mais três seres.
Ele os criou das suas axilas e de uma perna. A primeira famÃlia divina nasceu assim.
Enquanto isso, um segundo gigante, Buri, estava congelado em Niflheim. Audhumla lambeu o gelo que envolvia o corpo de Buri,
libertando-o. Buri criou um filho chamado Bor, que se casou com Bestla. Tiveram três filhos - Odin, Ve e Vili. Os filhos de Bor
e Bestla fundaram a primeira raça de deuses.
A Construção do Mundo. Depois que Odin ficou adulto, comandou seus irmãos num ataque a Ymir e o matou. Odin se
tornou, então, o governante supremo do mundo. Os deuses derrotaram os gigantes em combate, mas aqueles que sobreviveram
planejaram vingança. Odin e seus irmãos construÃram o mundo a partir do corpo de Ymir. Seu sangue se transformou nos
oceanos, suas costelas nas montanhas e sua carne na terra. Os deuses criaram o primeiro homem de uma árvore chamada freixo
e a primeira mulher da árvore chamada olmo. Também construÃram Asgard, que se tornou seu lar celestial. O Valhala, um
grande palácio em Asgard, era o lar dos guerreiros mortos em combate.
Muitos deuses viviam em Asgard. O governante de Asgard era Odin. Thor, o filho mais velho de Odin, era deus do trovão e do
raio. Balder, outro filho de Odin, era o deus da bondade e da harmonia. Havia outros deuses: Bragi, deus da poesia, e Loki, o
filho malvado de um gigante. As deusas mais importantes eram Friga, mulher de Odin; Freia, deusa do amor e da beleza; e Hel,
deusa dos infernos.
Uma árvore, um freixo gigantesco conhecido como Yggdrasil, suportava toda a criação. Em quase todos os relatos sobre
Yggdrasil, a árvore tinha três raÃzes. Uma raiz chegava até Niflheim. Outra crescia até Asgard. A terceira se estendia
até Jotunheim, a terra dos gigantes. Três irmãs chamadas Norns viviam em volta da base da árvore. Controlavam o
passado, o presente e o futuro da humanidade. Uma serpente gigante chamada Nidhoggr vivia perto da raiz em Niflheim. A
serpente era leal à raça dos gigantes vencida por Odin. RoÃa continuamente a raiz para derrubar a árvore e com ela os
deuses.
Heróis Teutônicos. Sigurd, o Matador de Dragão, é provavelmente o herói mais importante da mitologia teutônica.
Aparece numa versão escandinava dos mitos germânicos sobre uma famÃlia real chamada Volsungs. Sigurd se tornou o
modelo para o herói mÃtico germânico Siegfried, que aparece nos Nibelungenlied (Canção dos Nibelungos), um famoso
poema épico germânico da Idade Média. Outros heróis da mitologia teutônica são Starkad, um amigo mortal de Odin,
e o guerreiro dinamarquês Hadding.
O Fim do Mundo. De acordo com a mitologia teutônica, deve haver uma grande batalha chamada Ragnarok. Essa batalha deve
ser travada entre os gigantes comandados por Loki e os deuses e deusas que viviam em Asgard. Todos os deuses, deusas e
gigantes na batalha serão mortos e a Terra será destruÃda pelo fogo. Depois da batalha, Balder renascerá. Com vários
filhos dos deuses mortos, formará uma nova raça de deuses. A raça humana também será recriada. Durante a Ragnarok,
um homem e uma mulher se esconderão numa floresta e dormirão durante toda a batalha. Depois que a terra se tornar
novamente fértil, o casal acordará e começará uma nova raça humana.
MITOLOGIA HINDU
Por volta de 1500 a.C., um povo indo-europeu, os arianos, saiu da Õsia central e invadiu o vale do Indo, no norte da Õndia.
Eles venceram os drávidas, que viviam na região havia pelo menos mil anos. As religiões dos arianos e dos drávidas se
fundiram gradualmente, criando o HinduÃsmo, a principal religião da Õndia atual.
Os Vedas. As mais antigas fontes de mitologia hindu consistem em quatro livros sagrados chamados Vedas - o Rigveda, o
Yajurveda, o Samaveda e o Atharvaveda. Foram escritos provavelmente entre 1200 e 600 a.C. Dos quatro, o Rigveda é o mais
antigo e importante. De acordo com o Rigveda, dois deuses, Mitra e Varuna, governavam o Universo. O seguinte em hierarquia,
mas o primeiro em importância entre os deuses, era o deus guerreiro Indra. Em seguida vinha um casal de gêmeos, os Asvins
ou Cavaleiros, que eram responsáveis pelo bem-estar do mundo.
Brama. Um novo grupo de deuses foi substituindo gradualmente os deuses dos Vedas. A divindade principal era Brama, o
Supremo EspÃrito do Mundo. Os hindus acreditavam que Brama adotava várias formas. As três mais importantes são
Brama, o Criador; Vishnu, o Preservador; e Shiva, o Destruidor.
Vishnu, o deus da vida, talvez seja a mais popular divindade do HinduÃsmo. Os hindus acreditam que Vishnu tenha aparecido
em nove avatares (reencarnações, metamorfoses). Essas formas têm sido animais, humanas e divinas. No futuro, surgirá
um décimo avatar de Vishnu - o de um cavalo branco alado - e destruirá o mal e o pecado deste mundo.
As Epopéias Hindus. A mitologia hindu tem muitos heróis e histórias. A mais importante aparece em dois longos poemas
épicos, o Mahabharata e o Ramaiana. O mais antigo é o Mahabharata. Alguns trechos têm mais de 2.500 anos. De acordo
com a mitologia hindu, Ganesh, deus da sabedoria, escreveu o Mahabharata à medida que ia sendo ditado pelo antigo sábio
hindu Vyasa. O poema descreve um conflito que ocorreu por volta de 1200 a.C. entre dois grupos de primos, os Pandavas e os
Cauravas, para resolver quem iria governar um reino. Grande parte da ação está centralizada em Arjuna, o guerreiro mais
valente entre os Pandavas.
Algum tempo depois de o Mahabharata ter sido escrito, foi-lhe acrescentada a Bhagavad Gita (Canção de Deus). Nela,
Arjuna, ao se preparar para a batalha, discute o significado da vida e da morte com o condutor de seu carro, o deus Krishna, um
avatar de Vishnu.
O Ramaiana, composto talvez nos séc. III ou II a.C., descreve as aventuras de Rama, outro avatar de Vishnu. Ele relata a
procura de Sita, sua noiva, raptada por um demônio, o rei do Ceilão. O Ramaiana se tornou uma importante fonte de
inspiração das artes plásticas, do teatro e da literatura da Indonésia, da Malásia e da Tailândia, assim como da
Õndia.
MITOLOGIA DA OCEANIA
Uma rica tradição mitológica floresceu entre as numerosas culturas das ilhas do oceano PacÃfico até o fim do séc.
XIX, quando muitas das populações se tornaram cristãs. Algumas culturas não-cristãs mantiveram suas mitologias
tradicionais. Além disso, alguns cristãos conservaram partes das mitologias nativas.
Mitos da Criação. Algumas culturas do PacÃfico acreditavam que o céu e a Terra sempre tivessem existido. Essas
culturas, portanto, não desenvolveram mitos sobre a criação do mundo. Algumas dessas culturas acreditavam que o mundo
tivesse sido criado por deuses. Outras culturas achavam que o Universo tivesse surgido lentamente de um grande vazio. De
acordo com esse mito, a Terra e o céu existiram primeiro juntos e depois se separaram. Várias versões desse mito explicam
como aconteceu essa separação. Por exemplo, os maoris da Nova Zelândia têm um mito no qual o céu, Rangi, amava a
Terra, Papa. Rangi e Papa tiveram muitos filhos que eram deuses e que eram esmagados pelo abraço de seus pais. Para
sobreviver, os deuses separaram a Terra do céu.
Divindades da Oceania. Havia muitas semelhanças entre as divindades principais das culturas insulares do PacÃfico. Em
muitas ilhas a população adorava um deus chamado Tangaroa. Para algumas pessoas no Taiti, Tangaroa era um ser humano
que se transformou num deus.
O mais famoso semideus nas ilhas da Polinésia era Maui. De acordo com alguns mitos, Maui criou as ilhas do HavaÃ
pescando-as do fundo do oceano. Uma das ilhas tem seu nome. Os polinésios também acreditavam que foi Maui quem
ensinou os homens a fazer fogo e outras coisas úteis.
A população da Oceania acreditava na existência de seres sobrenaturais pequeninos, semelhantes aos anões e duendes do
folclore europeu. Os havaianos chamavam esses seres de menehune. As populações insulares acreditavam que os menehunes
eram responsáveis por acontecimentos inexplicáveis. Por exemplo, se um trabalhador tivesse terminado um trabalho mais
rápido do que se esperava, atribuÃa-se a rapidez inesperada ao menehune.
Mana. Os habitantes das ilhas consideravam mana uma força impessoal e sobrenatural que fluÃa através dos objetos,
pessoas e lugares. Um homem bem-sucedido numa tarefa difÃcil tinha grande quantidade de mana. Já a derrota de um guerreiro
em combate era um fato que demonstrava que esse guerreiro tinha perdido o mana.
MITOLOGIA AFRICANA
Uma grande variedade de mitologias se desenvolveu entre as numerosas tribos que viviam na Õfrica, ao sul do Saara. Algumas
dessas mitologias são simples e primitivas. Outras são elaboradas e complicadas.
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