Capítulo 7: Escoamento Interno Transferência de calor EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Escoamento interno • O fluido está completamente confinado por uma superfície sólida: representa o escoamento de um fluido em um duto ou tubulação. • Assim como no escoamento externo, no interno há dois regimes distintos: Recr = 2300 – Laminar: Re < 2300 – Turbulento: Re > 2300 • O número de Reynolds é definido como: ρUD UD Re = = µ ν EM-524 Fenômenos de Transporte Sendo “D” o diâmetro interno do tubo Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Transferência de calor do fluido • • Quando um fluido é aquecido (ou resfriado) numa tubulação, energia é transferida ao fluido ao longo da tubulação. A temperatura do fluido varia RADIALMENTE E AXIALMENTE ao longo da tubulação Exemplo de aquecimento com parede a temperatura constante r x EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Transferência de calor do fluido • No escoamento externo, o fluxo de calor é determinado por meio de uma diferença entre duas temperaturas referenciadas (exemplo: Tparede e Tfluido externo). • Para escoamentos internos (confinados) a temperatura do fluido varia axialmente e radialmente e por isto é necessário um cuidado especial para estabelecer a temperatura de referência. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Variação de energia no fluido • Balanço de energia (1a lei) para um volume de controle que envolva o fluido (considerando RP, sem realização de trabalho e desprezando variações de energia cinética e potencial ): Q (m& h )e SC (m& h )s & & (h s - h e ) = Q m EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Determinação das entalpias • Tanto velocidade quanto temperatura variam ao longo da seção transversal. T(r) U(r) cp.T(r).U(r) r Z Perfil Perfil Perfil Velocidades Temperaturas J.kg-1.m-2 • Do ponto de vista local, caso não haja mudança de fase, pode-se escrever que: h = cpT ou & h = ρU(r)c T(r)dA m ∫ EM-524 Fenômenos de Transporte A p Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Temperatura de mistura • A entalpia na entrada ou saída do V.C. é então determinada por meio da integral do produto entre a velocidade, temperatura e calor específico & h = ∫ ρcp U(r )T(r )dA m A • O lado esquerdo pode ser representado pelo produto entre cp e uma TEMPERATURA DE MISTURA, Tm: h ≡ c p Tm • Logo: ∫ ρc U(r )T(r )dA p & c p Tm = ∫ ρcp U(r )T(r )dA m A EM-524 Fenômenos de Transporte ⇒ Tm = A & cp m Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Temperatura de mistura • Tm é a temperatura que se obtêm ao retirar uma amostra de fluido em toda seção transversal do duto, colocar em um copo e fazer uma mistura. • Ela é MUITO CONVENIENTE pois o produto cpTm expressa a entalpia específica na seção transversal do duto. • Neste caso o balanço de energia numa tubulação fica sendo: & & (h s − h e ) = Q m EM-524 Fenômenos de Transporte & & c p (Tm s − Tm e ) = Q m Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Temperatura de mistura • Ao se transferir calor em um tubo: – A Tm aumenta em “x” com o aquecimento; – A Tm diminui em “x” com resfriamento. • A Tm é a temperatura de referência para o cálculo do coeficiente de transferência de calor em tubulações. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Lei de Newton • Para um escoamento trocando calor no interior de um tubo, pode-se escrever que: ( &q "x = h x Tp − Tm ) Logo, o fluxo de calor por unidade de área é o produto de hx (coeficiente local de transferência de calor) pela diferença entre as temperaturas Tp e Tm (temperatura da superfície – parede do tubo– e de mistura, respectivamente). EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Perfil de temperatura e desenvolvimento térmico • Quando um fluido recebe um fluxo de calor ao longo da parede do tubo, sua temperatura varia tanto na direção radial, como na axial. • Esta é uma situação diferente da hidrodinâmica, na qual o perfil de velocidade não varia axialmente após uma certa distância (escoamento plenamente desenvolvido). Pode-se alcançar um regime termicamente desenvolvido para dutos? EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Perfil de temperatura desenvolvido • O perfil de temperatura altera ao longo do comprimento do duto, contudo a partir de um determinado ponto sua forma relativa não se altera mais: θ= Ts − T(r,x) r Ts − Tm T(r) x θ r x Tm T(r,x) EM-524 Fenômenos de Transporte Perfil θ Temperatura • A partir do desenvolvimento, essa variável ficará constante. • Quando dθ θ/dx = 0 ele é dito termicamente desenvolvido. Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Balanço de energia do fluido • Pela 1a lei para um VC que envolva o fluido e esteja escoando em RP: Q (m& h )e x SC (m& h )s ∆x • Considerando que não é realizado trabalho e sejam desprezadas as variações de energia cinética e potencial: & EM-524 Fenômenos de Transporte & (h s - h e ) = Q m Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Balanço de energia do fluido • Expressando-se os fluxos em função da temperatura de mistura: & e = ( ρ UA ) ⋅ C p ⋅ Tme mh dTm & s = ( mh & e ) + ( ρ UA ) ⋅ C p ⋅ mh ∆x dx & = q& " ⋅ P ⋅ ∆ x Q x dTm " ( ρUA ) ⋅ Cp ⋅ dx = q& x ⋅ P EM-524 Fenômenos de Transporte onde P é o perímetro molhado do tubo em contato com o fluido Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Fluxo de calor uniforme: temperatura de mistura Q& • Balanço de energia: dTm ρUA ) ⋅ Cp ⋅ = q& "x ⋅ P (123 dx & m x Te • Quando o fluxo de calor for constante, pode-se integrar diretamente a equação do balanço de energia e achar a temperatura de mistura para qualquer valor de x>0: &q"x ⋅ P ⋅ x Tm ( x ) = + Tme & ⋅ Cp m Onde Tme é a temperatura EM-524 Fenômenos de Transporte de mistura da entrada Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Fluxo de calor uniforme: temperatura da parede • A temperatura de mistura varia linearmente com a distância x. Tp • Para aquecimento, a temperatura da parede sempre aumenta. 0 • Ela pode ser calculada em 0 qualquer posição por meio de Tm : " & q q& "x = h x ( Tp − Tm ) ⇒ Tp ( x ) = x + Tm ( x ) hx Tm h x • Note que para escoamento desenvolvido, h é cte e portanto Tp possui a mesma inclinação que Tm. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exemplo: Água escoa através de um duto aquecido, 3cm diâmetro, com velocidade média de 1 m/s. A temperatura de mistura da água na entrada da seção de aquecimento vale 18oC. 20kW de potência são transferidos para água. Calcule a temperatura de mistura da água no ponto que ela deixa o tubo. Despreze variações da energia cinética e potencial. Q& Tme = 18oC U = 1m/s Tms = ? 20kW • • Quando o fluxo de calor é constante, a temperatura da mistura no final do tubo é: q& "x ⋅ P ⋅ x Tm ( x ) = + Tme & ⋅ Cp m Propriedades avaliadas na temperatura média de mistura: 20oC (chute!) cp = 4,182 kJ/kg oC ρ=998,3 kg/m3 EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exemplo: Água escoa através de um duto aquecido, 3cm diâmetro, com velocidade média de 1 m/s. A temperatura de mistura da água na entrada da seção de aquecimento vale 18oC. 20kW de potência são transferidos para água. Calcule a temperatura de mistura da água no ponto que ela deixa o tubo. Despreze variações da energia cinética e potencial. Q& Tme = 18oC U = 1m/s Tms = ? 20kW • A vazão mássica: m = ρ.U.Atransv = 998,3*1*π π(0,03)2/4= 0,7053 kg/s " P*x = A • Como: q& "x ⋅ A Tm ( x ) = + Tme & ⋅ Cp m EM-524 Fenômenos de Transporte & q& * A = Q 20000 o Tms = + 18 = 24,8 C 0,7053 * 4182 Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exemplo: Água escoa através de um duto aquecido, 3cm diâmetro, com velocidade média de 1 m/s. A temperatura de mistura da água na entrada da seção de aquecimento vale 18oC. 20kW de potência são transferidos para água. Calcule a temperatura de mistura da água no ponto que ela deixa o tubo. Despreze variações da energia cinética e potencial. Q& Tme = 18oC U = 1m/s Tms = ? 20kW • • Para a Tms encontrada pode-se obter a temperatura de mistura 18 + 24,8 e verificar se o erro é desprezível: Tm = = 21,4o C 2 As propriedades serão: cp = 4,186 kJ/kg oC ρ=998 kg/m3 m = ρ.U. Atransv = 998*1*π π(0,03)2/4= 0,7051 kg/s 20000 Tms = + 18 = 24,8o C 0,7051 * 4186 EM-524 Fenômenos de Transporte O resultado é o mesmo, logo Tms = 24,8ºC é aceitável. Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Temperatura da parede uniforme: temperatura da mistura Tp cte x Te Tp cte • Para temperatura de parede uniforme não é possível integrar diretamente a eq. do balanço. dTm & ⋅ Cp ⋅ m = q& "x ⋅ P = h x • P • (Tp − Tm ) dx • Mas assumindo um h médio entre a entrada e saída, ela pode ser integrada: ( Ln Tp − Tm EM-524 Fenômenos de Transporte ) s e h⋅P⋅x =− & ⋅ Cp m Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Temperatura da parede uniforme: temperatura da mistura • Para qualquer posição axial do tubo: Tp − Tm ( x ) Tp − Tme h⋅P⋅x = EXP − m & ⋅ Cp • Quando x = L (comprimento total do tubo), P.L = A (área de transferência de calor do tubo), então: Tp − Tms Tp − Tme EM-524 Fenômenos de Transporte h⋅A = EXP − m & ⋅ Cp Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exemplo: Ar entra em um duto circular de 3 cm de diâmetro com uma velocidade média de 20 m/s. A superfície do duto está a uma temperatura uniforme de 80oC, enquanto que a temperatura de mistura do ar que entra no duto vale 20oC. Determine o comprimento do duto necessário para obter uma temperatura de mistura na saída de 40oC. O coeficiente médio de transferência de calor vale 80 W/m2 oC. Tp 80oC Tme=20oC U = 20m/s • Tp 80oC Quando a temperatura da parede é uniforme: Tp − Tms Tp − Tme • Tms=40oC h⋅A = EXP − m & ⋅ Cp E pode-se encontrar L através da área (A=P*L): Tp − Tms & cp m * ln L = − T −T h P me EM-524 Fenômenos de Transporte p Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exemplo: Ar entra em um duto circular de 3 cm de diâmetro com uma velocidade média de 20 m/s. A superfície do duto está a uma temperatura uniforme de 80oC, enquanto que a temperatura de mistura do ar que entra no duto vale 15oC. Determine o comprimento do duto necessário para obter uma temperatura de mistura na saída de 40oC. O coeficiente médio de transferência de calor vale 80 W/m2 oC. Tp 80oC Tme=20oC U = 20m/s Tms=40oC Tp 80oC Tm = • A temperatura média da mistura será: • As propriedades são: cp = 1,0064 kJ/kg oC 20 + 40 = 30o C 2 ρ=1,1644 kg/m3 m = ρ.U. Atransv = 1,1644*20*π π(0,03)2/4=0,01422 kg/s P = πd = 0,094 m Tp − Tms & cp m 0,01422 * 1006,4 80 − 40 * ln L = − = − * ln = 0,77 m Tp − Tme 80 * 0,094 80 − 20 hP EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero • • Número de Nusselt • Como visto anteriormente, para se determinar as distribuições de temperaturas ou os fluxos de calor é necessário se conhecer o coeficiente de transferência de calor da película (h). • Esse parâmetro é determinado a partir do número de Nusselt, definido por: hD Nu = k EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Escoamento laminar • Re < 2300 • As propriedades devem ser avaliadas na temperatura média da temperatura de mistura: Tprop = (Tm,e + Tm,s)/2 • Peclet: Pe = Re.Pr – Temp. const. & Pe.(D/L) < 100 ⇒ região termicamente desenvolvida e Nux= 3,66 – Q const. & Pe.(D/L) < 1000 ⇒ região termicamente desenvolvida e Nux= 4,36 EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Nu para regiões de entrada térmica e perfil vel. desenvolvido. Dutos circulares e Escoamento Laminar Re < 2300 EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Nu para escoamento plenamente desenvolvido. Dutos não-circulares e Escoamento Laminar Re < 2300 4A c Dh = P A c = área da seção transversal P = perímetro molhado EM-524 Fenômenos de Transporte hDh Nu = k Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Nusselt - Escoamento laminar • As correlações de Nu apresentadas referem-se ao gradiente de temperatura na direção axial. • Para considerar também o gradiente de temperatura na direção radial é necessário fazer uma correção no valor de Nu: Nu cor µm = Nu µ p 0,14 Onde os índices m e p indicam a temperatura média da mistura e de parede, respectivamente. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Escoamento turbulento • Nesse caso: Re > 2300. Dh deve ser usado como comprimento característico no cálculo de Re e Nu. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Escoamento turbulento: tubos rugosos • Para escoamentos turbulentos em dutos RUGOSOS de seção circular ou não-circular pode-se empregar a analogia entre atrito e calor proposta por ChiltonColburn: f = St ⋅ Pr 2 3 8 f é o fator de atrito (diagrama de Moody) e St (St = Nu/(RePr)). • Substituindo a definição de St, encontra-se que: f Nu = ⋅ Re dh ⋅ Pr 1 3 8 Note que Redh é calculado utilizando-se o diâmetro hidráulico EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Nusselt - Escoamento turbulento • No caso de ser um gás ou vapor, a correção no valor de Nu considerando também o gradiente de temperatura na direção radial é: Nu cor Tm = Nu T p n Onde as temperaturas estão na escala ABSOLUTA. • Gás sendo resfriado: n = 0 • Gás sendo aquecido: n depende do gás (n ≅ 0,45, exceto para CO2) • Para líquidos: EM-524 Fenômenos de Transporte Nu cor Prm = Nu Pr p 0,11 Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Resumo 1. Definição de Temperatura de Mistura, Tm; 2. Fluxo Calor num Tubo 3. Balanço Energia num Tubo 4. Fluxo Calor na Parede Constante 5. Temperatura na Parede Uniforme 6. Correlações Nu Laminar & Turbulento EM-524 Fenômenos de Transporte ( q& "x = h x Tp − Tm ) dTm (ρUA ) ⋅ Cp ⋅ = q& "x ⋅ P dx q& "x ⋅ P ⋅ x Tm = + Te & ⋅ Cp m h⋅A Tp − Tm (L ) = EXP − m Tp − TE & ⋅ Cp Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero ESCOAMENTO Laminar ReD < 2300 Nu ESCOAMENTO LAMINAR T Uniforme Duto Circular Q Cte Outras Formas Nu Local & Médio Desenvolvido Duto Circular Nu Local = Médio Desenvolvido Nu Local & Médio Em Desenvolvimento EM-524 Fenômenos de Transporte Outras Formas Nu Local & Médio Desenvolvido Nu Local=Médio Desenvolvido Nu Local & Médio em Desenvolvimento Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero ESCOAMENTO Turbulento ReD > 2300 Nu ESCOAMENTO TURBULENTO T uniforme Q constante Duto Circular Outras Formas Nu Médio Nu Médio Nu = g(Re,Pr) EM-524 Fenômenos de Transporte Chilton-Colburn f =g(St,Pr) Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exemplo: Ar quente escoa através de um duto de seção retangular, 7,5cm por 30cm. O ar entra no duto com uma temperatura de mistura de 60oC e uma velocidade de 60m/s. O duto tem 16 m de comprimento e as paredes do duto podem ser consideradas com tendo temperatura uniforme igual a 4oC. Se a temperatura do ar que deixa o duto for menor que 57oC, ficou decidido que o duto deveria ser isolado. Você recomenda que o duto seja isolado? • Quando a temperatura da Tms >57oC parede é uniforme: 30 cm 7.5 cm Tp = 4oC Tp − Tms m 6 1 Tme = 60oC U = 60m/s EM-524 Fenômenos de Transporte Tp − Tme • h⋅A = EXP − m & ⋅ Cp E pode-se encontrar Tms: hPL Tms = Tp − (Tp − Tme )exp − m & c p Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Tms >57oC Tme = 60oC U = 60m/s Considerando que a 30 cm temperatura máxima de saída 7.5 cm seja 57º C (chute) a m Tp = 4oC 6 1 temperatura média da mistura será: (60+57)/2 = 58,5oC Cp (kJ/kg.oC) ρ (kg/m3) ν (m2/s) k (W/moC) Pr 1,0079 1,0645 18,75.10-6 28,41.10-3 0,7081 • Para o tubo de seção retangular, a área transversal ao fluxo, Atransv, e o perímetro P são, respectivamente: 225 cm2 e 75cm. Logo o diâmetro hidráulico: dh = 4.AT/P = 12 cm O número de Re: Re = U.dh/ν ν = 60.12.10-2/(18,75.10-6)=3,84.105 Regime Turbulento (Redh > 2300) & = ρUA = 1,0645 * 60 * 0,0225 = 1,4371 kg/s m EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Tms >57oC 30 cm Tp = 4oC 7.5 cm 16 m Cp (kJ/kg.oC) 1,0079 ρ (kg/m3) 1,0645 ν (m2/s) 18,75.10-6 k (W/moC) 28,41.10-3 Pr 0,7081 Tme = 60oC U = 60m/s 2/3 d h 4/5 2/5 Nu = 0,0214(Re − 100)(Pr) 1 + = 565,90 L h * dh 565,90 * 28,41.10-3 Nu = = 565,90 ⇒ h = = 133,98W/m 2 oC k 0,12 hPL = 22,46o C Tms = Tp − (Tp − Tme )exp − m & c p EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Tms >57oC 30 cm Tp = 4oC 7.5 cm 16 m • A temperatura média da mistura será: (60+22,46)/2 = 41oC Cp (kJ/kg.oC) 1,0068 Tme = 60oC U = 60m/s Re = ρ (kg/m3) 1,1273 ν (m2/s) 16,96.10-6 k (W/moC) 27,10.10-3 Pr 0,710 Ud h 60 * 0,12 5 = = 4 , 245 . 10 ν 16,96.10 −6 2/3 d h 4/5 2/5 Nu = 0,0214(Re − 100)(Pr) 1 + = 614,03 L h * dh 614,03 * 27,1.10 -3 Nu = = 614,03 ⇒ h = = 138,67W/m 2 oC k 0,12 hPL = 22,9o C Tms = Tp − (Tp − Tme )exp − m & c p EM-524 Fenômenos de Transporte • Como a temperatura de saída é menor que 57º C. o duto deverá ser isolado.Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Trocadores de calor • São equipamentos que fazem a transferência de energia de uma corrente quente de fluido para uma corrente fria. • Normalmente, os dois fluidos são separados por paredes sólidas: – São chamadas de superfícies de troca. – No caso de fluidos imiscíveis, as paredes sólidas podem ser dispensadas e o trocador é chamado de contato direto. Tfs Tqs Tqe Tfe EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero FIM ! EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero