www.apcd-saude.org.br Rua Rondinha, 54 - C. Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 Outubro | Novembro | dezembro | 2010 | nº 30 A APCD SAÚDE DESEJA UM FELIZ NATAL A TODOS! Remoção de implantes de forma conservadora Localização de canais calcificados com auxílio do microscópio operatório e ultrassom Terapia floral e os benefícios para a área da saúde IMPRESSO Pode ser aberto pela ECT 2 | APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 Editorial expediente Remoção de implantes de forma conservadora...................................................... 4 Silorano, resina composta com contração menor que 1%....................................... 6 Localização de canais calcificados com auxílio do microscópio operatório e ultrassom....................................................... 9 Unilever lança novo gel dental no mercado brasileiro........................................... 12 4 6 Dr. Sérgio Yunes - Editor área da saúde e no tratamento odontológico. A partir dessa edição serão publicados os artigos do cirurgião-dentista e consultor contábil, doutor Luís Carlos Grossi sobre serviços contábeis e gestão empresarial. Se o associado tiver alguma dúvida sobre esses temas, favor enviar e-mail para a coluna do doutor Grossi. Por fim, desejamos a todos um feliz 2011, com muita paz, saúde, sucesso, realizações e prosperidade! Terapia floral e os benefícios para a área da saúde................................................. 14 O que oferece mais vantagens - Pessoa Física ou Pessoa Jurídica?............................ 16 Cursos - 1º Semestre - 2011............... 18 APCD Saúde na posse da APCD-JP..... 22 APCD Saúde recepciona Macro 11..... 22 Aniversariantes.................................. 24 Indicador Profissional......................... 26 9 Calcificação Índice material Presidente Wagner Nascimento Moreno 1º Vice-Presidente Gilberto Machado Coimbra 2º Vice-Presidente Arne Aued Guirar Ventura Assessor da Presidência Admar Kfouri Secretário Geral Ossamu Massaoka 1º Secretário Moacyr Nunes Leite Junior 2º Secretário Durval Paupério Sério Tesoureiro Geral Takashi Yagui 1º Tesoureiro Carlos Teruo Itabashi 2º Tesoureiro Kunio Shimabukuro Depto. Assessor de Benefícios Auro Massatake Minei Depto. Assessores Científico Cheng Te Hua Luci Z. Finotti Patricia Takahama Depto. Assessor de Comunicações Paulo Yoshiteru Nagamine Depto. Assessor de Congressos e Feiras Luiz Afonso de Souza Lima Depto. Assessores Cultural Marta Tashiro Valsuir José Vezzoni Depto. Assessores de Defesa de Classe Elizabeth Aparecida Braga Helenice Formentin Ikegami Depto. Assessores E.A.P Cidney Hiroaki Cato Hiroshi Miasiro Milton de Souza Teixeira Samuel Moraes Cecconi Depto. Assessor de Esportes Mauricio Fazzura Depto. Assessor de Patrimônio Luiz Carlos Serrano Lima Depto. Assessor de Prevenção Nicola Felipe Lopez Bempensante Depto. Assessor de Rel. Internacionais Jum Kasawara Depto. Assessor da Revista e Informática Sérgio Yunes Depto. Assessores Social Julia Hiçae Uchida Silvia Cristina Ramos Coimbra Depto. Assessor de Turismo Shindi Nakajima Depto. Assessor de Clínica Sônia Maria Moraes Cecconi Depto. Assessor Nova Geração Arlindo Carvalho de Oliveira Neto Jornalista Responsável Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156 Edição de Arte/Projeto Gráfico Guilherme Gonçalves Impressão Input Comunicação Visual Ltda. M ais um final de ano se aproxima. O nosso presente aos leitores da revista “O Sorriso” são os artigos de renomados profissionais. O mestre em Implantodontia e doutor em Periodontia, Dr. Paulo Yataro Kawakami, nos mostra o caso da paciente I.C.M., 72 anos que procurou o serviço de Implantodontia da APCD Regional Saúde, se queixando de intensa dor. O Resumo do trabalho de conclusão de curso da cirurgiã-dentista Paula Fernanda Caetano, intitulado “Silorano, resina composta com contração menor que 1%” está publicado em nossa trigésima edição. Agradecemos mais uma vez aos doutores José Eduardo de Mello Jr. e Daniel Kherlakian pelo envio do artigo sobre “Localização de canais calcificados com auxílio do microscópio operatório e ultrassom”. As doutoras Clarice Tiba Murata e Mirta Fernandes Ribeiro especialistas em Terapia Floral, em artigo interessante, demonstram a eficácia e os benefícios dos florais para a Implantodontia Foto capa: Ilker Rua Rondinha, 54 - Chácara Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 Fone (11) 5078-7960 www.apcd-saude.org.br [email protected] [email protected] Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h Um 2011 repleto de saúde, paz e prosperidade APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 | 3 Implantodontia Remoção de implantes de forma conservadora A implantodontia trouxe para a odontologia uma enorme contribuição e se popularizou no que diz respeito ao conhecimento do paciente sobre o tema e com o aumento do número de serviços particulares e cursos de implantodontia, com isso o número de implantes colocados vem aumentando em progressão geométrica, associado a isso o aumento na falha de e ou deficiência no planejamento. Se pensarmos que o percentual de sucesso na implantodontia é alta já evidenciada histologicamente com implantes osseointegrados, para nós hoje o sucesso não está só ligado à osseointegração e sim a um conjunto de fatores como estética , presença de periimplantite, falhas protéticas, faz com que nosso percentual de insucessos aumente, temos basicamente problemas mecânicos e biológicos (Figuras 1 e 2). Apesar da capacidade técnica e científica da nossa comunidade odontológica ser alta, com o grande número de implantes instalados, faz com que falhas no planejamento aconteçam com maior freqüência, fazendo com que implantes instalados tenham que ser removidos (Figura 3). Usualmente para removermos um implante com problemas utilizávamos brocas tipo trefina ou brocas de aço carbide aonde a destruição óssea é considerável. Sobre essa questão surgiu no mercado um instrumento chamado Retrieval (Nobel Biocare). 1. Radiografia inicial Relato de caso clínico Paciente I.C.M., gênero feminino, 72 anos procurou o serviço de implantodontia da APCD Regional Saúde relatando ter realizado implantes osseointegrados em clínica privada. Após a instalação dos mesmos apresentou dor intensa na região de mandíbula direita, orientado pelo profissional que se tratava de dor pós-operatória permaneceu assim durante o período de osseointegração (4 meses). Foi realizado estudo para planejamento do tratamento e solicitado uma tomografia computadorizida I-cat, realizada anamnésia completa e termo de consentimento informado. 4 | APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 2. Contato implante com elemento dental 43 3. Retrivel em ação Constatamos no exame clínico e após realizar anestesia do forame mentual que a dor apresentada; cessava. Optou-se por realizar primeiramente a remoção do implante mais próximo (chave tipo retrieval), acima do forame mentual. Após uma semana de controle, constatou-se que a dor permanecia sem melhora do quadro, optou-se então em realizar endodontia do elemento 43 pela proximidade do implante da região 44. Após o término da endodontia aguardou-se 1 semana de controle e a paciente relatava a mesma intensidade de dor, sem nenhuma melhora. Optou-se, então, na remoção do implante da região 44. A remoção deveria ser conservadora devido à proximidade ao elemento dental 43, esse procedimento foi realizado com a utilização da chave tipo retrievel. TÉCNICA CIRÚRGICA Realizada em nível ambulatorial, após assepsia intra e extraoral, realizou-se anestesia local. O aparelho retrieval foi inserido ao implante e por meio de movimentos de contra torque utilizando-se uma catraca, o implante foi removido totalmente de forma conservadora, preservando desta forma o elemento dental 43 e todo tecido ósseo ao redor do implante. Após o procedimento paciente relatou melhora no quadro doloso Referências bibliográficas 4. Tecido ósseo preservado 1. JProsthodont 2010 nov5 Patel RD , Kan JY, Jonson LB, Rungecharassaeng K. The use of Dental Surgical Microscope to Aid Retrieval of a Fractured Implant Abutment Screw: A Clinical Report 2. Clin Oral Implants Res 2000: 11 suppl 1: 156-8 Schwarts MS Mechanical complications of dental implants 3. Misc h CE, Implantes dentários contemporâneos São Paulo; Santos Livraria e Editora; 2000 Dr. Paulo Yataro Kawakami Mestre em Implantodontia, Doutorado em Periodontia 5. Radiografia final APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 | 5 material Silorano, resina composta com contração menor que 1% Resumo trabalho de conclusão de Curso Autora: Paula Fernanda Caetano - Cirurgiã-Dentista Orientadora: Profª. MS Maria Lúcia S.F.Leme Banca: Prof. Dr. Luiz Altruda Filho, Prof. Dr. José Antonio Silveira Neves D esde as primeiras investigações, foram identificados os efeitos indesejáveis da contração de polimerização das resinas compostas. Muitas pesquisas tem sido feitas para desenvolver resinas compostas com menor contração de polimerização. Recentemente, foi desenvolvida uma resina onde a matriz orgânica é a base de silorano que apresenta contração de polimerização de 0,7% a 1,0% do seu volume. (Weimann, Thalacker e Guggenberger 2005 e Lopes 2008). Essa contração é bem menor àquela produzida pelas resinas compostas à base de BISGMA. Os compósitos à base de silorano apresentaram os menores valores de tensão de contração de polimerização (OLIVEIRA, 2009). A reação química das resinas compostas é a polimerização por adição dos radicais usando metacrilatos ou acrilatos. A baixa contração da resina à base de silorano é baseada em uma nova equação química de anel aberto. O processo de polimerização da resina com base de silorano, ocorre através de uma reação catiônica de abertura de um anel que resulta em uma menor contração de polimerização comparado à resinas de metacrilato que polimerizam por meio de uma reação de adição de radicais por Figura 1 Figura 4 6 | APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 ligações duplas. A etapa da abertura do anel durante a polimerização da resina silorano, reduz significativamente a quantidade de contração de polimerização que ocorre durante o processo de polimerização. Durante o processo de polimerização, as moléculas precisam se aproximar ao seus “vizinhos” para formar ligações químicas. O processo resulta em perda de volume. Em contraste aos grupos reativos lineares dos metacrilatos, a química de abertura do anel dos siloranos inicia com a clivagem dos anéis. Esse processo ganha espaço e compensa a perda de volume que ocorre no passo subseqüente, quando são formadas as ligações químicas (WEINMANN, W., THALACKER, C. e GUGGENBERGER, R. 2005). Além da contração, outro parâmetro fundamental para o desempenho do material é a tensão de polimerização. A tensão de polimerização é gerada quando resinas compostas, unidas ao substrato, são polimerizadas levando à contração de polimerização que por sua vez desenvolve forças resultantes dentro das paredes da cavidade. A rígida estrutura dentária irá tolerar essa força até certo ponto, no entanto, estas tensões podem gerar falhas nas margens ou danificar a estrutura sadia do dente pela Figura 2 Figura 3 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 10 Figura 8 Figura 9 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 sua deformação. Estas forças ou tensões são generalizadas sob o termo “tensão de polimerização”. A tensão de polimerização é principalmente determinada por 3 fatores: 1) a contração de polimerização, 2) o escoamento interno do material, e 3) a cinética de polimerização (a velocidade de polimerização). Um material com alta contração, um pequeno escoamento interno e uma alta velocidade de polimerização durante os primeiros segundos irá exibir a maior tensão de polimerização. A tecnologia silorano foi desenvolvida para minimizar a contração e diminuir a tensão desenvolvida. Além disso, a cinética de iniciação e polimerização da resina Silorano, foi melhorada para oferecer uma menor tensão de polimerização. Essa resina representa um grande passo para a ciência dos materiais e uma melhora significativa para a odontologia restauradora. A estabilidade e insolubilidade dos siloranos armazenados em fluidos biológicos apresentam resultados satisfatórios que o indicam para uso na cavidade oral quando comparados aos monômeros oxiranos-funcionais convencionais (Eick J. David et al. 2006) enquanto que o grau de conversão de profundidade, dureza, estabilidade e resistência ao escoamento conferem propriedades mecânicas à resina composta de siloranos comparáveis clinicamente à resina composta a base de BISGMA, (ILLIE e HICKEL, 2006). Um dos maiores inconvenientes das resinas compostas, à base de BISGMA, é a dificuldade de polimento que facilita o manchamento e aderência de biofilme dental. Quanto menor for o tamanho das partículas inorgânica melhor será o seu polimento. Por isso, de acordo com as necessidades das áreas a serem restauradas, optamos por resinas compostas de micropartículas, híbridas, microhíbridas ou nanométricas. As resinas à base de silorano apresentam menor suscetibilidade à aderência de estreptococos decorrente da sua alta hidrofobicidade. A resina à base de silorano pode melhorar significamente a longevidade das restaurações e reduzir as cáries recorrentes, ( BUERGERS et al., 2009). O sistema adesivo de silorano forma uma camada híbrida de espessura comparável à formada pelo adesivo à base de metacrilato de dois passos e mais espessa que a camada formada pelos adesivos autocondicionantes de passo único. Santini e Miletic (2008). Já, Cabral e Mazzola, (2009), relataram que o adesivo autocondicionante penetra efetivamente dentro do tecido dentinário, APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 | 7 material gerando infiltração marginal na dentina, e que o sistema adesivo de silorano é mais eficaz na prevenção de infiltração devido à sua baixa contração de polimerização. Navarra, et al. (2009), concordaram e acrescentam que o adesivo de silorano apresenta maior grau de conversão na camada híbrida formando uma interface mais estável. Portela, et al. (2010), concordam e afirmam que as propriedades de contração e profundidade de polimerização de uma resina composta são cruciais para o sucesso da restauração. End, et al. (2010), afirmam que os adesivos auto condicionantes de dois passos, o sistema adesivo à base de silorano, a resina Filtek Z100 (3M ESPE) e a resina de baixa contração Filtek Silorano (3M ESPE) aderiram igualmente na dentina e que a contração da resina silorano e da resina de metacrilato são semelhantes quando se usa sistema adesivo de Silorano. Recomendam a técnica incremental para diminuir a contração dessas resinas. Eick, et al. (2007), avaliaram as propriedades das resinas contendo monômero Tosu redutor de estresse e concluíram que a propriedade do Tosu em reduzir o estresse gerado pela contração de polimerização sem a redução das propriedades mecânicas é uma alternativa para melhorar as resinas à base de silorano. Concluíram, também, que a adesão de uma resina de BISGMA Figura 15 a uma resina silorano é mais efetiva quando se usa uma resina intermediaria a base de fosfato-metacrilato As resinas à base de silorano comparada às resinas à base de metacrilato exibem um comportamento melhor em relação à eficiência da polimerização e na adaptação marginal na parte inferior da cavidade; já os sistemas adesivos apresentam efeito positivo quanto a adaptação marginal, Papadogiannis, et al. (2009). Segundo os autores Mutluay, Lassila e Vallittu (2009), para uma colagem efetiva da resina dimetacrilato a uma resina de silorano, é necessária uma resina intermediaria a base de fosfato-metacrilato. A resina silorano mostra uma menor propriedade de colagem de incrementos que os compósitos convencionais dimetacrilatos. É consenso entre os autores que há necessidade de mais pesquisas sobre o adesivo à base de silorano quanto às propriedades mecânicas da camada híbrida, sua estabilidade a longo prazo e há necessidades de estudos complementares sobre a micro infiltração marginal. As resinas à base de silorano apresentam um grau de contração menor do que as resinas à base de BISGMA e menor infiltração marginal aumentando a longevidade das restaurações. Figura 16 Figura 17 Figura 19 Figura 20 Da esquerda para a direita, Luiz Altruda Filho, Paula Fernanda Caetano, Maria Lúcia S.F. Leme e José Antonio Silveira Neves Figura 18 Dra. Paula Fernanda Caetano Cirurgiã-Dentista 8 | APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 Calcificação Localização de canais calcificados com auxílio do microscópio operatório e ultrassom A calcificação pode ser definida como uma obliteração dos canais radiculares pela deposição progressiva de tecido mineralizado em seu interior1,2. Quando este processo encontra-se presente, o clínico se depara com um grande desafio, uma vez que a não localização dos canais pode ter influência negativa no prognóstico. A suspeita da presença de calcificação pode ser levantada durante o diagnóstico clínico e radiográfico. Clinicamente os dentes apresentam coroa com coloração alterada, e radiograficamente os canais mostram um apagamento dos limites pulpares com obliteração parcial3 ou completa da câmara pulpar e dos canais radiculares devido à deposição de dentina nos espaços pulpares. A ocorrência de calcificação é maior em dentes com cáries, acometidos por traumas, capeamento pulpar, pulpotomia, restaurações extensas, preparos protéticos próximos a câmara pulpar e trauma oclusal. O conhecimento de anatomia interna e externa dental associada a tecnologia com a utilização de unidades de ultrassom com insertos lisos e diamantados e o microscópio operatório, podem ser em alguns casos decisivos para o sucesso da localização e tratamento desses canais, alcançando índices de sucesso de 83,33% dos casos atestado por Zuolo e cols em 20104. Na tentativa de localização erros de procedimento podem ocorrer como perfurações na região de furca, perfurações radiculares ou desvios do trajeto original do canal. Uma das maneiras de avaliar se o desgaste realizado com insertos de ultrassom está sendo realizado na direção do canal radicular é através da variação da angulação horizontal da radiografia. Atualmente com a utilização da magnificação associada a um boa intensidade de luz, ambas obtidas através do microscópio operatório, pode-se observar detalhes de câmara pulpar e entrada do canal radicular que servem de grandes auxiliares nesta busca. Ao visualizar o campo operatório sob magnificação, a calcificação apresenta: diferença na coloração da dentina – podendo ser translúcida ou esbranquiçada, textura rugosa e irregular; normalmente depositada sobre o sulco do assoalho da câmara pulpar e sobre os canais radiculares. Clinicamente, na ausência de qualquer dessas referências citadas, o profissional pode gotejar hipoclorito de sódio na cavidade pulpar em pequena quantidade, e observar com o microscópio geralmente em maiores magnificações (X8,X12,5), se existe algum ponto de borbulhamento, o que claramente identifica a entrada do canal; uma vez que o hipoclorito quando em contato com tecido orgânico produz a liberação de oxigênio5. À seguir apresentaremos alguns casos clínicos de calcificação: Figura 1 - Insertos de ultrassom / CPR Spartan Figura 2.a - Radiografia inicial de dente 16 / apagamento dos limites pulpares APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 | 9 Calcificação Figura 2.b - Radiografia prova do cone com 4º canal localizado Figura 2.c - Radiografia final Figura 3.b - Foto com microscópio X8 / calcificação câmara pulpar Figura 3.c - Foto com microscópio X8 / inserto diamantado trabalhando câmara pulpar Figura 3.a - Radiografia inicial dente 36 com câmara calcificada Figura 3.d - Foto com microscópio X8 / localização canais 10 | APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 Figura 3.e - Foto com microscópio X8 / canais localizados Referências bibliográficas 1. De Cleen M. Obliteration of pulpal canal space after concussion and subluxation: endodontic considerations. Quintesssence Int. Out;33(9): 661-9, 2002. 2. Andreasen JO & Andreasen FM. Texto e atlas colorido de traumatismo dental 3ª ed porto Alegre: Artmed Editora, 2001. 770p. 3.Consolaro A. Metamorfose cálcica da polpa versus calcificações distróficas da polpa. Rev Dental Press Estet 5(2):130-5, 2008. 4. Zuolo ML, Kherlakian D, Mello Jr JE, Carvalho MCC, Fagundes MIRC. Localização de canais calcificados com auxílio de miscroscópio clinico operatório: série de casos clínicos. Rev Assoc Paul Cir Dent 2010; 64(1): 28-34 5. Zuolo ML, Kherlakian D, Mello Jr JE, Carvalho MCC, Fagundes MIRC. Reintervenção em endodontia. Livraria Santos Editora 2009. Figura 3.f - Radiografia final Dr. José Eduardo de Mello Jr. Professor do Curso de Especialização em Endodontia da APCD Jardim Paulista e UNINOVE. Dr. Daniel Kherlakian Figura 3.g - Radiografia de controle de 12 meses com reparo da lesão Professor do Curso de Especialização em Endodontia da APCD Jardim Paulista e UNINOVE. APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 | 11 mercado Unilever lança novo gel dental no mercado brasileiro Entrevista com Peter Soer, Vice-presidente sênior Global de Oral Care da Unilever Por Israel Correia de Lima imensa de fazer as pessoas escovarem os dentes pelo menos duas vezes ao dia. Uma vez estabelecido o hábito – que é o mais difícil –, você começa a incrementar os benefícios. Então, um deles, por exemplo, seria um produto que ofereça mais brancura. Em cima da saúde básica, que seria o anticáries, você coloca um extra de brancura ou, outro exemplo, produtos para saúde bucal completa que se preocupam com o cuidado das gengivas. O Sorriso: Qual a estratégia e o posicionamento da Divisão de Oral Care da Unilever? Peter Soer: A estratégia da Unilever Global denomina-se “a bússola”. Baseia-se em ajudar a vida de muitas pessoas ao redor do mundo, sem causar danos ao meio ambiental. Nossos produtos: detergentes para roupas, cremes dentais, sabonetes, entre outros, ajudam a contribuir para o bem-estar geral das pessoas. Acreditamos que precisamos vender mais de nossos produtos, pois vendendo mais, ganhamos mais e, assim, podemos reinvestir, gerar mais empregos, as pessoas ganham em qualidade de vida, consomem mais, a economia cresce. O segmento Oral Care, que é a nossa categoria, é um ótimo exemplo, porque sem uma boca saudável não existe saúde em termos gerais, não existe saúde total. Acreditamos que com cremes dentais, com as escovas e ensinando as pessoas a maneira correta de escovação pode reduzir bastante a incidência desses problemas em toda a família, desde a criança até o avô. O que nós oferecemos é uma boca sem problemas, portanto, sem dor e sem cáries, com hálito fresco, dentes brancos, o que aumenta a confiança das pessoas para que elas possam sair e cumprir a sua rotina e se aproximar uns dos outros sem nenhum tipo de preocupação quanto a isso. A Oral Care está no coração da estratégia, é a bússola da Unilever. O Sorriso: Quais são as oportunidades de mercado vislumbradas pela empresa? Peter Soer: É uma estratégia muito simples. No coração deste mercado há cremes dentais, escovas e enxaguatórios bucais. No entanto, na maioria dos mercados, você tem uma oportunidade 12 | APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 O Sorriso: Poderia falar sobre a amplificação da linha de produtos e seu público-alvo? Peter Soer: Temos duas marcas: a de saúde familiar, que tem nomes diferentes em várias partes do mundo, e a marca de confiança jovem, que é o gel CloseUp. No Brasil, nosso negócio é todo baseado em CloseUp, lançado aqui nos anos 70. A Unilever trouxe para o mercado brasileiro e criou o gel. Com o CloseUp introduzimos um modelo diferente de creme dental: colorido, para jovens, mais interessante. Sabemos que algumas pessoas acham que o gel não é um produto tão eficiente no cuidado oral. Isso é um erro, porque os géis são, tão bons quanto as pastas e em alguns aspectos até melhores. Por exemplo: o gel carrega tanto flúor quanto uma pasta branca e tem um efeito bactericida. Dá frescura duradoura e é delicado com os esmaltes dos dentes, o que é bom; por esse tipo de cuidado, o que pouca gente sabe, é que ele é menos abrasivo que as pastas brancas. Nossa missão com o CloseUp é continuar motivando os jovens a escovar com um produto que colorido, fresco, saboroso, mas, ao mesmo tempo, trazer-lhes a segurança de que é um produto de muita qualidade e que entrega os benefícios básicos de saúde. Nossa última novidade é o lançamento do White Now. Foi lançado primeiro na Europa. Tem dois sabores: um fresco e outro muito fresco, que se chama Ice Cool Mint. Com esse produto trouxemos uma grande inovação em embalagem, a brancura e a transparência, e que fosse realmente muito chamativo. É uma embalagem de plástico transparente de PET, e a gente vê, pelo exemplo da Europa, que as pessoas gostam tanto, que muitas vezes guardam a caixinha. Todo mundo quer dentes mais brancos, mas tem medo de uma abrasão muito pesada dos dentes ou de uma ação química muito forte. Esse produto atua de duas maneiras: tanto tem a parte que remove as manchas superficiais nos dentes ao longo do tempo quanto a parte, que é a mais interessante, revolucionária, que contém um princípio do corante chamado Blue Covarine, o qual adere a superfície do dente e, por meio de tecnologia ótica, faz com que o amarelo seja percebido como branco. Essa película é azul. Então, quando a luz bate no azul sobre o amarelo, vira branco, sem abrasão adicional e sem ação química, então é a brancura saudável. Essa é a nossa grande inovação para atingir o público na faixa etária dos 18 aos 24 anos. O produto já se encontra em lojas e com propaganda maciça em tevê. O valor unitário gira em torno de R$ 3,49. O Sorriso: Sua opinião sobre a parceria com a World Dental Federation (FDI). Peter Soer: A resposta é curta. Adoramos a parceria com a FDI, que é uma parceria muito interessante pra gente. E o poder dessa relação está no fato de que a gente divide o mesmo objetivo, que é melhorar a saúde bucal das pessoas em todo lugar no mundo. O Sorriso: Qual a estratégia da empresa para se aproximar dos profissionais de Odontologia? Peter Soer: Na verdade, nossa estratégia é justamente o que acabei de descrever: por meio da FDI, trabalhar com os dentistas buscando essa missão de saúde melhorada no mundo todo. Isso é interessante para os dentistas porque dá outra magnitude ao trabalho deles, ao invés de pensar somente “eu vou fazer mais ainda para minha clínica odontológica”, ele vai mais adiante: o profissional tem um papel social e político dizendo que trabalha com a Unilever e com a FDI para “melhorar a saúde geral da população”. O Sorriso: Para finalizar, poderia discorrer sobre o mercado de produtos whitening? Peter Soer: A gente entende que o whitening é um dos benefícios mais interessantes. Todos querem dentes brancos. Mas existem muitas barreiras impedindo que as pessoas ou acreditem em uma promessa de brancura ou, acreditando, comprem uma promessa de brancura. E um dos exemplos de produto que contradiz isso e que mostra um caminho é o White Now, que oferece um benefício real, sem a questão mecânica ou do branqueamento químico, sem agressividade. Nesse momento, hoje, o segmento de branqueamento, de brancura, é o que cresce mais rapidamente no mercado global. E isso deve continuar. E nós queremos que continue porque somos a companhia nesse mercado de Oral Care Global que lidera o segmento de whitening. Nós somos a companhia que lançou dentes visivelmente mais brancos em quatro semanas, depois disso, em duas semanas. E agora o White Now. Nós acreditamos, portanto, no segmento de whitening, e vale ressaltar que lideramos o número de publicações acadêmicas na área de whitening globalmente. Uma das coisas que a gente está estudando e quer aprender mais é a questão da brancura em diferentes estágios de vida da pessoa. O jornalista Israel Correia de Lima viajou a Salvador, na Bahia, para participar do Congresso Mundial Anual da Federação Dentária Internacional (FDI) a convite da Unilever. Participaram da entrevista: Alexandre Sardo – diretor de marketing no Brasil de Oral Care; Tatiana Lemos – diretora de marketing para a América Latina de Oral Care. APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 | 13 Tratamento Terapia floral e os benefícios para a área da saúde Casos clínicos Paciente 40 anos, logo no início da anamnese relatou medo extremo do tratamento dentário. Apresentou sudorese excessiva desde o exame clínico. Marcava avaliações e só retornava para o tratamento de 3 a 5 meses depois. Dizia que precisava se preparar psicologicamente para as consultas. A paciente tomou o floral emergencial e conseguiu retornar a semana seguinte. Mantivemos o primeiro floral durante um mês. Após esse período, foi ministrado o floral do medo. Hoje em dia, vem normalmente às consultas que marca periodicamente a cada seis meses. Paciente 71 anos apresentava redução de abertura bucal, impossibilitando a moldagem para a realização da placa de bruxismo. Foi indicado o uso de florais, e em três meses, houve o destravamento mandibular permitindo a realização da moldagem e posterior tratamento odontológico. A terapia floral é parte de um campo emergente de tratamentos e modalidades terapêuticas, de características não invasivas consideradas importante alavanca de cura, que amplia o universo de ações dos profissionais de saúde. Em 2008, o Conselho Federal de Odontologia reconheceu o exercício pelo cirurgião-dentista das práticas integrativas e complementares a saúde bucal. A resolução CFO-82 \2008 regulamentou o uso de Terapia Floral como auxiliar ao procedimento odontológico. A terapia floral se define como prática complementar ao bem-estar da saúde, na medida em que consiste no uso de essências florais como método de tratamento, focando a atenção no indivíduo e não na doença, podendo ser usada em qualquer pessoa, de todas as idades, não possuindo contra-indicações e nem produzindo interações medicamentosas, oferecendo uma forma ampla de prevenção e humanização. As essências florais podem nos auxiliar equilibrando o estado emocional e mental do paciente, facilitando o tratamento odontológico. Atuam ainda minimizando os efeitos negativos de dor e tensão,sendo indicados antes, durante e após cirurgias e pequenos procedimentos. Os remédios florais são extratos líquidos geralmente ingeridos por via oral. Preparados a partir de flores, plantas e árvores da natureza, sendo que nenhuma delas são venenosas e não causam qualquer dano a saúde. A ida ao dentista, por mais simples que seja o procedimento gera desconforto, uma certa apreensão e expectativa. Essas reações são naturais, porém alguns pacientes apresentam reações de uma forma muito exacerbadas, dificultando nosso tratamento. 14 | APCD SAÚDE | out | nov | dez | 2010 CONCLUSõES A Terapia Floral é uma ferramenta de grande valia, por atuar e trabalhar nas emoções; ajudando não só o paciente como um todo, mas também a nós, profissionais, nos dando suporte e controle da situação. Referências bibliográficas 1.SILVA, G. O.M.P., coordenadoras Florais: pesquisas revelam tratamentos e resultados dessa terapia. São Paulo: Gente; 1999 2. KAMINSKI, P; Katz R. Repertório das Essências Florais 3. Revista Brasileira de Terapia Floral. Ano XVI -Nº 84 Dra. Clarice Tiba Murata Especialista em Terapia Floral - Habilitada pelo CFO, Profa. dos cursos Healingherbs®- Regional Course Director São Paulo Dra. Mirta Fernandes Ribeiro Especialista em Terapia Floral - Habilitada pelo CFO, Profa. dos cursos Healingherbs®- Regional Course Director São Paulo, Profa. Assistente Florais Brasileiro Joel Aleixo