Segundo Reinado

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Segundo Reinado – D. Pedro II (1840-1889)
O Segundo Reinado é a fase da História do
Brasil que corresponde ao governo de D.
Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840,
com a mudança na Constituição que declarou
Pedro de Alcântara maior de idade com 14
anos e, portanto, apto para assumir o
governo. (golpe da maioridade)
O 2º Reinado terminou em 15 de novembro
de 1889, com a Proclamação da República.
O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos,
foi marcado por muitas mudanças sociais,
política e econômicas no Brasil.
Imagem de D. Pedro II – Praça de Petrópolis.
Política no Segundo Reinado
A política no Segundo Reinado foi marcada pela disputa entre o Partido Liberal e o
Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram
elitistas. Neste período o imperador escolhia o presidente do Conselho de Ministros
entre os integrantes do partido que possuía maioria na Assembléia Geral. Nas
eleições eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos violentos para garantir
a eleição.
Término da Guerra dos Farrapos
Quando assumiu o império a Revolução Farroupilha estava em pleno
desenvolvimento. Havia uma grande possibilidade da região sul conseguir a
independência do restante do país. Para evitar o sucesso da revolução, D. Pedro II
nomeou o barão de Caxias como chefe do exército. Caxias utilizou a diplomacia para
negociar o fim da revolta com os líderes. Em 1845, obteve sucesso através do Tratado
de Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na Revolução Farroupilha.
Revolução Praieira
A Revolução Praieira foi uma revolta liberal e federalista que ocorreu na província de
Pernambuco, entre os anos de 1848 e 1850. Dentre as várias revoltas ocorridas
durante o Brasil Império, esta foi a última. Ganhou o nome de praieira, pois a sede do
jornal dirigido pelos liberais revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na rua da
Praia.
Guerra do Paraguai
Conflito armado em que o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e
Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou entre os anos de 1864 e 1879 e levou o
Paraguai a derrota e a ruína.
Ciclo do café
Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação
brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno.
Os fazendeiros (barões do café), principalmente paulistas, fizeram fortuna com o
comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso.
Boa parte dos lucros do café foi investida na indústria, principalmente nas cidades de
São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o processo de industrialização do Brasil.
Imigração
Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mãode-obra nos cafezais de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos poucos,
substituírem a mão-de-obra escrava que, devido as pressões da Inglaterra, começava
a entrar em crise. Além de buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista,
também foram para as grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas
indústrias.
Questão abolicionista
- Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a
promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos
de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
Crise do Império
A crise do 2º Reinado teve início já no começo da década de 1880. Esta crise pode ser
entendida através de algumas questões:
- Interferência de D.Pedro II em questões religiosas, gerando um descontentamento
nas lideranças da Igreja Católica no país;
- Críticas e oposição feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que mostravam-se
descontentes com a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam
insatisfeitos com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército
não podiam dar declarações na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da
Guerra;
- A classe média brasileira (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas,
estudantes, artistas, comerciantes) desejava mais liberdade e maior participação nos
assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social
passou a apoiar a implantação da República no país;
- Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste
Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder
econômico. Fazendeiros de regiões mais pobres do país também estavam
insatisfeitos, pois a abolição da escravatura, encontraram dificuldades em contratar
mão-de-obra remunerada.
Fim da Monarquia e a Proclamação da República
Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos
republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu presidente. No final do dia,
Deodoro da Fonseca assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e
instalando um governo provisório.
No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial brasileira viajaram para a
Europa. Era o começo da República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca
assumindo, de forma provisória, o cargo de presidente do Brasil.
O ultimo retrato da Família Imperial em Petrópolis as vésperas do exílio.
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