IGREJA PRESBITERIANA UNIDA COREANA DE SÃO PAULO São

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IGREJA PRESBITERIANA UNIDA COREANA DE SÃO PAULO
São Paulo - SP - 2007
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MEMORIAL
“Sítio e Programa. Linha, Cubo, Praça e Árvore”
O projeto arquitetônico para o Complexo Unida parte de duas condicionantes principais: o
Sítio e o Programa.
A primeira – o Sítio – se refere ao local de implantação, às características dos lotes adquiridos pela instituição e seus acessos, os recuos permitidos por lei, o percurso do sol, as edificações
vizinhas e, também, a relação com os demais edifícios pertencentes à Comunidade.
A segunda – o Programa – considera a lista de ambientes solicitada pela Comissão de
Obras, a análise cuidadosa das especifidades de cada uso e, sobretudo, a criação de novos espaços necessários para a confortável utilização pelos membros da comunidade, principalmente nos
horários de pico.
Dessa primeira análise (Sítio) pudemos perceber a importância da Rua Mituto Mizumoto
como espaço de chegada e de encontro da comunidade e a possibilidade de acesso de veículos
pela Rua Shinimbu, aproveitando o desnível entre as ruas para a criação de dois pavimentos de
estacionamento (sem desperdiçar espaço com grandes rampas de acesso). Além disso, considerando a difícil geometria do lote, foi estudada qual seria a melhor ocupação do terreno, procedimento que evitou a criação de espaços recortados e de difícil utilização ou prejudicados pela falta
de iluminação e ventilação.
A segunda análise (Programa) nos levou a perceber que os espaços poderiam ser organizados em dois tipos de estruturas principais, uma para o recinto da Igreja e outra para os demais
ambientes previstos no programa de necessidades.
A sobreposição dessas duas análises – Sítio e Programa – nos levou à solução de projeto dividida em dois blocos principais: um edifício flexível construído em estrutura metálica (que permite
racionalidade, economia e velocidade da obra) foi posicionado ao longo da Rua Mituto Mizumoto
(Linha) enquanto um volume de concreto foi disposto na parte posterior do lote (Cubo).
O primeiro bloco – Linha – abriga em seu pavimento térreo os espaços necessários ao refeitório, à cozinha e à administração (ambos com acessos independentes), além de se configurar
como o recinto de chegada ao complexo. Por esse motivo, o espaço em frente ao edifíco da Igreja
atual permanece livre de programas, sendo que a projeção do edifício cria uma cobertura ao longo
da calçada que funcionará como uma marquise sobre o passeio público, ampliando a largura da
calçada para o grande número de pessoas que utilizará o complexo durante os finais de semana.
O primeiro pavimento desse bloco abriga a creche e o mezanino do refeitório, aproveitando
o pé-direito duplo do salão e a visão dos jardins localizados sobre as coberturas da cozinha e da
secretaria. Enquanto o segundo andar é ocupado pelas salas dos Presbíteros, dos Pastores e
dos Evangelistas, o terceiro dá espaço às salas de reuniões de 10, 20 e 50 pessoas. No último,
aproveitando a possibilidade de se criar um pé-direito maior, foram dispostas as duas salas de coro
e o salão para 200 pessoas. Em todos ospavimentos a circulação se abre para a rua ou para o
recinto de chegada, protegidas por meio de um brise de madeira que define os planos de fachadas
do edifício.
O segundo bloco – Cubo – foi pensado como um edifício especialmente desenhado para
abrigar a igreja. Seu grande salão foi posicionado no pavimento térreo para facilitar o acesso e a
ligeira inclinação da platéia permite melhor visibilidade ao público. Do ponto de vista arquitetônico,
foi necessário criar um grande pé-direito, proporcional às dimensões da sala de planta quadrada
especialmente desenhada para garantir proximidade entre palco e platéia. Ao mesmo tempo, esse
grande espaço permite criar um mezanino para complementar capacidade de 600 lugares (com
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acesso independente) e, em outro pavimento, um mezanino para as salas de som e vídeo.
Uma característica importante desse espaço são as aberturas zenitais (frestas localizadas
na cobertura) que permitem que as paredes laterais e do fundo da igreja sejam banhadas de luz,
garantindo ao recinto uma iluminação homogênea e difusa, coerente com o uso previsto.
Esse grande volume de concreto, quando fechado, cria a intimidade necessária aos cultos.
Entretanto, com as portas abertas (portas retráteis que permitem que a abertura da igreja seja da
largura do edifício), permite uma total integração com o espaço externo, conferindo maior flexibilidade de uso ao lugar.
Entre esses dois edifícios, Linha e Cubo, uma pausa: Praça. Um espaço vazio (pátio interno)
destinado aos eventos da comunidade e ao grande fluxo de entrada e saída de pessoas. Essa
Praça funciona como espaço de ligação entre o recinto de chegada coberto e o ambiente da igreja.
Além de ser definida pelos dois edifícios, essa Praça é configurada por passarelas de ligação em
diferentes níveis. Estruturas aéreas que não só permitem a ligação oportuna entre os dois edifícios
(com acesso público ou privado), mas também possibilitam a visão de todo o conjunto e o acontecimento de eventos imprevistos.
Essa organização – Linha, Cubo e Praça – cria um conjunto onde se destacam os contrastes
entre cheios e vazios, entre estruturas leves e pesadas, entre as texturas do concreto e da madeira.
Ao mesmo tempo, esses três elementos que definem o conjunto foram organizados de forma
a ressaltar o alinhamento visual entre todos os elementos, inclusive com a fachada do Edifício da
Igreja Atual, que permance como parte fundamental do Complexo Unida. Intenção reforçada pelos
recortes criados nos brises de madeira das fachadas e pela ligação visual pretendida entre a igreja
atual e a Árvore localizada na cobertura da igreja, marco simbólico da construção do Novo Complexo Unida.
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IMPLANTAÇÃO
PLANTA_térreo
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PLANTA_1º subsolo
PLANTA_2º subsolo
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PLANTA_1º pavimento
PLANTA_2º pavimento
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PLANTA_3º pavimento
PLANTA_4º pavimento
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CORTE_longitudinal do edifício linha
CORTE_pátio
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CORTE_transveresal da igreja olhando para o altar
CORTE_conjunto linha-praça-cubo
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Ficha técnica _ Igreja Presbiteriana Unida Coreana de São Paulo
Localização
São Paulo
Ano do projeto
2010
Status
Concurso
Classificação
Edifício _ institucional
Área
6.950 m²
Escritórios
Apiacas Arquitetos
Centro Arquitetura
SIAA
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