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CIRCUITOMATOGROSSO
CULTURA EM CIRCUITO PG 5
www.circuitomt.com.br
CUIABÁ, 19 A 25 DE JULHO DE 2012
ESQUECIDOS
Vivemos numa sociedade de consumo,
quando você está em alta rotatividade
social, profissional, principalmente quando
temos um espaço para ematecer o ego
humano na vaidade, é convidado para
grandes brindes. Hoje estamos falando de
três colunistas sociais: Henry Montegamery,
Gegê e João Pedro de Arruda, trio que
badalou as mais altas personalidades
política, social, empresarial da capital e do
Estado. Já presenciei fatos com colunistas
sociais badalados da capital, passar por
situações difíceis da vida foram poucas que
foram solidários com os demais. O
colunismo social, mais do que a maioria das
profissões, possui altos e baixos repentino e
muitas vezes alternados. Hoje, pode-se estar
ao lado das primeiras damas e grandes
socialites, mas no dia seguinte acontece de
se estar sem veículo para produzir as
colunas. Gegê, Henry, João Pedro, colunista
sociais que paparicou vedetes, socialites e
políticos de nosso Estado, ajudando os
brilhar ainda mais e muitas vezes tirando-os
do ostracismo passageiro, agora a
sociedade se distanciou do trio, só nos resta
a pensar a verdadeira ingratidão humana.
CORRIDA Á RAMPA
A sucessão municipal em Cuiabá esta
uma verdadeira locomotiva, de um lado o
analise dos eleitorados, de outro lado os
candidatos nos largos sorrisos para conquistar
os votinhos, parece aquele Samba Enredo da
Mangueira. “Me leva que eu vou.” Muitas
duvidas, costurando aqui e acolá, jogo de
cintura pra lá e pra cá é assim o remelexo
chamado política, onde algumas pessoas
terão que dançar conforme a música. A
expectativa é grande ao cargo de prefeito,
somando os candidatos, ultrapassam uma
dezena. Descontentamento e especulações já
assolavam os grandes caciques da política
em nosso Estado, á sucessão municipal. Em
diversos partidos surgem sangues novos de
classe empresarial, de advogados, médicos,
etc. Para os eleitores, dúvidas enormes quanto
a política do estado, esperamos que esses
candidatos tenham bom senso, geralmente os
seus parcos ideais se transformam da noite
para o dia em sonho de consumo. É uma
verdade trágica, mas real!
CADEIRA DE BALANÇO
Falar da vida de alguém é uma forma
quase natural do ser humano de socializar
com o outro, expressar a sua necessidade de
conversar e expor as suas angustias. E o pior
quando este alguém que participou da
conversa corta os laços de amizade, e
comenta para a pessoa que foi o centro da
fofoca, e o pior vêm mágoas, rancor ódio,
são qualidades natas de ser humano que
ainda não encontrou os ensinamentos do
Mestre amado Jesus. Vivemos num mundo
de esquecimento quando servimos o outro
com a mão direita, o importante que sempre
fazemos enquanto a ingratidão é de esperar
das pessoas, aos olhos de Deus nada passa
em vão. Existem pessoas que lêem livros
evangélicos segundo o espiritismo, sendo
uma doutrina que envolve o perdão, mas os
pensamentos mesquinhos continuam
comentando fatos ocorridos há anos. A
fofoca serve como um desabafo e promover
a integração social são outros aspectos
positivos da fofoca. Além disso, funciona
como medidor do que é aceito e
recriminado na sociedade: ela pode nos
ilustrar preconceitos, atestar o que devemos
ou não falar sobre o que devemos ou não
fazer dentro de um contexto grupal.
Por Carlinhos Alves Corrêa
GUARDAR MÁGOAS FAZ BEM?
Carlinhos é jornalista
e colunista social
[email protected]
O JARDIM ALENCASTRO
Um ponto de reunião obrigatório da
sociedade cuiabana daquele tempo era
o Jardim Alencastro, inaugurado em
1882, a principio era cercado de grades
com observância voluntaria e até certo
ponto, curiosa da separação do povo
em duas castas- a fina, ou seja,
sociedade propriamente dita e a
humilde, ou seja, a parte mais moderna.
Ali o povo se reunia aos domingos e
quintas feiras, dias de retreta tocada
pelas bandas musicais da capital. Os
granfinos se reuniam na parte interna
onde havia bancos de madeira e o
“povinho” na externa de primeiro com as
“mariposas”. Hoje o Jardim Alencastro
esta totalmente abandonado por
descaso do poder público, a fonte
luminosa é um verdadeiro elefante
branco. Quanta a recordação daquele
tempo! A praça esta entregue a vultos
noturnos. Se de dia não arruma ninguém
a transitar por ela, á noite nem se fala.
PROJETO INBOX ESTREIA EM CUIABÁ!
novidades dessa cena teatral em um
ambiente de festa, música e
descontração. As primeiras edições da
Festa aconteceram no Hotel Cambridge
em São Paulo, aos domingos, pois
normalmente as folgas dos atores são na
segunda-feira. A Gambi (apelido
carinhoso dos frequentadores da festa)
passou de 200 frequentadores para 700
em menos de dois meses de existência, e
o sucesso só aumentou desde então, hoje
chega a cinco mil. A Festa deixou de
acontecer em lugar fixo e várias casas da
noite paulistana e carioca (entre outras)
começaram a abrigá-la, como por
exemplo a Pachá (atual Warehouse), The
Week RJ e The Week SP, entre outras.
O Projeto estreia sexta feira na
Zumzum e traz um dos DJ´s residentes da
Bapho de Goiania, Juan Crocetti que
mescla um pouco de tudo em seu set
extremamente dançante. Além de DJ´s
convidados a cada semana, a INBOX tem
seu DJ Residente Charles Piter que já é
consagrado na pista da casa.
ABCDEF....GLS
A música na INBOX é uma mescla de
ritmos entre pop original e música
brasileira, que, aliás é a grande
tendência de mercado nas casas noturnas
pelo Brasil: remix de sucessos nacionais
que tornam um grande prazer a pista de
dança onde as pessoas realmente
cantam, dançam e sentem a letra e a
música, afinal estamos no Brasil e
devemos valorizar nossa MPB.
Foi exatamente
nesses moldes que
nasceu a Gambiarra
que inspira o projeto
de Cuiabá. A ideia
surgiu de um grupo
de seis amigos,
todos ligados ao
teatro, que quiseram
reunir artistas em
geral e comemorar
estreias,
prorrogações de
temporadas teatrais,
reestreias e
Por Menotti Griggi
Inspirado numa das festas mais
agitadas de São Paulo - a Gambiarra - e
na Bapho do The PUB, em Goiânia,
chega a Cuiabá um novo projeto que
prometo ser o “darling” do momento: a
INBOX.
O projeto acontecerá todas as sextas
feiras na Zumzum e tem como objetivo
fazer a diversão geral através da música
que é o grande mote do evento.
Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
[email protected]
Venha conhecer a INBOX e se divertir
com músicas de todas as formas, sem
preconceito.
O MENINO POETA DE HENRIQUETA LISBOA
Cada poema do livro foi
elaborado com muito esmero,
com simplicidade, mas com
profundidade. Quem não se
recorda dos poemas “Segredo”,
“Coraçãozinho”? Tão ingênuos,
tocantes, tão puros. E o poema
“Consciência”? Apesar dos sete
anos, a criança dá seu grito de
independência – “fazer pecado é
feio... mas se eu quiser eu faço”.
O poema “Os rios”, uma
composição com versos
dissilábicos, diminutos, mas que
encerram saberes e profundos
segredos. Recorro, mais uma vez,
a Bartolomeu Campos de Queirós
para externar meu embevecimento
por esse belo livro – “os mais
jovens têm em mãos um livro que
vai durar para sempre”.
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
[email protected]
ALA JOVEM
tradutora. Traduziu os famosos
cantos de Dante Alighieri.
A reedição de 2008 O menino
poeta: obra completa (Peirópolis,
2008), ilustrações de Nelson Cruz,
está primorosa e reúne vozes muito
expressivas que formam um
matizado perfeito. De um lado,
temos os poemas de Henriqueta
Lisboa; do outro, o prefácio de
Bartolomeu Campos de Queirós, o
poeta/escritor que sabe colorir as
palavras com carinho e afeto, e o
posfácio de Gabriela Mistral, a
voz dos Andes chilenos que voou
com asas de condor e ganhou o
Prêmio Nobel de Literatura em
1945, motivo de orgulho para os
latinos da América. Henriqueta
Lisboa está muito bem
acompanhada.
Por Rosemar Coenga
Henriqueta Lisboa (Lambari,
15 de julho de 1901 — Belo
Horizonte, 9 de outubro de
1985) foi uma poetisa
brasileira. Foi a primeira mulher
eleita membro da Academia
Mineira de Letras.
Publicou vários ensaios e
poesias. Seu primeiro livro,
chamado Fogo fátuo, foi
publicado aos vinte e um anos.
Para as crianças Henriqueta
dedicou três obras: O menino
poeta (1943), Lírica (1958) e a
reedição de O menino poeta,
em 1975.
Henriqueta Lisboa recebeu
diversos prêmios, entre eles o
Prêmio Machado de Assis. Ela
também foi inspetora de alunos,
professora de literatura e
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