Graus académicos garantem acréscimo salarial de 300 mil euros

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ID: 46450900
04-03-2013 | Projectos Especiais
Tiragem: 16903
Pág: IV
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Ocasional
Área: 26,53 x 36,17 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
Em muitas universidades a maiora dos alunos
opta por fazer o mestrado quando
Paulo Figueired
termina a licenciatura.
Graus académicos garantem
acréscimo salarial de 300 mil euros
Mestrados asseguram maior empregabilidade e mais rápida progressão na carreira.
MADALENA QUEIRÓS
[email protected]
S
alários mais altos, maior possibilidade de arranjar emprego e
mais rápidas progressão salarial. Calcula-se que a frequência
num mestrado em Portugal represente um ganho salarial de
300 mil euros ao longo da carreira profissional.
Portugal é dos países onde mais compensa
aprofundar os estudos no ensino superior. Se a
formação que tiver for o mestrado então o ganho salarial e a empregabilidade aumentam
exponencialmente. Um estudo recente sobre
a empregabilidade dos diplomados da Universidade Nova de Lisboa revela que o desemprego desce para um terço, quando se tira o mestrado, e os salários sobem.
Se está a acabar a licenciatura e não sabe se
deve continuar a estudar. Se a sua preocupação é arranjar emprego, saiba que tirar o mestrado aumenta substancialmente a sua possibilidade de conseguir entrar no mercado de
trabalho. O primeiro estudo exaustivo sobre
empregabilidade dos diplomados pré e pósBolonha, feito pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), apresenta dados inquestionáveis.
Ter um mestrado reduz a um terço o risco de
ficar desempregado.
Se entre os licenciados da UNL, a taxa de desemprego é de 10,2%, entre os mestres essa
percentagem cai para 3,3%, um ano depois de
concluírem a licenciatura (diplomados em
2008/09). Se dúvidas houvesse sobre a empregabilidade das novas licenciaturas de três
anos, os resultados deste inquérito, que analisou as respostas de cerca de 2/3 dos diplomados da Nova, mostram que os licenciados têm
o triplo da taxa de desemprego dos mestres, 12
meses depois de terminarem a sua graduação.
Mas a crise está também a demonstrar uma
outra tendência que é a subida do desemprego
entre os diplomados. Se 96% dos diplomados
no ano lectivo 2004/05, um ano depois de terminarem o curso já tinham emprego, esta
percentagem desce para os 89% entre os que
terminaram o curso em 2008/09.
Certo é que o estudo da Universidade Nova de
Lisboa, elaborado pelo Observatório de Inserção Profissional dos Diplomados da Universidade Nova de Lisboa (OBIPNOVA), demonstra
que a taxa de empregabilidade aumenta à medida que se vai subindo na escala dos graus
académicos. Aliás, dados que são também
confirmados por estudos elaborados por outras universidades.
A Universidade do Minho, por exemplo, assegura que a empregabilidade dos mestres é superior à dos licenciados. Também o ISCTE,
num recente estudo, revela que 70% dos seus
alunos escolhe prosseguir para o 2º ciclo. Um
ano após terminarem, 97% já tinham emprego. Na Católica-Lisbon, cerca de 86% dos estudantes do mestrado em Gestão e Economia
tinham emprego mesmo antes de terminarem
o curso, e todos estavam a trabalhar três meses após concluírem a sua formação. O ISEG
revela que “desde a implementação do Processo de Bolonha, têm aumentado exponencialmente o número de empresas que pedem
como requisito mínimo, o grau de mestre”. Já
a Faculdade de Economia revela que 63 % dos
alunos de mestrado são colocados antes do
fim do curso e mais de 92% até seis meses depois da sua conclusão.
Na Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto, por exemplo, cerca de 82% dos mestres que se licenciaram em 2010 estão a trabalhar e 4% decidiram prosseguir os estudos. ■
Salários
mais altos
Para além de uma mais
fácil inserção no mercado
de trabalho, os mestres
conseguem
remunerações
superiores, segundo o
estudo da Universidade
Nova de Lisboa,
elaborado pelo
Observatório de Inserção
Profissional dos
Diplomados da
Universidade Nova de
Lisboa (OBIPNOVA),
coordenado por Miguel
Chaves e Mariana Gaio
Alves.
Um ano depois de
terminar o 2º ciclo, um
mestre consegue um
rendimento médio de
1.246 euros, enquanto um
licenciado consegue
apenas 894 euros. Já nos
doutorados o rendimento
chega aos 1.768 euros.
Também Guilherme
Almeida Brito, director de
mestrados da Católica
Lisbon, afirma que “os
salários médios iniciais
dos alunos de mestrado
são significativamente
superiores aos dos alunos
de licenciatura”.
O mercado está a reagir
bem aos novos mestres,
pós Bolonha, mantendo
taxas de empregabilidade
elevadas e salários
superiores.
04-03-2013 | Projectos Especiais
Pág: I
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Ocasional
Área: 26,89 x 22,81 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 2
Paulo Alexandre Coelho
ID: 46450900
Tiragem: 16903
Mestrados garantem salários
mais altos e mais emprego
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