cargo: professor classe “b” – nível i - português

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RASCUNHO
Universidade
Estadual do Piauí
LEIA AS INSTRUÇÕES:
1.
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8.
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11.
12.
13.
14.
Você deve receber do fiscal o material abaixo:
a) Este caderno com 50 questões objetivas sem repetição ou falha.
b) Um CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas objetivas da prova.
c) Para realizar sua prova, use apenas o material mencionado acima e em
hipótese alguma, papéis para rascunhos.
Verifique se este material está completo, em ordem e se seus dados pessoais
conferem com aqueles constantes do CARTÃO-RESPOSTA.
Após a conferência, você deverá assinar seu nome completo, no espaço próprio
do CARTÃO-RESPOSTA utilizando caneta esferográfica com tinta de cor preta
ou azul.
Escreva o seu nome nos espaços indicados na capa deste CADERNO DE
QUESTÕES, observando as condições para tal (assinatura e letra de forma),
bem como o preenchimento do campo reservado à informação de seu número de
inscrição.
No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas
de sua opção, deve ser feita com o preenchimento de todo o espaço do campo
reservado para tal fim.
Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não dobrar, amassar ou
manchar, pois este é personalizado e em hipótese alguma poderá ser
substituído.
Para cada uma das questões são apresentadas cinco alternativas classificadas
com as letras (a), (b), (c), (d) e (e); somente uma responde adequadamente ao
quesito proposto. Você deve assinalar apenas uma alternativa para cada
questão; a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, mesmo que
uma das respostas esteja correta; também serão nulas as marcações
rasuradas.
As questões são identificadas pelo número que fica à esquerda de seu
enunciado.
Os fiscais não estão autorizados a emitir opinião nem a prestar esclarecimentos
sobre o conteúdo da Prova. Cabe única e exclusivamente ao candidato
interpretar e decidir a este respeito.
Reserve os 30 (trinta) minutos finais do tempo de prova para marcar seu
CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO
DE QUESTÕES não serão levados em conta.
Quando terminar sua Prova, assine a LISTA DE FREQUÊNCIA, entregue ao
Fiscal o CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA, que deverão
conter sua assinatura.
O TEMPO DE DURAÇÃO PARA ESTA PROVA É DE 4h.
Por motivos de segurança, você somente poderá ausentar-se da sala de prova
depois de decorrida 2h do seu início.
O rascunho ao lado não tem validade definitiva como marcação do CartãoResposta, destina-se apenas à conferência do gabarito por parte do candidato.
Nº DE INSCRIÇÃO
____________________________________________________________
Assinatura
____________________________________________________________
Nome do Candidato (letra de forma)
1
CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANO - 2011
DATA: 30/10/2011 – HORÁRIO: 08h30min às 12h30min (horário do Piauí)
NÚCLEO DE CONCURSOS E PROMOÇÃO DE EVENTOS – NUCEPE
CARGO: PROFESSOR CLASSE “B” – NÍVEL I - PORTUGUÊS
FOLHA DE ANOTAÇÃO DO GABARITO - ATENÇÃO: Esta parte somente deverá ser destacada pelo fiscal da sala, após o término da prova.
PROVA ESCRITA OBJETIVA
01
31
02
32
03
33
04
34
05
35
06
36
07
37
08
38
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40
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41
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N º
D E
I N S C R I Ç Ã O
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2
QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO I ( Para as questões de 01 a 06).
O problema do mundo sem bullying
01
Era coisa de criança. Colar chiclete na cadeira dos outros, fazer cuecão no nerd da turma, rir
02 do cabelo cortado do colega. Mas agora brincadeiras como essas ganharam um nome sério: bullying.
03 E passaram a ser resolvidas por adultos: pais, mestres e até, em alguns casos, polícia.
04
O termo bullying significa a prática de agredir alguém fisicamente, verbalmente, até por
05 atitudes (como caretas). Mas tem sido usado como um alarme, um chamado para que adultos
06 interfiram no relacionamento de seus filhos e alunos. Uma nova linha de pesquisadores, no entanto,
07 vem defendendo que o bullying não é necessariamente um problema para gente grande. Segundo eles,
08 as picuinhas entre crianças e adolescentes devem ser resolvidas pelos próprios envolvidos. Sem
09 adultos como juízes.
10
Esses especialistas não dizem que crianças devem trocar socos na saída da escola. Nem que
11 apanhar faz bem. Afirmam, sim, que disputar é como um rito, pelo qual passamos no início da vida
12 para saber enfrentar as encrencas maiores do futuro. Afinal, fazemos isso desde os tempos mais
13 remotos. [...] No passado, os homens disputavam comida para garantir a sobrevivência. O conflito
14 definia quem ia perpetuar a espécie e quem ficaria para trás. “Aqueles humanos mais agressivos em
15 termos de buscar as coisas e proteger seus recursos e parentes tinham mais chances de sobreviver e
16 reproduzir”, afirma Monica. Enquanto os homens teriam aprendido a usar a força física, as mulheres
17 desenvolveram habilidades mais sutis, como agressões verbais, fofocas e rumores.
18
Se antes essas táticas garantiam a sobrevivência, hoje nos ajudam no convívio social. Quando
19 as crianças deixam o conforto do lar para frequentar o colégio, descobrem que nem sempre suas
20 vontades são atendidas. E que precisam negociar o tempo todo, como por um brinquedo ou por um
21 lugar para sentar. Sem passar por isso, será mais difícil lidar com um desafeto no futuro, como um
22 chefe, o síndico do prédio ou aquele amigo a quem empresta dinheiro e ele nunca paga.
(Texto de Fernando Badô e Bruno Garattoni – Revista Superinteressante – Seção Supernovas
– Editora Abril – Edição 294 – Agosto/2011 – p. 22)
01. Segundo as ideias apresentadas no texto, o bullying:
a)
b)
c)
d)
e)
sempre existiu e sempre foi considerado uma preocupação de pais e mestres;
por ser algo tão sério, deve envolver a ajuda da polícia;
é benéfico, para o amadurecimento dos jovens, de acordo com uma linha de pensamento de
especialistas;
mesmo que seja a manifestação de comportamentos violentos, prepara os jovens para se
defender na saída da escola;
é positivo na medida em que os jovens têm a oportunidade de demonstrar o seu poder perante
o outro.
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02. A partir do que é dito no texto, é CORRETO afirmar que:
a)
o bullying é uma brincadeira que os jovens da atualidade têm demonstrado em sala de aula
para fugir da realidade;
b)
todos os especialistas revelam a mesma linha de compreensão sobre o bullying e, em
particular, entendem que os adultos não devem interferir;
c)
os jovens não têm maturidade para resolverem seus próprios problemas, por isso os pais
devem fazer isso por eles;
d)
a agressão é um comportamento necessário ao homem, assim ele tem a oportunidade de
mostrar sua força física;
e)
os conflitos que se verificam no convívio social, entre os jovens, podem contribuir para que eles
se preparem para enfrentar as adversidades no futuro, quando adultos.
Considere os trechos abaixo, para responder à questão 03.
1) “Afirmam, sim, que disputar é como um rito, pelo qual passamos no início da vida para saber
enfrentar as encrencas maiores do futuro.” (l.11-12).
2) “Se antes essas táticas garantiam a sobrevivência, hoje nos ajudam no convívio social.” (l.
18).
03. Nos trechos 01 e 02, as palavras e/ou expressões que marcam, semanticamente, oposição
temporal, em cada um deles, são:
a)
b)
c)
d)
e)
“início da vida” – “futuro” / “antes” – “hoje”;
“disputar” – “futuro” / “antes” – “garantiam”;
“Afirmam” – “início da vida” / “garantiam” – “hoje”;
“início da vida” – “passamos” / “garantiam” – “ajudam”;
“Afirmam” – “disputar” / “antes” – “garantiam”.
04. Nos trechos: “... o bullying não é necessariamente um problema para gente grande.” (l. 07) e
“Afirmam, sim, que disputar é como um rito,...” (l. 11), quanto às relações semânticas que se
verificam textualmente, é CORRETO afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
em ambos, as palavras destacadas podem ser retiradas sem prejuízo para o sentido desses
trechos;
somente a palavra “necessariamente” pode ser retirada sem prejuízo para a intenção de
comunicação do texto;
somente a palavra “sim” pode ser retirada sem prejuízo para a intenção de comunicação do
texto;
caso se retirem as palavras destacadas, a compreensão literal da mensagem não será alterada
profundamente, mas a intenção comunicativa será prejudicada;
a compreensão somente será prejudicada se a palavra “sim” for retirada.
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05. Acerca da correspondência entre o pronome destacado e o seu referente, assinale a opção
CORRETA.
a)
b)
c)
d)
e)
“brincadeiras como essas” (l. 02) – referente “coisa” (l. 01).
“Segundo eles, as picuinhas entre crianças e adolescentes...” (l. 07-08) – referente
“pesquisadores” (l. 06).
“... devem ser resolvidas pelos próprios envolvidos.” (l. 08) – referente “picuinhas” (l. 08).
“... fazemos isso desde os tempos mais remotos.” (l. 12-13) – referente “encrencas” (l. 12).
“Se antes essas táticas garantiam a sobrevivência...” (l. 18) – referente “força física” ,
somente (l. 16).
Trecho para a questão 06.
“O conflito definia quem ia perpetuar a espécie e quem ficaria para trás. “Aqueles humanos mais
agressivos em termos de buscar as coisas e proteger seus recursos e parentes tinham mais chances de
sobreviver e reproduzir”, afirma Mônica. Enquanto os homens teriam aprendido a usar a força física, as
mulheres desenvolveram habilidades mais sutis, como agressões verbais, fofocas e rumores.” (l. 13-17).
06. Assinale a opção INCORRETA quanto às ideias e à estruturação linguística desse trecho.
a)
b)
c)
d)
e)
Sugere-se, nesse trecho, que a competição entre os seres humanos sempre foi um traço
característico da espécie, mas, nem sempre, há vencido e vencedor.
O segmento: “O conflito definia quem ia perpetuar a espécie” tem o seu correspondente de
estrutura passiva: “A perpetuação da espécie era definida pelo conflito”.
A correção gramatical estará igualmente mantida se substituirmos “ia perpetuar” por
“perpetuaria”.
Em: “O conflito definia quem ia perpetuar a espécie e quem ficaria para trás.”, as duas
ocorrências da palavra “quem” equivalem a “aquele que”.
A palavra “mais” em “mais agressivos”, “mais chances” e “mais sutis”, intensificam o sentido
dessas palavras.
TEXTO II – (Para as questões de 07 a 10).
“Temos de acelerar o passo”
(Trecho de entrevista concedida pelo matemático brasileiro Jacob Palis à Revista Veja )
01 Veja: Como tornar as aulas mais atraentes e eficazes?
02 Jacob: A experiência das melhores escolas, no Brasil e no exterior, mostra que uma boa aula
03 pressupõe desafiar os estudantes o tempo todo, de modo que eles sejam expostos a problemas
04 cada vez mais complexos e estimulantes intelectualmente – o avesso do decoreba. Apenas
05 num ambiente assim se abre o espaço necessário para a inventividade. O problema é que
06 muita gente no Brasil ainda resiste a essas ideias. Dizem que os grandes desafios causam
07 pressão sobre estudantes tão jovens e aguçam a competitividade. Mas por que se opor à
08 competitividade no ambiente escolar? Não faz sentido. Precisamos, repito, criar mecanismos
09 para rastrear os talentos precoces para as ciências e dar-lhes todas as oportunidades e
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10 incentivos, como ocorre, há mais de um século, no mundo desenvolvido. É tarefa que
11 demanda persistência, mas deve ser levada a cabo. Sem isso, um país não tem como almejar
12 aparecer entre os melhores nos rankings de produção científica e de inovação. Estamos
13 falando de uma condição básica para equacionar o déficit de cérebros brasileiros voltados
14 para a pesquisa científica.
(Revista Veja, Editora Abril, edição 2217 – ano 44 – nº 20, 18 de maio de 2011 (Páginas amarelas). Entrevista concedida às jornalistas
Monica Weinberg e Roberta de Abreu Lima)
07. Das palavras de Jacob Palis, infere-se que ele considera que:
a)
b)
c)
d)
e)
no Brasil não há boas escolas;
o “decoreba” não estimula, nem proporciona a “inventividade”;
a competitividade entre os jovens só deve ser estimulada se não for nociva ao seu
desenvolvimento intelectual;
os “talentos precoces” manifestam-se sem interferência de professor;
o ambiente escolar é impróprio para os desafios em virtude da pressão que eles podem causar
aos estudantes.
08. A relação sintática que se estabelece entre “resiste” e “a essas ideias” (l. 06) é a mesma que se
verifica entre:
a)
b)
c)
d)
e)
“se abre” e “o espaço” (l. 05);
“causam” e “pressão” (l. 06-07);
“aguçam” e “a competitividade” (l. 07);
“rastrear” e “os talentos precoces” (l. 08);
“dar” e “lhes” (l. 09).
09. Em: “Precisamos, repito, criar mecanismos para rastrear os talentos precoces para as ciências ...”
(l. 08-09), a palavra destacada confere ao contexto o sentido de:
a)
b)
c)
d)
e)
interpelar;
definir;
procurar;
perseguir;
indagar.
Considere o excerto para responder à questão 10.
“Dizem que os grandes desafios causam pressão sobre estudantes tão jovens e aguçam a
competitividade” (l. 06-07)
10. Acerca da concordância verbal, assinale a opção CORRETA.
a)
b)
c)
d)
e)
“Dizem” concorda com “grandes desafios”.
“Dizem” concorda com “pressão”.
“Dizem” concorda com “estudantes”.
“causam” concorda com “estudantes”.
“causam” e “aguçam” concordam com “os grandes desafios”.
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QUESTÕES DE DIDÁTICA
11. A Didática é uma disciplina pedagógica que estuda o ensino, o método mais adequado para
transmissão/assimilação de conhecimentos pelos alunos.
Diante do enunciado, analise os itens abaixo e marque a alternativa que corresponde ao(s) item(ns)
CORRETO(S).
I. A Didática investiga as condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo tempo, os fatos
reais (sociais, políticos, culturais psicossociais);
II. O currículo expressa os conteúdos da instrução, não materiais de cada grave processo do
ensino;
III. A didática é uma disciplina independente que não necessita de outras disciplinas;
IV. O ensino consiste no planejamento, organização, direção e avaliação da atividade didática;
V. Todas as sentenças estão corretas.
a)
b)
c)
d)
e)
Somente I e II
Somente I, II e IV
Somente I e III
Somente V e II
Somente I
12. Para diferentes pesquisadores de Didática, existem divergências sobre o seu objeto de estudo.
Para Candau (2008), é objeto da Didática:
a)
b)
c)
d)
e)
A aprendizagem
O ensino e a pesquisa
O processo ensino-aprendizagem
O ensino e o planejamento
A aula e seus desdobramentos
13. Na perspectiva de uma Didática fundamental que assume a multidimensionalidade do processo de
ensino aprendizagem, qual(s) a (s) dimensão(ões) da Didática:
a)
b)
c)
d)
e)
Ideológica
Humana, técnica e política
Técnica
Interacionista
Ideológica e política
14. A que tipo de escola se enquadra a Didática que oferece menos atenção aos conhecimentos
sistematizados, valorizando mais o processo da aprendizagem e os meios que possibilitam o
desenvolvimento das capacidades e habilidades intelectuais dos alunos?
a)
b)
c)
d)
e)
Tradicional
Tecnicista
Escolanovista
Crítica
Moderna
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15. De acordo com Libâneo (1992) o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui a previsão
das atividades didáticas em termos de uma organização e coordenação em face dos objetivos
propostos. Então, com base no enunciado, quais as modalidades de planejamento?
a)
b)
c)
d)
e)
Plano didático e plano estratégico
Plano escolar e plano de aula
Plano da escola, plano de ensino e plano de aula
Plano pedagógico e plano de ensino
Todas as alternativas estão corretas
16. De acordo com Silva (2008), utilizando a idéia central de Apple quanto ao currículo que expressa:
“entender as formas complexas em que as tensões e contradições sociais, econômicas e políticas
são medidas nas práticas concretas dos educadores” (Apple, 1982:1), as dimensões de currículos
são:
a)
b)
c)
d)
e)
dimensão normativa; dimensão ética; dimensão real
dimensão prescritiva; dimensão real; dimensão do currículo oculto
dimensão prescritiva; dimensão do currículo oculto; dimensão real
dimensão normativa; dimensão do currículo oculto; dimensão real
todas as alternativas estão corretas
17. Analisando como se institui uma política curricular, podemos evidenciar que o currículo se compõe
pela construção de ________________ e de _______________ culturais. Assinale a opção que
preenche CORRETAMENTE as lacunas do enunciado.
a)
b)
c)
d)
e)
Metas - prescrições
Significados - metas
Normas - prescrições
Significados - valores
Valores - normas
18. De acordo com Libâneo (1992) a avaliação escolar cumpre três funções na sua operacionalização.
Essas funções são:
a)
b)
c)
d)
e)
pedagógica – didática, de diagnóstico e de controle
pedagógico – didático, de formação e somativa
somativa, qualitativa e seletiva
diagnóstica, somativa e de controle
de controle, somativa e formativa
19. A avaliação escolar deve ser um processo contínuo que deve ocorrer nos mais diferentes
momentos do trabalho docente, tendo por principais instrumentos de avaliação:
a)
b)
c)
d)
e)
observação e questionário
questionário e entrevista
entrevista e diário de bordo
observação e entrevista
questionário e entrevista
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20. O planejamento tem caráter processual. Nesse sentido, o projeto politico-curricular é avaliado ao
longo do ano letivo para verificar se as ações estão correspondendo ao que foi previsto, adotando
medidas como:
a)
b)
c)
d)
e)
verificar se as metas precisam ser alteradas em função de fatos inesperados
corrigir desvios
tomar novas decisões
replanejamento das ações
todas as alternativas estão corretas
QUESTÕES DE FUNDAMENTOS LEGAIS E TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO
21. A Constituição de 1988, especificamente, nos Arts. 205 a 214, oferece respaldo legal à Educação, a
começar pelo art. 205, que apresenta as linhas mestres para os fins da educação, que são:
a)
b)
c)
d)
e)
Qualificação tecnológica, preparo para o exercício da cidadania e educação ambiental;
Pleno desenvolvimento da pessoa e preparo para o exercício pleno da cidadania social;
Pleno desenvolvimento da pessoa, preparo para o exercício pleno da cidadania e qualificação
para o trabalho;
Preparo para o exercício pleno da cidadania, qualificação para o trabalho e qualificação
tecnológica;
Pleno desenvolvimento pessoal, profissional e social e capacitação tecnológica.
22. O Art. 34, inciso VII, estabelece os percentuais das transferências orçamentárias da União para os
Estados e destes para os Municípios e o Distrito Federal, que corresponde a:
a)
b)
c)
d)
e)
35%
25%
50%
60%
15%
23. Assinale as principais características da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDBEN/96.
a)
b)
c)
d)
e)
Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e genérica em suas proposições.
Respeito à autonomia acadêmica e dissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Liberdade, flexibilidade e autonomia.
Autonomia, inflexibilidade e normativa.
Flexibilidade, democrática, genérica em suas proposições.
24. De acordo com Libâneo, (1992):
As tendências pedagógicas são classificadas em dois grupos: de cunho liberal – Pedagogia
Tradicional, Pedagogia Renovada e Tecnicista Educacional e as de cunho progressista que são:
a)
b)
c)
d)
e)
Pedagogia Libertadora; Pedagogia crítica
Pedagogia Libertadora; Pedagogia crítico-social dos conteúdos
Pedagogia Libertadora; Pedagogia renovada
Pedagogia crítico-social dos conteúdos; Pedagogia tecnicista
Pedagogia Libertária; Pedagogia Libertadora
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25. Para a gestão democrática das verbas destinadas à educação, como expõe Brzezinski (2003), há
necessidade de substituir o autoritarismo, o clientelismo e os desvios, pelas formas que seguem:
I.
II.
III.
IV.
a)
b)
c)
d)
e)
Racionalidade e planejamento no uso do recurso.
Acompanhamento fiscal da sociedade.
Autoritarismo no gerenciamento das verbas.
Valorização da autonomia da escola.
As alternativas I, II e IV estão corretas
Somente a alternativa III está correta
Somente a alternativa IV está correta
Somente a alternativa II está correta
Todas as alternativas estão corretas
QUESTÕES DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TEXTO I (Para as questões de 26 a 33).
Sobre peixes e linguagem
01
Me ocorre frequentemente a ideia de que nós nos relacionamos com a linguagem assim
02 como os peixes se relacionam com a água. Fora da água, o peixe não existe, toda a sua natureza, seu
03 desenho, seu organismo, seu modo de ser estão indissociavelmente vinculados à água. Outros animais
04 até conseguem sobreviver na água ou se adaptar a ela, como focas, pinguins, sapos e salamandras, que
05 levam uma existência anfíbia. Mas os peixes não: ser peixe é ser na água. Com os seres humanos é a
06 mesma coisa: não existimos fora da linguagem, não conseguimos sequer imaginar o que é não ter
07 linguagem - nosso acesso à realidade é mediado por ela de forma tão absoluta que podemos dizer que
08 para nós a realidade não existe, o que existe é a tradução que dela nos faz a linguagem, implantada em
09 nós de forma tão intrínseca e essencial quanto nossas células e nosso código genético. Ser humano é
10 ser linguagem.
11
Mas a comparação com o peixe também pode se aplicar a uma outra dimensão da
12 linguagem, que é a única forma como a linguagem realmente adquire existência: a dimensão textual.
13 Abrir a boca para falar, empunhar um instrumento para grafar o que quer que seja, ativar a memória,
14 raciocinar, sonhar, esquecer... todas essas atividades humanas só se realizam como textos. Só tem
15 linguagem onde tem texto. (...) Talvez justamente por ele ser tão íntimo e inevitável quanto respirar,
16 algo que fazemos tão intuitivamente que nunca nos detemos para refletir sobre isso, é que o caráter
17 textual de toda manifestação da linguagem tenha sofrido esse soberano desprezo. E as consequências
18 desse desprezo, para a educação, configuram a tragédia pedagógica que tão bem conhecemos: a
19 redução do estudo da língua, na escola, à palavra solta e à frase isolada.
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10
20
Uma palavra solta, uma frase isolada são um peixe fora d'água. O texto é o ambiente
21 natural para qualquer palavra, qualquer frase. Fora do texto, a palavra sufoca, a frase estrebucha e
22 morre. E como pode o peixe vivo viver fora da água fria?
23
A ideia de que uma frase se sustenta sozinha é uma das inúmeras heranças que recebemos
24 da Antiguidade clássica. Mas sabemos que os primeiros estudos sobre a linguagem tinham um caráter
25 eminentemente filosófico, metafísico mesmo, pois os filósofos gregos não tinham preocupações
26 linguísticas propriamente ditas, muito menos preocupações didáticas: o que interessava a eles era
27 descobrir de que maneira (e se é que) a linguagem refletia o funcionamento da alma, que por sua vez (e
28 se é que) refletia o funcionamento do mundo natural, que por sua vez (e se é que) refletia a
29 organização do universo. Para isso, bastava a frase, a sentença isolada, o auto-telos logos, ou seja, o
30 enunciado completo em si mesmo, porque sua estrutura mínima servia aos propósitos da investigação
31 metafísica. O desastre se opera quando essa autosuficiência (suposta) da frase isolada é transferida
32 para os estudos da língua em si mesma e, pior ainda, para o ensino da língua. (...).
(Marcos Bagno.In. Antunes, I. Análise de textos. São Paulo: Parábola Editorial, 2010, p. 11-12)
26. Assinale a opção CORRETA, considerando as ideias apresentadas no texto.
a)
Só percebemos que a linguagem é essencial ao homem quando somos privados dela.
b)
A linguagem é inerente e essencial ao homem e a sua atualização dá-se necessariamente em
forma de textos.
c)
No mundo, somente a linguagem e os textos são reais.
d)
Todas as realizações humanas só se tornam possíveis através da linguagem e dos textos.
e)
A realidade não existe, só existe a linguagem.
27. Assinale a opção cujas frases mais adequadamente resumem as ideias defendidas no texto.
a)
“... o que existe é a tradução que dela nos faz a linguagem,...” (l. 08); “Ser humano é ser
linguagem.” (l. 09-10).
b)
“... que é a única forma como a linguagem realmente adquire existência: a dimensão textual.” (l.
12); “... todas essas atividades humanas só se realizam como textos.” (l. 14).
c)
“Ser humano é ser linguagem” (l. 09-10); “Só tem linguagem onde tem texto.” (l. 14-15).
d)
“Só tem linguagem onde tem texto.” (l. 14-15); “Uma palavra solta, uma frase isolada são um
peixe fora d'água.” (l. 20).
e)
“E como pode o peixe vivo viver fora da água fria?” (l. 22); “A ideia de que uma frase se
sustenta sozinha é uma das inúmeras heranças que recebemos da Antiguidade clássica.” (l.
23-24).
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11
28. Marque a opção que apresenta uma frase cuja estrutura linguística contraria os preceitos da
gramática normativa, mas mantém adequação à situação discursiva.
a)
b)
c)
d)
e)
“Me ocorre frequentemente a ideia de que nós nos relacionamos com a linguagem assim como
os peixes se relacionam com a água.” (l. 01-02).
“Outros animais até conseguem sobreviver na água ou se adaptar a ela, ...” (l. 03-04).
“... nosso acesso à realidade é mediado por ela ...” (l. 07).
“... algo que fazemos tão intuitivamente que nunca nos detemos para refletir ...” (l. 16).
“Para isso, bastava a frase, a sentença isolada, o auto-telos logos, ...” (l. 29).
Leia o excerto abaixo, para responder à questão 29.
“A ideia de que uma frase se sustenta sozinha é uma das inúmeras heranças que recebemos da
Antiguidade clássica. Mas sabemos que os primeiros estudos sobre a linguagem tinham um caráter
eminentemente filosófico, metafísico mesmo, pois os filósofos gregos não tinham preocupações
linguísticas propriamente ditas, muito menos preocupações didáticas:...” (l. 23-26).
29. O que se pretende nesse excerto é:
a)
b)
c)
d)
e)
criticar os estudos linguísticos que eram realizados na Antiguidade clássica;
enfatizar que os filósofos gregos centravam os seus ensinamentos na gramática normativa;
ratificar a compreensão de que pensamento e linguagem estão sempre interligados;
sugerir que uma abordagem filosófica da linguagem é indispensável a qualquer estudo dos
fenômenos linguísticos;
revelar que os estudos linguísticos baseados em análises de frases isoladas vêm de longas
datas.
30. Em relação ao sentido e às estruturas linguísticas das frases: “... ser peixe é ser na água.” (l. 05) e
“Ser humano é ser linguagem.” (l. 09-10), marque a opção que contém uma informação
INCORRETA.
a)
b)
c)
d)
e)
As quatro ocorrências da palavra “ser” podem ser interpretadas como pertencentes à mesma
classe gramatical – verbo.
“Ser” em “Ser humano”, comporta, morfologicamente e semanticamente, uma substantivação.
“ser” em “ser na água”, equivale a “viver”.
A forma verbal “é”, nas duas frases, denota uma verdade universal.
Na primeira frase, a segunda ocorrência de “ser”, equivale a “existir”, da mesma forma que a
segunda ocorrência dessa palavra, na segunda frase.
31. Os argumentos apresentados no texto dão conta de que:
a)
b)
c)
d)
e)
quando nos manifestamos através de textos, não estamos conscientes daquilo que fazemos;
o estudo da palavra e da frase isoladas favorece significativamente a compreensão da leitura;
os estudos filosóficos da linguagem tinham a preocupação de analisar as frases;
grande parte das interações comunicativas executadas pelo homem atualizam-se em textos;
o estudo da frase isolada é importante para a atualização da linguagem em textos.
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32. Textualmente, a palavra “o” equivale a “aquilo”, em:
a)
b)
c)
d)
e)
“... o peixe não existe, ...” (l. 02);
“... o que existe é a tradução que dela nos faz a linguagem, ...” (l. 08);
“Mas a comparação com o peixe também pode se aplicar a uma outra dimensão, ...”
“... é que o caráter textual de toda manifestação da linguagem ...” (l. 16-17);
“... refletia o funcionamento do mundo natural, ...” (l. 28).
(l. 11);
33. As expressões entre parênteses “(e se é que)” (l. 27-28), em relação aos fatos aos quais fazem
referência, sugerem, textualmente:
a)
b)
c)
d)
e)
certeza e crítica;
concordância e ironia;
crítica e ironia;
anuência e possibilidade;
crítica e possibilidade.
TEXTO II (Para as questões de 34 a 43).
Rios sem discurso
01
Quando um rio corta, corta-se de vez
02
o discurso-rio de água que ele fazia;
03
cortado, a água se quebra em pedaços,
04
em poços de água, em água paralítica.
05
Em situação de poço, a água equivale
06
a uma palavra em situação dicionária:
07
isolada, estanque no poço dela mesma,
08
e porque assim estancada, muda,
09
e muda porque com nenhuma comunica,
10
porque cortou-se a sintaxe desse rio,
11
o fio de água por que ele discorria.
12
O curso de um rio, seu discurso-rio,
13
chega raramente a se reatar de vez;
14
um rio precisa de muito fio de água
15
para refazer o fio antigo que o fez.
16
Salvo a grandiloquência de uma cheia
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13
17
lhe impondo interina outra linguagem,
18
um rio precisa de muita água em fios
19
para que todos os poços se enfrasem:
20
se reatando, de um para outro poço,
21
em frases curtas, então frase e frase,
22
até a sentença-rio do discurso único
23
em que se tem voz a seca ele combate.
(MELO NETO, João Cabral de. In: A educação pela pedra.
Rio de Janeiro: José Olympio. 1979, p.26.)
34. O texto de João Cabral de Melo Neto pode ser considerado metalinguístico, uma vez que aborda,
metaforicamente, aspectos ligados à linguagem e à língua. Com base nessas informações, marque
a opção em que a análise das ideias do texto está INCORRETA.
a)
b)
c)
d)
e)
“... a água equivale a uma palavra em situação dicionária: ...” (l. 05-06). A expressão
destacada se opõe à ideia de “discurso-rio”.
“... e porque assim estancada, muda, ...” (l. 08). A expressão nos remete à prática de análise
de frases isoladas, fora do seu contexto.
“... porque cortou-se a sintaxe desse rio, ...” (l. 10).O termo pode ser entendido como forma de
organização, as relações das palavras num discurso.
“... para que todos os poços se enfrasem: ...” (l. 19). O verbo marcado, semanticamente,
constitui a causa do que se expressa no verso “... a água se quebra em pedaços, em poços de
água.”. (l. 03-04).
“... até a sentença-rio do discurso único ...” (l. 22). O “discurso-único” representaria a forma de
combate “à seca”, ou seja, à falta de compreensão, de comunicação.
35. A temática do poema Rios sem discurso é desenvolvida no sentido de estabelecer uma
comparação entre rio e texto. No que se refere à dimensão do texto, assinala que:
a)
b)
c)
d)
e)
tudo que existe são relações. Assim, as palavras só têm sentido e valor se contextualizadas;
a palavra precisa ser dicionarizada para depois ganhar vida, no contexto;
a sintaxe são as palavras no “poço dela mesma”;
a palavra “estancada” estabelece comunicação com outra palavra;
a palavra “muda” pode constituir por si só um todo de sentidos.
36. Marque a opção que contém uma palavra que NÃO pertence ao grupo lexical relacionado ao
universo da língua portuguesa.
a)
b)
c)
d)
e)
“discurso”, “dicionária”, “sentença”.
“dicionária”, “sintaxe”, “frases”.
“sintaxe”, “linguagem”, “enfrasem”.
“dicionária”, “enfrasem”, “frases”.
“dicionária”, “enfrasem”, “cheia”.
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37. Assinale a opção CORRETA quanto ao emprego dos verbos: “cortar”, “estancar”, “reatar”,
“enfrasar”, no texto.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinalam, conotativamente, características ao universo natural.
Conferem, conotativamente, características ao universo das letras.
Somente “cortar” pode conferir característica ao universo natural.
Somente os verbos “reatar” e “enfrasar” relacionam-se semanticamente com o universo das
letras.
Não se verifica qualquer relação de sentido entre esses verbos e o universo das letras, no
texto.
38. Quanto às expressões “dicionária” (l. 06) e “enfrasem” (l. 19), é CORRETO afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
o uso dessas expressões, do ponto de vista textual, é inadequado;
o uso dessas expressões, do ponto de vista gramatical, está incorreto;
no texto, essas expressões são exploradas a partir da dimensão gramatical ancorada na
morfossintaxe;
a expressão “dicionária” não poderia concordar, gramaticalmente, com “situação”;
mesmo constituindo uma inovação, da palavra “frase” não se pode derivar “enfrasar”.
39. Assinale a opção em que o termo marcado NÃO faz referência a um termo anteriormente
explicitado.
a)
b)
c)
d)
e)
“... o discurso-rio de água que ele fazia; ...” (l. 02).
“... o fio de água por que ele discorria.” (l. 11).
“... para refazer o fio antigo que o fez.” (l. 15).
“um rio precisa de muita água em fios para que todos os poços se enfrasem: ...” (l. 18-19).
“... até a sentença-rio do discurso único em que se tem voz a seca ele combate.” (l. 22-23).
40. As palavras ou expressões dispostas nas opções abaixo remetem, textualmente, à mesma ideia,
ponto de vista de sua significação, EXCETO:
a)
b)
c)
d)
e)
“paralítica” (l. 04);
“discurso-rio” (l. 02);
“situação dicionária” (l. 06);
“estanque” (l. 07);
“muda” (l. 08).
41. Todas as palavras apresentadas nas opções abaixo são formadas pelo acréscimo de um prefixo,
EXCETO:
a)
b)
c)
d)
e)
“reatar”;
“Refazer”;
“enfrasem”;
“reatando”;
“grandiloquência”.
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42. Do ponto de vista das ideias que se verificam nas relações intertextuais presentes nos textos I e II,
é CORRETO afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
a palavra marcada na frase “Só tem linguagem onde tem texto.” (texto I, l. 14-15 ) e a
expressão “discurso-rio” (texto II, l. 02) traduzem o mesmo sentido no que se refere à
constituição da linguagem;
o critério para que os seres humanos se constituam como tais é a expressão linguística;
as palavras fora do texto constituem a linguagem, na sua essência;
esses dois textos utilizam-se de recursos metafóricos para caracterizar o homem enquanto ser
que fala;
a linguagem é processo e se constitui, na sua essência, em frases.
43. Os textos I e II, apesar de se constituírem em gêneros diversos, adotam a mesma concepção de
linguagem e constroem o seu ponto de vista a partir, predominantemente, de sequências
tipológicas:
a)
b)
c)
d)
e)
injuntivas;
argumentativas;
narrativas;
descritivas;
expositivas.
Leia os excertos I e II, abaixo, para responder às questões 44 e 45.
I. Se por um lado, falar e escrever são duas formas de manifestação do uso produtivo e criativo da
língua (gerando e transmitindo saber), por outro, ouvir e ler não são simples manifestações de
um uso reprodutivo e passivo da língua. Falar e escrever, ouvir e ler são ações igualmente e a
seu modo ativas, produtivas e criativas.(Marcuschi, L. A. Leitura e compreensão de texto falado
e escrito como um ato individual de uma prática social. In. Zilberman, R. e Silva, E. T. da.
(Orgs.). São Paulo: Ática, 2005, p.40).
II. é, muita pessoa agradece isso. Muitas pessoa elogia nóis e ... me deu uas coisa, que nóis tá
ajudano dispoluí o planeta, tá ... ajudano a dispoluí o rio e ... além do mais dão uns refrigerante,
cinquenta real, cem, e aí é ua grande sastifação ... que a gente faiz pra eles, limpanu a rua,
aquess gari[...]. (Transcrição de fala de colaborador de pesquisa de campo em situação de
entrevista).
44. Assinale a opção CORRETA, considerando o que se afirma sobre os excertos I e II, do ponto de
vista sociolinguístico.
a)
b)
c)
d)
e)
Os dois excertos são construídos a partir de um mesmo sistema linguístico.
O excerto I apresenta características da modalidade escrita da língua e, o II, da oral. Por essa
razão, somente o excerto I pode ser considerado estruturalmente correto.
O excerto II apresenta características de fala de pessoas não escolarizadas, por isso, percebese que essa fala não obedece a qualquer regra da gramática da língua.
A fala reproduzida no excerto I traz em si mesma qualidades relacionadas à modalidade oral da
língua e, em virtude disso, não é prestigiada socialmente.
Somente na manifestação oral da língua, modalidade a partir da qual foi reproduzido o excerto
II, ocorrem fenômenos relacionados à variação linguística.
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45. Analise a estrutura morfossintática do excerto I, acima, e marque a opção que apresenta uma
informação INCORRETA em relação ao que se afirma.
a)
b)
c)
d)
e)
Os termos falar e escrever (primeira ocorrência) e ouvir e ler (primeira ocorrência)
desempenham a mesma função sintática, nas suas respectivas estruturas frasais.
O segmento oracional: produtivo e criativo é um termo de natureza adjetiva.
Os vocábulos formas e simples apresentam morfemas gramaticais flexionais da mesma
natureza.
O vocábulo reprodutivo é um adjetivo formado pelo processo de derivação parassintética.
A unidade linguística destacada em: formas de manifestação, classifica-se morfologicamente
como uma unidade formal dependente.
Leia e analise a proposta de atividade de ensino de Língua portuguesa apresentada abaixo,
adaptada de um livro didático de Língua portuguesa, para responder às questões 46 e 47.
Níquel Náusea
Fernando Gonsales
(Publicada no Jornal Folha de São Paulo, de 25.6/2005)
Exercícios
Após a leitura da tirinha, responda às questões que seguem.
A. Na frase: Nos ficamos vermelhos!!, por que a forma verbal foi empregada na primeira pessoa do
plural?
B. O verbo da frase Você ficou linda está flexionado em qual número e pessoa? Justifique sua resposta.
C. Complete corretamente a frase A mulher e os piolhos ruivos(ficou/ficaram) e justifique sua resposta.
D. Escreva uma frase sintetizando a regra básica de concordância verbal.
(Cereja. R. W. e Magalhães, T. C. Português Linguagens. São Paulo: Atual, 2006, p. 196 - Adaptado).
Em geral, o livro didático de Língua portuguesa é o principal recurso utilizado na sala de
aula. Considere que a tirinha, bem como os exercícios a ela relacionados compõem uma unidade de
ensino. Analise-os cuidadosamente e responda às questões a seguir.
46. Em relação à proposta de ensino de língua apresentada, é INCORRETO afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
as atividades concentram-se em explorar as regras da língua, no seu sentido prescritivo;
não explora satisfatória e adequadamente a compreensão da leitura do texto, indispensável
num contexto de ensino produtivo;
o texto é utilizado somente para o estudo da gramática descontextualizada;
o exercício proposto não tem como parâmetro um ensino voltado para os processos de
construção dos sentidos, no texto;
as atividades propostas enfatizam os usos competentes da língua, configurados em práticas
sociais.
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47. Toda e qualquer estratégia ou proposta de ensino de língua materna apoia-se, necessariamente,
numa concepção de língua(gem). A proposta de atividade acima ancora-se numa compreensão de
que a língua(gem):
a)
b)
c)
d)
e)
é uma forma de atuação interativa;
é heterogênea e se presta aos mais diversificados usos sociais;
faz-se pela ação interlocutiva, por isso realiza-se de forma contextualizada;
é somente estrutura e regras que não levam em conta os seus possíveis usos na sociedade;
atualiza-se em textos.
48. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao se trabalhar, por exemplo, operadores
argumentativos e organização estrutural da sentença como objeto de ensino, numa sala de aula de
nível médio, a competência que se espera dos alunos é que eles consigam:
a)
b)
c)
d)
e)
ser capazes de escolher, entre as diversas possibilidades da língua, a que melhor atende à
pretensão de sentido de quem elabora um texto;
identificar as orações de um período;
classificar as orações de um período composto por subordinação;
identificar as palavras que são responsáveis por interligar as orações;
classificar os operadores argumentativos existentes na gramática da língua.
49. Um dos eixos em torno do qual articulam-se os conteúdos de Língua portuguesa, segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais, é o eixo que diz respeito à reflexão sobre a língua. Das opções
abaixo, assinale aquela cujo aspecto linguístico relacionado à reflexão NÃO contribui para ampliar a
competência discursiva do sujeito, segundo esse documento oficial.
a)
b)
c)
d)
e)
Variação linguística.
Organização estrutural das sentenças.
Processos relativos à construção de significações.
Maneiras como os discursos organizam-se.
Articulação entre texto e contexto no processo de compreensão.
Leia o trecho, a seguir, para responder à questão 50.
O termo Análise linguística [...] surgiu para denominar uma nova perspectiva de reflexão
sobre o sistema linguístico e sobre os usos da linguagem, com vistas ao tratamento escolar dos
fenômenos gramaticais.
(Mendonça, M. Análise linguística no ensino médio: um novo olhar, um novo objeto. In.: BUNZEN, C e MENDONÇA, M. (Org.). São
Paulo, Parábola Editorial, 2006, p. 205).
50. Das opções abaixo, somente uma apresenta recurso pedagógico que deve ser adotado numa
proposta de ensino focalizada na análise linguística. Assinale-a.
a)
b)
c)
d)
e)
Utilização da frase solta como unidade privilegiada para o ensino.
Centralização do ensino em atividades relativas à aprendizagem da norma padrão da língua.
Utilização do texto como unidade privilegiada para o ensino.
Ênfase do ensino em conteúdos de natureza gramatical normativa.
Ênfase do ensino no desenvolvimento das habilidades metalinguísticas.
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