Braz J Periodontol - September 2011 - volume 21 - issue 03 INTER-RELAÇÃO ENTRE DOENÇA PERIODONTAL, DIABETES E OBESIDADE Inter-relationship between periodontal disease, diabetes and obesity Ana Paula Grimião Queiroz1, Paulo Roberto Orzechowski,1 Denise Leda Pedrini1, Silvana Soleo Ferreira dos Santos2, Mariella Vieira Pereira Leão2 1 Alunos 2 Prof.ª do Mestrado em Periodontia da Unitau (Universidade de Taubaté) – SP Drª da Disciplina de Microbiologia e Imunologia do Instituto Básico de Biociências da Unitau (Universidade de Taubaté) – SP Recebimento: 21/03/11 - Correção: 16/05/11 - Aceite: 13/06/11 RESUMO A doença periodontal caracteriza-se por uma patologia de origem infecto-inflamatória que leva à destruição dos tecidos de suporte do dente. Estudos comprovam que o diabetes influencia a instalação e progressão da doença periodontal. E, em contrapartida, a severidade da doença periodontal também pode afetar o controle metabólico do diabetes. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo II, destaca-se a obesidade. Indivíduos com índice de massa corporal elevado produzem um nível mais alto de proteínas inflamatórias que podem aumentar o risco de doenças periodontais. Adicionalmente, a infecção periodontal exacerba a resposta imune do hospedeiro, principalmente a resposta inata. O que pode levar à aceleração no desenvolvimento de complicações do diabetes como nefropatia e desordens macrovasculares. Este artigo apresenta uma revisão da literatura atual sobre a interrelação da doença periodontal, diabetes e obesidade, bem como os mecanismos envolvidos nesta tríade. As possíveis evidências encontradas nesta relação devem ser consideradas, visto que diante de uma dessas patologias, o risco de desenvolvimento ou agravamento das demais envolvidas se torna maior, o que reforça a importância do papel dos profissionais de saúde no diagnóstico precoce, bem como nos tratamentos e prevenções. UNITERMOS: periodontite; diabetes; obesidade. R Periodontia 2011; 21:16-21. INTRODUÇÃO A obesidade, segundo conceito do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos Estados Unidos da América, é definida como o índice de massa corporal (IMC) ≥ 30,0 Kg/m². Somos meio bilhão de adultos obesos acima de 20 anos, um em cada 10 adultos. Isso significa que a proporção de obesos dobrou nos últimos 30 anos. Entre os países ricos, os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar, desde 1980, enquanto a população japonesa se mostra como a menos afetada pelo problema. O Brasil está na 19ª posição no ranking mundial de obesidade masculina e na 15ª posição na obesidade feminina (FREDERICO, 2011). Pesquisa realizada pelo IBGE em 2008 e 2009 revelou que, no Brasil, a obesidade atinge 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres com mais de 20 anos, 4% dos homens e 5,9% das mulheres entre 10 e 19 anos e 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas entre 5 a 9 anos. A obesidade aumentou entre 16 1989 e 1997 de 11% para 15% e se manteve razoavelmente estável desde então sendo maior no sudeste do país e menor no nordeste (MARI, 2011). É considerada fator de risco para diversas doenças crônicas, principalmente para a hipertensão, dislipidemia, doenças coronarianas e diabetes mellitus tipo II. Pessoas obesas apresentam um risco 10 vezes maior de desenvolver diabetes quando comparada a uma pessoa com peso normal (PISCHON et al., 2007). Diabetes mellitus é uma desordem metabólica de carboidrato que resulta na elevação dos níveis de glicose no sangue. A hiperperglicemia é o resultado de uma deficiência na secreção de insulina causada pela disfunção das células do pâncreas, da resistência à ação da insulina no fígado e músculos, ou uma combinação de ambos (BRIAN & OCAMPO, 2007). Esta patologia aumenta a suscetibilidade a infecções bucais, incluindo gengivite e periodontite (REES, 2000). Doença periodontal é uma doença inflamatória crônica An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 Braz J Periodontol - September 2011 - volume 21 - issue 03 - 21(3):16-21 REVISÃO DE LITERATURA níveis plasmáticos de Fator de Necrose Tumoral α (TNFα) e seus receptores solúveis, acarretando um alto risco de desenvolvimento de hiperinflamação no tecido periodontal, colaborando para a resistência à absorção da insulina (GENCO, 2005). Dalla Vecchia et al. (2005) realizaram estudo para verificar uma possível relação entre obesidade e doença periodontal e obser varam que o índice de pacientes obesos com doença periodontal do sexo masculino foi estatisticamente semelhante aos não-obesos. Mas essa regra não se aplicou para mulheres obesas, uma vez que o número de pacientes que apresentou doença periodontal foi estatisticamente maior do que em não-obesas. Obesidade e doença periodontal Perlstein & Bissada (1977) estudaram 44 ratos divididos em 4 grupos sendo 12 ratos normais, 12 ratos não-obesos hipertensos, 8 ratos obesos e 12 ratos obesos e hipertensos para tentar responder se havia influência da obesidade e/ou hipertensão na inflamação gengival e na resposta periodontal. Após estimular um quadro de periodontite durante 7 semanas, os autores observaram que a obesidade contribuiu significativamente na gravidade da periodontite, o mesmo não acontecendo nos casos de ratos naturalmente hipertensos. Os animais com uma combinação de obesidade e hipertensão apresentaram respostas periodontais mais agressivas. Estudos recentes têm sugerido uma relação entre doença periodontal e obesidade, mas apenas entre adultos jovens (de 18 a 34 anos). O mesmo não acontece entre pessoas de meia-idade e/ou idosos (WOOD, 2003). Al-Zahrani et al. (2003), correlacionaram a incidência e severidade de doença periodontal com o Índice de Massa Corporal. Para isso, foram examinados 31.311 pacientes entre 2 meses a 90 anos. Os autores concluíram que jovens abaixo do peso considerado ideal para suas idades apresentam 80% menos chance de desenvolver doença periodontal. Dados recentes têm demonstrado que o tecido adiposo pode representar um reservatório de mediadores inflamatórios, sendo assim a gordura corporal aumentaria a probabilidade da resposta inflamatória do hospedeiro na doença periodontal e no desenvolvimento do diabetes (GREENBURG & OBIN, 2006; RITCHIE, 2007). Uma importante citocina encontrada em pacientes obesos é a Inibidora da Ativação do Plasminogênio (PAI-1), cuja ação é inibir a degradação de coágulos, aumentando o risco de doenças vasculares. Além disso, esta citocina pode promover a diminuição da irrigação gengival em pessoas obesas, mantendo um quadro de doença periodontal mais estável nesses indivíduos (SAITO et al., 2001). A obesidade também está associada com altos Diabetes e doença periodontal O diabetes mellitus consiste em um grupo de doenças metabólicas, caracterizadas pela hiperglicemia resultante da falha na secreção ou na ação da insulina, sendo dividida em dois tipos principais: tipo 1 (diabetes insulino dependente) e tipo 2 (diabetes não insulino dependente). Esses dois tipos de diabetes possuem etiopatogenias diferentes. O tipo 1 está relacionado à destruição autoimune das células pancreáticas, responsáveis pela produção da insulina. Normalmente, o diabetes tipo I é diagnosticado em crianças e adolescentes, embora alguns estudos tenham demonstrado que 15% a 30% dos casos são diagnosticados nos pacientes acima de 30 anos de idade (MEALEY & OATES, 2006). Já o diabetes tipo 2 está relacionado à alteração na produção e resistência celular à insulina (alterações na molécula de insulina ou alterações nos receptores celulares deste hormônio (DONAHUE & WU, 2001). A hiperglicemia se manifesta por sintomas como poliúria, polidipsia, perda de peso, polifagia e visão turva, ou por complicações agudas que podem levar a risco de vida: a cetoacidose diabética e a síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica. A hiperglicemia crônica está associada a dano, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos (GROSS, 2002). Adultos com diabetes não-controlada apresentaram um risco 2,9 vezes maior de periodontite em comparação a não-diabéticos. Inversamente, indivíduos com diabetes controlada não apresentaram aumento significativo no risco de periodontite. Da mesma forma, pacientes diabéticos tipo 2 apresentaram 11 vezes mais risco para a perda de osso alveolar durante um período de dois anos em comparação a indivíduos não diabéticos (TSAI et al., 2002). Diferenças significativas na profundidade de sondagem e no nível de inserção periodontal entre o grupo de pacientes diabéticos pobremente controlados e o grupo de pacientes An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 17 de origem infecciosa, causada principalmente por bactérias gram-negativas, que levam à destruição dos tecidos de suporte dos dentes (VERGNES, 2009). A infecção periodontal exacerba a resposta imune do hospedeiro, principalmente a resposta inata, podendo levar à aceleração no desenvolvimento de complicações do diabetes, como nefropatia e desordens macrovasculare (NISHIMURA, 2007). Considerando a obesidade e o diabetes possíveis agravantes da doença periodontal, o objetivo do presente estudo é buscar indícios desta correlação, enfatizando os principais fatores envolvidos. Braz J Periodontol - September 2011 - volume 21 - issue 03 - 21(3):16-21 não diabéticos são observadas, sugerindo dessa forma que o nível de controle metabólico do diabetes contribui para a evolução e a severidade da doença periodontal. Também foi observada uma relação direta entre uma maior presença de biofilme dental periodontopatogênico e o pobre controle metabólico do diabetes (NOVAES et al., 2007). Existe a hipótese de que o TNF-circulante, proveniente do processo inflamatório gengival exacerbado, possa estar associado diretamente ao mecanismo de resistência à insulina, bloqueando seu receptor ou influenciando órgãos como fígado, músculos e tecido adiposo, e, indiretamente, aumentando a liberação de moléculas como ácidos graxos livres, os quais também produzem resistência à insulina (NISHIMURA et al., 2003). Além disso, o TNF também pode ser produzido pelo próprio tecido adiposo e pelo tecido hepático esteatótico e inflamado, geralmente presente no paciente obeso (HOTAMISLIGIL, 1999). Já em relação às alterações presentes no paciente diabético que levam à doença periodontal, Alves et al. (2007) destacam a presença dos produtos de glicosilação avançada, que podem estar relacionados à diminuição da eficiência dos neutrófilos, aumento da destruição dos tecidos conjuntivo e ósseo, danos vasculares e produção exagerada de mediadores inflamatórios. A presença da doença periodontal severa também pode estar relacionada com o aumento do risco de desenvolvimento de complicações da diabetes como lesões micro e macrovasculares, proteinúria, além de um maior risco de aumento da prevalência de complicações cardiovasculares e cardiorrenais (SAREMI et al., 2005). O grau de controle glicêmico é uma variável importante na relação entre o diabetes e a doença periodontal, com maior prevalência e gravidade da inflamação gengival e destruição periodontal nos pacientes diabéticos não controlados (CAMPUS et al., 2005). tipo II apresentam-se prejudicadas contribuindo para o aumento nas profundidades das bolsas periodontais e severidade da doença periodontal (GURSOY et al., 2008). O mecanismo fundamental envolvendo a periodontite, o diabetes e a obesidade parece ser a resposta imune exagerada. A inflamação/infecção periodontal exacerba a resposta do hospedeiro, contribuindo para a aceleração do desenvolvimento da resistência a insulina e o aparecimento do diabetes tipo II, e de suas complicações, tais como a nefropatia e as desordens macrovasculares. Por sua vez a obesidade eleva os níveis de mediadores inflamatórios, também favorecendo o diabetes e exacerbando o quadro de periodontite (NISHIMURA et al., 2007). Variantes como a gravidez também devem ser levadas em consideração quando analisamos a interação entre doença periodontal, o diabetes tipo II e a obesidade. Gestantes portadoras de diabetes tipo II e obesidade pré-gestacional apresentam significativamente mais gengivite e perda de inserção periodontal do que aquelas com Índice de Massa Corporal pré-gestacional normal, sendo fundamental o tratamento periodontal para esse grupo especial de pacientes CHAPPER et al., 2005). DISCUSSÃO Obesidade, diabetes e doença periodontal Pessoas obesas apresentam uma predisposição 10 vezes maior de desenvolver diabetes tipo 2. Os principais fatores são a lipotoxicidade, a toxicidade da glicose e as citocinas pró-inflamatórias derivadas da obesidade. O tecido adiposo é um grande reservatório de mediadores biologicamente ativos, tais como o Fator de Necrose Tumoral (TNF) e outras adipocinas, como a leptina, a resistina e a adiponectina, todos fatores presentes em processos inflamatórios e que podem estar diretamente ligados à doença periodontal (PISCHON et al., 2007). As funções dos neutrófilos, embora permaneçam inalteradas nos pacientes obesos, nos pacientes diabéticos Diabetes e obesidade são desordens sistêmicas frequentemente encontradas na rotina clínica médica e odontológica. O portador de diabetes, obeso ou não, requer atenção especial nas terapias periodontais básicas e principalmente quando há necessidade de procedimentos cirúrgicos. O cirurgião-dentista deve estar consciente da sua responsabilidade em orientar seu paciente sobre a importância do controle destas desordens. Além disso, a presença de sinais e sintomas característicos do diabetes durante a anamnese ou no decorrer do tratamento permite ao profissional suspeitar da ocorrência da doença e encaminhar para um médico especialista. De acordo com Ritchie (2007), a obesidade tem tomado proporção epidêmica mundial, com consequências para os profissionais da área da saúde. Como muitos pacientes frequentam mais seus dentistas do que seus médicos, o cirurgião-dentista pode ter um papel importante no diagnóstico de pacientes com obesidade. Não é demais enfatizar a importância de uma boa nutrição e de exercícios físicos e esclarecer às pessoas o papel que a obesidade pode ter no desenvolvimento do diabetes, das doenças cardiovasculares e do câncer. Segundo Silva et al. (2010), em estudo realizado com 300 indivíduos diabéticos, as médias de prevalência de gengivite 18 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 Braz J Periodontol - September 2011 - volume 21 - issue 03 - 21(3):16-21 e periodontite foram, respectivamente, 55% e 35,3%, chamando a atenção para a grande importância do controle da glicemia na promoção da saúde bucal nos indivíduos diabéticos, e enfatizando a necessidade da atuação conjunta de diferentes profissionais de saúde. Apesar de o dentista estar presente em quase todas as UBS, o acesso dos pacientes ao mesmo ainda é restrito e apenas 27,3% dos indivíduos recebem tratamento odontológico na atenção básica, 3,6% na atenção especializada e 38,9% procuram atendimento odontológico no decorrer do ano. Rees (2000) afirmou que procedimentos periodontais cirúrgicos podem ser realizados em pacientes diabéticos, contanto que o mesmo possa manter uma dieta pósoperatória adequada. O tratamento periodontal de suporte deve ser instituído a cada 3 meses, devido a maior propensão de progressão da doença periodontal, mesmo em diabéticos controlados. Entre as atividades previstas pelo Ministério da Saúde (2004) encontra-se a formação de grupos operativos, sobretudo no caso de doenças crônicas como o diabetes, como forma de vinculação com a UBS e de desenvolvimento de programas educativos para controle da doença e promoção de saúde. Acredita-se que a participação dos dentistas nos grupos operativos melhoraria de maneira significativa a redução de gengivite e periodontite nos diabéticos. Medidas simples como a orientação e a motivação destes indivíduos poderiam contribuir para melhorias das condições gengivais (TINOCO &TINOCO, 2000). O manejo adequado do paciente exige interação estreita entre o dentista e o médico. Dentistas devem entender o método de diagnóstico e a terapêutica utilizada no tratamento do diabetes. Os médicos devem estar atentos à necessidade de encaminhamento dos pacientes diabéticos e/ou obesos para uma avaliação odontológica e de acompanhamento dos pacientes sob tratamento odontológico (BRIAN & OCAMPO, 2007). A atenção integral ao paciente diabético e obeso, portador de doença periodontal crônica, garantindo o atendimento em todos os níveis, bem como a integração dos profissionais de saúde dentro da própria unidade, são fatores essenciais na resolução de complicações bucais e sistêmicas como um todo. Vale ressaltar também a integração de outros profissionais como nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais para contemplar essa integralidade. obesidade também são considerados doenças inflamatórias crônicas. Dessa forma, o diabetes influencia o desenvolvimento e progressão da doença periodontal, a exemplo da dificuldade cicatricial, mas também sofre influência da mesma, posto que o curso clínico da doença periodontal pode alterar o metabolismo da glicose e, conseqüentemente, dificultar o controle do diabetes. E funcionando o tecido adiposo como um reservatório de citocinas, é possível que o aumento da gordura corporal aumente a probabilidade de uma resposta inflamatória ativa na doença periodontal. ABSTRACT Periodontal disease is characterized by an infectious and/ or inflammatory origin that leads to destruction of tissues supporting the tooth. Studies show that diabetes influences the onset and progression of periodontal disease. And in return, the severity of periodontal disease may also affect metabolic control of diabetes. Among the risk factors for developing type II diabetes, obesity stands out. Individuals with high body mass index produce a higher level of inflammatory proteins that may increase the risk of periodontal disease. In addition, periodontal infection exacerbates the host immune response, particularly the innate response and may lead to acceleration in the development of diabetes complications such as nephropathy and macrovascular disorders. This article presents a review of current literature on the interrelationship of periodontal disease, diabetes e obesity, and the mechanisms involved in this triad. The possible evidence in this regard should be considered, since before one of these diseases, the risk of developing or worsening of other involved becomes larger, which reinforces the importanceas well as the role of health professionals in their diagnoses, treatments and preventions. UNITERMS: periodontitis, diabetes, obesity. CONCLUSÃO Através dos artigos selecionados para revisão concluise que, assim como a doença periodontal, o diabetes e a An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 19 Braz J Periodontol - September 2011 - volume 21 - issue 03 - 21(3):16-21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Frederico L. Novos dados da obesidade no mundo. Fica uma pergunta no ar. [atualizada em 2011 Fev 11; acesso em 2011 Jul 5]. Disponível em: http://www.ecologiamedica.net/2011/02/novos-dados-daobesidade-no-mundo-fica.html. 2- Mari MIEG. Índice de obesidade no Brasil. [atualizada em 2011 Abr 13; acesso em 2011 Jul 5]. Disponível em: http://www.abeso.org.br/. 3- Pischon N, Heng N, Bernimoulin JP, Kleber BM, Willich SN, Pischon T. Obesity, inflammation and periodontal disease. J Dent Res. 2007; 86(5):400-409. 4- Brian LM, Ocampo G. American Diabetes Association. Report of the expert committee on the diagnosis and classification of diabetes mellitus. 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