A Geografia Teorética-Quantitativa de David Harvey: “Explanation in Geography” João Rodrigues de Souza FIlho Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, USP, SP Objetivos Compreender a importância do geógrafo David Harvey dentro da Ciência Geografia, na qual segue a corrente da Nova Geografia ou Geografia Teorético-Quantitativo, em sua tentativa de criar regras/leis gerais para esta Ciência. Sendo influenciado por diversas matrizes do pensamento entre as quais: NeoPositivismo, Neo-Kantismo, Estruturalismo, Teoria dos Sistemas e Modelos. Assim se tem por objetivo entender a importância de David Harvey e o modo como as teorias Filosóficas não estão separadas e influenciam as formulações metodológicas nas ciências humanas em geral e, em particular, na geografia. Visando com tudo isso a importância do Estado e do Planejamento. Métodos/Procedimentos Buscamos neste trabalho entender como David Harvey procura construir uma Filosofia Geográfica [1] para a corrente teórica da Nova Geografia ou Geografia Teorética-Quantitativa. Para tanto foi necessário entender os fundamentos da influência Kantiana na Geografia [2]; a influência da lógica formal, dos trabalhos do Circulo de Viena [3] e do Quantitativismo na Geografia [4]; além de buscar entender as influências do Estruturalismo dentro da Geografia e como, este, serviu de base para a criação de Sistemas e Modelos geográficos. Para, por fim,apreender como o autor chegou na elaboração de sua Obra. Resultados A Geografia ao tratar em seu conteúdo cientifico da organização territorial, através de seus estudos de Geopolítica e Geografia Política, estudos de Geografia Econômica, estudos de Planejamento, Meio Ambiente, Geomorfologia, etc, se fez necessário a criação de métodos que dessem suporte a essas teorias e às colocassem em prática. Essa necessidade de concretude e métodos para as teorias se manifesta, dentro da Geografia Teorético-Quantitativa, a partir dos Sistemas e Modelos Geográficos – análogos e simulacros da realidade concreta influenciados fortemente pelo Neo-Kantismo, Neopositivismo e o Estruturalismo e todo o rigor lógicomatemático e formal que essas teorias pressupõem, tendo por principal método as teorias Kantiana, adaptadas à Geografia, Idiográfica e Nomotética. David Harvey se utiliza de todas essa teorias para fazer os Sistemas e Modelos Geográficos avançarem dos pontos onde se encontravam levando a frente todo o arcabouço teórico usado até então pelos geógrafos. Conclusões Os Estados (Cidade-Estado, Estado Regional (Ducado, Reino etc.) e Estado Nação) sempre precisaram, cada um a seu modo, de uma forma efetiva de controle e expansão territorial. A Geografia vem como peça importante para ajudar nesta empreitada, ajudando a impor, a todos os povos do Planeta, por Imperialismos e/ou Colonizações essa forma de organização. Os geógrafos para melhor responder a essas demandas se utilizaram de pressupostos teóricos a-históricos, buscando entender cada área do globo de maneira singular e as comparando, utilizando-se dos Sistemas e Modelos geográficos como o método nessa empreitada. Referências Bibliográficas [1] HARVEY, DAVID. Teorías, Leyes y Modelos en Geografía. Madrid: Alianza Editorial, 1983. [2] MARTINS, ÉLVIO RODRIGUES. Da Geografia à Ciência Geográfica e o Discurso Lógico. Tese de Doutorado, FFLCH, USP, 1997. [3] KRAFT, VICTOR. El Circulo de Viena. Madri: Taurus, 1966. [4] GERARDI, LÚCIA HELENA DE OLIVEIRA; SILVA, BARBARA-CHRISTINE M. NENTWIG. Quantificação em Geografia, São Paulo: Difel, 1981.