Melhoramento genético do algodoeiro na visão

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CONGRESSO
BRASILEIRO
DO ALGODÃO
Uberlândia - 13 a 16 de agosto de 2007
Melhoramento genético do
algodoeiro na visão do CIRAD
Jean Louis Bélot
CIRAD/ COODETEC
[email protected]
Alguns elementos para alimentar o debate.
Olhar externo nos programas de
melhoramento genético do Brasil
1. Lei de Protecção das cultivares
Desenvolvimento de programas privados de melhoramento do
algodoeiro:
Delta & Pine Land, Stoneville, CSD/ Bayer, Fundação MT,
BS Genética e Melhoramento, L D Melhoramento de Plantas etc.
+
Programas públicos (Embrapa, IAC, IAPAR, Epamig) ou
cooperativistas (Coodetec).
Consequências muito positivas em termo de oferta varietal:
+/- 10 cultivares no período 1990-97
mais de 30 cultivares em 1997-2004
Hoje, 58 variedades de algodão protegidas no SNPC no Brasil.
2. Tamanho do mercado de sementes
1 Mil de há, em crescimento.
Mais sementes próprias e piratas.
Tamanho real do mercado muito menor.
Csq: quantas empresas de melhoramento podem sobreviver com
um mercado de este tamanho?
3. Características da cotonicultura no cerrado
Enfrenta problemas fitopatológicos (bactéria, fungo, vírus
e nematoides) muito importantes.
Csq para os programas de melhoramento do Brasil:
Agregar numerosos genes e alelos de tolerância e/ou de
resistência a estes bio agressores.
Pb: recombinação de todos estes factores genéticos
favoráveis numa mesma planta é muito baixa. Para ter a
possibilidade de obter esta “planta ideal” num programa
de melhoramento, precisa trabalhar grande volume de
material.
Consequência:
alto poder competitivo das empresas privadas de grande
porte: Monsanto/DP; Bayer/Stoneville; Fundação MT e
pública como Embrapa.
Programas de melhoramento de porte médio ou pequeno,
público ou privado (Coodetec, BS Genética e Melhoramento,
LD Melhoramento de Plantas, IAC, IAPAR, EPAMIG) com
pouca força, sobrevivência difícil.
4. Chegada dos transgênicos:
Aumento das distorções entre as empresas de
melhoramento devido a:
* +/- facilidade acesso aos “traits”
* Custo da “conversão”
* Custo da qualidade da multiplicação de semente
etc….
Desafios para o melhoramento genético no Brasil:
A- Em outros países, com menos problemas fitopatológicos,
existe alto grau de organização, coordenação dos esforços, e
canalização dos recursos financeiros para trabalhar a
resolver estes problemas.
Ex: “levantamento anual” das principais doenças à nível dos
produtores.
Nortear os trabalhos de pesquisa,
Avaliar a adopção das técnicas de manejo das doenças
Avaliar os avanços do melhoramento genético.
Desafios para o melhoramento genético no Brasil:
B- Trabalhos “básicos”
Numerosas equipes de pesquisa das Universidades para
conduzir trabalhos fundamentais:
Ex: Texas A&M
Transferência em algodão Upland do gene de resistência ao
Rotylenchulus do G. longicalix.
Desafios para o melhoramento genético no Brasil:
C- Intercambio de germoplasma e de informação entre
instituições p/r assegurar o progresso genético.
D- Como aumentar ou preservar a diversidade genética das
variedades?
Desafios para o melhoramento genético no Brasil:
Quais mecanismos para manter os pequenos programas de
melhoramento genéticos, principalmente públicos, que
contribuem para manter esta diversidade genética?
Fontes importantes de genitores para os outros programas
ou
alternativas importantes no caso de surgimento de novos
patógenos no cultivo algodoeiro
Desafios para o melhoramento genético no Brasil:
E- A variedade no sistema de cultivo
Cultivar nunca vai resolver sozinha os problemas
fitopatológicos, nem o manejo inadequado da cultura.
Melhoramento genético a realizar
em conjunto com o melhoramento
dos sistemas de cultivo.
Genótipo x doenças folhares
Condição de alimentação nitrogenada
e em Silício pode ser determinante no
comportamento de uma cultivar frente
as doenças.
Csq: alguns cultivares, com baixas
tolerâncias a algumas doenças poderiam
ser usados , quando manejados em
sistemas de cultivo adaptados.
Obrigado
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