A influência da regulamentação edilícia e urbanística no nível de segurança contra incêndio de edifícios habitacionais multifamiliares no Município de São Paulo Camila Kahvedjian Amadio Departamento de Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo 1. Objetivos Esta pesquisa objetivou compreender os motivos técnicos e legais que levaram à alteração na conformação geométrica dos espaços de circulação comum nos pavimentos elevados de edifícios habitacionais no Município de São Paulo, por meio de um levantamento bibliográfico, e de campo. Considerando as saídas de emergência, assim como a disposição de equipamentos de proteção contra incêndio. 2. Material e Métodos Essa pesquisa foi iniciada com um levantamento bibliográfico das regulamentações edilícias e urbanísticas, seguida de uma pesquisa bibliográfica sobre trabalhos acadêmicos que tratam da evolução das tipologias arquitetônicas de habitação multifamiliares no Município de São Paulo e ainda um levantamento e análises de plantas, registros fotográficos e fotos aéreas. 3. Resultados Desde a verticalização do Município de São Paulo (1920) a tipologia predial se alterou em função das regulamentações edilícias e urbanísticas. Entre as décadas de 1940 e 1950 foram construídos os prédios de tipologia laminares (VILARIÑO, 2000), considerados mais seguros no ponto de vista da segurança contra incêndio. apenas retém o fogo e a fumaça produzidos nos incêndios, mas permite seu alastramento aos demais pavimentos por meio do efeito chaminé,através de dutos do elevador e das próprias escadas enclausuradas. Planta de torre isolada – circulação centralizada Por conta de grandes incêndios nos anos de 1972 e 1974, a questão das saídas de emergência ganharam importância, mas suas mudanças passam a ser mais em relação a materiais e equipamentos utilizados e a possibilidade de se enclausurar completamente a saída de emergência com a visão de que isso isolaria totalmente o morador do risco de incêndio. 4. Conclusões As condições atuais das saídas de emergência nesta tipologia de edificação não são as melhores para garantir a segurança das pessoas em situações perigosas e fica evidente que as leis municipais urbanísticas e edilícias condicionam não só a conformação da cidade, mas também o nível de segurança dos seus edifícios. 5. Referências Bibliográficas Edifício com corredor ventilado e saídas isoladas A partir do final de 1950, o aparecimento de índices como o Coeficiente de Aproveitamento e a Taxa de Ocupação, em junção a crises no setor imobiliário levaram a construções das “torres isoladas”, que deixam de ter a saída ventilada e passam a conter uma circulação comum centralizada e enclausurada, a qual não . VILARIÑO, M. C. . Habitação verticalizada na cidade de São Paulo dos anos 30 aos anos 80. Investigação acerca da construção dos arquitetos modernos ao tema. Estudo de casos. 2000. Dissertação de Mestrado (Arquitetura e urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo