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59º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 59o Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2013
Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Concepção dos acadêmicos de Ciências
Biológicas e Biotecnologia sobre conceitos
de genética e biologia molecular
Vasconcelos, AA1; Silva, DBS1; Grisolia, AB1
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD, Dourados, MS
1
[email protected]
Palavras-chave: universitários, ensino, aprendizagem, DNA, clonagem
Investigar os conhecimentos básicos adquiridos durante a formação de estudantes é de extrema importância, pois
tais pesquisas possibilitam fornecer resultados que em reflexões coletivas poderão auxiliar a busca de alternativas de
ensino para que os alunos aprendam de maneira sólida e eficaz os conteúdos abordados em sala de aula. O presente
estudo teve como objetivo avaliar os conceitos sobre conteúdos básicos da área de genética e biologia molecular de
75 graduandos dos cursos superiores de Ciências Biológicas e Biotecnologia da Faculdade de Ciências Biológicas e
Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados. Para tanto, os acadêmicos responderam um questionário
contendo 15 questões básicas relacionadas a essas áreas, sendo algumas objetivas e outras dissertativas. A avaliação
das respostas foi realizada de acordo o gabarito pré-estabelecido. Em relação ao gênero, 55 dos participantes
eram do sexo feminino e 20 masculino, com idades variando desde 17 a 55 anos. As porcentagens de acertos dos
estudantes para cada uma das temáticas avaliadas foram 46% para material genético, 67,3% para tecnologia do DNA
recombinante, 33,3% para clonagem, 82,6% para células tronco, 74% para divisão celular, 66,6% para fenótipo
e genótipo e 86,6% para genética de tipo sanguíneo. Os alunos apresentaram maior dificuldade em responder
as questões relacionadas à clonagem possivelmente em decorrência do referido conteúdo ser pouco abordado de
forma adequada e clara. No geral, os conteúdos mais compreendidos pelos estudantes foram os que envolvem
temas relacionados à biologia celular básica, provavelmente devido a maior abordagem deste assunto desde o ensino
médio. O tema células tronco apresentou alta porcentagem de acertos, no entanto mais da metade dos alunos
que acertaram não justificou a resposta. O tema tecnologia do DNA recombinante apresentou boa compreensão
dos alunos, indicando que estes já possuem noções básicas sobre transgenia, possivelmente por já existir na mídia
algumas discussões sobre alimentos transgênicos. Nesta pesquisa foi possível concluir que embora muitos alunos
já tivessem conhecimento básico dos temas avaliados, alguns ainda apresentavam várias concepções errôneas sob o
ponto de vista científico - como nas respostas que afirmavam que os genes dos seres vivos podem ser encontrados
apenas dentro de núcleos -, não souberam responder ou tiveram dificuldade em explicar as respostas corretas.
Assim, é importante que o professor desenvolva estratégias de ensino que promovam aprendizado mais eficiente.
Apoio Financeiro: Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
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Using the Rosalind platform as a
complementary tool in teaching nucleic acids:
an experiment with undergraduate students
Nunes, R1,2; Malafaia, G1,2,3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, IF Goiano – Urutaí Campus, State of Goiás, Brazil;
Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais e Biológicas (NPCAB), IF Goiano – Urutaí Campus, State of Goiás, Brazil;
3
Departamento de Ciências Biológicas, IF Goiano – Urutaí Campus, State of Goiás, Brazil
1
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[email protected]
Keywords: Bioinformatics, teaching bioinformatics, undergraduation studies, teaching tool, cell biology
Among the initiatives to develop an efficient Bioinformatics education, the Rosalind platform is used to solve problems
in biology online. To test its efficiency as a teaching tool, the objective of our study was to develop, apply and validate
a methodology that uses the solution of Bioinformatics problems and that is present in the Rosalind platform as a
complementary tool in teaching nucleic acids to undergraduate students. The intention was to improve teaching of a
basic subject of Molecular Biology and to give the opportunity to the academic staff of to have access to Bioinformatics
concepts. The thirty-four students who participated in this study belonged to the first period of the teaching course
on Biological Sciences of the Instituto Federal Goiano – Urutaí Campus, Brazil, and were registered in the Cell Biology
course in the first semester of 2013. Initially, by means of a questionnaire previously validated, a profile of the population
in question was drawn. The majority were women (55.8%) of ages averaging 20 years (±3.14), who use the computer
on a daily basis (73.56%) and mainly to access the internet (88.24%); who have never heard of Bioinformatics
(91.18%), but believed that computing can be used to solve problems in biology (76.47%), as well as constituting a
pedagogical tool in teaching biology (67.65%). Four 55 minute-long expository/dialogued lectures were elaborated
and taught, which covered the content of “structure and functions of nucleic acids”. Then the students were invited
to participate in four meetings in the informatics laboratory, in which some Bioinformatics concepts and the Rosalind
platform were introduced and some problems could be solved by means of the Python programming language.
One of the problems involved a sequence of 1000 nucleotides. An expected answer was, for example, the transcript
resulting from this sequence. Nine out of 34 students who attended lectures volunteered for this stage. In the week
that followed the informatics laboratory meetings, an evaluation was applied, with seven discoursive questions on the
content worked during the lectures. The objective was to evaluate learning and to which extent the work with the
Rosalind platform influenced the learning process. The students who gained experience with the Rosalind platform were
significantly more successful that those who only attended the lectures (p<0.01, Student’s t test). Besides, the students
who participated in the informatics laboratory meetings were more capable of interpreting scientific techniques that
could be associated with beneficial implications to humans. They could also solve a problematic situation more easily,
using the theoretical knowledge adquired while studying nucleic acids. It is concluded that the approach used in this
study can be an efficient pedagogical tool in the development of competences/skills related to teaching of nucleic acids.
Financial Support: MEC/SESu
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Genética da conservação: uma atividade para
alunos ensino médio
Sujii, PS1; Zucchi, MI2
Universidade Estadual de Campinas, Unicamp, Campinas, SP; 2Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Polo
Regional de Desenvolvimento Tecnológico do Centro Sul, APTA, Piracicaba, SP
1
[email protected]
Palavras-chave: Animação, Vídeo, Diversidade Genética, Meio Ambiente, DNA
A genética e a conservação do meio ambiente têm sido temas cada vez mais frequentes na mídia, mas a compreensão
da relação entre esses dois temas ainda está restrita ao meio acadêmico. Por outro lado, as palavras “genética” e “DNA”
são facilmente associadas a “teste de paternidade” pelo público leigo, indicando que a genética é um tema com o
qual as pessoas têm alguma familiaridade. É importante difundir a informação de que é possível estudar o meio
ambiente utilizando a genética como ferramenta, em especial para alunos que estão escolhendo suas futuras carreiras
e prestes a ingressar na universidade. Neste trabalho, abordamos a relação entre genética e meio ambiente no sentido
de mostrar como estudos de genética de populações podem subsidiar planos de conservação e manejo. Considerando
o perfil dinâmico dos adolescentes, desenvolvemos um vídeo que introduz o tema, utilizando técnicas de animação.
Ao longo do vídeo, apresentamos problemas atuais como poluição e desmatamento para contextualizar o tema;
apresentamos a ideia de que o estudo do DNA não fica restrito a testes de paternidade; mostramos, por meio de
exemplos com plantas e animais, que tamanho pequeno e endogamia podem ser problemas para populações naturais;
e indicamos que a pesquisa em genética pode encontrar soluções para conservar populações a longo prazo. Exibiremos
o vídeo a alunos de ensino médio da cidade de Piracicaba em aulas de educação ambiental. O material didático
estará disponível em páginas em que a visualização é gratuita e que possam ser acessados por professores e alunos.
Financiamento: FAPESP
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Brincando com a Genética e Evolução: Atividade
lúdica apresentada aos alunos do ensino médio
de escolas públicas de Joinville - SC
Marques, D1.; Vetorazzi, V. C. R1
Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE – Joinville, SC
1
[email protected]
Palavras-chave: Genética na escola, trabalhos interativos, aprendizado
Apesar da importância dada ao ensino da Biologia, dados do Ministério da Educação revelam que alunos do ensino
médio têm saído da escola com deficiência nesta área de conhecimento. Percebe-se que muitos alunos chegam ao
curso superior com dúvidas a respeito, principalmente, de conteúdos básicos em Genética e Evolução. O curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, SC., com o objetivo de
ampliar o conhecimento dos futuros profissionais da educação e, consequentemente de forma indireta, promover uma
melhor forma de abordagem destas disciplinas aos alunos do ensino médio, tem realizado nos últimos anos a elaboração
de trabalhos interativos, utilizando os artigos da Revista Genética na Escola - SBG, como referência principal, para a
confecção de atividades lúdicas a ser apresentada a professores e estudantes do ensino médio que visitam a universidade
em eventos como a Semana da Comunidade que, em comemoração ao aniversário da Instituição, abre suas portas
para as escolas partículas e públicas. As professoras responsáveis pelas disciplinas de Genética e Evolução, do curso
de Licenciatura em Ciências Biológicas, orientam os acadêmicos na preparação e confecção dos trabalhos a partir do
uso de materiais recicláveis e estes orientam os alunos visitantes, coordenando e explicando a atividade proposta. Este
trabalho é previamente corrigido e após aprovação do mesmo é liberado para apresentação no evento. Nos últimos
anos muitas apresentações teatrais, trabalhos sobre a herança do sistema ABO, dinâmicas sobre Seleção Natural e
Genética Molecular foram apresentados. Egressos do curso, agora profissionais da educação, atuantes nas diversas
escolas da rede estadual de ensino, fazem uso destes materiais em suas aulas, como uma forma de ensinar Biologia.
Já para os alunos do ensino médio estes trabalhos, utilizando jogos, teatros e dinâmicas possibilitam a vivência
de experiências lúdicas e prazerosas, auxiliando-os na retenção dos conteúdos teóricos estudados em sala de aula.
Sendo assim, a Revista Genética na Escola vem cumprir com um de seus objetivos redefinindo as ideias, facilitando
a compreensão destas ciências de grande importância, para o acadêmico, futuro professor e formador de opinião.
Apoio: Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
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Workshop: Two mothers and a father
Menezes, DCL1,3; Martins, ACG1,3; Dambrózio R1,3, Oliveira VLB2,3
Grantees PIBID Biologia, Biological Sciences; 2Coordinator PIBID Biologia; 3Universidade Estadual de Londrina, Paraná
(Londrina State University, Paraná)
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[email protected]
Keywords: Mitochondrial DNA, workshop, education, two mothers, learning
During the primary school we mainly learn the function and composition of the cellular DNA, and it’s often disregarded
the importance of the mitochondrial DNA to the survival of the cell. As it is known by the scientific community, some
diseases are originated from mutations in mitochondrial DNA, and some are fatal to the fetus. When the oocyte is
fertilized the mitochondrial DNA of the father is degenerate, so the mitochondrias of the embryo will be of maternal
origin. Recent studies on the subject show that it is possible to use the mitochondrial DNA of a third person, if the
mother’s egg has mutations in mitochondrial DNA. This issue has been applied in State Colleges in Londrina, Paraná
State as a worshop in order to explain the importance of mitochondrial DNA to the cell, the disease that it may
cause and especially clarify the foreground of this study, and also highlight the importance of this content for future
training and relate it to the biotechnology updates. The teaching of biology is often outdated being explained only
by textbooks, where additional features such as articles, new papers, different methodologies from blackboard and
books are not explored. In the workshop, the content was exposed differently, the student-teacher interaction was
deep, students felt liberty to express doubts, give opinions, discuss, allowing better understanding and retention of
content, preventing students from memorizing the content. Learning in which the students participates is motivating
because they feel comfortable to express their ideas and opens up more possibilities for finding new knowledge.
Financial support: PIBID-UEL CAPES.
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Conhecendo a Genética Humana:
Uma experiência na divulgação e popularização
da Ciência
Souza-Mourão, LPS1; LIMA, JLV2
Escola Superior de Ciências da Saúde, Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, AM; 2Secretaria de Educação e
Qualidade de Ensino do Amazonas, Manaus, AM
1
[email protected]
Palavras-chave: genética humana, cromossomopatias, popularização da Ciência
Nas duas últimas décadas, tem-se observado uma expansão significativa de ações relacionadas à divulgação científica
no Brasil. Popularizar e difundir o conhecimento científico implica em considerar que a ciência se inicia, mas não
termina nos laboratórios e centros de pesquisa. Nesse sentido, atividades de extensão universitária possibilitam
eficazmente estas ações, especialmente em assuntos relacionados à Genética Humana, os quais estão cada vez mais
presentes no contexto social e despertam interesse nos alunos. Atividades pedagógicas envolventes e motivadoras
tornam o conhecimento acessível e compreensível diante de termos científicos complexos e que muitas vezes são
restritos a comunidade acadêmica universitária específica. Para popularizar a ciência é preciso conhecer os critérios
cativantes que levem ao conhecimento amplo de assuntos complexos, permitindo cada vez uma população pensante
e que compreenda a importância da ciência para o desenvolvimento social. Diante desta nova perspectiva dentro da
Ciência, o presente estudo avaliou a contribuição de uma atividade de popularização e divulgação científica sobre o
tema cromossomopatias para alunos da educação básica de escolas públicas de Manaus, Amazonas. A abordagem do
tema iniciou-se a partir do uso de recurso multimídia elaborado para a presente atividade, seguido de um debate onde
se instigou nos alunos o conhecimento e esclarecimentos de dúvidas e curiosidades. Para intensificar a aprendizagem
sobre o tema, realizou-se um quiz-genético e a aplicação de um jogo da memória sobre o tema. Ao final destas
atividades, aplicou-se um questionário para avaliar os conhecimentos prévios sobre o tema e os impactos da atividade
na aquisição do conhecimento, satisfação em participar da atividade e motivação para a aprendizagem. A partir deste
instrumento verificou-se que: 58% desconheciam completamente o assunto abordado; 71% consideraram que o
projeto foi importante para acrescentar conhecimento; 98% afirmaram que atividades desta modalidade proporcionam
maior esclarecimento sobre assuntos de genética; 79% gostaram de participar da atividade. Solicitou-se aos alunos
participantes uma frase sobre as atividades apresentadas. As respostas obtidas foram analisadas e categorizadas em cinco
grupos: conhecimento adquirido, dinâmica da atividade, observação prática da genética, importância ética e social da
genética, interesse científico. As atividades aplicadas foram registradas em uma página da rede social facebook (www.
facebook.com/cromossomopatias) visando uma maior divulgação da proposta. A aplicação das atividades proporcionou
aos alunos participantes uma melhor compreensão do tema cromossomopatia e reflexão sobre sua importância como
fator desencadeante de condições humanas, alcançando-se o objetivo de divulgação e popularização da ciência.
Suporte financeiro: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM
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Using concept maps in teaching interdisciplinary
graduate courses
Nahum, LA1
Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Belo Horizonte, MG, Brazil
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[email protected]
Keywords: evolutionary biology, phylogenetics, biodiversity, concept mapping, interdisciplinary course
Teaching evolutionary biology is challenging. This is especially true in a multi-level class of graduate students with
diverse backgrounds. Such scenario requires a paradigm shift to accommodate student diversity, foster critical
thinking, and facilitate knowledge building and sharing in an interdisciplinary context. Concept mapping may help.
A concept map is a graphical representation that organizes and relates concepts from potentially any area of interest.
Concept mapping was first proposed by Joseph Novak at Cornell University in the United States in 1972. Since then,
this resource has gained a broad range of applications. I have applied concept mapping as a pedagogical tool in two
graduate courses taught at the Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ) and the Federal University of Minas Gerais
(UFMG) in Brazil. The “Molecular Biodiversity and Evolution” and the “Applied Phylogenomics” courses are part
of multiple graduate programs in both Institutions. The main goals of using concept mapping in these courses have
been to stimulate student interest in evolutionary biology, develop critical thinking, enhance collaborative learning,
and also to evaluate student performance. The aforementioned courses include different activities such as didactic
lectures, group discussion, hands-on projects in a computer lab, and student seminars. Concept mapping comes
into place to span these activities by adopting different strategies. Students are divided into teams based on different
criteria considering their previous knowledge and experience. Later on in the course, they work individually. Students
generate their own list of concepts for a given topic. Alternatively, students are given a core set of concepts that they
are supposed to expand in order to cover a particular topic. Such topics are often chosen based on faculty lectures
or scientific articles selected for group discussion. After preparing the concept inventory written down in pieces of
paper matter, students freely arrange the concepts and envision their relationships. Finally, they draw a one-page map
of knowledge concepts and share it with other students in the class. Eventually, students use the CMAP software
to construct their maps for the sake of oral presentations. Different students or teams of students generate different
maps with respect to the selected concepts and map configuration. Some examples will be provided to illustrate the
activities described here. The concept mapping experience has been perceived very favorably by students of both
graduate courses in all editions. Such experience has proven to be very motivational facilitating student networking
and knowledge sharing. As a result, students have achieved high academic performance in both courses. In the future,
concept mapping may integrate curricula of the ever-increasing interdisciplinary graduate education programs.
Financial Support: NIH/Fogarty International Center (TW007012) - USA, National Council for Research and
Development, CNPq (CNPq-Universal 476036/2010-0) - Brazil.
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Professor Níquel Náusea: uso de quadrinhos
no ensino da teoria evolutiva
Bonner, ASC¹; Silva, EP¹
¹Laboratório de Genética Marinha e Evolução, Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, UFF, Niterói, RJ
[email protected]
Palavras-chave: quadrinhos, teoria evolutiva, ensino de Biologia, mídia, ferramentas didáticas
A teoria evolutiva se defronta, ainda hoje, com dificuldades de aceitação e entendimento pelo público em geral, bem
como, o seu ensino tem sido considerado, por professores, como um desafio. Um dos fatores que contribuem para
os problemas de aprendizagem da teoria evolutiva é a distorção de conceitos relacionados à evolução biológica por
parte das mídias de massa (cinema, TV etc.). As histórias em quadrinhos (HQs) estão entre os formatos midiáticos
que disseminam informações e representações sobre a teoria evolutiva e contam com grande prestígio junto às crianças
e adolescentes. A revista Níquel Náusea, do autor Fernando Gonsales, é uma HQ da vertente underground focada
na vida de animais diversos e seus problemas (sobrevivência, relação com os humanos, vida moderna, sociedade
cientifico - tecnológica etc.). As histórias são desenvolvidas como tiras cômicas que, com linguagem simples, descrevem
fenômenos biológicos, avanços científicos, questões éticas e elucubrações filosóficas. Como não poderia deixar de ser
em uma HQ focada na “bicharada”, o processo evolutivo está presente nas páginas da Níquel Náusea. Neste trabalho,
estas tiras foram pensadas na perspectiva de seu uso como ferramenta didática para o ensino da teoria evolutiva.
Das 1155 tiras presentes em todas as 29 edições (1986-1996) da revista, 3,4% apresentavam alguma referência à
Evolução Biológica. Estas foram classificadas em nove categorias (Ancestralidade, Adaptação, Criacionismo, Deriva
Genética, Especiação, Genética, Migração, Mutação, Seleção Natural). A partir deste inventário são discutidas quatro
propostas de atividades em sala de aula. A primeira delas é um debate com os alunos sobre as suas concepções a
respeito da palavra evolução, neste caso, as tiras da Níquel Náusea devem ser usadas para levantar questões. Na segunda
atividade, as tiras servem para ilustrar a ação das forças evolutivas. No caso específico da categoria mutação, a terceira
atividade explora o uso metalingüístico das tiras, uma vez que elas ironizam o tratamento dado a esta força evolutiva
nas HQs em geral e, especialmente, naquelas da vertente dos super-heróis. A última atividade traz a contradição
criacionismo x evolucionismo para a sala de aula por meio de tiras que relativizam a natureza cultural das crenças e o
antropocentrismo. Desta forma, além do entretenimento, as HQs podem estar favorecendo aos alunos uma reflexão
sobre a teoria evolutiva e suas implicações científicas, tecnológicas e culturais. Acredita-se, portanto, que o trabalho
com HQs em sala de aula possa servir ao ensino e ao desenvolvimento do senso crítico dos alunos, além de facilitar ao
professor a abordagem de temas geralmente delicados como o debate evolucionismo x criacionismo. Assim, é possível,
no ensino da teoria evolutiva contar com uma nova ajuda em sala de aula: o professor Níquel Náusea.
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Drosophila melanogaster como modelo para
simulação da influência da seleção natural
sobre o equilíbrio de Hardy-Weinberg
Reis, SJ¹; Dorneles, DE¹; Sberse, MC¹; Marrero, AR¹; Armas, RD¹
¹Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, SC
[email protected]
Palavras-chave: prática pedagógica, mutação Sépia, ciclo de vida, teste de homogeneidade, genética de populações
Drosophila melanogaster é um díptero que se alimenta de leveduras encontradas em frutos em decomposição. É
utilizada em inúmeros estudos genéticos há mais de 100 anos por possuir características vantajosas como: manutenção
fácil em laboratório e com baixo custo, ciclo de vida curto, fêmeas prolíferas, fácil diferenciação de machos e fêmeas,
quatro pares de cromossomos, além de possuir diversos fenótipos contrastantes. Todas estas características aliadas
permitem a observação de diversas gerações em um pequeno espaço de tempo, sendo ideal para simulação de padrões
de herança, bem como no ensino de Genética de Populações. Este trabalho tem por objetivo descrever uma prática
pedagógica empregando Drosophila melanogaster como modelo para simulação da influência da seleção natural sobre
o equilíbrio de Hardy-Weinberg. Para tanto, utilizar duas linhagens de moscas puras e contrastantes, sendo uma
selvagem e a outra com mutação para cor do olho (mutação Sépia), cujo padrão de herança é autossômico recessivo.
Estas linhagens foram escolhidas por serem de fácil diferenciação, dispensando a necessidade de separação sexual por
tratar-se de um padrão de herança autossômico. Selecionar 5 fêmeas selvagens e 5 machos sépias para fundar a geração
parental, sendo as mesmas transferidas para frascos contendo meio de cultura e mantidas a 24 °C por 24 horas. Após
este período, transferir as moscas para frasco novo, mantendo-as por 24 horas, sendo em seguida sacrificadas com o
intuito de não sobrepor gerações no mesmo frasco. As réplicas serão mantidas a 24 °C por 15 dias. Após este período,
repicar um dos frascos, seguindo o mesmo procedimento de fundação da geração parental. Após 15 dias, eterizar
levemente as moscas de um dos frascos, diferenciar pelo caráter cor de olho e computar os resultados. Transferir as
moscas, tanto sépias quanto selvagens, para frascos vazios para despertarem e fundar a próxima geração. Eterizar as
moscas do segundo frasco para efetuar a contagem diferencial dos fenótipos. O mesmo procedimento será realizado
até a geração F5, totalizando seis gerações de moscas. Para avaliação dos experimentos os alunos deverão, a cada
geração de moscas, realizar o teste de homogeneidade das amostras, avaliar a variação das frequências gênicas, verificar
se as populações estão em equilíbrio, produzir um relatório, discutindo os resultados e apresentá-los na forma de
seminário. Desta forma, os alunos poderão observar o efeito da seleção natural sobre o equilíbrio de Hardy-Weinberg,
a importância do tamanho populacional para o estudo da Genética de Populações, bem como avaliar, se nas condições
como o experimento foi conduzido, algum fator ambiental propiciou vantagem adaptativa de uma população de D.
melanogaster frente a outra.
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Recurso didático para inclusão de alunos
com deficiência visual no ensino da
“Primeira Lei de Mendel”
Cerqueira, BRS1; Nakamura, AM1; Sobrinho Jr, IS1; Peripato, AC2
Lab. Genética e Evolução, Depto. Genética e Evolução, Universidade Federal de São Carlos campus São Carlos; 2
Laboratório de Genética de Comportamento, Depto. de Biociências, Universidade Federal de São Paulo campus
Baixada Santista
1
[email protected]
Palavras-chave: Educação especial, Recurso didático inclusivo, Ensino de Genética
Os resultados do Censo Escolar da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação (SEESP/MEC, 2008)
apontam um crescimento nas matrículas da educação especial nas classes do ensino regular da Educação Básica. No
entanto, há um número limitado de ferramentas utilizadas por alunos com deficiência visual no ensino de Ciências,
principalmente na área de Genética. O presente trabalho objetivou verificar a viabilidade e as adequações necessárias
de um recurso didático inclusivo destinado a alunos com deficiência visual, como mediador no processo de ensino e
aprendizagem da Primeira Lei de Mendel. A atividade pretendeu trabalhar três conceitos: relação fenótipo/genótipo,
dominância/recessividade e a Primeira Lei de Mendel. O fenótipo foi apresentado por sólidos geométricos, sendo
esferas de isopor com superfície lisa ou com saliência. O genótipo foi disposto no interior de cada sólido, representado
por dois cromossomos confeccionados em biscuit podendo conter dois diferentes alelos simbolizados por miçangas
com formatos distintos. Os conceitos de dominância e recessividade foram trabalhados a partir da relação entre o
tipo de superfície do sólido e os alelos contidos nele. Um tabuleiro simulou o quadrado de Punnet para a realização
dos cruzamentos, sendo que inicialmente o aluno deveria realizar a segregação dos alelos parentais para formação dos
gametas. Em seguida, de acordo com as possibilidades de genótipos formados pela união dos gametas, era verificado
o fenótipo/genótipo correspondente e então relatado a proporção de progênie esperada. A atividade foi realizada por
uma aluna que há dois anos possui baixa visão, e encontra-se no primeiro ano do Ensino Médio. A aluna estuda em
uma escola pública regular, frequenta a sala de recursos em que utiliza materiais adaptados, e possuia conhecimentos
prévios relativos à estrutura e função do DNA, mas não nos tópicos abordados na atividade. Na avaliação da atividade,
investigando assimilação dos conceitos e enquadramento do material aos critérios inclusivos (Cerqueira e Ferreira,
2000), a aluna relatou a compreensão dos conceitos de fenótipo/genótipo e dominância/recessividade com clareza.
Para o conceito da Primeira Lei de Mendel foi sugerido, para melhor entendimento, a aplicação de mais exercícios
utilizando o atividade. Quanto ao caráter inclusivo do material, a aluna apontou que o mesmo possui tamanho e
resistência adequada, relevo perceptível e cores contrastantes, indicou ainda que o manuseio foi fácil e que a atividade
não apresentou riscos e nem agrediu a pele. Entende-se que o material é um instrumento viável para a abordagem do
tema em uma perspectiva inclusiva, representando uma alternativa didática importantíssima em um cenário em que há
pouca disponibilidade de ferramentas. É indispensável salientar que a mediação em relação ao recurso é tão importante
quanto à disponibilidade do mesmo. A próxima etapa é a sua aplicação com estudantes cegos e videntes em uma sala
regular de ensino.
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Concepções de docentes do ensino médio
sobre o conteúdo de Biologia Molecular
Oliveira,MCD1; Santos, NL1; Oliveira, TCT1; Faria, RCB2
Aluna do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul
de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil; 2Professor de Biologia do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil
1
[email protected]
Palavras-chave: Educação, Biologia Molecular, Formação de Professores
Com o surgimento de novas tecnologias no século XXI e a divulgação de trabalhos científicos na mídia, notou-se a
necessidade em renovar a educação no Brasil. A educação passou de um modelo tradicionalista para uma educação
renovadora onde o aluno também possui conhecimentos prévios. Pensando nessa nova perspectiva, notou-se a
necessidade de inserir nas escolas temas que são amplamente discutidos na comunidade científica como, por exemplo,
temas relacionados à biologia molecular, como mapeamento genético, transgênicos, terapia gênica entre outros temas
polêmicos. Para tanto o objetivo do presente trabalho foi promover a investigação das concepções que professores de
biologia que atuam na rede básica possuem sobre o conteúdo referente à Biologia Molecular e tentar associar seus
conhecimentos com a sua formação e como isso reflete em sua atuação no ensino médio. Para tal investigação foram
entrevistados 6 professores, sendo que dois deles atuam no ensino público estadual, dois atuam no ensino privado e dois no
ensino público federal, todos na região do sul de Minas Gerais. Como metodologia, utilizamos um questionário contendo
23 perguntas que eram dividas em três eixos básicos: perfil de formação do entrevistado; metodologia de trabalho sobre
o conteúdo: Biologia Molecular; concepções sobre técnicas moleculares. A partir dos dados foi possível mapear o perfil
dos professores no que diz respeito à formação dos professores, observamos que a formação dos docentes da rede federal
e particular, foi mais completa nesta área, como também os docentes da rede federal apresentaram concepções mais
concretas sobre biologia molecular, refletindo em suas práticas pedagógicas em sala de aula, corroborando a percepção
da formação. Pode-se averiguar que o tema biologia molecular que vem sendo amplamente divulgado na mídia, como
por exemplo, transgênicos, genoma e mapeamento genético, ainda são pouco abordados dentro das escolas de nível
básico, em especial nas escolas estaduais. Os assuntos relacionados a aplicação de técnicas moleculares para detecção
de doenças e transgênicos geraram polêmicas e divergências de opiniões, para não gerar conflitos em sala de aula é
necessário uma melhor formação do professor para entender as técnicas e promover assim, uma mediação explicativa.
Ressaltamos que para confirmar todas as percepções observadas há necessidade de aumentar o número de entrevistados.
Apoio Financeiro: IFSULDEMINAS e FAPEMIG.
59º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 59o Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2013
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Aprendendo com Mendel – Um Recurso
Didático facilitador do Ensino de Genética
para Deficientes Visuais
Oliveira, Feliciana Gonçalves1; Braga, L. C.1
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
1
[email protected]
Palavras-chave: Educação inclusiva, Deficiente visual, Recursos didáticos, Leis de Mendel e Genética
A Educação inclusiva surge com um novo olhar sobre o ensino que visa um sistema educacional que valorize a
heterogeneidade de uma classe, norteando o papel da escola na formação do cidadão. Para isso é necessário uma revisão
curricular e elaboração de novas metodologias que inclua todos os alunos no processo de ensino e aprendizagem. Neste
contexto, a inclusão de alunos portadores de deficiência visual na escola regular é objeto de debate nos diferentes
níveis da educação formal. Para o ensino de genética, o presente estudo propõe um recurso didático “Aprendendo
com Mendel” como estratégia facilitadora para aprendizagem de deficientes visuais, uma vez que há dificuldades na
assimilação dos conteúdos dessa disciplina, devido seu vocabulário complexo e dos conceitos abstratos. De forma, esse
recurso permitirá aos alunos deficientes visuais, através da percepção tátil, contextualizar os princípios que regem a 1º
e 2º Lei de Mendel sobre hereditariedade e compreender conceitos relativos ao gene; a fim de incentivar, estimular e
despertar nestes o interesse pelo assunto.
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Biologia Molecular e Genética no ENEM –
uma análise das competências e habilidades
Albuquerque, CHB1; Silva, AR1; Clepf, RR1; Faria, RCB2
Aluno do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul
de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil; 2Professor de Biologia do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil
1
[email protected]
Palavras-chave: ENEM, competências, habilidades, questões, Biologia Molecular, Genética
O trabalho analisou a temática de Biologia Molecular e Genética (BM/G) dentro da área das Ciências da Natureza e suas
Tecnologias nos 15 anos de aplicações do ENEM, categorizando as competências e habilidades exigidas e comparando
com as diretrizes dos PCN, PCN+ e OCEM sobre o tema. Como critério de inclusão da questão para classificação
na temática Biologia Molecular e Genética, foram utilizadas algumas palavras-chave: DNA, Transgênicos, Clonagem,
Ácidos Nucleicos, Genoma, Teste de Paternidade, Cromossomos, dentre outras. As questões foram organizadas por
códigos referentes ao número da questão, o ano de aplicação e a cor do caderno de questões, assim os dados estão
dispostos para outras consultas. A classificação por competência e habilidade foi norteada pela matriz de referência do
próprio ENEM, e cada questão obteve-se um número máximo de três habilidades e uma competência, padrão habitual
de elaboração de uma questão. O processo de análise das questões do ENEM sobre o conteúdo de BM/G, resultaram
em uma seleção de 26 questões do total de 233 questões de Biologia no período de 1998 a 2012. Com relação as
competências exigidas nas questões selecionadas, foram observadas o total de cinco competências cobradas, com um
predomínio da competência quatro, a qual descreve a compreensão das interações entre organismos e ambiente, com
relação à saúde humana, conhecimentos científicos e características individuais, competência ampla em sua abordagem,
justificando a sua frequência. As questões selecionadas, a maioria apresentavam a habilidade 13, a qual aborda os
mecanismos de transmissão da vida e suas características, tema central da BM/G.”Este tema, como todas as habilidades
presentes nas questões de BM/G estão dispostos nos documentos norteadores dos currículos de ensino de Biologia.
No caso da habilidade citada, esta é um dos seis eixos estruturadores presentes nos parâmetros e orientações básicos
de Biologia. Em contrapartida, o ENEM não abordou questões de Genética relativas à hereditariedade, conteúdo
presente na matriz de referência, como também, outro importante eixo estruturador presente nos currículos básicos.
No decorrer dos anos do ENEM a distribuição das questões que contemplam o conteúdo de BM/G ocorreram de
forma uniforme, apresentando no máximo quatro questões por ano. Diante disso, podemos inferir que há tendência
para as próximas provas de cobrar o conteúdo de BM/G, integrado a temas atuais que envolvem a Biotecnologia, dada
a característica presente deste Exame em abordar grandes descobertas e inovações tecnológicas presentes na mídia.
Apoio Financeiro: IFSULDEMINAS e FAPEMIG.
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Utilização de obras cinematográficas como
recurso metodológico alternativo para o
Ensino de Genética
Rodrigues, FFS1,2; Campos, CF1,2; Dayrell, DM1,2; Oliveira, SR1,2; Morais, CR1,2; De Campos Júnior, EO2; Pereira, BB1,2;
Morelli, S2
Fundação Carmelitana Mário Palmério, FUCAMP, Monte Carmelo, MG; 2Instituto de Genética e Bioquímica, UFU,
Uberlândia, MG
1
[email protected]
Palavras-chave: Educação, Genética, Metodologia, Recurso Didático, Ensino
O cinema, quando visto como um recurso didático, indica inúmeras vantagens, a citar: o apelo audiovisual através
de efeitos especiais, a linguagem simples e muitas vezes engraçada (comparada ao texto escrito), o conhecimento
comum por parte dos estudantes a respeito de muitas obras cinematográficas e personagens fílmicos. No entanto,
essas metodologias são, segundo nosso entendimento, subutilizadas, pois a contextualização com temas discutidos
na mídia e no cinema, por exemplo, pode proporcionar maior dinamização na realização de práticas relacionadas aos
temas que envolvem a Biologia Moderna, promovendo um ambiente propício às discussões, sobretudo sem esbarrar
nos problemas relacionados à falta de recursos didáticos nas escolas. Nesse sentido, o presente trabalho pretendeu,
por meio da realização de exposição temática em um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, apresentar aos
professores em formação, metodologias para a aplicação de uma série de filmes que servem de tema motivador para
trabalhar conteúdos de genética em sala de aula. As propostas apresentadas consistiram em apresentar os títulos dos
filmes, um DVD com recortes editados para discussão dos temas de interesse e atividades pré e pós-apresentação dos
filmes. Essas atividades incluíram, entre outros propósitos, conhecer e discutir: avanços tecnológicos da genética;
mitos e verdades sobre temas polêmicos em genética; relação entre ciência, tecnologia e sociedade; plausibilidade das
aplicações da genética apresentadas nos filmes. Um inquérito avaliativo foi distribuído aos participantes da exposição
temática. Os resultados da análise do inquérito apontam para significativa aprovação das metodologias apresentadas.
Nesse sentido, concluímos que a proposta de exposição temática de filmes que oferecem temas motivadores de
discussões oportuniza a inserção de uma metodologia alternativa para o ensino de genética. Além disso, os resultados
também revelam que, segundo os licenciandos, o custo-benefício é uma das maiores vantagens dessa atividade, pois
esses recursos multimídias podem ser reutilizados várias vezes com turmas diferentes e propósitos distintos, posto que
a forma como o professor fará uso das imagens e como ele vai ministrar sua aula e coordenar seu tempo podem ser
modificados de acordo com o programa de aula, seus objetivos com o conteúdo curricular e o tema a ser debatido.
Financiamento: FAPEMIG, UFU, CAPES, CNPq e FUCAMP.
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Análise de uma intervenção pedagógica
com modelos didáticos para o ensino de
Biologia Molecular
Carmazini,VCB1; Ferreira, CC1; Freitas, JL1; Faria, RCB2
Aluna do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul
de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil; 2Professor de Biologia do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil
1
[email protected]
Palavras-chave: Modelos didáticos, Biologia Molecular, Aprendizagem
O presente trabalho trata de uma intervenção metodológica por meio de modelos didáticos como apoio ao ensino
de Biologia Molecular no Ensino Médio. O modelo didático desenvolvido teve como propósito transpor a forma
expositiva de uma aula normal para um processo dinâmico, onde os alunos poderiam construir e formar os ácidos
nucléicos e as proteínas. Assim, o objetivo do trabalho foi de verificar se a intervenção pedagógica pelo modelo
didático foi significativa. O material foi aplicado em uma sala de 3º Ano do Curso Técnico Integrado em Alimentos
do IFSULDEMINAS-Câmpus Inconfidentes, o conteúdo abordado foi o da transcrição e tradução. O modelo foi
chamado de “Circuito Genético”, cujos objetivos do modelo-jogo eram preencher a estrutura do DNA (por meio
de nucleotídeos e pontes de hidrogênio), realizar a transcrição, formando o RNAm e o RNAt e por último formar
um peptídeo. Ao longo do “circuito” os alunos iriam recebendo dicas complementares aos processos que estavam
ocorrendo. A sala foi dividida em dois grupos os quais estavam competindo para qual grupo formava primeiro o
respectivo peptídeo, sem erros. Para análise da eficácia do modelo didático foram aplicados questionários pré e pósjogo. Em ambos os questionários as perguntas eram as mesmas (um total de 10 questões abertas), e para análises das
respostas foram utilizados indicadores de respostas, com pontuação de zero a dois, assim os resultados encontrados
foram relativos à intervenção. Os resultados avaliativos obtidos nos questionários preenchidos pelos alunos antes e
após a aplicação do modelo didático, mostram um aumento significativo de acertos, com média de acréscimo de cerca
de 20%. Além disso, os relatos dos alunos, anotados no processo de construção do jogo-modelo, confirmam que eles
apreenderam a estrutura correta dos ácidos nucléicos, inclusive pela orientação 5’- 3’, além disso outros comentários
relativo a dinamicidade do processo de construção do peptídeo, corroboram a assimilação desse conteúdo. Um aspecto
importante verificado, foi o erro no preenchimento dos vários códons dispostos (códons soltos para o preenchimento
da última etapa do circuito) com os anticódons, esse preenchimento dos alunos foi ocasionado pela ânsia de terminar
primeiro o “circuito”. Dessa maneira, os alunos aprenderam errando que sem o RNAm inteiro e correto, não conseguiriam
concluir a etapa somente com os aminoácidos presentes, dado que o código genético é degenerado. Podemos concluir
que a utilização do jogo-modelo mostrou-se um facilitador no processo de aprendizagem, tornando algo significativo.
Apoio Financeiro: IFSULDEMINAS e FAPEMIG.
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Visita ao Laboratório de Genética:
Avaliando uma Experiência
Rocha, EC1; Sousa, JO1; Lima, RM1; Silva, AIF1; Tchaicka, L2
1
Graduandas da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA; 2Professora adjunta do Departamento de Química e
Biologia da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
[email protected]
Palavras-chave: Ensino, Genética, Laboratório, Avaliação e Popularização da Ciência
A sociedade atual demanda, para resolução de problemas e geração de conhecimento, que o interesse pela ciência
cresça entre os cidadãos já que constantemente todos estão sendo chamados para tomar decisões que envolvam temas
complexos relacionados à ciência. Neste sentido torna-se fundamental que o interesse pela ciência seja estimulado no
ensino formal. Entretanto, segundo o INEP, apenas 20% das escolas brasileiras têm algum tipo de local que poderia
ser chamado de laboratório para ensino de ciências. Observa-se também que muitos docentes tem dificuldade para
abordar conteúdos da ciência de forma transversal. A realização de abordagens práticas (aulas de laboratório, aplicações
em campo, investigações) pode ser uma alternativa para modificar esse cenário. Com o objetivo experimentar
diferentes práticas de ensino e aproximar alunos da educação básica das atividades de pesquisa do Laboratório de
Genética e Biologia Molecular da UEMA, visitamos escolas da região de São Luis e trouxemos estudantes para visitas
ás dependências do laboratório. Para avaliação dos trabalhos, foram aplicados dois questionários (questões abertas e
fechadas) sendo o primeiro aplicado nas escolas, para diagnose e, o segundo após a visita ao laboratório, para avaliação.
Foram visitadas 12 escolas e 199 alunos responderam aos questionários. A média de idade era de 15-18 anos (9° ano
do ensino fundamental até o 3° ano do ensino médio), sendo a maioria do sexo feminino. Quando perguntados sobre
a existência de laboratório nas escolas, 30,1% responderam que sim e 69,9% não, dos que responderam sim apenas
2,1% disseram que utilizam o mesmo. Sobre seu entendimento a respeito de uma aula prática 28,64% disseram
que é aplicar a teoria e 18% contato físico. A reação deles mediante essas aulas é boa, para uma grande parte por
ser uma forma diferente de aprender (8,5%). Todos disseram ter interesse em visitar um laboratório de genética,
sendo que 6% atribuíram este interesse a “forma de adquirir conhecimento”. A maior expectativa para a visita foi de
absorver conhecimento (27,6%) e encontrar animais (13,6%). Nota-se assim, que o uso da abordagem prática é pouco
freqüente, mas os alunos desejam e se interessam por ela. No segundo questionário os alunos foram perguntados
sobre informações transmitidas durante a visita (que contaram com experimentos, jogos e apresentações). Neste,
47,2% disseram que é importante o uso de medidas de segurança no laboratório e 100% citaram o uso de Epi
e Epc. Os estudantes também emitiram, em sua maioria, informações corretas sobre microscopia, equipamentos,
cariótipos e DNA. Pode-se constatar que os visitantes se envolveram com as atividades e assimilaram as informações,
somando-as aos seus conhecimentos prévios. A experiência mostrou-se válida ao aproximar os alunos do ensino
básico da Universidade, contribuindo para a popularização da ciência e para despertar o interesse dos educandos.
Apoio Financeiro: FAPEMA
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(R)Evolução Humana (Human (R)Evolution):
a game to work basic concepts in phylogeny
Freire, A.S.1,2
Secretaria de Estado de Educação, Rio de Janeiro, RJ; 2Pré-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC), Petrópolis, RJ
1
[email protected]
Keywords: Evolution, game, phenotype, Phylogeny, High School
(R)Evolução Humana (Human (R)Evolution) is a board game which central theme is primates evolution focusing on
the evolution of the human species The aim of the game is to use the human evolution to discuss about evolution
as a whole, specifically phylogeny elements, in a funny and light way. The targets are High School and, eventually,
university students. The core concepts of the game are common ancestors and phenotypes. Concepts as genotype
and adaptive radiation are also present. During the game players receive cards with phenotypic characteristics of
Homo sapiens ancestors. In some situations there are clues about the genotypic and phenotypic origin. The game
allows, therefore, to build a comparative analysis of the ancestor primates. Thus, it facilitates the understanding of
the phylogenetic relation among the species presented. The teachers can use the (R)Evolução Humana (Human (R)
Evolution) to present and develop the concepts shown in the game as well as to start the subject Evolution. Apart from
the traditional inner parts of a typical board game (cards, pawns, a die, instructions and a board itself ), (R)Evolução
Humana (Human (R)Evolution) also has a teacher´s manual with suggestions to the teacher and questions that can
be addressed to students. The aim of such manual is to start and/or encourage a healthy debate about the theme
Evolution. Students and teachers can, therefore, have a very good time while working with human evolution.
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Drosophila melanogaster como modelo
de estudo do efeito da deriva genética
sobre o equilíbrio de Hardy-Weynberg
Pinto, AL1; Delapedra, G1; Weck, J1; Gomes, ML1; Marrero, AR1; Armas, RD1
¹Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, SC
[email protected]
Palavras-chave: prática pedagógica, mutação Sépia, frequência gênica, frequência genotípica, teste de homogeneidade
Mais de 100 anos de estudo, genoma sequenciado, cromossomos gigantes e distribuídos em quatro pares, fêmeas
prolíferas e fenótipos contrastantes tornam Drosophila melanogaster um dos principais modelos biológicos no estudo
da Genética. Aliado a essas características, o baixo custo, manutenção simples e a não necessidade de grande tecnologia
ser empregada para sua utilização em experimentos científicos, torna a drosófila um modelo biológico importante
que pode ser empregado como prática pedagógica nos diferentes níveis de ensino. Desta forma, o objetivo deste
trabalho é utilizar Drosophila melanogaster como modelo de estudo do efeito da deriva genética sobre o equilíbrio de
Hardy-Weynberg. Para tanto, selecionar duas linhagens de moscas puras e contrastantes. Indicamos uma linhagem
selvagem e outra com mutação para cor de olho (mutação Sépia), cujo padrão de herança é autossômico recessivo.
Estas linhagens possuem fácil diferenciação, dispensando a necessidade de separação sexual por tratar-se de um padrão
de herança autossômico. Utilizar 5 fêmeas selvagens e 5 machos sépias para fundar a geração parental, sendo as mesmas
transferidas para frascos contendo meio de cultura e mantidas a 24 °C por 24 horas. Transferir as moscas para frasco
novo, mantendo-as por 24 horas, sendo em seguida sacrificadas com o intuito de não sobrepor gerações no mesmo
frasco. Ambos os frascos serão mantidos a 24 °C por 15 dias. Após este período, repicar todas as moscas de um dos
frascos, seguindo o mesmo procedimento de fundação da geração parental. Após 15 dias, eterizar levemente as moscas
de um dos frascos, diferenciar pelo caráter cor de olho e computar os resultados. Transferir dois casais, selecionados
aleatoriamente, para frascos vazios até despertarem e utilizá-los para fundar a próxima geração. Eterizar as moscas do
segundo frasco para efetuar a contagem diferencial dos fenótipos. O mesmo procedimento será realizado até a geração
F5, totalizando seis gerações de moscas. Recomendamos que sejam conduzidos dois experimentos de deriva genética
por grupo, tendo em vista a obtenção de populações pequenas ao longo das gerações, o que muitas vezes leva a obtenção
de resultados com distorções acentuadas, o que dificulta a exploração dos resultados com os alunos. Para avaliação dos
experimentos os alunos deverão, a cada geração de moscas, realizar o teste de homogeneidade das amostras, avaliar a
variação das frequências gênicas, verificar se as populações estão em equilíbrio, produzir um relatório, discutindo os
resultados, e apresentá-lo na forma de seminário. Assim, os alunos poderão observar o efeito da deriva genética sobre
o equilíbrio de Hardy-Weinberg e a importância do tamanho populacional para o estudo da Genética de Populações.
Busca-se evidenciar para os alunos a importância da deriva genética no processo evolutivo dos organismos, com a
seleção aleatória de indivíduos de uma população e consequente alteração das frequências gênicas e genotípica.
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Avaliação da utilização do jogo educacional
‘Bingo da Genética Moderna’ como proposta
alternativa didática para abordagem das
novas tecnologias associadas ao DNA
Oliveira, SR1,2; Rodrigues, FFS1,2; Campos, CF1,2; Dayrell, DM1,2; Morais, CR1,2; De Campos Júnior, EO2; Pereira, BB1,2;
Morelli, S2
Fundação Carmelitana Mário Palmério, FUCAMP, Monte Carmelo, MG; 2Instituto de Genética e Bioquímica, UFU,
Uberlândia, MG
1
[email protected]
Palavras-chave: Educação, Genética, Metodologia, Jogos, DNA
Os conteúdos de genética moderna nas aulas de biologia ocupam uma pequena parcela em comparação com os que se
relacionam à genética clássica, porém não são menos importantes. Muitos temas da genética moderna são negligenciados,
talvez pela dificuldade que muitos professores possuem em atualizar suas aulas e em perceber a importância desses
conceitos. Além disso, a ausência de contextualização de conteúdos remete os alunos a uma abordagem estritamente
teórica, dificultando o processo de ensino-aprendizagem. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
apontam para a necessidade de incorporação de métodos de aprendizado ativos e interativos. Reconhecendo as
dificuldades em trabalhar alguns conceitos do conteúdo de biologia, especialmente no campo da Genética e Biologia
Celular e Molecular com os alunos do ensino médio, é importante lançar mão dessas ferramentas alternativas que
auxiliem na construção do conhecimento dos alunos. É evidente a contribuição dos jogos educacionais nas propostas
metodológicas para o ensino de Genética e Biologia Moderna, sobretudo no sentido de tornar o conhecimento,
outrora abstrato, mais acessível, principalmente, por apresentarem possibilidade de confecção com materiais de baixo
custo e oferecerem aos próprios alunos a oportunidade de participarem ativamente da construção desses recursos
lúdicos. Diante do contexto de que muitos professores não adotam essas práticas alternativas de ensino, apresentamos
o jogo educacional ‘Bingo da Genética Moderna’ como recurso para diminuir a abstração de conceitos distantes dos
alunos, facilitando a construção do conhecimento discente acerca dos temas relacionados à Nova Genética. O jogo foi
constituído por um conjunto de cartelas que continham definições ou aplicações dos seguintes temas: transgênicos,
projeto genoma humano, clonagem de mamíferos, células-tronco, teste de paternidade, variabilidade genética, DNA
recombinante, hibridação, seqüenciamento, enzimas de restrição, plasmídeos, eletroforese, PCR – Polimerização em
cadeia, rotulagem, biossegurança e bioética. Seguindo o modelo convencional de jogabilidade dos bingos, foram
sorteadas as ‘pedras’ que traziam cada um desses conceitos. Coube aos jogadores associarem o conceito sorteado
à definição ou aplicação presente em suas cartelas, de modo que o vencedor foi aquele que completou primeiro
e corretamente todos os campos da cartela em mão. A avaliação da atividade foi realizada por meio de inquérito
avaliativo proposto para os professores de Biologia da rede pública estadual da cidade de Monte Carmelo, Minas
Gerais, Brasil. Adicionalmente, um roteiro de questões objetivas acerca dos conhecimentos dos alunos em relação às
novas tecnologias relacionadas ao DNA foi aplicado antes e após a execução da atividade. Os resultados da atividade,
interpretados segundo informações obtidas por meio do inquérito avaliativo revelaram o potencial ‘enculturador’ e
motivador do jogo, sendo aprovado pela maioria dos professores e alunos que participaram e avaliaram a proposta.
Financiamento: FAPEMIG, UFU, CAPES, CNPq e FUCAMP.
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Teatro de Fantoches em disciplina de Genética:
uso do lúdico na formação curricular de
professores de Biologia
Nóbrega, EB1; Anastácio, JPB1; Santos, FD1; Souza, TLV2; Soares,CEA1
Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas/Centro de Saúde e Tecnologia Rural/Campus de Patos-PB/Universidade
Federal de Campina Grande; 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais/Centro de Saúde e
Tecnologia Rural/Campus de Patos-PB/Universidade Federal de Campina Grande
1
[email protected]
Palavras-chave: Genética Evolutiva, formação docente, instrumentação, educação básica, genética molecular
No Ensino de Biologia, especificamente na área de Genética, a forma como esses conteúdos didáticos são transmitidos
pelos professores aos alunos do Ensino Médio ainda é puramente descritiva. Isso dificulta sobremaneira o processo
de ensino-aprendizagem. Diante desse panorama, é fundamental a criação/proposição de metodologias alternativas
para o Ensino de Genética. Este trabalho objetivou avaliar o uso de uma oficina didática, envolvendo o teatro de
fantoches baseado no livro paradidático “O espetáculo da evolução”, de autoria de Bertrand Jordan, em uma turma
de alunos do Curso Noturno de Licenciatura em Ciências Biológicas, do Campus de Patos-PB, da UFCG. A fim
de proporcionar à turma de futuros docentes uma técnica diferenciada para compreender e como ensinar temáticas
relacionadas à Genética, Biologia Molecular e Evolução, foi proposta a leitura do referido livro e, desse modo,
despertada a capacidade criativa da turma de alunos por meio da participação na oficina pedagógica. A pesquisa foi
realizada no semestre seguinte à realização da oficina didática (2011.2) e consistiu na aplicação de um questionário
semiestruturado. O espaço amostral correspondeu a 24 discentes do 9o período do Curso Noturno de Licenciatura
em Ciências Biológicas da UACB/CSTR/UFCG. Todos os alunos foram regularmente matriculados na disciplina
de Genética do Processo Evolutivo e da Conservação Biológica, ofertada no primeiro semestre do ano de 2011. Os
discentes foram informados e aceitaram participar voluntariamente da pesquisa, mediante leitura e assinatura de um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Registro fotográfico das oficinas igualmente foi autorizado/
disponibilizado pelos alunos participantes. Quatro (4) grupos de alunos organizaram/apresentaram os seguintes
trabalhos: “O DNA e a evolução”, “Darwinho e seus amigos”, “Os repentistas da Evolução” e “Programa Conexão
Ciência”. Foi observado que 83% dos inquiridos consideraram a construção da oficina pedagógica com teatro de
fantoches, baseada na leitura do paradidático, uma abordagem de ensino muito interessante e diferenciada. Todos
os discentes participantes afirmaram que puderam relacionar os conteúdos aprendidos em sala de aula, durante a
disciplina de Genética do Processo Evolutivo, com aqueles mencionados pelo autor da obra supracitada. Cerca de
96% dos entrevistados responderam que utilizariam a técnica ou estratégia de ensino aprendida na oficina didática
para ministrar suas próprias aulas, contra apenas 4% que ofereceram resistência em utilizar essa prática diferenciada.
Vale destacar ainda que foi possível observar, na utilização dessa metodologia alternativa de ensino de Genética,
o desenvolvimento de temáticas consideradas complicadas no seu entendimento. De acordo com as respostas dos
inquiridos, o teatro de fantoches facilitou sobremaneira a compreensão dos conteúdos. Por fim, tal estratégia permitiu
que a turma, dos futuros docentes do Curso Noturno de Licenciatura em Ciências Biológicas da UACB/CSTR/UFCG,
desenvolvesse uma estratégia lúdica para abordar temáticas da área de Genética, consideradas de difícil compreensão.
Apoio: PROPEX/UFCG
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Jogos didáticos como estratégias de ensino
em genética e temas correlatos
Pereira, W.A.1 , Silva, B.A.F.S.1, Okuda, L.V.O.1, Souza, N.R.1, REIS, S.A.2 , Goldbach, T.2
Graduandos Ciências Biológicas -IFRJ e Bolsistas de Iniciação Científica – Núcleo de Pesquisa em Ensino e Divulgação
de Ciências – NEDIC/IFRJ – Campus RJ; 2 NEDIC/Instituto Federal de Ciência e Tecnologia– Campus RJ/Maracanã
1
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Palavras-chave: Ensino de Biologia, Ensino de Genética, Jogos didáticos, Produção acadêmica, Estratégia Didática
Este trabalho trata de jogos didáticos (JD) voltados para o ensino de Genética e temas correlatos. Afirma-se que o modo
como a “genética escolar” vem sendo desenvolvida – fragmentada e pouco contextualizada - acarreta problemas na
compreensão significativa do tema pelos alunos (GOLDBACH, 2011). Os jogos didáticos (JD) podem ser elaborados
e utilizados como uma das múltiplas estratégias didáticas facilitadoras da aprendizagem, desenvolvendo habilidades
como cognição, socialização e criatividade. Este trabalho valoriza e envolve um levantamento relativo à JD com a
temática Genética e tópicos afins nos principais eventos nacionais da área - EPEB, ENPEC, EREBIO, ENEBIO (2002
a 2012) e SBG (2008 a 2012). Foram registrados 56 trabalhos (n=56), os quais mostram-se diversificados em vários
aspectos e apontam a necessidade de pesquisas qualitativas e de embasamento teórico sobre JD. Foram destacados
os diferentes vínculos e atuações dos autores - professores e pesquisadores – autores dos trabalhos do levantamento,
e discutiu-se a importância da interação entre pesquisadores das áreas biológicas e da área de educação e ensino nas
reflexões e na construção de alternativas para o ensino da temática. Este aspecto é merecedor de atenção na construção
de conhecimentos e proposições de ações de intervenção. Nosso grupo tem investido nessas reflexões e em elaborar
e aplicar JD com diferentes aspectos da genética e hereditariedade. São eles: “Nas voltas com a hemoglobina”(2009),
“Genes & Interações” (2010), “Que proteína é essa? (2011)” e “Mendelmória” (2012). Eles têm o intuito de contribuir
tanto na formação do professor (oficinas), quanto no desenvolvimento das aulas no ensino médio e na graduação.
Esta pesquisa buscou coletar, investigar e categorizar a produção relativa aos JD em Genética, provinda das fontes
descritas, levando em conta a diversidade e a rede de autores - provindos dos campos específicos do saber acadêmico,
da pedagogia e das experiências em sala de aula e espaços educativos - a serem consideradas para construção de olhares
inovadores para “genética escolar” e (mal) difundida na grande mídia.
59º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 59o Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2013
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22
60 anos pós-DNA...
Quais abordagens sobre as caracteristicas
genéticas estão presentes em livros
didáticos atuais?
Silva, B.A.F.S.1, Okuda, L.V.O1. Pereira, W. A.1, Souza, N. R.1, Goldbach, T2, Reis, S, A.2
Graduandos Ciências Biológicas -IFRJ e Bolsistas de Iniciação Científica – Núcleo de Pesquisa em Ensino e Divulgação
de Ciências – NEDIC/IFRJ – Campus RJ; 2NEDIC/Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Rio de Janeiro IFRJ –
Campus RJ/Maracanã
1
[email protected]
Palavras-chave: Ensino de genética; visão integradora; livros didáticos
O grupo realiza investigações relativas ao Ensino de Genética e tem atuado em diferentes frentes de pesquisa. Na
literatura investigada foram identificados alguns problemas e desafios, como a fragmentação, descontextualização e
desatualização dos conteúdos e elementos sobre o tema, inclusive em livros didáticos (LD). Desde 2009, o PNLDPNLEM (Programa Nacional do Livro Didático – Ensino Médio - MEC) distribui LD para todo o ensino público,
escolhidos para utilização pelas instituições baseadas em um catálogo/guia. Com o intuito de aprimorar a investigação
dos problemas e desafios para a construção de novas propostas para o ensino de genética no Ensino médio, foram
analisadas as abordagens relativas às diferentes características genéticas que são desenvolvidas em livros didáticos.
Foram selecionadas algumas coleções presentes no recente PNLD (2012), para análise e comparação. Pretendeu-se
investigar o quanto ocorre, ou não, o uso e ntegração das abordagens sobre hereditariedade – definidas como clássica,
cromossomial, gênica e molecular. O objetivo do trabalho foi analisar a temática “Características Genéticas em livros
didáticos de Biologia - Ensino Médio”, visando definir e reforçar os caminhos de elaboração de materiais educativos
(jogos e atividades) realizados pelo grupo (NEDIC), para enfrentar problemas relacionados ao Ensino de Genética.
A metodologia do trabalho consistiu na realização de revisão bibliográfica sobre pesquisas em livros didáticos e sobre
programas oficiais do governo (PNLEM-PNLD) e estão sendo analisadas as obras recomendadas presentes em suas
duas edições, assim como os diferentes critérios de análise das coleções. Foi dada ênfase ao PNLD-2012, do qual foram
escolhidas três coleções para a análise (Linhares/Gwansdnadjer; Amabis/Martho ; Bizzo), e foi feita uma descrição
sucinta da estrutura dessas coleções e seus autores. Foram investigadas as mudanças na coordenação do programa e
destacados os critérios selecionados para a avaliação dos LD. A análise dos livros envolve um extenso levantamento de
características genéticas tratadas em seus volumes, as quais foram organizadas em quadros, que contém indicações: do
espaço que ocupa (no de páginas); como é descrita (texto, imagens, diagramas); da presença de associação de alguma
visão/nível explicativo e entre eles (visão mendeliana, cromossomial, gênica e/ou molecular, e se há integração entre eles
nesse trecho); além de transcrição de trechos representativos. Espera-se, assim, identificar como estão sendo realizadas
integrações entre os conteúdos e as visões sobre características genéticas e suas transmissões. Já foi realizada a revisão
bibliográfica sobre LDs e sobre programas oficiais do governo (avaliadores, coordenação, critérios utilizados no processo
de avaliação). Foram feitas descrições sucintas da estrutura dos livros didáticos escolhidos e de seus autores e as análises
das tabelas formadas a partir do levantamento das características genéticas presentes nesses livros estão em andamento.
Financiamento: IFRJ e FAPERJ.
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A influência dos modelos didáticos no processo
de ensino-aprendizagem de Biologia Molecular
Gonçalves, SC1; Tavares, JA1; Rodrigues, AC1; Mapelli, PA1; Faria, RCB2
Aluno(a) do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil; 2Professor de Biologia do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil
1
[email protected]
Palavras-chave: Modelos didáticos, Biologia Molecular, Aprendizagem, Lúdico
Este trabalho foi realizado com duas salas no total de 40 alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual
Felipe dos Santos localizada em Inconfidentes – Minas Gerais. O mesmo apresenta resultados do uso do modelo
didático para o ensino de Biologia Molecular. Os alunos abordados nesta pesquisa apresentam um conhecimento
prévio do conteúdo de genética proposto – O DNA. Através de uma análise comparativa observa-se se que estes alunos
são capazes de melhorar a sua percepção em relação ao conteúdo após uma aula com uso de um modelo didático,
ministrada pelos alunos do 6º período do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFSULDEMINAS –
Câmpus Inconfidentes. Para a análise dos dados do conhecimento prévio dos alunos realizou-se uma explanação do
tema e em seguida ministrada uma aula expositiva com o uso de um cartaz confeccionado com materiais reciclados,
um vídeo e a apresentação do modelo didático, também confeccionado a materiais reutilizáveis. Na avaliação fora
aplicada uma atividade com uso de figuras onde foram preenchidas as estrutura básicas do DNA pelos alunos. Através
desses dados, foi possível demonstrar o perfil dos alunos avaliados, uma parte dos alunos não conseguiu lembrar
alguns conceitos explicados anteriormente. Durante a atividade 15% dos alunos precisaram da ajuda do professor
para conseguirem fazer a atividade proposta aplicada para completar o nome das estruturas do DNA com uso de
uma figura, 5% se recusaram a fazer e 50% melhoram o desempenho comparando ao início da atividade onde a sala
apresentara 90% de não compreensão do conteúdo. Os dados evidenciaram que grande parte dos alunos não possui
concepções sobre o assunto, mais depois de verem de perto como seria a estrutura do DNA, a ideia abstrata, ganha
novas dimensões. Os resultados apontam a ausência de um material que promova o desenvolvimento da percepção
do abstrato que estes alunos têm do ensino de Biologia Molecular. Foi verificado que a integração de alternativas
diversificadas no contexto educacional a partir dos conceitos de modelos didáticos pode ajudar a concluir os objetivos
de um ensino com reais possibilidades de aplicação como complemento às aulas. Observamos que o modelo didático
estimula os alunos e desperta interesse ao conteúdo, principalmente quando elaborado para ser manipulado.
Apoio Financeiro: IFSULDEMINAS e FAPEMIG.
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O uso de modelos didáticos no ensino médio:
“uma perspectiva no ensino de biologia”
Mendes,CV1; Oliveira, MCD1 ; Veronez, E1; Palma, JB1; Faria, RCB2 ; Camargo, CC3
Aluna do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul
de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Câmpus Inconfidentes/MG-Brasil; 2Professor de Biologia do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus Inconfidentes/MG-Brasil; ³Professor
de Biologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus
Inconfidentes/MG-Brasil, e Coordenadora do Subprojeto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
(PIBID)- Licenciatura em Ciências Biológicas do IFSULDEMINAS- Campus Inconfidentes
1
[email protected]
Palavras-chave: Modelos didáticos, DNA, RNA, Biologia Molecular, Aprendizagem
Esse artigo trata-se de uma comparação dos tipos de aprendizagens possíveis com o uso de dois materiais didáticos
diferentes, aplicados em sete turmas de primeiro ano do ensino médio de uma escola pública, sendo um tridimensional
e outro confeccionado com materiais de baixo custo, dimensional, ambos utilizados para montagem de uma molécula
de DNA, contando com sua duplicação e transcrição. O uso desses materiais se deu no contexto do PIBID Licenciatura
em Ciências Biológicas do IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes, em uma intervenção didática que tinha como
objetivo: estabelecer relações entre os conteúdos discutidos em sala com a professora e propiciar condições de apresentar
as moléculas o mais próximo possível da realidade. Tendo como base dados levantados através de uma pesquisa
quantitativa e qualitativa, que se refere à eficácia do uso de ambos os modelos didáticos utilizados, obtidos através de
avaliações aplicadas com os alunos. Não houve diferença no número de acertos e erros das questões elaboradas, não
podemos justificar que os mesmos ocorreram por decorrência dos modelos didáticos, pois levamos em consideração
outros fatores como: formulação de perguntas que poderiam induzir ao erro e/ou outros materiais usados anteriormente
em sala de aula. Mas, ficou evidente que os dois materiais didáticos contribuíram diretamente para o aprendizado dos
alunos, que para a concepção de DNA o modelo tridimensional permite maior perspicaz, desenvolvendo capacidade
no aluno de compreender melhor a estrutura do DNA e saber que este pode ser representado de diversas formas,
enquanto que o modelo 2D, assim como os livros didáticos, passa muitas vezes uma ideia equivocada aos alunos
sobre a real forma do DNA. A partir da comparação dos dados obtidos concluímos que os modelos didáticos são
“pontes” facilitadoras do aprendizado, principalmente em se tratando de temas abstratos, como Biologia Molecular.
Apoio Financeiro: IFSULDEMINAS e CAPES
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Desafiando a genética na graduação: uma
proposta alternativa para o ensino de genética
Rossin, G.S¹; Maciel, T.S2; Lima, A.B.P3
¹Centro Universitário Norte do Espírito Santo, CEUNES, São Mateus, ES; ²Universidade Federal do Espírito Santo, UFES,
Vitória, ES
[email protected]
Palavras-chave: Estratégia, Ensino-Aprendizagem, Revisão, Proposta
É importante considerar o jogo como uma ferramenta educacional que auxilia no processo de ensino-aprendizagem,
uma vez que o interesse dos alunos em aprender é despertado através de ambientes lúdicos, práticas dinâmicas e
interativas. Desse modo, cabe ao professor buscar alternativas no ensino de genética que auxiliem neste processo. O
trabalho descrito foi direcionado aos alunos do curso de licenciatura em Ciências Biológicas do sétimo período do
Centro Universitário Norte do Espírito Santo, tendo por finalidade, fixar e complementar o conhecimento de genética
adquirido ao longo da graduação e apresentar a estes futuros professores um modo alternativo e divertido de ensinar
genética, já que muitos professores da rede de ensino apresentam dificuldade e falta de domínio deste conteúdo. O
jogo “Desafiando a Genética” é um material didático que pode ser adaptado para ser explorado em qualquer nível de
ensino, apresentando de forma dinâmica, diversos temas, como: Genética mendeliana, Padrões de herança, Genética
molecular, Genética de populações e Genética geral abordando assuntos como Projeto genoma e demais atualidades.
O objetivo do jogo é chegar ao centro do tabuleiro acertando ás questões de múltipla escolha, dissertativas e questões
de falso e verdadeiro, e então responder a um desafio de determinado tema. Este é constituído por um tabuleiro, 108
cartas de perguntas de nível um, 54 cartas de nível dois, 18 cartas de desafios, seis peões, um manual e a folha de
resposta. Os temas são escolhidos pelos participantes, logo, cada um ou cada equipe posiciona seu peão no tabuleiro.
Todas as cartas de perguntas ficam de cabeça para baixo separadas por tema nos montes, exceto as cartas de perguntas
nível dois, que ficam embaralhadas para serem respondidas aleatoriamente pelos jogadores. Passando por estas etapas, o
jogador chega ao desafio de genética, que está relacionado ao assunto escolhido no início do jogo. Este pode ser jogado
com apenas um jogador, ou uma equipe por tema. Ao final da atividade foi aplicado um questionário para constatar a
opinião dos participantes, onde a maioria relatou que o jogo permitiu a revisão dos conhecimentos adquiridos durante
o curso de licenciatura e aceitaram como viável a aplicação deste tipo de jogo em sala de aula. Para os graduandos e
futuros professores, foi uma experiência enriquecedora, nitidamente visível na participação e no entusiasmo de jogar.
Percebe-se que o jogo é uma importante estratégia de ensino para aprendizagem de conceitos complexos, permitindo
a complementação de conhecimento e o desenvolvimento do pensamento lógico.
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A proposition of pratic activity: the use of
didatic models of neuroscience to teach genetics
Lima FT1, Oliveira CKS2,Gomes- Jr PP3
Graduação em Ciências biológicas, Universidade Federal Rural de Pernambuco, campus (UAST), Serra Talhada, PE;
Graduação em Ciências biológicas, Universidade Federal Rural de Pernambuco, campus (UAST), Serra Talhada, PE;
2
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Ciências Biológicas, campus (UAST), Serra Talhada, PE
1
2
[email protected]; [email protected]; [email protected]
Keywords: teaching, learning, biodiversity, variability, populations
To improve teories and scientific models is necessary have a critic mind and comprehend what is, why was done, and
what the reason. Current science use scientific models to explain questions arround. Thus, scientific models have
been as a way to link empirical and teoric.1 Nowadays is evident that the knowledge about genetic is still primitive
as to students in many levels as universitary. Therefore, there is the hope to solve the comprehension of concepts in
classroom by pratic activities, in order to discuss relected subjects. So, the aim of this study was detach the possibility
of educatives pratics in teaching biology, having population genetics as example. Human brain recognize externally
by variations and changes, cause our sensory receptors are sensitive to many stimulus, among them the luminous
(vision). The informations are transcripts and decoded, after that are transported for neurons to occur the recognition,
if occur some perceptive alteration to responsible organ, the brain recognize the change of identity. So we are able
to recognize, analyse and describe a perception, improving the knowledge.2 Using gouache with three primaries
colors was developed in population genetic pratic class, a method that explain the genetic diversity, quantitative
heritage and panmitics crossing. On a plastic smooth surface, using red, yellow and blue inks to represent threee
isolated subpopulations of lizards that the passage of time and naturals effects began to have genic flux between the
subpopulations. The result of this phenomenon was perceived mixing the different colors of inks making understand
that there was rose a new subpopulation because the new color was done thus a new genetic composition. Quantitative
heritage was demonstraded by each new color that showed through of similarity with who inherited the dominance.
Genetic variability allows the researchers measure individuals, populations and different species.3 Finishing the activity
was observed a great enthusiasm between students, that beside logic inquiries, was requested more examples in other
subjects relative to the discipline. Wherefore, considering that the learning process is compounded by oportunities
of teach, transparency in teaching metodologies appropriate beyond inovations in pedagogic pratices.4 Concluding
activities like this, the individual conceives the science as culture, applying the scientific knowledge and acquire skills
to connect with other areas solving problems associated to its daily.
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O aumento do conhecimento sobre evolução
biológica faz diferença na aceitação do
criacionismo como alternativa à evolução?
Silva, MA; Kavalco, KF; Pazza, R
Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, Universidade Federal de Viçosa, Campus Rio Paranaíba
[email protected]
Palavras-chave: criacionismo, biologia evolutiva, Ensino Superior, Evolução, Ensino
Estudos anteriores demonstraram maior tendência de alunos ingressantes no curso de Ciências Biológicas em acertar
questões relacionadas à evolução biológica quando comparado com calouros de outros cursos. Com o objetivo de
avaliar a formação do biólogo como agente da mudança de ideias e concepções sobre a biodiversidade e a evolução
biológica, comparamos os resultados obtidos com alunos recém-ingressos no curso de Ciências Biológicas com os
formandos. Através de 10 questões de múltipla escolha sobre temas da evolução biológica em nível de Ensino Médio e
relacionadas com a aceitação do criacionismo, religião/posição filosófica, entre outras, avaliamos alunos formandos em
Ciências Biológicas na Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba, comparando os resultados com os
obtidos previamente entre os calouros. A média geral das 10 questões entre os formandos (8,9) foi significativamente
superior ao dos calouros (6,3) de acordo com o teste de análise de variância (p<0,001), o que seria esperado após
terem cursado as disciplinas de Evolução e demais componentes da matriz curricular do curso. Apesar de ainda ser a
questão com menor índice de acertos, a relacionada com as fontes de variação mostrou o maior crescimento, saltando
de 12,5% para 68,4% de acertos. O papel do acaso na evolução também foi uma das questões que apresentaram
grande incremento no número de acertos, passando de 39,5% para 94,7%. Outra questão com grande incremento
no número de acertos foi a relacionada com a evolução de bactérias resistentes a antibióticos, passando de 52,5% para
100% de acertos. Por outro lado, pouca variação no número de acertos foi observada para a questão sobre a homologia
entre braço humano e asa de morcego (72,5% e 73,7% para calouros e formandos, respectivamente). A proporção de
alunos que aceitam o criacionismo como alternativa à evolução não apresentou variação significativa entre calouros
e formandos (32,5% e 36,8%, respectivamente, p>0,01). Diferentemente do observado entre os calouros, entre os
formandos a diferença na média das 10 questões entre os que aceitam o criacionismo como alternativa e os que
não aceitam foi significativa (8,1 e 9,3, respectivamente, p<0,001). A aceitação do criacionismo foi maior entre
evangélicos (66,6%) e católicos (50%). Assim como entre os calouros, não houve diferença significativa entre as
médias de alunos com diferentes posições religiosas ou filosóficas. Apesar do claro aumento no nível de conhecimento
dos formandos sobre evolução biológica, o que seria esperado pelo conteúdo das disciplinas do curso, é possível
observar que algumas questões permanecem confusas, especialmente no que diz respeito à homologias e analogias. Por
outro lado, o número de formandos aceitando o ensino de criacionismo como alternativa à evolução é preocupante,
uma vez que o curso de Ciências Biológicas forma profissionais que poderão atuar na docência de jovens e crianças.
Apoio Financeiro: FAPEMIG
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Interação alélica em genética quantitativa de
livros do ensino médio de Biologia: conteúdo
e representações gráficas
OLIVEIRA, JS1; LIMA, RPM1,3; OLIVEIRA, AC2,3
Bacharelando(a) de Ciências Biológicas; 2Biólogo, Dr, Professor Titular; 3Laboratório de Genética de Plantas,
Departamento de Ciências Naturais, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus Vitória da Conquista
1
[email protected]
Palavras-chave: livros de Biologia, ensino médio, interações alélicas, genética quantitativa, herança poligênica
As interações alélicas na herança poligênica ocorrem por ação de alelos que agem de forma suplementar, resultando
fenótipos que são medidos, pesados e/ou contados. A descrição dos tipos de interação alélica [aditiva (A), dominância
(D), sobredominância (S) e epistática (E)] em livros de ensino médio de Biologia constitui excelente oportunidade
para estudantes secundaristas alargarem seus conhecimentos acerca da interface da genética com o seu cotidiano, já
que abarga desde a descrição de mecanismos biológicos em nossa espécie, como a cor da pele; até a compreensão de
tecnologias como o de melhoramento genético de plantas e animais, de elevada repercussão na sociedade. O presente
trabalho objetivou, tendo por base nove coleções de livros de ensino de Biologia do ensino médio, publicados entre os
anos de 2008 a 2011; quantificar (i) a importância editorial, expressa quanto ao número total e a porcentagem relativa
de páginas, que o tema tem nessas obras dentro do âmbito dos capítulos de Genética; (ii) os tipos de interação alélica
que são apresentados; (iii) os tipos de origem de exemplos (animal, vegetal ou humana) empregados e (iv) os tipos de
representações esquemáticas [Triângulo de Pascal (TP), Quadro de Punnett (QP) e histograma (H)] adotadas nas obras
quanto à temática. O número total de páginas e a porcentagem relativa de páginas destinadas ao assunto variaram de
2 a 8 e de 2,4% a 7,8%; respectivamente, denotando um grau de ênfase diferenciado entre os autores. Todos os livros
pesquisados retrataram somente a interação alélica do tipo aditiva, não contextualizando os tipos D, S e E. Quanto
a origem dos exemplos, 77,7% das obras utilizaram de exemplo em humanos, ligado a cor da pele; 11,1% adotaram
exemplo vegetal (cor da grão do trigo) e 22,2% empregaram os dois exemplos citados. Quanto as representações
esquemáticas, que são importantes auxiliares no aprendizado do conteúdo dissertativo; o TP, QP e H foram adotados
por 44,4%; 77,7% e 55,5% das obras consultadas. Somente 33,3% das obras lançou mão de todas as três representações
esquemáticas citadas, e ainda de forma desarticulada, sem se explorar as relações conceituais que existem entre as mesmas.
Conclui-se, com a presente pesquisa, que os estudantes que se valem das atuais coleções de livros de Biologia no ensino
médio aprendem genética quantitativa como uma derivação da lógica mendeliana, estritamente vinculada à descrição
de processos biológicos quase que exclusivamente a exemplos humanos e relacionado à gradiência de cor. Os estudantes
deixam, ainda, de ganhar competências e habilidades aguardadas no aprendizado de Biologia quanto a capacidade de
relacionar conhecimento científico a desenvolvimento tecnológico; na medida que demais tipos de interações alélicas e,
emprego desse conhecimento genético em melhoramento animal vegetal, por exemplo; não são, sequer, sumarizados.
Apoio financeiro: UESB
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Avaliação do conteúdo de genética no livro
didático segundo as unidades temáticas dos
parâmetros curriculares nacionais (PCN+) do
ensino médio de biologia
Ferreira, BA; Vasconcelos, CRS; Oliveira, BC; Cordeiro, ER
Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Keywords: PCN+, livro didático, ensino de genética
Atualmente grande quantidade de informações veiculadas pelos meios de comunicação se refere a fatos cujo completo
entendimento depende do domínio de conhecimentos biológicos, para compreensão e participação em debates
contemporâneos. A linguagem científica tem crescentemente integrado nosso vocabulário; termos como DNA,
cromossomo, genoma, clonagem, transgênicos não são completamente desconhecidos por indivíduos minimamente
informados. Adquirir esses conhecimentos então constitui apenas uma das finalidades do estudo da Biologia no
âmbito escolar. Tradicionalmente o ensino da Biologia tem sido organizado em torno das várias ciências da vida –
Citologia, Evolução, Ecologia, Zoologia, Botânica, Fisiologia e Genética, esta última compreendida como a ciência
da hereditariedade, que estuda os mecanismos de transmissão dos caracteres de uma espécie, passados de uma
geração para outra, além das variações que ocorrem nesse processo, fator importante na evolução dos organismos.
Dada à importância deste conteúdo e tendo em vista a realidade da educação nacional, onde o livro didático tem
desempenhado papel central nas escolas brasileiras, tornando-se, muitas vezes, o elemento direcionador do processo
de ensino-aprendizagem é de suma importância a análise de sua adequação às propostas apresentadas pelos parâmetros
curriculares nacionais, que visam o ensino por competências, onde o conhecimento ultrapassa as barreiras acadêmicas
e ganha aplicabilidade ao cotidiano dos alunos. O presente trabalho analisou três coleções de livros didáticos,
amplamente utilizados para o ensino de Biologia no ensino médio (Amabis e Martho; César e Sezar; Sônia Lopes), a
partir das unidades temáticas do PCN+ que remetem ao aprendizado do conteúdo de genética (DNA: a receita da vida
e o seu código; Tecnologias de manipulação do DNA; Os fundamentos da hereditariedade; Genética humana e saúde;
Aplicações da engenharia genética; Os benefícios e os perigos da manipulação genética: um debate ético; A origem
da diversidade). Os dados obtidos mostram um sério déficit entre o conteúdo apresentado pelo material analisado e o
que é proposto por algumas destas unidades do PCN+, de modo que não há uma conexão entre os conteúdos tanto
do mesmo volume, quanto da coleção em si, estes ainda apresentam-se fragmentados e não remetem aplicabilidade
ao cotidiano dos alunos. Os livros apresentam poucos dados quanto à viabilidade de novas tecnologias, não enfocam
o debate ético necessário e presente em diversos casos e experimentos, além de muitas vezes apresentarem exemplos
descontextualizados do próprio material, sendo necessários recursos complementares ao próprio livro para que estas
lacunas sejam preenchidas, melhorando desta maneira a compreensão destes assuntos por parte dos alunos, tornandoos capazes de compreender e argumentar sobre tópicos que remetem ao ensino e aplicabilidade da genética.
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Citogenotoxidade e o ambiente aquático:
a arte como instrumento de ensino visando
à conscientização da população – uma
experiência do projeto biologia na praça
Macedo, ACS; Romão, BK; Vasconcelos, BSM; Ribeiro, FA; Ferreira, LV; Camargo, MFF; Moura, RAR; Santos, TM;
Brasil, F; Oliveira, DM; Almeida, LM; Pinho, K; Bueno, R
Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, CEUNSP, Itu, SP
[email protected]
Palavras-chave: citogenotoxidade, ambiente aquático, material didático, maquetes, cariótipos
Os ambientes aquáticos sofrem constantemente contaminação por agentes químicos resultantes de atividades industriais
e produção agrícola, no entanto o emprego de tais agentes químicos pode estar relacionado com o aumento observado
atualmente na prevalência de malformações congênitas, câncer e distúrbios neurológicos e comportamentais em seres
vivos, em consequência das alterações genéticas induzidas por tais agentes. O Curso de Ciências Biológicas do Centro
Universitário Nossa Senhora do Patrocínio de Itu – SP promove anualmente o projeto “Biologia na Praça” que surgiu
a partir da necessidade de discutir e aprofundar os conhecimentos de biologia adquiridos pelos acadêmicos do curso
de graduação em Ciências Biológicas e aplicá-los em exposições para a população em geral, utilizando instrumentos
construídos pelos mesmos. Como o tema desse ano foi ”Ambientes aquáticos: o que eu tenho a ver com isso?”, um
grupo de acadêmicos do terceiro semestre deste curso objetivou avaliar o conhecimento da população participante do
evento “Biologia na Praça” sobre o tema citogenotoxidade e o ambiente aquático além de desenvolver instrumentos
lúdicos que facilitassem a compreensão da importância de estabelecer melhorias no tratamento dos efluentes a fim
de reduzir os impactos ambientais e consequentemente os riscos à saúde da população. Diante desse contexto, os
acadêmicos, baseados em seus conhecimentos em genética, elaboraram um questionário contendo questões objetivas,
confeccionaram maquetes representando os ambientes urbano e rural sendo submetidos a contaminações químicas
e elaboraram cariótipos, utilizando canudos coloridos, para representar os cromossomos normais e as alterações
cromossômicas que podem surgir devido ao contato com tais contaminantes, visando correlacionar a genética com
o tema proposto e conscientizar as pessoas sobre a influência das alterações ambientais em seu material genético e
indiretamente à sua saúde. Todos os instrumentos foram utilizados no evento “Biologia na Praça” para proporcionar
esclarecimentos à população sobre o tema proposto. Os questionários foram aplicados aleatoriamente a um total de
70 pessoas que transitavam na praça no momento do evento a fim de verificar se as mesmas tinham conhecimento
sobre a relação entre contaminação ambiental e alteração em seus cromossomos, levando a doenças. Após essa etapa, as
pessoas visualizavam as maquetes e os cariótipos e recebiam as explicações dadas pelos próprios acadêmicos, sendo que
o questionamento de maior significância foi relacionado à transmissão das doenças causadas por agentes químicos aos
descendentes. De 70 questionários respondidos, 90% reconheceram os agentes químicos como poluentes ambientais,
mas não relacionaram com as alterações cromossômicas. Esse projeto permitiu uma maior interação entre os acadêmicos
e a visualização da importância prática da citogenética, despertando o interesse dos acadêmicos na área de genética,
facilitando a sua compreensão, além da valorização dos acadêmicos perante a população em geral, o que ficou evidente
nos relatos dos participantes do projeto.
59º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 59o Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2013
Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Avaliação do conhecimento dos discentes do
ensino médio sobre conceitos básicos e das
áreas atuais da genética
Pereira, JRL1; Soares, NG1; Pires, DJ2
Graduanda do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Goiás, Morrinhos, GO; 2Docente do Curso de
Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Goiás, Morrinhos, GO
1
[email protected]
Palavras-chave: ensino de genética, aprendizagem, atualidade
Os avanços nas pesquisas em várias áreas da genética, relacionadas à manipulação do material genético são cada
vez maiores e proporcionam o desenvolvimento de novas biotecnologias para melhoria, principalmente da saúde
humana. O conhecimento sobre esses avanços nas áreas atuais da genética pelos discentes do ensino médio, a partir
da compreensão dos conceitos básicos são de extrema importância para aprendizagem, contribuindo na sua formação
e preparação para o vestibular. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar o conhecimento dos discentes
do ensino médio sobre conceitos básicos e das áreas atuais da genética. A metodologia consistiu na aplicação de um
questionário com dez questões para discentes do 3º ano do Ensino Médio de dois Colégios da Rede Pública de Ensino.
Em relação ao sexo, 52,70% eram do sexo feminino e 47,30% do sexo masculino. A maioria encontrava-se na faixa
etária entre 17 e 18 anos. Os dados sobre a proporção sexual não foram estatisticamente significativos ao nível de 5%.
Nas questões relacionadas aos conceitos básicos 81% dos discentes acertaram. Muitos não souberam dizer a composição
de um nucleotídeo atribuindo a este, somente as bases nitrogenadas. A respeito do DNA mitocondrial, 88,5% dos
discentes nunca ouviram falar, sendo que em um Colégio na turma do período matutino, nenhum estudante acertou
essa questão. Nos resultados obtidos das questões sobre conceitos das áreas atuais, os discentes tiveram um melhor
desempenho (98%). Assuntos relativos à clonagem por exemplo, ainda geram dúvidas principalmente sobre a origem
das células utilizadas para criar a ovelha Dolly. A maioria dos estudantes obtém informações nas escolas e internet,
sendo que poucos leem livros ou jornais. Percebe-se claramente, que os discentes possuem muita dificuldade em vários
conceitos de genética, sugerindo falhas no processo de ensino e aprendizagem devido ao próprio Sistema Educacional,
onde os conteúdos quando passados são de forma rápida e sem compreensão. Portanto, projetos e atividades na área
do ensino de genética podem minimizar essas deficiências.
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Conhecer a Evolução afeta a aceitação de
seu papel no surgimento e manutenção
da biodiversidade?
Pazza, R; Kavalco, K
Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba
[email protected]
Palavras-chave: criacionismo, biologia evolutiva, biodiversidade, ensino, evolução
A influência dos aspectos religiosos na compreensão da evolução tem sido alvo de nossos estudos há algum tempo.
Estudos anteriores demonstraram a maior tendência de alunos ingressantes no ensino superior no curso de Ciências
Biológicas em aceitar a biodiversidade como fruto da evolução, sem intervenção de divindades. Com o objetivo de
avaliar a formação do biólogo como agente da mudança de ideias e concepções sobre a biodiversidade e a evolução
biológica, comparamos os resultados obtidos com alunos recém-ingressos no curso de Ciências Biológicas com os
formandos. Alunos formandos em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba,
foram avaliados comparando-se os resultados com os obtidos previamente entre calouros. A análise foi feita através de
10 questões de múltipla escolha sobre temas da evolução biológica em nível de Ensino Médio e relacionadas com a
aceitação do criacionismo, religião/posição filosófica, etc. A média geral das 10 questões entre os formandos (8,9) foi
significativamente superior à dos calouros (6,3) de acordo com o teste de análise de variância (p<0,001). Não foram
observadas diferenças significativas em relação ao grau de concordância com a seguinte afirmação “A biodiversidade
é fruto da evolução, sem intervenção de divindade” entre calouros e formandos, sendo as menores concordâncias
observadas entre evangélicos (3,3 em uma escala de 0 a 10). No entanto, houve diminuição da aceitação desta afirmação
entre os que aceitam o criacionismo como alternativa à evolução (de 6,8 para 4,4 numa escala de 0 a 10) e um aumento
entre os que não aceitam (de 8 para 9,8 numa escala de 0 a 10). Adicionalmente, diferentemente dos calouros, entre os
veteranos houve correlação positiva significativa entre as médias das 10 questões e o grau de aceitação dessa frase (r=0,54,
p<0,01). Assim como o observado entre os calouros, o maior grau de discordância com esta afirmação encontra-se no
grupo de evangélicos (3,3 em uma escala de 0 a 10). Não houve diferença significativa no grau de concordância com
as questões referentes à influência da religião na ciência e na legislação do país, sendo ambos os calouros e veteranos
em média contrários a esta. Porém, tanto para calouros quanto para veteranos, os evangélicos demonstraram tendência
fortemente oposta aos demais. Estes dados sugerem que o grau de conhecimento sobre a biodiversidade oferecido por
um curso de Ciências Biológicas auxilia na aceitação dos processos evolutivos como fonte da biodiversidade, apesar da
resistência dos grupos evangélicos. Estes, apesar de responder adequadamente às questões de conteúdo, permanecem
não aceitando o papel da evolução na biodiversidade, e, por outro lado, aceitando cada vez mais que ciência e
legislação do país devem seguir preceitos determinados pela religião, o que se opõe ao conceito de laicidade do Estado.
Apoio Financeiro: FAPEMIG.
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Cromossomos Magnéticos
Elias1, PCS; Batista1, MSM; Souto1, AS; Souza1, AF; Campanhã1, RB
Centro de Ciências, Artes e Humanidades – Universidade Católica de Santos- Santos - SP
[email protected]
Keywords: kit didático, citogenética, idiograma
Este trabalho consistiu no desenvolvimento de kits de aula prática para simular o trabalho de citogeneticistas na
análise de idiogramas e com isto promover a familiarização dos alunos de ensino médio/graduação a conceitos
relativos ao número, forma e classificação dos cromossomos humanos, possibilitando adicionalmente a identificação
de cariótipos normais masculinos e femininos e de anomalias como as síndromes de Down, Klinefelter, Patau e
Turner. Os kits basearam-se na impressão de esquemas de cromossomos humanos em papel magnético e, por
conta disto, sua adesão a chapas metálicas. Foram organizados tanto kits representando cariótipos submetidos às
técnicas de coloração tradicionais que levam ao bandamento cromossômico como também às técnicas cariotipagem
espectral (SKY) que empregam corantes fluorescentes que promovem a apresentação de cada par de homólogos na
mesma cor. Cada kit apresentou esquemas de cariótipos, em que os cromossomos humanos foram impressos em
papel magnético e a seguir recortados e reunidos dentro de envelopes que representariam o conteúdo nuclear de
uma dada célula. Os envelopes foram oferecidos, em aula prática, para grupos de alunos que tiveram por objetivo
organizá-los sobre chapas metálicas nos grupos A, B, C, D, E, F, G e o par sexual, comparando os cromossomos
em questão com modelos oferecidos. A vantagem deste trabalho frente a outros semelhantes encontrados em livros
didáticos de biologia foi que os esquemas de cromossomos já foram oferecidos recortados, o que otimizou o tempo
da aula para a análise do cariótipo e que os cromossomos impressos em papel magnético aderiram facilmente a
chapas metálicas, semelhantes a imãs de geladeira, facilitando a interação com o material, possibilitando inclusive
que os idiogramas fossem expostos na vertical, como quadros, o que permitiu as classes observá-los em conjunto
dinamizando a discussão sobre diferenças entre eles; além disto, eles podem ser reutilizados diversas vezes.
Financial Support: Universidade Católica de Santos
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