ECLIPSES DA LUA (e do Sol) & VISITA AO MINIOBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO 27-28 de outubro de 2004 21h30min - 0h30min Dr. André Milone Divisão de Astrofísica Coordenação Geral de Ciências Espaciais e Atmosféricas & Coordenação de Relações Institucionais Avisos: ● WCs no Centro de Visitantes e Prédio do Restaurante! ● Proibido fumar e acender luzes! ● ROTEIRO da PALESTRA Origem da Lua Fases e topografia da Lua Dimensões da Terra, Lua e Sol Órbita e movimentos da Lua Eclipses da Lua: tipos e durações O eclipse de hoje Eclipses do Sol: tipos e durações Frequência dos eclipses Próximos eclipses Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 2 A Terra e o seu satélite natural Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 3 Origem da Lua: quatro hipóteses • Colisão de um proto-planetóide com a proto-Terra • Ruptura rotacional da Terra • Captura gravitacional pela Terra • Agregação gravitacional simultânea com a Terra regolito: 60 km, basalto (Fe e Ni) nos mares, voltados para a Terra, e anortosito (Ca, Al e Si) nos montes 1500 km 250 km, abalos sísmicos/parcialmente liquefeito Animações em: http://www.brasilolheparaoceu.org.br Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 4 Fases da Lua: quantas são? (fotos de André Milone, no Obs. do Valongo/UFRJ, 1988) Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 5 Lua em fases seqüenciais, Dr. André Milone (DAS-INPE) a cada ≈2,5 dias (1/12 da lunação) 6 Dr. André Milone (DAS-INPE) A Lua em fases seqüenciais 7 Mar da Tranquilidade (Apollo 11, 1969) Mar do Néctar Mar da Fecundidade Montes Cáucasos Mar da Crise Cratera Eudoxus Mar da Serenidade Cratera Aristóteles A Lua em fases seqüenciais: Dr. André Milone (DAS-INPE) quarto-crescente 8 Dr. André Milone (DAS-INPE) A Lua em fases seqüenciais 9 Dr. André Milone (DAS-INPE) A Lua em fases seqüenciais 10 Cratera Tycho Mar das Mar dos Nuvens Humores Mar do Néctar Mar da Fecundidade Cratera Mar da Copérnico Tranquilidade Mar do Vapor Mar da Crise Mar da Serenidade Mar Imbrium Cratera Aristóteles Oceano Procellarum Cratera Kepler Cratera Aristarco Cratera Platão A Lua em fases seqüenciais: Dr. André Milone (DAS-INPE) cheia 11 Dr. André Milone (DAS-INPE) A Lua em fases seqüenciais 12 Dr. André Milone (DAS-INPE) A Lua em fases seqüenciais 13 Mar das Nuvens Cratera Tycho 100 milhões de anos Cratera Hiparco Cratera Ptolomeu Cratera Eratóstenes Montes Apeninos Mar dos Humores Cratera Copérnico 1 bilhão de anos diâmetro=90km borda=5km Oceano Procellarum Cratera Kepler Cratera Aristarco diâmetro=37km Cratera Arquimedes Mar Imbrium Cratera Platão A Lua em fases seqüenciais: Dr. André Milone (DAS-INPE) quarto-minguante 14 Dr. André Milone (DAS-INPE) A Lua em fases seqüenciais 15 Dr. André Milone (DAS-INPE) A Lua em fases seqüenciais 16 A Lua em fases seqüenciais: intervalos de 1/12 da lunação ou 2,461 dias (solares) Julho/2003 Dr. André Milone (DAS-INPE) Desenhos feitos por Galileu Galilei (1610) 17 Percepção da esfericidade da Terra: sombra circular em eclipses da Lua (Pitágoras 530 a.C. & Aristóteles 350 a.C.) Comparando os tamanhos da Lua e Terra www.brasilolheparaoceu.org.br Dados técnicos: • Gravidade superficial, g = G.M/R2 & Densidade Média, ρ = 3M/4πR3 • Terra: g=9,8 m/s2 (veloc. escape=11,2 km/s) & ρ=5,5 g/cm3 • Lua: g=1,6 m/s2 =16% da terrestre! (veloc. escape=2,4 km/s) & ρ=3,3 g/cm3 Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 19 A LGUNS DADOS FÍSICOS D iâm etro equatorial Terra M assa (com parativa à Terra) 12.756 km Lua Sol DO 3.476 km 1.392.000 km S OL , T ERRA E V olum e (com parativo à Terra) 1 D istância m édia à Terra 1 1/80 333.000 L UA . 1/50 1.300.000 -----------------384.400 km 149.600.000 km Diâmetro e Distância (relativos ao diâmetro terrestre) Terra Lua Sol Outubro/2004 1 1/4 100 --- 30 12.000 Dr. André Milone (DAS-INPE) 20 A translação da Lua (fora de escala): fases principais vistas do hemisfério sul da Terra Dados técnicos: (exemplo de atividade prática) • Lunação = 29 dias, 12 h e 44 min • Período de translação sideral da Lua = 27 dias, 7 h e 43 min (igual ao Período sideral de rotação da Lua!) • A Lua surge no céu ≈50 minutos mais tarde a cada dia Outubro/2004 “minguante” “crescente” “minguante” “cheia” “nova” “crescente” Dr. André Milone (DAS-INPE) 21 Órbita da Lua em diferentes pontos da órbita da Terra (fora de escala!) www.astronomia.if.ufrgs.br Dados técnicos: • Sincronia dos movimentos de rotação e translação da Lua ↔ mesma face para a Terra • Órbita da Lua é elíptica: dTerra-Lua=356.000 a 406400 km ↔ libração da Lua • O equador da Lua é inclinado em apenas 1° em relação à órbita da Lua • Inclinação de ≈5° entre as órbitas da Lua e Terra ↔ não há eclipses em todas lunações • Precessão retrógrada da órbita lunar (Período=18,6 anos) ↔ frequência dos eclipses Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 22 A face oculta da Lua visualizada em duas imagens (repare que a Lua está em fase nova!) Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 23 Tipos de eclipses da Lua Penumbral • Quando a Lua percorre apenas a penumbra da Terra • Imperceptível à visão humana Parcial • Quando a Lua fica parcialmente imersa na umbra da Terra Total • Quando a Lua fica totalmente imersa na umbra da Terra • Não fica totalmente obscurecida • Magnitude = diâmetros lunares imersos (dir. radial) @ meio da totalidade Fenômenos de observação simultânea & Vistos a partir de todo hemisfério noturno da Terra! Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 24 Ilustração em escala de um eclipse total da Lua 9.200 km 3.700 km/h 1.400.000 km Julho/2003 Dr. André Milone (DAS-INPE) 25 Imagens de eclipses da Lua Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 26 Durações dos eclipses da Lua Durante um eclipse lunar, a Lua percorre a sombra da Terra com uma velocidade média de 3.700 km/h No caso de um eclipse total, a Lua precisa percorrer no máximo o diâmetro da umbra terrestre que na distância da Lua tem em média 9.200 km; então a totalidade pode durar até 1 hora e 40 minutos e o fenômeno completo desde o ínício até o fim da parcialidade pode durar até 3 horas e 48 minutos ou 6 horas considerando os percursos da penumbra http://www.brasilolheparaoceu.org.br Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 27 O eclipse total da Lua de hoje: “passeio” da Lua através da sombra da Terra Instantes: • Início da fase penumbral às 21h05 (dia 27) • Início da fase umbral às 22h15 (dia 27) • Início da totalidade às 23h25 (dia 27) • Meio da totalidade às 0h05 (dia 28) • Fim da totalidade às 0h45 (dia 28) • Fim da fase umbral 1h55 (dia 28) • Fim da fase penumbral às 3h05 (dia 28) Totalidade dura 1 hora e 20 minutos! Evento visível dura 3 horas e 40 minutos! Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 28 Imagens de eclipses da Lua Tipos de eclipses do Sol Parcial • Quando a Lua projeta apenas sua penumbra na Terra • O Sol, visto de alguns locais, é parcialmente encoberto pela Lua Anular • Quando a Lua está alinhada com o Sol e projeta apenas sua penumbra na Terra • É visto como parcial não-anular de certos locais Total • Quando a Lua projeta sua umbra (e penumbra) na Terra • É visto como parcial de certos locais Fenômenos de observação não-simultânea! Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) Ilustrações fora de escala: http://www.brasilolheparaoceu.org.br 30 Durações dos eclipses do Sol Durante um eclipse solar, a penumbra e/ou umbra da Lua percorre a superfície da Terra com uma velocidade de ≈2.000 km/h determinada pela translação da Lua projetada na Terra e pela rotação terrestre (sentidos contrários) • No caso de um eclipse total, a extensão da umbra lunar na Terra tem no máximo 270 km, então a totalidade pode durar até 7,5 minutos enquanto o fenômeno completo pode durar 2 horas Outubro/2004 31 Eclipse Total do Sol de 11/08/1999 fotografado da estação orbital MIR Seqüência de imagens de um eclipse total do Sol: Zâmbia, 21/06/2001 Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 32 Imagens de um eclipse anular do Sol: China, 23/09/1987 Tamanhos angulares comparáveis do Sol e Lua: semelhança de triângulos! 0,5° dLua RLua dSol RSol/RLua = dSol/dLua RSol Projeção da sombra da Lua em dois eclipses totais do Sol Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 34 Frequência dos eclipses da Lua e Sol Se a órbita da Lua estivesse no mesmo plano da órbita da Terra: • Os eclipses da Lua e Sol ocorreriam em todas Luas Cheias e Novas respectivamente Se a orientação da órbita da Lua não variasse considerando a inclinação entre os planos orbitais): (mas • Os eclipses da Lua e Sol ocorreriam a cada 6 meses (aos pares talvez) Mas, como a órbita da Lua é inclinada e tem precessão retrógrada além de outros fatores geométricos: • Os eclipses ocorrem a cada 173 dias (1, 2 ou 3 eclipses) numa certa ordenação perfazendo um ciclo a cada 18 anos e 11 dias (Período de Saros, com 41 eclipses solares e 29 lunares). Os eclipses solares acontecem em maior número. Anualmente, ocorrem no mínimo 2 eclipses (que são solares) e no máximo 7 (5 solares e 2 lunares ou 4 solares e 3 lunares). • Porém, de um dado local, há mais chance de se observar eclipses lunares!. Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 35 PRÓXIMOS ECLIPSES do SOL e da LUA http://www.das.inpe.br/divulgacao (até 2010) Solar Lunar 08/04/2005: anular-total, visível como parcial do oeste do Brasil (pôr do Sol). 03/10/2005: anular, não visível do Brasil. 17/10/2005: parcial, não visível do Brasil. 29/03/2006: total, totalidade no RN (nascer do Sol !). 07/09/2006: parcial, não visível do Brasil. 22/09/2006: anular, visível como parcial do Brasil. 18/03/2007: parcial, não visível do Brasil. 03/03/2007: total, visível de todo Brasil. 28/08/2007: total, de difícil visibilidade no Brasil (ocaso da Lua!). 11/09/2007: parcial, visível do centro-sul do Brasi (manhã!). Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 36 Ilustração do efeito de maré total sobre os oceanos da Terra na ocasião da Lua cheia (fora de escala) F1-2 = G.m1.m2/d2 Fo Mo.R /d3 FL /F ML /M .(d /dL )3 2,2 Outubro/2004 Dr. André Milone (DAS-INPE) 37