Jornal Informa vo e de Treinamento sobre Marke ng Mul nível – Ano VIII – Nº 63 - Março/Abril de 2016 - Preço: 5,90 Acesse o site: www.jornalloucospormarke ng.com.br SEUS DIREITOS NO MARKETING MULTINIVEL A pergunta que não quer calar: se não existe ainda no Brasil uma regulamentação da atividade de mkt. multinível, quais os critérios em que um juiz deve se basear para julgar um embate jurídico no setor? Este artigo do prof. universitário Dr. Alysson Santos aponta para o arsenal jurídico disponível hoje para julgar divergências envolvendo distribuidores x líderes x empresas. Páginas 9 a 12 ENTREVISTA UP Essência, agora sob nova direção N esta entrevista o novo CEO da UP Essência, Clarel JR, conta tudo sobre a mudança no comando do império fundado em 2008 por seu pai, Clarel Lopes. Página 6 Petróleo Ipiranga rompe com Fuel Age A Petróleo Ipiranga emitiu nota comunicando o cancelamento de todo e qualquer relacionamento comercial – incluindo o cancelamento dos cartões Ipiranga Frotas já emitidos- com a Fuel Age, por suspeita de formação de pirâmide e esquema Ponzi. Leia a nota na página 13. Oceanic expulsa piramideiros e abre dia 20 Jota Quest no lançamento da Jeunesse S erá em local nobre de São Paulo no dia 20 de março a abertura oficial da Oceanic, de Curitiba, após período de prémarketing e após ter expulso da rede grupo de piramideiros, golpistas conhecidos. Página 8 C om show da banda Jota Quest, (foto) a americana Jeunesse inaugura oficialmente a operação brasileira em abril. A empresa incorporou a antiga MonaVie. Página 5 N ap róxima e diçã ão Na próxima edição Estreias SAULO COELHO NANCY PATUSCO Treinador e Coach, em ar go exclusivo Esmeralda da Amway em Portugal em entrevista exclusiva Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 1 Direto da Redação N Seus direitos a matéria de capa nesta edição, um olhar sobre o panorama jurídico com os recursos disponíveis atualmente para julgar eventuais processos envolvendo distribuidores, seus líderes e as empresas. Este artigo/ensaio é como uma luz no fim do túnel, enquanto não existe uma regulamentação da atividade de marketing multinível. O ano de 2016 promete, onde até a banda Jota Quest participa, fazendo show no lançamento da Jeunesse. É demolidora a nota da Ipiranga, que você vai ler na página 13, esquivando-se de participar de empresa suspeita de esquema Ponzi, que utilizava seu nome apresentando-a como parceira. Boa leitura! O editor Expediente Publicação bimestral produzida pela Comunigraf Editora - CNPJ 01060404/0001-33 Jornalistas responsáveis: Carlos Garcia DRT-PE 365 e Olbiano Silveira DRT-PE 626 Editoração eletrônica: Lourdes Duarte - [email protected] Editor: Paulo de Tarso Aragão - E-mail: [email protected] * Colunistas: Arnaldo Silva - Edson Frank das Flores Gatto - Lair Ribeiro - Leila Navarro - Paulo de Tarso Aragão – Roberto Shinyashiki – Wanderley Lourenço * Secretária-Executiva: Dinah Duarte de Lucena Aragão * Secretários-Assistentes: Dennis Edward Lucena de Oliveira e David Wesley Lucena de Oliveira * Assessor Especial: Douglas Vinícius Lucena de Oliveira. * Coordenadora de Logística: Denise Duarte Lucena de Oliveira. * Coordenadora de Expedição: Judite Duarte de Lucena Endereço para correspondência: Praça Floriano, 55 - Conj. 807 - Cinelândia , CEP: 20031-050 - Rio de Janeiro-RJ. Telefones: (021) 2524-0236 - E-mail: [email protected] As colunas e matérias assinadas não refletem, necessariamente, a posição do jornal. 2 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // Março de 2016 ABEVD: cresce número de revendedores nas Vendas Diretas em 2015 A ABEVD - órgão máximo das vendas diretas no Brasil- divulgou em comunicado à imprensa os primeiros resultados do setor em 2015. O setor de vendas diretas movimentou R$ 41,3 bilhões no ano passado, segundo a ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas). Na comparação com 2014, o setor apresentou uma leve queda de 0,8%. Em números de revende- dores, porém, houve aumento de 3,6% no ano passado, frente ao ano anterior. Ao todo, 4,6 milhões de pessoas fazem revenda de produtos no sistema “porta a porta” no País. “O setor de vendas diretas tem se mostrado receptivo e atraente para absorver cada vez mais pessoas, pois possibilita oportunidades reais para quem deseja empreender e também se mostra uma importante alter- nativa de renda”, explicou, em nota, Roberta Kuruzu, diretora executiva da Associação (foto). “Apesar do consumo privado e o PIB terem registrado quedas acentuadas em 2015, o volume de negócios na atividade de vendas diretas se manteve estável, o que representa um bom resultado tendo em vista a situação macroeconômica do Brasil no ano de 2015”, completa Kuruzu. Inauguração da Nova Sede Akmos $$NPRVLU£rHFHEHUFRQYLGDGRVrHQRPDGRVGR VHJPHQWRQRFRTXHWHOGHLQDXJXUD©¥R Na Edição anterior do LPM, ͤQDOL]DPRV XPD PDW«ULD VREre a $NPRV FRP a VHJXLQWH IUDVH ̸2V SODQRV para 2016 V¥R DXGDFLRVRV e parHFHP HVWDU EHP prRMHWDGRV VDPRV ver o que vHPSRUD¯̹ 1HVWH PHrcado tão PoYLPHQWDGR e DSµV HVWUDW«JLD certeira de PXGDU VXD JHVW¥R rHSDJLQDU VXD OLQKD de prRGXWRV GHVHQvROver novRV e rHHVWUXWXUDU VHX prRJUDPD de incentivo entrHJDQGR DRV VHXV O¯GHrHV carrRV de OXxo FRPR Toyota CorROOD Ford FXVLRQ MerFHGHV e Land Rover Evoque, a $NPRV VH prepara para a LQDXJXUD©¥RGHVXDQovD6HGH E parece que a Diretoria não HFRQRPL]RX $SµV RVWHQWDU XP crHVFLPHQWR FRQVROLGDGR HP IDWXUDPHQWR VXSHULRU à 250% HP 2015, e XP VDOWR de PDLV de 50% Vµ QRV GRLV SULPHLrRV PHVHV GHVWH ano, a Diretoria $NPRV rHDOL]ou XP DOWR invHVWLPHQWR na HVWUXWXUD para rHFHEHU RV SULQFLSDLV O¯GHrHV do EUDVLO HP XP FRTXHWHOGHDOWROXxRSDUDDLQDXJXUD©¥RGD1ovD6HGH$NPRV /RFDOL]DGD no (VWDGR de 0LQDV *HUDLV HP XPD GDV árHDV PDLV QRErHV de &RQWDJHP a nova VHGH da FRPSDQKLD contará FRP XPD LQIUDHVWUXWXUD PRGHUQD de padrão LQWHUQDFLRQDO onde WHFQRORJLD e conforto HVWDU¥R à GLVSRVL©¥R de VHXV O¯GHrHV O HVSD©RFRQWDU£FRPVDODVGHrHXQL·HVEHPSrRMHWDGDVVDODGH Diretoria Akmos Embaixadora Solange Frazão trHLQDPHQWRV auditório FRP ORXQJe, DO«P de XPD FranquiDV $NPRV onde HVWDU¥R à venda RV produtRV rHSDJLQDGRV da FRPSDQKLDHRVODQ©DPHQWRV O coquetHO de LQDXJXração da nova VHGH $NPRV rHFHEHU£ a PXVD ͤWQHVV 6RODQJH FUD]¥R HPEDL[DGRUD da PDrFD (P rHVSRVWD ao LPM, Moacir 'LQL] diretor de Network e XP GRV fundadorHV da $NPRVGHPRQVWrRXRVHQWLPHQWRGHWRGD'LrHWRULD “Neste ano vamos mostrar ao mercado que a Akmos está preparada para atrair os maiores líderes, especialmente aqueles que querem uma empresa sólida para construir um verdadeiro legado!” O LPM foi convidado e HVWDU£ prHVHQWH para rHJLVWUDU HVWH PRPHQWRGHXPDHPSrHVDTXHrHDOPHQWHvHPVHFRQVROLGDQGR Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 3 Você sabia? CEO da Herbalife comemora resultados E m comunicado à liderança mundial da Herbalife, o CEO Michael Johnson informou: Nós acabamos de reportar um forte fechamento do ano de 2015, retomando o crescimento em volume e superando as expectativas que havíamos definido no início do ano passado. Esta é uma evidência de que estamos bem posicionados em um mercado crescente de estilo de vida saudável, nutrição e bem-estar, e todo o trabalho que vocês tem realizado para expandir o nosso alcance em comunidades ao redor do mundo. Isto reforça a nossa convicção de que estamos no caminho certo para um crescimento contínuo e sustentável. Para o 4º trimestre de 2015, globalmente, reportamos um aumento nos Pontos de Volume em 5%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas líquidas no 4º trimestre foram de US$ 1,1 bilhão, um aumento de 9,7% em moeda local em relação ao mesmo período do ano anterior. Para o acumulado do ano, registramos vendas líquidas de US$ 4,5 bilhões, um aumento de 4,7% em moeda local. Fuxion quer vir ao Brasil, se Anvisa deixar (Business For Home) O CEO do MLM americano de nutrição Fuxion, Alvaro Zuñiga Benavides anunciou em nota para a imprensa que a empresa virá para o Brasil, num “pacote” que inclui também Paraguai, Uruguai e Argentina, entre outros. A Fuxion conquistou a “lenda viva” do D O Executivo e líder de redes multinível nos EUA, ninguém menos que Randy Gage, e começa 2016 com grande apetite. Os produtos são de nutrição, como cafés e chás, incluindo o polêmico Café Ganomax, com ganoderma, componente já proibido no Brasil pela Anvisa, no caso da vinda da ex-Organogold. Flavio Cantanhede deixou a diretoria da Mary Kay abrirá terceiro CD no Brasil epois de Minas Gerais e São Paulo, o MLM americano de beleza Mary Kay instalará seu primeiro centro de distribuição (CD) no Nordeste, em Cabo de Santo Agostinho, na área metropolitana de Recife. No final de fevereiro, representantes da cia. se reuniram com o prefeito Vado da Farmácia para dar detalhes sobre o empreendimento. Está prevista a geração de 80 empregos diretos. Fundada pela sra. Mary Kay Ash, a cia. que leva seu nome tem faturamento anual na casa de US$4 bilhões, com 3,5 milhões de consultoras em mais de 35 países. 4 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // Março de 2016 para assumir projeto pessoal. N Jeunesse realiza evento de lançamento oficial no Brasil o dia 02 de abril de 2016, a Jeunesse realiza o seu evento de abertura oficial no Brasil. Considerada um fenômeno das vendas diretas, a empresa espera um público de mais de 10 mil pessoas no ginásio do Ibirapuera. O evento contará com a forte presença do corporativo da empresa: seus fundadores Randy and Wendy Lewis, Scott Lewis, CVO (Chief Visionary Officer), o Vice-presidente da América Latina, Miguel Beas, o Diretor Geral da Jeunesse Brasil, Marcel Szajubok, entre outros membros do time corporativo internacional e brasileiro. O Grand Launch também terá a participação dos principais líderes da empresa de todo o mundo, convidados especiais, além de um show musical de encerramento com a banda de pop rock, Jota Quest. PRIMEIRO DIAMANTE DA “NOVA” OMNILIFE Vanderlei Mesquita O nº 1 do Brasil é o primeiro qualificado a Diamante Novo plano mundial de marketing começou em fevereiro: * Pagamentos até o infinito * 7 novas formas de ganho (antes eram 2) * Bônus de início rápido: 10% A OmniLife contratou empresa nos EUA para elaborar este novo plano revolucionário (veja nos quadros abaixo) ISTO É OMNILIFE • 30 produtos de saúde • 24 anos de mercado mundial • Entre as 500 maiores empresas do México • Faturamento na casa de US$3 bilhões • 8 lojas próprias no Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Aracaju, São Luís, Marabá (PA), Goiânia e Campo Grande, MS. QUADRO 1 QUADRO 2 Informações: Nº1 Vanderlei Mesquita, que detém 80% do volume no Brasil www.mineradoradediamantes.com.br Fone com Zap: (67)8107-7230 – e-mail: [email protected] Rua Euclides da Cunha, 1372 - Santa Fé- Campo Grande - MS Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 5 ENTREVISTA Clarel Jr. (CEO UP! Essência) Em fevereiro o mundo multinível foi surpreendido com a notícia da troca de comando na UP! Essência. Aposentou-se o fundador Clarel Lopes e assumiu seu filho Clarel Jr., que conversou com o LPM sobre suas ideias no comando do império fundado em 2008 por seu pai. 1 – Como o sr. se sente ao assumir o comando do império UP! idealizado por seu pai? Deu um friozinho na barriga em alguma hora? rrrrsssss... CJR: Tenho muito orgulho de ter participado do início da UP!, juntamente com meu pai, com o Furlan (Diretor Executivo) e o apoio de vários colaboradores que estão conosco desde a nossa fundação. Sem dúvida, cada um contribuiu de uma forma complementar para que pudéssemos chegar aonde chegamos. Não pretendo me comparar com o meu pai, nem ocupar sua importante posição na história da nossa companhia. Pelo contrário, continuaremos promovendo o seu exemplo de superação para inspirar nossa equipe. Quanto ao “frio na barriga”, devo dizer que esta não foi uma decisão repentina. Há vários anos temos nos preparado para implantar uma gestão cada vez mais profissional, aprimorando os processos e fortalecendo o nosso corpo diretivo, de modo que a instituição “UP!” pudesse ter autonomia para crescer sem limites. Hoje, a UP! é muito maior e mais forte do que cada um de nós isoladamente. Temos um conselho diretivo de nível internacional, que me transmite toda a segurança necessária para cumprirmos essa grande missão. vida de sonhos. Quando o multinível é conduzido da maneira correta, proporciona resultados muito positivos na sociedade, mas é preciso evitar o discurso fantasioso do “dinheiro fácil” para construir negócios de valor. Por isso, criamos o conceito de “Marketing de Relacionamento Responsável”. 3 – Na sua visão, “quem foi rei sempre será majestade”? Ou seja, aquela UP gigante de 2009/2010, quando havia menos concorrência, voltará com aquela posição e majestade? CJR: Nem sempre o tamanho significa grandeza e solidez. Quando crescemos e atingimos nossos maiores resultados, não tínhamos a base de sustentação que temos hoje. Tudo aconteceu muito rápido naquela época e nós enfrentamos desafios para os quais não estávamos preparados. Aliás, isso é bastante comum em nosso mercado. Empresas novas que crescem desordenadamente não costumam sobreviver por muito tempo. Nós passamos por isso e nos preparamos para um salto de qualidade que somente as melhores empresas conseguem atingir. Ser a “majestade” ou a “bola da vez” realmente não é nosso objetivo. Não queremos atrair, nem manter oportunistas que não têm compromisso real com o Mais que a realização financeira, fui testemunha da transformação pessoal de muitos dos nossos líderes, que chegaram à UP! sem perspectivas e hoje levam uma vida de sonhos. 2 – Com seu tempo de trabalho na UP, qual a sua visão do negócio de formação de redes em multinível para a criação de riquezas como um todo? CJR: Eu não conhecia a força deste modelo antes da UP!, mas estudei e aprendi muito nos últimos nove anos. Mais que a realização financeira, fui testemunha da transformação pessoal de muitos dos nossos líderes, que chegaram à UP! sem perspectivas e hoje levam uma nosso negócio. Temos um planejamento de crescimento consistente e sustentável para desenvolver bons profissionais e concorrer de igual para igual com as melhores empresas do mundo. 4 – Todos os prognósticos apontam 2016 como o ano do Multinível no Brasil. Como sua nova administração está se preparando para surfar nesta onda? 6 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // Março de 2016 CJR: Ótima pergunta. Ao invés de disputarmos as mesmas pessoas com outras empresas, nós acreditamos cada vez mais que o melhor caminho é estender a Oportunidade UP! a todos os brasileiros que estão em busca de uma alternativa honesta para superarem seus desafios. Milhões de pessoas nunca tiveram contato com o nosso setor e muitas estão saturadas desse discurso de “dinheiro fácil”, mas nós temos algo verdadeiro para oferecer. Esse é o nosso grande trunfo. 5 – Como estão os prognósticos da expansão internacional da UP? CJR: A operação da UP! Peru vem sendo uma experiência muito gratificante, que superou nossas melhores expectativas e já nos trouxe diversos aprendizados. Atualmente, estamos estudando as melhores condições para a abertura de novos mercados, mas não queremos ainda nos comprometer com datas. 6 – Chovem na internet comentários de que pessoas que haviam deixado recentemente a UP estão arrependidas querendo voltar. A sua posição será como a do pai na parábola do filho pródigo ou terá uma posição mais dura? CJR: Sim, isto sempre acontece quando as pessoas estão fragilizadas por algum revés e são induzidas a acreditar que “a grama do vizinho é mais verde”. Não é a primeira vez que tivemos que lidar com esse tipo de situação, nem somos a única empresa a passar por isso, pois o mercado é dinâmico e os Consultores são independentes para fazerem suas escolhas. É óbvio que existem casos e casos, pois tudo depende da maneira como esse relacionamento evolui durante o período de afastamento, mas nós temos uma Comissão Disciplinar atuante que avalia o mérito dessas questões. Quem se arrependeu pode, a qualquer momento, solicitar a revisão do processo. O mais importante é destacar que a UP! tem uma visão de futuro muito clara e pretende se tornar uma das melhores empresas do mundo, perpetuando a sua missão. Para isso, conta com líderes dispostos a fazerem o que é certo, oferecendo uma oportunidade legítima de crescimento pessoal e financeiro. PATROCINADO Convenção Azenka Cosmetics em SP gradua 05 diamantes Partindo do zero de janeiro de 2015 aos incríveis 2 milhões de reais de faturamento em dezembro do mesmo ano, a Azenka Cosmetics realizou festa em SP para comemorar o forte crescimento e premiar seus principais líderes. Ana Paula - Ceará Alexsandro Beraldo - São Paulo Genis Lay Girão - Ceará Márcio Cézar - São Paulo A Azenka Cosmetics é uma marca pertencente ao grupo empresarial Avanty Brands of America INC., que desde 2002 fabrica e distribui produtos cosméticos por todo o Brasil. Sua fábrica própria localiza-se em Fortaleza, Ceará. Adotando o modelo de marketing multinível em 2015, a empresa apostou no mercado popular, oferecendo produtos de qualidade com preços abaixo da concorrência, além de um plano de marketing acessível e lucrativo que agrada a todos. Em março de 2016, a empresa atingiu a marca de 40 mil afiliados. Sendo destes: 881 executivos. 91 Master executivos. 18 Senior executivos. 27 Top A Manoel Messias - São Paulo leaders e 05 diamantes: Alexsandro Beraldo (SP), Ana Paula (CE), Genis Lay (CE), Manoel Messias (SP) e Márcio Cézar (SP). Outro fator importante para o rápido crescimento da Azenka Cosmetics foi a forte expansão de suas mini franquias e CDs. Já são mais de 300 pontos de apoio espalhados por todo o Brasil, o que facilita o desenvolvimento do trabalho de seus afiliados. Para 2016, a empresa traz inúmeras novidades, sendo a principal delas a construção do seu novo parque fabril na cidade de Itupeva/SP com capacidade de produção para atender 20 vezes mais a sua demanda atual. Palavra do Presidente Adailson Moura gradeço primeiramente a Deus pelo fôlego de vida. Agradeço aos fundadores da Azenka Cosmetics, sr. Alexandro Braga e sra. Giselle Braga. Agradeço aos milhares de afiliados dessa magnífica companhia. Eu acredito nas pessoas e sei o valor da grandeza de um líder. Ter uma grande parte da liderança do marketing multinível do Brasil na Azenka Cosmetics é uma de nossas metas para 2016. Acredito que para uma empresa ser altamente sustentável nesse mercado é necessário também ressaltar o valor do vendedor porta-a-porta, e queremos afirmar para os nossos afiliados que estamos trabalhando para oferecer a melhor oportunidade do Brasil para vocês. Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 7 N Oceanic expulsa piramideiros e inaugura no City Bank Hall em São Paulo o dia 20 de março acontece o lançamento da marca Oceanic em local nobre de São Paulo, o CityBank Hall. O Grand Prime Oceanic será o lançamento oficial do negócio, após bem sucedido período inclusive o sorteio de um carro zero entre os ganhadores da campanha Você Vale Ouro que estiverem presentes. de pré-marketing, quando foi expulso grupo de piramideiros O palestrante convidado é Cloóvis Tavares, criador do conceito Palestra Show. Avon, no mononível, caiu 44% em 2015 Você sabia? O ex-CEO da Maurício Patrocínio, é o novo Consultor especial da conhecidos no mercado. Será um evento para afiliados e seus convidados, onde haverá O último boletim para imprensa da ABEVD revela que a receita da Avon no Brasil caiu 44%, em dólar, no quarto trimestre de 2015, comparado ao mesmo período do ano anterior. Além da desvalorização do real, a empresa 8 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // Março de 2016 informou que houve também redução no valor médio dos pedidos devido ao cenário econômico. Os maus resultados da Avon puxaram para baixo os números das vendas diretas no Brasil em 2015, que apresentaram leve queda de -0,8%. Na contramão destes números, a maioria absoluta das empresas de cosméticos que adotaram o sistema Multinível apresentou crescimento em 2015. A excessão ficou por conta de má administração/gestão em algumas poucas empresas. Sem regulamentação, quais os seus direitos no Marketing Multinível? Por Alysson Santos C aros amigos leitores do Jornal Loucos por Marke ng, tenho sempre a sa sfação de compar lhar um pouco da experiência e dedicação no aprofundamen- E sta temática é de extrema relevância para todos aqueles que enveredaram ou pretendem enveredar pelo mundo do mercado de vendas diretas, seja como empreendedor-distribuidor ou empreendedor-empresário. Essa relação remete a questões de ordem econômica, sociológica, política e jurídica, além de outras possibilidades no mundo multifacetado do conhecimento. Pode-se dizer, numa visão estruturalista e marxista que, estamos diante de uma “luta de classes”, assim como vislumbrada, durante a revolução industrial. Considerando como o operário, o atual distribuidor independente e o industrial, numa versão contemporânea, seria o empresário ou sociedade empresária atuante no mercado de vendas diretas. Todavia, ao iniciarmos considerações jurídicas incidentes sobre essa relação devemos fazer algumas considerações preliminares. A primeira diz respeito à natureza do Contrato que vincula o Distribuidor Independente à Sociedade Empresária ou Empresário de vendas diretas, esta é de tecnologia interempresarial, de maneira geral e por vezes consumerista. Portanto, afasta-se via de regra o conhecido vínculo de emprego, incidência da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Contudo, há sim essa possibilidade de tratamento jurídico, desde que se perceba de fato, conforme o princípio da primazia da realidade, os elementos jurídicos da relação trabalhista, quais sejam: subordinação econômica e hierárquica, onerosidade e pessoalidade. As perguntas que o Juiz do Trabalho faria para detectá-los: Você tem um chefe? Você cumpre horário? Algumas vezes encontramos uma linha tênue que separa a consideração, da desconsideração do vínculo, contudo em regra, as decisões judiciais têm sido em sua esmagadora maioria desfavoráveis à vinculação trabalhista, nos contratos de distribuição envolvendo distribuidores independentes e suas respectivas empresas distribuidoras. Destacamos insistentemente que, se o tratamento jurídico de fato dado ao DISTRIBUIDOR envolvê-lo numa condição de subordinação hierárquica, e este conseguir provar de maneira cabal o alegado, a Pessoa Jurídica contratante dos seus serviços de distribuição independente certamente será condenada por vinculação de contrato de trabalho, devendo assinar a carteira de trabalho, depositar o FGTS, multa e as demais verbas Não se deve confundir políticas de incentivos e indicações motivacionais com o poder de mando do empregador... por se considerar o DISTRIBUIDOR um autônomo, desprovido de qualquer vinculação diretiva ou hierárquica. De modo que, em regra não teríamos a rescisórias decorrentes de um contrato de trabalho, regulado pela CLT. Neste sentido, poderá também o Distribuidor, em relação ao seu patrocinado (down – E-mail: [email protected] to das questões jurídicas, especialmente aquelas que envolvem a relação entre Distribuidores e Empresas de Venda Direta em nosso país. line), caso exerça aquele algum poder diretivo e hierárquico sobre este, submeter-se a uma condenação na Justiça do Trabalho, por vinculação trabalhista. Assim, emerge uma dúvida. Como proteger-me de tal situação? Seja você distribuidor ou empresário? A proteção de fato nasce da relação contratual, que deve ser em nível formal e factual, correspondente ao tratamento jurídico de um autônomo. Não se deve confundir políticas de incentivos e indicações motivacionais com o poder de mando do empregador, deixando o distribuidor numa condição de subordinado, desprovido de qualquer autonomia de trabalho. O Plano de Carreira bem feito divulgado previamente, juntamente com as pre- miações é um excelente instrumento protetivo, pois evita que uma diretriz geral que deverá promover a ação voluntária, transforme-se numa ordem irrefutável dada de cima para baixo, como ocorre nas relações de emprego. Neste diapasão, devemos fazer algumas considerações e reflexões sobre o mundo jurídico, particularmente o de natureza contratual. Partimos assim do conceito de Direito enquanto sistema pode ser definido como um conjunto de regras atributivas-imperativas que regem o agir social, em determinado tempo histórico e espaço geográfico. Este sistema afeta-nos dia-a-dia em praticamente todas as nossas relações. Aliás a Consti- Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 9 tuição da República Federativa do Brasil, nossa Lei Maior define o nosso estado em seu artigo 1° como um Estado Democrático de Direito, portanto o mundo das relações encontra-se imerso no mundo do direito. Tal relação chega a tal ponto que não se pode negar o fato que estamos contratando a todo momento. Ocorre que, boa parte desses contratos são de natureza verbal. Certamente por isso, muitos de nós não percebemos os direitos e obrigações envolvidos nessas relações. Entretanto, quando temos que assinar um contrato ficamos mais cuidadosos e assim pensamos: “Eita! Tenho que ler esse contrato com todo o cuidado, pois depois de assiná-lo, não haverá como contestá-lo”. Tal assertiva, é verdadeira apenas em parte. As relações jurídicas contratuais, via de regra, não se limitam à letra fria do contrato. Principalmente quando se trata de contratos atípicos, ou seja, não definidos em lei, ou quando se trata de contratos não solenes, quando não apresentam qualquer solenidade (formalidade) para se tornarem válidos. Tais características encontram-se na relação jurídica entre o Distribuidor e a Empresa de venda direta, seja ela de Marketing Multinível, ou não. E então pergunta-se, dentro de um sistema jurídico de tradição romano-germânica (sistema voltado para a codificação, baseando-se em leis), qual a lei que regula essa relação entre DISTRIBUIDORES e EMPRESAS de venda direta, no Brasil? Como não há ainda lei específica, deverão as partes recorrerem às leis gerais que acabam por disciplinar a matéria. Dentre essas encontramos o Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2002), na parte que trata das regras contratuais. O Código de Defesa do Consumidor – CDC (Lei 8.078/1990), que recaí sobre toda e qualquer contrato que tenha de um lado um fornecedor de produtos e serviços, e de outro o consumidor, como destinatário final econômico, ou a este equiparado (art. 2° e 17 do CDC). Há também a Lei de Propriedade Industrial – LPI (Lei 9.279/1996), esta refere-se além das marcas e patentes, a repressão à concorrência desleal, que inclui como infração penal, passível de pena de detenção a revelação de segredo industrial, ... é importantíssimo tanto para a empresa, quanto para o distribuidor, que sejam os direitos e obrigações de ambos devidamente escritos. por parte de sócio, empregado ou contratante (art. 195 da LPI). Para aprofundarmos nosso debate sobre o mundo jurídico contratual dos distribuidores independentes e os empresários da venda direta iniciaremos com considerações sobre os elementos jurídicos essenciais que existem nesses contratos. Tecnologia Jurídica do Contrato de Distribuição Independente Trata-se de uma relação jurídica que não exige formalidades, ou qualquer solenidade, além do que, não há uma previsão legal específica, ainda que pese as tentativas de dois projetos de lei, de n. 6.170/13, e de n. 6.206/13, que visam tipificar o contrato em questão, aproximando-o de questões de segurança jurídica, afastando-o de práticas delituosas contrárias à economia popular. Essa realidade remete a algumas questões que devem ser investigadas de maneira um pouco mais detalhada. Se se tratar de um contrato de distribuição que envolva apenas compra e venda de produtos, não há sequer obrigação deste contrato ser escrito, contudo se envolver prestação de serviços, como de regra acontece na venda direta em multinível (sistema de gerenciamento de rede representado pelo escritório virtual), o Código Civil exige para tais contratos a forma escrita. Independentemente de se tratar apenas de compra e venda, ou compra e venda com prestação de serviços, é importantíssimo tanto para a empresa, quanto para o distribuidor, que sejam os direitos e obrigações de ambos devidamente escritos. Essa motivação reflete-se em duas palavrinhas mágicas no mundo: “segurança jurídica”. É mais seguro trabalhar com uma empresa que descreve pormenorizadamente quais são os direitos e obrigações do distribuidor, e quais são as suas obrigações e direitos. Entretanto, caros leitores, os limites dos direitos e obrigações não se encerram na letra fria do contrato de distribuição, notadamente, na relação distribuidor x empresa (termo utilizado como sinônimo de empresário). Nesse aspecto, temos em alguns casos obscuridades, o que pode dar ensejo a práticas arbitrárias. Com efeito, na prática, o que acaba por complementar “a letra fria” do contrato de distribuição independente? Alguns instrumentos utilizados com tal finalidade é o que conhecemos por Políticas ou Diretrizes Comerciais da Empresa, Código de Ética, bem como, o Manual do Distribuidor. Todos esses instrumentos, de fato, integram a relação contratual entre a Empresa e o Distribuidor. De sorte que, juridicamente estamos diante não apenas de um contrato escrito e de adesão, mas também, de outros instrumentos de conteúdo obrigacional fragmentados em manuais de conduta, em políticas comerciais, que integram a relação contratual em questão. Nesse particular, chamo atenção dos profissionais de venda direta: “leiam todo o conteúdo obrigacional, que estarão submetidos, solicitem além da proposta de adesão escrita e do manual do distribuidor, as diretrizes e políticas comerciais da empresa”. Assim, você evitará surpresas desagradáveis. Limitações jurídicas às modificações contratuais Não se pode negar que os empreendedores da venda direta, também têm o direito de modificar suas políticas comerciais, desde que, avisem previamente aos seus distribuidores, dando-lhes a oportunidade de escolha a continuarem, ou não vincula- REPRESENTAÇÃO DO VÍNCULO OBRIGACIONAL DO DISTRIBUIDOR 10 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // Março de 2016 dos. Sobre os limites dessas modificações, que chamamos tecnicamente de status quo (condição precípua, ou condição anterior), temos normas-princípios constitucionais e infra-constitucionais, que deverão atuar para manter o equilíbrio contratual entre as partes, Distribuidor x Empresa. No âmbito constitucional temos os princípios da dignidade da pessoa humana, da razoabilidade e da proporcionalidade. No âmbito infraconstitucional, especificamente, no Código Civil temos o princípio da boa-fé e do equilíbrio material do contrato. Em outras palavras, as alterações que onerem excessivamente o distribuidor, refletem uma atitude contrária à boa-fé, tal desequilíbrio contratual, além de violar a razoabilidade e proporcionalidade, acabam por tornar insuportável, em muitos casos, a manutenção do vínculo contratual. A boa-fé contratual deverá permear o contrato antes, durante e depois do vínculo obrigacional, a fim de garantir a integridade econômico-financeira das partes contratantes. Por isso, a notificação com antecedência, seja via email, ou carta registrada, se faz requisito necessário e mínimo, para dar oportunidade aos distribuidores de se opor, adaptar, ou mesmo, rescindir o contrato. Mister destacar que as previsões contratuais também são Você sabia? 58% dos brasileiros desejam abrir seu próprio negócio, acima da média mundial, que é de 43%, segundo pesquisa Entrepeneurship Report 2015. monitoradas pelo princípio da confiança, este juridicamente está ancorado pelo princípio da boa-fé, e remete à questão do atendimento das expectativas de direito gerada em relação às partes contratantes. De modo que, quando o Empresário de Venda Direta não cumpre com seu plano de carreira, ou com sua política comercial, ele acaba por frustrar expectativas de direito do contratante Distribuidor, fato que ocasiona a quebra da confiança. Aí começa a derrocada de um empreendimento no mundo das vendas diretas, independentemente da qualidade do produto ou serviço, da seriedade dos sócios, e diretores. O mundo do Marketing Multinível não tem perdoado a quebra de expectativas, e tem ficado cada vez menos tolerante com o descumprimento de metas e prazos pré-estabelecidos. Possibilidade da utilização da mediação e arbitragem nos contratos de venda direta no Brasil O crescente aumento da judicialização dos conflitos no Brasil vem comprometendo cada vez mais a possibilidade de uma célere prestação jurisdicional, por parte do poder judiciário. Conforme dados do Conselho Nacional de Justiça – CNJ de 2011 para 2012 houve um acréscimo de mais de 150 mil processos, situação que se repete a cada ano. Dentro de uma política nacional de antijudicialização o próprio CNJ vem capitaneando medidas que visam ampliar e consolidar a cultura dos mecanismos alternativos de pacificação social. Neste diapasão, destacam-se a mediação e a conciliação como fundamentais instrumentos de resolução pacífica de conflitos. A resolução 125 do CNJ traz os contornos e possibilidades do manejo de tais instrumentos, promovendo uma política pública de sinergia para a hercúlea força tarefa de desafogamento do judiciário brasileiro. Paralelamente, o setor privado, particularmente o empresarial vem buscando meios alternativos de celeridade e pacificação de seus conflitos contratuais. Entretanto, a ênfase tem sido dada à negociação e à arbitragem como possibilidades extrajudiciais de resolução. A arbitragem ganhou notoriedade por meio dos contratos empresariais internacionais, e efetividade no Brasil por meio da lei 9.307/96 ao instituir a execução específica da cláusula compromissória arbitral, em seu artigo 7°, além de conceder à sentença arbitral a força de título executivo judicial. Possibilidade baseada no princípio da autonomia da vontade sobre os conflitos que envolvam direitos patrimoniais disponíveis. Ao tratarmos dos contratos interempresariais entre distribuidores e empresários da venda direta por se tratar de um contrato de natureza patrimonial disponível, abre-se a total viabilidade para utilização dos mecanismos alternativos e céleres da negociação, mediação, conciliação e arbitragem. Com efeito, é possível que se projete luz sobre uma maior efetividade nas possibilidades alternativas na resolução desses conflitos interempresariais, baseando-se na Lei de Mediação (Lei 13.140/2015) ou mesmo na Lei de Arbitragem, evitando-se a morosidade da judicialização dos conflitos que envolvam Distribuidores e Empresários da Venda Direta. Considerações Finais Caros leitores: a análise realizada trata-se apenas de aspectos preliminares ao estudo da tecnologia jurídica dos Contratos Atípicos de Distribuição Independente, no universo da venda direta, plenamente aplicáveis ao Marketing Multinível no Brasil. Na próxima coluna abordaremos os aspectos legais específicos voltados para não judicialização e a utilização dos meios alternativos de resolução de conflitos no mercado da Venda Direta do Multinível, a exemplo da mediação e arbitragem empresariais. Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 11 RECORTES DE DECISÕES JUDICIAIS SOBRE A RELAÇÃO CONTRATUAL ENTRE DISTRIBUIDOR E EMPRESAS DE VENDA DIRETA Favoráveis ao Vínculo Empregatício Desfavoráveis ao Vínculo Empregatício “VÍNCULO EMPREGATÍCIO - EXECUTIVA DE VENDAS – AVON COMÉSTICOS. Não há que se reduzir a idéia de subordinação a um simples dar ordens. A subordinação caracteriza-se pela inserção do trabalhador na órbita empreendedora de outrem, que necessite, por oferecer bens e serviços de forma organizada, do trabalho do alienante. Na situação dos autos, o contexto probatório evidenciou que o trabalho da reclamante inseria-se regularmente na órbita empreendedora da ré; logo, na relação havida entre as partes estava presente a subordinação, nos moldes do artigo 3° da CLT. Vínculo reconhecido.” (RO - 007452008-010-18-00-3, REL. DES. MÁRIO SÉRGIO BOTTAZZO, Julgamento em 15/04/09) TRT-4 - Recurso Ordinário RO 01339000720095040009 RS 0133900-07.2009.5.04.0009 (TRT-4) Data de publicação: 13/06/2013 PROCESSO nº 0010144-30.2013.5.15.0068 (RO) RECORRENTE: NATALIA FERNANDA OLIVEIRA DOS SANTOS BARRAGAO RECORRIDO: MARY KAY DO BRASIL LTDA DIANTE DO EXPOSTO, DECIDO CONHECER do recurso de NATÁLIA FERNANDA OLIVEIRA DOS SANTOS BARRAGÃO e PROVÊ-LO EM PARTE , para reconhecer o vínculo de emprego havido entre as partes de 1º/10/2011 até 05/06/2013, na função de diretora vendas independente, nos termos da fundamentação. Remetam-se os autos à Vara do Trabalho de origem, para que sejam avaliados os demais pedidos da petição inicial na forma da fundamentação. Em sessão realizada em 12/08/2014, a 4ª Câmara (Segunda Turma) do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região julgou o presente processo. Ementa: VÍNCULO EMPREGATÍCIO. SISTEMA DE “MARKETING DE REDE”. Hipótese em que a prova dos autos demonstra que o autor atuava como empreendedor do chamado “Marketing de Rede”, que se caracteriza por ser um sistema de distribuição ou uma forma de Marketing que movimenta bens e serviços do fabricante diretamente para o consumidor, por meio de uma rede de distribuidores independentes. Assim, o reclamante se caracteriza como um empresário autônomo (“distribuidores independentes”) que representava a reclamada com a finalidade de angariar novos clientes e formar sua própria “rede” de relacionamento, num sistema de “pirâmide” onde visava o topo para perceber comissões em efeito cascata. Subordinação e alteridade que não restaram demonstradas em virtude da autonomia na prestação dos serviços e em razão do fato do autor assumir todos os riscos e custos dessa forma de atuação mercadológica, agindo por sua conta e risco na busca de seus clientes. Recurso do autor que se nega provimento. Processo: 0002569-16.2012.5.03.0043 AIRR Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região A autora não se sujeitava a ordens e cumprimento de horários, nem se submetia ao poder hierárquico/disciplinar da reclamada”, registrou o desembargador, entendendo que a consultora tinha independência para executar os serviços, sem qualquer fiscalização por parte da reclamada ou mesmo exigência de exclusividade. “Não havendo interferência da reclamada na revenda dos produtos adquiridos, podendo a recorrente inclusive dispor de seus horários como melhor lhe aprouvesse, concluo que do encargo probatório que à reclamada incumbia, dele se desvencilhou satisfatoriamente. (Relator Desembargador Júlio Bernardo do Carmo) Ping-Pong com o autor, Dr. Alysson Santos 1. Como foi que o Sr. produziu este artigo numa atividade que ainda não tem uma regulamentação? Venho há aproximadamente 15 anos especializando-me no Direito Empresarial e do Consumidor, ramos das Ciências Jurídicas que me filio com paixão. Acredito que o direito aplicado à seara das vendas diretas em rede, é seguramente um desdobramento dos referidos ramos do direito privado. De modo que, mesmo não havendo ainda uma lei específica que o regule acabamos por aplicar as normas gerais pertinentes aos contratos em geral de característica interempresarial (distribuidor x empresa), por um lado, e consumerista (distribuidor e empresa x comprador), por outro. Visto que, a condição de distribuidor é multifacetada, por vezes ele é consumidor final (cliente), e via de regra ele é um revende- dor ou agenciador do fabricante (empresa). Com efeito, independente de lei específica a boa-fé e a transparência aplicada aos contratos sempre funcionarão como princípios indispensáveis ao combate dos abusos e distorções contratuais. Não temos ainda o sistema jurídico ideal para o multinível no Brasil, contudo o que possuímos é capaz de produzir justiça, desde que haja aplicação do bom senso e da sensibilidade por parte daqueles que interpretam e aplicam o sistema legal brasileiro. 2. O Sr. é empresário de vendas diretas e já foi líder de rede, conhecendo portanto os dois lados. Qual a sua visão pessoal desta “Terra sem Lei” no terreno pantanoso das relações distribuidor x empresa? Há de fato uma questão que exige desta relação jurídica-contratual distribuidor x empresa uma atenção diferenciada. Tal questão diz respeito à visível hipossuficiência (fragilidade) econômica do distribuidor em relação ao empresário do multinível, que podemos afirmar ser presumida e que também se expressa por meio de contrato de adesão, que não dá margens para negociação. Assim como há a Lei de Representação Comercial, proponho uma Lei das Relações de Venda Direita, possibilitando: tratar o distribuidor de forma mais favorável, em caso de dúvida, possibilidade de inversão do ônus da prova, ou mesmo, penalização do distribuidor e da empresa por práticas abusivas. 3. O Sr. é fã assumido da mediação e da arbitragem. Esta pode ser a luz no fim do túnel? Tais mecanismos ditos alternativos propiciam posturas menos beligerantes e mais co- laborativas. A celeridade na resolução permite que em algumas sessões se chegue a uma solução que contemple ambas as partes. Essas características servem para amenizar os efeitos danosos de um judiciário moroso. Neste sentido, as chances de um acordo crescem. Portanto, defendemos além de um sistema jurídico que ampare as necessidades da relação empresa x distribuidor, um contrato entre as partes que preveja a utilização da mediação e da arbitragem como regra, afastando o foro judicial. Em síntese, elegemos a mediação e a arbitragem meios capazes de funcionar para além de uma luz no fim do túnel, sobretudo, atuantes como um verdadeiro farol guiando os navegantes do mar revolto das relações distribuidor x empresa, no universo do multinível no Brasil. MINI CURRÍCULO ALYSSON SANTOS Alysson Santos é Advogado, graduado pela UNICAP, tem Especialização em Business Empreendedorismo e Gestão Empresarial pela UFRPE, é mestre e doutor em Ciência Polí ca pela Universidade Federal de Pernambuco, é também pesquisador e professor universitário das disciplinas de Direito do Consumidor, Direito Econômico, Direito Empresarial, Direito Financeiro e Tributário, Mediação e Arbitragem de Conflitos e de Prá ca em Direito Empresarial nas seguintes faculdades e universidades: Estácio Recife, FOCCA - Faculdade de 12 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // Março de 2016 Olinda, FBV - Devray, Sopece e Universidade Salgado de Oliveira. Exerceu o cargo de Coordenador do Curso de Direito da FOCCA - Faculdade de Olinda, de 2009 a 2014. É Diretor Presidente do Ins tuto IBRAMET desde 2005 e Membro Fundador Efe vo da Academia Luso-Brasileira de Ciências Jurídicas. É também sócio fundador da Zero Água Internacional do Brasil Ltda, desde 2003, empresa de vendas direta que comercializa produtos de limpeza ecológica, sem o uso de água. Ipiranga suspende contrato com empresa suspeita de golpe A Petróleo Ipiranga divulgou no final de fevereiro nota oficial - veja abaixo - comunicando o cancelamento de contrato firmado com a empresa Fuel Age, por suspeita de formação de pirâmide financeira e esquema Ponzi. A empresa divulgava a parceria com a Ipiranga, atra- vés do cartão Ipiranga Frotas. Mas na assinatura do contrato com a fornecedora omitiu a forma de operar, através de pacotes e de investimentos financeiros, desvirtuando o modo de operação de uma empresa de vendas diretas legítima. Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 13 ABEVD e Jornal O Tempo (MG) divulgam vendas diretas (Ludmila Pizarro) Baixo investimento, flexibilidade de horário, resultados rápidos e produtos de qualidade reconhecida são alguns pontos que estão atraindo profissionais de várias áreas para as vendas diretas e para o marketing multinível. “Eu tinha uma loja de roupas na qual investi R$ 30 mil. Diante da queda nas vendas, optei por entregar a loja para minha sócia e investir em uma loja virtual, no esquema multinível e estou adorando. Fiz um investimento de R$ 1.800 e já ganhei, em 21 dias, R$ 3.600”, conta a bailarina Iriane Martins, 41. Para o especialista em marketing do Sebrae-MG Fábio Bastos Pretuceli, o modelo multinível é uma boa alternativa para quem foi atingido pela recessão. “Cerca de 54% das pessoas que aderem a uma empresa que utiliza o marketing multinível não têm uma atividade formal, ou outra fonte de renda”, afirma Pretuceli. “A vantagem foi me desfazer dos custos fixos de aluguel, condomínio, e conseguir retorno em pouco tempo. Inclusive A quiti são outros exemplos. Já na pirâmide, o foco é na adesão de um número cada vez maior de pessoas. E normalmente, a pessoa que vai aderir precisa fazer uma compra muito grande, um investimento grande para entrar”, diz. tro do gênero venda direta”. “A venda direta é aquela que não utiliza uma loja, qualquer pessoa pode vender. Já o marketing multinível permite que essa pessoa se associe a outras para aumentar as suas vendas, por isso que também é chamado de marketing de rede. A pessoa pode criar uma rede de vários vendedores”, informa Roberta. Não é pirâmide. Fábio Pretuceli também diferencia o marketing multinível dos esquemas de pirâmide. “São muito diferentes. No multi-nível, o foco é na venda de produtos. As empresas ganham dinheiro vendendo produtos e são reconhecidas pelo mercado. Hoje em dia, até a Nestlé usa marketing multinível. Avon, Natura e Je- Cuidado é com redes piratas Os interessados em aderir ao marketing multinível devem tomar cuidado para não se associarem a empresas mal intencionadas. “Só em 2016, o Ministério Público de São Paulo já recebeu 80 denúncias de esquemas de pirâmides”, afirma o especialista em marketing do Sebrae-MG, Fábio Bastos Pretuceli. A Telexfree é um exemplo de empresa que foi proibida de atuar no país, acusada de pirâmide financeira, após um pedido de 2013 do Ministério Público do Acre. A estimativa é que 1,5 milhão de usuários cadastrados com CPFs válidos faziam parte do negócio. SEC suspeita de piramideiro brasileiro americana SEC-Security Exchange Commission- suspeita que o piramideiro brasileiro Sanderley Rodrigues, T tenho apresentado a proposta da empresa para outras pessoas que também estão no comércio e a receptividade tem sido boa”, relata Iriane. Para Pretuceli, o modelo comercial está em crescimento. No ano passado, quando o varejo do país sofreu uma retração de 4,3% segundo o IBGE, dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) mostram que o volume de negócios do setor apresentou uma pequena queda de 0,8%, passando de R$ 41,6 bilhões em 2014 para R$ 41,3 bilhões em 2015. Por outro lado, o número de revendedores cresceu 3,6%, passando de 4,4 milhões para 4,6 milhões. “As vendas diretas têm realmente essa vantagem. O custo para entrar é baixo, os resultados são rápidos, proporcionais ao envolvimento do empreendedor, e a pessoa pode entrar ou sair, quando quiser”, explica a diretora executiva da ABEVD, Roberta Kuruzu. Ela explica que o marketing multinível “é uma espécie den- vulgo Sann Rodrigues, atualmente cumprindo pena na Flórida, possa ter milhões escondidos em contas no exterior. Ele foi o nº 1 do esquema TelexFree International e seu último golpe foi a IFreex, quando foi preso em evento em Campinas,SP. Por isso, a SEC opôs-se contra o pedido dos advogados do réu para que ele fosse liberado para trabalhar. O argumento era que não tinha recursos para pagar a pesada fiança estipulada pela Justiça americana. Afundou pirâmide “millionária”, depois de encontro secreto deixando mortos e feridos emendo uma prisão em flagrante na hora do evento, os dirigentes da pirâmide Millionária fizeram encontro “secreto” na segunda-feira 1/2 em hotel próximo ao Aeroporto de Guarulhos,SP. Os 70 privilegiados participantes investidores só souberam do local algumas horas antes do embarque. Isto para evitar a repetição do que ocorreu em 2014 com Sann Rodrigues, em evento da ex-IFreekx, onde a polícia chegou e prendeu os palestrantes. A “Millionária” deixou de pagar a 95% dos investidores, mas no encontro foi pedida a compra de novos pacotes aos presentes, para uma suposta futura plataforma internacional, nos moldes da exTelexFree. TRAGÉDIA Pirâmides afundam no mar de Balneário Camboriú D uas pirâmides disfarçadas de multinível sediadas em Balneário Camboriú,SC, não viram 2016 nascer porque morreram afogadas no final de 2015, depois de faturarem milhões de reais. A maior delas, com nome inglês, juntou 80.000 pessoas em três meses e faturou estimados R$32 milhões. Teve final melan- cólico, em evento para 300 pessoas no Hotel Mercure (foto), na beira-mar de Balneário, onde os dirigentes - cercados de seguranças- ainda tentaram sem sucesso vender aos presentes um novo investimento de US$50,00 e o Titanic afundou. A outra pirâmide, mais modesta, com nome italiano, reunia expoentes da ex-TelexFree, 14 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // Março de 2016 como Pelé, que até se mudaram para Balneário, para acompanhar mais de perto. Mas depois de seis meses também deixou de pagar aos muitos investidores, que incluíam empresários iludidos com a promessa de lucro rápido. Balneário Camboriú já tinha sido sede da ex-Multiclic, de triste memória. HOJE EM DIA Paulo de Tarso Aragão E-mail: [email protected] Pré-lançamento do novo livro no Rio de Janeiro P articipei em fevereiro no Rio de Janeiro do evento de liderança do MLM de nutrição Belferroci (foto), onde fiz palestra sobre meu novo livro “Nova História do Marketing Multinível”, que está terminando de rodar na gráfica em SP. O Presidente da Belferroci, Roberto Portela, foi um anfitrião impecável. Apesar da chuva que caiu no dia, o evento contou com participação expressiva dos líderes do eixo Rio-São Paulo. Destaque especial teve a presença dos criadores do projeto Belferroci, Dr. Inácio Marchette e sua esposa Lika Dias. Inácio Marche e, Lika Dias, Flordelis e Roberto Portela City-Tour Vip no Rio de Janeiro Junto com meus amigos Inácio Marchette e Lika Dias (foto) fui rever as belezas do Rio de Janeiro, com destaque para dois pontos especiais: o Cristo Redentor e o Centro Cultural Jerusalém, onde há a segunda maior maquete do mundo representando a cidade de Jerusalém nos tempos de Jesus. Estive no 1º evento da Jeunesse no Nordeste Com Felipe Grenn E Com Carlos Mendes m fevereiro aconteceu o primeiro evento oficial da americana Jeunesse no Nordeste, no Sheraton Reserva do Paiva, ao sul de Recife. O anfitrião foi o CEO Marcel Szajubock, acompanhado de uma constelação de estrelas do mundo Jeunesse no Brasil, como Marcelo Serakides, Felipe Green, Carlos Mendes e Marcus Clemente, entre outros. Loja da Amway no Rio é um luxo N o Rio de Janeiro fui visitar também amigos queridos que são os líderesTop da Amway na cidade, os s c a s a i s Diamantes Simonne & Wellington Patrício e Eduarda&Wanderley Lourenço (foto, da direita para a esquerda). Nosso encontro começou na bela loja com layout de primeiro mundo e terminou com jantar em restaurante próximo. Ali tive a honra de conhecer a maior graduada da Amway em Portugal, qualificada a Esmeralda e na porta para Diamante, a carismática Nancy Patusco. Almoço no Rio com velhos amigos W ilson Bergamini e Cláudio Ricko – atualmente desenvolvendo Azenka – são velhos amigos e gentilmente me convidaram para almoçar no Rio de Janeiro. No almoço (foto) tivemos também a presença do líder da Azenka no Rio Marcelo Fernandes Rodrigues. C Cafezinho cultural com Wildson e Túlio oloquei o papo em dia com dois amigos queridos, Wildson Diniz e Túlio Moraes, líderes nacionais consagrados de MLM num cafezinho cultural no Shopping RioMar. No cardápio, o bom momento vivido atualmente pelas empresas de marketing de produtos. Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 15 Março de 2016 // Jornal LOUCOS POR MARKETING // 16