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Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2013, v. 17, n. 17, p. 24 –26
Produção do Espaço Urbano a partir da Memória: O Caso de Realengo
SILVA, Denise Oliveira de Souza1
ROSA, Soraya Gomes de Souza2
MENDES, Andréa Ribeiro3
Palavras-chave: Memória Urbana, Geografia, Geografia Urbana. Escola Militar. Realengo
Introdução
A memória tem uma grande importância para cidade, pois tem como objetivo constituir uma
identidade para um determinado lugar. A sociedade tem como referência essa memória, onde cada
indivíduo constrói sua identidade local e social e esse fato cria uma ideologia cultural e religiosa que
se torna um símbolo para aquela cidade e aquele indivíduo. ''Uma cidade sem memória é uma cidade
sem história'' (Rodrigues e Machado, 2010:26) o que significa dizer que a Escolar Militar de
Realengo e a Fábrica de Cartucho trazem uma certa história para essa cidade, ou seja, sem uma
memória a cidade fica sem identidade para sociedade.
Procedimentos Metodológicos
Para a realização desta pesquisa foram realizados levantamentos bibliográficos tanto de
autores que relataram em suas obras sobre as origens do bairro como também obras sobre a Escola
Militar e o Rio de Janeiro naquele período. Foram realizadas visitas a Biblioteca do Exército
(Bibliex), a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, ao Centro de Memória de Realengo, ao Colégio
Pedro II (Antiga Fábrica de Cartuchos) e a 9ª Brigada de Infantaria que abrigava a antiga Escola.
1
Acadêmica Bolsista PIBIC&T/UCB (Vigência: Out/2012 a Agos/2013). Grupo de Pesquisa, Geografia. da
Universidade Castelo Branco. Curso de Geografia da Universidade Castelo Branco (UCB), Campus Realengo, Rio de
Janeiro, RJ, Brasil.
2
Acadêmica Voluntária PIBIC&T/UCB (Vigência: Out/2012 a Agos/2013). Grupo de Pesquisa, Geografia. da
Universidade Castelo Branco. Curso de Geografia da Universidade Castelo Branco (UCB), Campus Realengo, Rio de
Janeiro, RJ, Brasil.
3
Orientador. Grupo de Pesquisa Geografia,. Curso de Geografia da Universidade Castelo Branco (UCB), Campus
Realengo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Análise de dados
Foram consultados registros sobre a memória do bairro de Realengo, mais consistentemente
encontrados sobre tutelar militar, em documentos oficiais e manuscritos de ex-alunos catalogados
com a denominação de “confidencial”.
Discussão de Resultados
A consulta aos acervos sobre a memória histórica dos elementos emblemáticos de Realengo,
nos mostrou que, em algumas situações, como no exemplo da Escola Militar do Realengo, houve
mudança na forma, com alterações na estrutura física interna, apesar das imperceptíveis alterações
na fachada e anexos, assim como alterou-se a função, tendo em vista que houve a instalação do 9º
Batalhão de Infantaria. O desenvolvimento do bairro e a configuração urbana da região foram
influenciados diretamente pela Escola Militar e pela Fábrica de Cartucho de Realengo, conferindo
inclusive aspectos urbanísticos ao espaço. A região foi se transformando de um simples povoado
agrícola para uma localidade militar, residencial e industrial iniciando um processo de urbanização e
valorização fundiária com a divisão dos terrenos em ruas, praças e lotes e com a construção de
moradias para os operários da fábrica.
Considerações Finais
O propósito dessa pesquisa foi o de apresentar que a valorização do passado vem se tornando
uma tendência no Brasil, e o bairro de Realengo é um exemplo desse fato. Como vimos, a edificação
que sediava a Escola Militar de Realengo transformou-se no 9º Batalhão de Infantaria. Porém a
Escola Militar foi parte fundamental da memória coletiva de Realengo, dada sua importância
emblemática para região, constituindo a urbanização do bairro de Realengo e suas adjacências.
Esses elementos arquitetônicos conferiram uma singularidade à paisagem do bairro.
Os governos, principalmente na esfera municipal, muito têm feito para a revitalização de
espaços históricos e centros de memória, sancionando leis de preservação e tombamento de
patrimônios culturais (Abreu, 1998). Essa consciência vem crescendo e onde antes se cultuava o
novo, hoje vem se mostrando diferente, ao resgatar a história valorizando o passado, configurando
uma tendência das políticas públicas atuais.
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Referências
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2012.
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ROSA, Danielle Mariana Maia; ROSITO, Valeria; Lima Barreto. O centro e a Estrada Real de
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<http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/biografias/luis_carlos_prestes>
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