a g a z i n e PUBLICAÇÃO YEMNI – BRANDING, DESIGN & COMM FEV . 2012 Nº 09 – ANO II magazine 01 m transparência e visibilidade Modernização da marca Marketing de guerrilha Entrevista: Letícia Anguito e Felipe Rosa Notas Simples como ceder o assento. ah! Caro leitor, Esta primeira edição de 2012 da Yemni Magazine conta como inventar, mudar e reciclar-se foi importante para a criação de cases de sucesso. Marcas antes acanhadas perderam a vergonha e expandiram-se aos olhos do consumidor. Ideias revolucionárias ajudaram a atingir públicos cada vez mais exigentes. Nessa linha, a seção yestrategy mostra a construção das marcas no segmento de saúde. Por um longo período, a sensibilidade diante de assuntos relacionados a medicina e doenças impedia que as empresas mostrassem sua cara. A necessidade, mãe da invenção, mudou essa regra. Hoje, as empresas de saúde desdobram-se num campo em que a concorrência é acirrada, onde criatividade e o uso de marcas fortes fazem toda a diferença. Esse mesmo tema é abordado com mais detalhe na seção yexperience. Nela, num caso de sucesso, usando como base a confiança depositada pelo público nas tecnologias e no capital humano da empresa. Novas formas de comunicação da marca é o assunto da seção yexplore. A matéria fala sobre intervenções urbanas, um campo que começa a crescer no Brasil. Redes sociais, marketing de guerrilha e a aproximação entre marketing e arte são alguns dos pontos tratados num texto que pode abrir os olhos dos que ainda pensam na exposição das marcas de forma ultrapassada. E na seção yexpression, Letícia Anguito e Felipe Rosa, pratas da casa, contam como seu crescimento profissional foi apoiado pela Yemni, da faculdade até hoje, culminando no SampaMob, um projeto criado pelos dois com a participação de mais alguns colegas e que busca soluções para problemas urbanos através do design. Que este novo ano seja de renovação e inovação para você também! Vitor Patoh Publicação da Yemni – Branding, Design & Comm Produção e Execução: Yemni – Branding, Design & Comm Diretor Executivo: Vitor Patoh Jornalista responsável: Danielle Borges (MTb 40.642/SP) Produção Editorial: Idearia Comunicação e Criação de Conteúdo Edição: Fernando Brito e Danielle Borges Designer: Sabrina Lotfi Hollo Revisão: Eleonora B. Rantigueri Foto de Capa: sxc.hu Impressão e Acabamento: Neoband Tiragem: 1.000 exemplares © 2012 Yemni – Branding, Design & Comm Todos os direitos reservados – www.yemni.com.br Esta revista é impressa em papel. O papel é biodegradável, renovável e provém de florestas plantadas. Essas florestas são lavouras que dão emprego a milhares de brasileiros e as árvores plantadas amenizam o efeito estufa, pois absorvem o gás carbônico durante seu crescimento. Imprimir é dar vida! Fale Conosco redaçã[email protected] www.yemni.com.br/blog Yemni – Branding, Design & Comm twitter.com/yemni magazine 03 o Dr. Claudio Luiz Lottenberg conta como transformou sua marca, a Lotten Eyes, strategy A saúde da marca POR Fernando Brito magazine 04 De laboratórios clínicos a grandes indústrias farmacêuticas, empresas de saúde movimentam-se para estabelecer suas marcas junto ao consumidor Ética Confiança Consolidação da marca Diferenciação Criatividade Atributos intangíveis, temas lúdicos e até humor são alguns dos recursos para se destacar num segmento em que a concorrência é grande e as regras, estritas.” M Marcos Hiller, coordenador do MBA Gestão de Marcas, da Trevisan Escola de Negócios edicina e tudo o que envolve essa área – Marcos Hiller, coordenador do MBA Gestão de Marcas, principalmente doenças – sempre foi um tema delicado. da Trevisan Escola de Negócios. Para Rosana Stievano, Não é e nunca será fácil achar o tom certo para falar sobre antes desse trabalho é preciso consolidar a identidade da o assunto. Como se não bastasse a sensibilidade do públi- empresa dentro de sua área de atuação. “A questão da co, questões éticas estão sempre presentes. Por isso mes- marca vem junto com toda uma estratégia de serviços A popularização de planos de saúde no Brasil, a partir bons profissionais... Tudo isso é parte da comunicação, e dos anos 80, foi o marco da nova fase. Como empresas o marketing também deve atuar nessa gestão.” privadas, as seguradoras precisavam de divulgação. Não Na busca por marcas sadias e robustas, a estraté- havia outro meio senão a publicidade. O que antes era gia deve levar em conta um ponto básico da área de antiético passou a ser indispensável. O acirramento da saúde: trata-se de uma prestação de serviço. “A compaconcorrência na última década, incentivado por um lado ração com um hotel é clássica”, lembra Marcos Hiller. pelo surgimento dos remédios genéricos e por outro pelo “Quem precisa fazer um tratamento, uma cirurgia, quer crescimento da classe média, veio confirmar a necessida- saber onde vai ficar e quais serviços são oferecidos”, de de situar-se no mercado de forma sólida e clara. complementa Rosana Stievano. O segredo é procurar Hoje, mesmo sem ferir a ética médica, as empresas diferenciar-se da concorrência. Tornar a experiência do da área de saúde fazem um bom trabalho de divulgação. cliente mais agradável e ter um serviço prestativo e simElas entendem que a gestão da marca é tão importante pático são a base para isso. Um exame de ultrassom com quanto a gestão administrativa, financeira e de pessoas. um gel quentinho muda toda a percepção do paciente. Ao ditar os limites nos quais os profissionais de marketing Ser um referencial de qualidade é outro pilar. Para isso, podem – e devem – trabalhar, a forte regulamentação é preciso associar a empresa a casos de sucesso. Profiscontribui para dar confiança. “A legislação não atrapalha sionais respeitados, por exemplo. Ações de divulgação em nada a comunicação, já que é possível trabalhar a in- pela imprensa também são muito importantes. Tais insformação, a orientação e o serviço de utilidade pública”, trumentos têm uma vantagem que a publicidade pura aponta Rosana Stievano, sócia da Plano&Visão, consul- e simples não consegue alcançar: a capacidade de cotoria em marketing de saúde. municar um produto como uma realidade estabelecida O estabelecimento da marca no segmento de saúde ao invés de um conceito. Grandes hospitais conseguem implica, principalmente, o conhecimento das regras. essa exposição ao atender pessoas famosas com grandes “O trabalho nesse campo envolve muita legislação, o descontos ou gratuitamente. Empresas menores podem que pode e o que não pode. A margem é muito estreita atingir esse objetivo com investimentos em assessoria de e cabe ao profissional de marketing saber criar dentro imprensa. Independentemente da forma escolhida, o desses limites. Criatividade é muito importante”, explica essencial é transmitir qualidade e confiança. • magazine 05 mo, esse cenário só começou a mudar há poucos anos. da empresa. Cuidar do atendimento e do ambiente, ter sxc.hu magazine 06 xperience Aos olhos do consumidor magazine 07 POR Marleide Rocha A Lotten Eyes mostra que ser uma empresa BEM-ESTABELECIDA não é o suficiente. É preciso TRANSMITIR isso ao público POR MEIO DE uma marca reconhecida N o Brasil, o setor de saúde movimenta R$ 160 bilhões ao ano e tem previsão de forte crescimento em 2012. É um dos setores que, nos últimos anos, vêm dando sinais claros de mudança em sua relação com a comunicação. A expansão do mercado tem levado as empresas da área a buscar diferenciação por meio de branding e marketing de experiência. Hospitais e clínicas, mesmo os mais conservadores, já têm um cuidado expressivo com a divulgação da marca por entender que, mais do que preocupação estética, esse caminho é uma das formas pelas quais o público enxerga e avalia a empresa. Além disso, a grande concorrência e a regulamentação do mercado ajudaram a elevar o nível de profissionalismo da área de saúde e incentivaram a procura por consultorias especializadas para desenvolvimento de marca. magazine 08 xperience Lotten Eyes, a construção da marca, principalmente nessa área, deve estar diretamente ligada a uma repu- Confiança e experiência são os principais atributos para uma marca como a Lotten Eyes.” Vitor Patoh, sócio-diretor da Yemni tação construída sobre bases sólidas. “Percebemos que grande parte da edificação foi fruto da associação forte entre nosso capital humano e tecnologia, que evidenciaram aos pacientes que somos pautados por processos estruturados”, explica Lottenberg. A capacidade de gerar confiança estava lá, faltava apenas transmiti-la da melhor forma. O desafio de reproduzir esse conceito no signo da Fundada em 1989, a Lotten Eyes Clínica Oftal- nova construção da marca ficou por conta da Yemni. “O mológica expunha uma marca que já não correspondia trabalhodemarcatemdeestarassociadoàestratégiadeser- a seu crescimento e ao desenvolvimento do negócio. viços ao cliente. Entendemos que, além do currículo dos Quando decidiu renovar a marca, a empresa buscou profissionais, quem vai a uma clínica quer encontrar um uma identidade que associasse toda a experiência de ambiente agradável, harmônico, um atendimento cordial e seus profissionais a um conceito moderno de bem-estar cuidadoso. Cada detalhe é importante na construção dessa e saúde. Para o Dr. Claudio Luiz Lottenberg, sócio da imagem”, conclui Vitor Patoh, sócio-diretor da Yemni. A VIsÃo do Dr. ClAudio sua forma de atuar e focar nos interesses e na segurança de seus pacientes. Vemos nossa clínica dentro das necessidades de quem nos procura e não dentro de nossos próprios interesses. Em que medida o desenvolvimento do negócio ajudou na consolidação da marca? Discutimos o valor da marca e hoje, após 20 anos de trabalho árduo, percebemos que grande parte da edificação foi fruto de uma associação forte entre nosso capital humano e tecnologia, que evidenciaram aos pacientes que : Qual a importância de trabalhar a marca no mercado de saúde? O trabalho da marca no mercado de saúde somos pautados por processos estruturados. Não deixamos de analisar possíveis melhorias, trabalhamos eventos não previstos sempre buscando o aprimoramento. que simplesmente a um fortalecimento fruto de ações es- Qual seria seu conselho para profissionais que estão porádicas e pontuais. Uma coisa diz respeito ao conheci- iniciando um consultório ou uma clínica? mento da existência e outra coisa diz respeito à segurança Jamais abrir mão dos princípios éticos. A ética é a chave que o prestador oferece. Na nossa “sociedade do conhe- fundamental e ela existe na medida em que colocamos os cimento” e numa área como a da saúde, as pessoas que- interesses do próximo e da coletividade servida acima de rem saber não só que você existe e onde você está, mas, nossos próprios interesses. principalmente, como você faz e quais seus resultados. Portanto, é fundamental que isto se faça com absoluta Quais são as perspectivas do mercado de saúde brasileiro? transparência. São enormes, pois, além do crescimento populacional e da inclusão social, a saúde é a área na qual existem as Qual a estratégia da Lotten Eyes para se diferenciar no maiores oportunidades para inovação. Afora isso, o bra- mercado e se tornar uma marca de peso? sileiro é dotado de sensibilidade humana singular e, por- Manter-se fiel a valores de qualidade, ser transparente em Grande parte da edificação foi fruto de uma associação forte entre nosso capital humano e tecnologia.” Dr. Claudio Luiz Lottenberg, sócio da Lotten Eyes tanto, acredito muito no momento atual e no futuro. • magazine 09 diz respeito muito mais à reputação que se constrói do xplore Intervenção no espaço urbano POR Clarissa gaiarsa A Ação cada vez mais explorada pelas agências e marcas para atrair o grande público publicidade e o marketing estão aproximando- se das manifestações artísticas. E uma das armas que as magazine 10 marcas encontram para chamar a atenção no meio de tanto ruído e propaganda nas grandes cidades é a intervenção urbana. O uso da intervenção como ferramenta de marketing não é uma novidade, mas a ideia é cada vez mais explorada no momento em que a propaganda por si só não basta para atrair o público. As estratégias utilizadas em intervenções urbanas assemelham-se às técnicas de coletivos de arte e é aí que Faixa de pedestres vira código de barras em intervenção urbana se encontra a aproximação entre o marketing e as manifestações artísticas. A grande diferença é que, no caso da pertencente à FOX. Rafa Gnomo foi pendurado a uma ação ligada à marca, existe um plano de comunicação e altura de 50 metros e mantido assim durante três horas. o objetivo de associar a ação a algum produto ou serviço. No dia seguinte, a ação foi capa do jornal de rua Destak e Wagner Martins, um dos sócios-diretores da Agência teve grande repercussão na mídia espontânea, levando as Espalhe, a primeira em marketing de guerrilha no Brasil, tra- pessoas a falar sobre a estreia do programa. “A imprensa balha desde 2005 nesse segmento e afirma que, mesmo an- quase sempre foca a notícia no fato em si, no artista que tes do boom das redes sociais, que facilitam a comunicação realiza a ação, mas acaba mencionando a marca que está e divulgação das intervenções, já buscava maneiras de fazer por trás daquilo”, completa Wagner. coisas interessantes repercutirem na mídia e virarem assunto Ele chama a atenção para algumas ações que consi- de conversa. Atualmente, com as redes, a ação se espalha dera bacanas e que têm, além disso, uma proposta desamais rapidamente por meio do boca a boca entre as pessoas fiadora, como as intervenções realizadas por organizações e os jornalistas, e o impacto acaba sendo muito maior. Numa das intervenções de destaque realizadas por como a Greenpeace e a WWF. Em 2006, uma dessas ações da Greenpeace causou Wagner na Espalhe, o blogueiro Rafa Gnomo, tatuado bastante barulho quando a organização conseguiu estene com alargadores espalhados pelo corpo, foi suspenso der uma faixa no braço direito do Cristo Redentor, no em plena Avenida Paulista por dois ganchos inseridos Rio de Janeiro, com a frase “O Futuro do Planeta está em sua pele. O objetivo da intervenção era divulgar a em suas mãos”. A intervenção foi notícia no mundo todo, série Tabu da versão América Latina do canal NatGeo, abrindo os olhos para os crimes ambientais. Em 2008, a As intervenções urbanas têm sempre uma proposta cultural e artística que vai muito além da mera propaganda.” Wagner Martins, sócio-diretor da Agência Espalhe WWF colocou 1.600 pandas em papier-maché na frente da Câmara Municipal de Paris. A ação tinha o objetivo de magazine 11 011 alarmar sobre a extinção dos pandas, animal símbolo da organização, e de outras as espécies em risco. A rede de fast-food McDonald’s causou muito buzz quando aproveitou uma intervenção na cidade de Chicago. Para comemorar o St. Patrick’s Day, a cidade tem a tradição de colorir um de seus rios com a cor verde. Em 2010, a agência Leo Burnett aproveitou a data para divulgar o novo milkshake de menta da rede, comercializado durante a época festiva. A ideia era insinuar que o milkshake era o causador do efeito que deixava o rio verde. Em outra ação, em Zurique, na Suíça, a rede transformou uma faixa de pedestres em batatas fritas. Uma intervenção semelhante foi feita, aqui no Brasil, pelo Shopping Curitiba, para anunciar a liquidação do centro comercial. A faixa de pedestres foi transformada num gigantesco código de barras no meio de uma movimentada avenida da cidade. Em São Paulo, essas ações são mais limitadas, principalmente por conta da Lei da Cidade Limpa. Wagner destaca que, para realizar as intervenções, deve ser obtida previamente uma aprovação junto a órgãos municipais como a CET e à Prefeitura da Cidade. “As intervenções urbanas têm sempre uma proposta cultural e artística que vai muito além da mera propaganda, e isso facilita no momento da aprovação das ações na cidade. Mas o desafio operacional é sempre muito grande e há ainda o risco das pessoas não falarem daquilo ou falarem de uma maneira negativa”, diz Wagner. • Marketing de Guerrilha A intervenção urbana pode ser considerada um tipo de marketing de guerrilha. Mas o que é exatamente marketing de guerrilha? É uma forma que as marcas empregam para, provocando a curiosidade do público com algo inesperado e inovador, envolver e conquistar o consumidor. Além da intervenção urbana, que é um dos exemplos de marketing de guerrilha, outras ferramentas, como marketing viral, performances e marketing invisível, também são bastante usadas. Atualmente, essas ações são parte essencial do Mix de Marketing que as agências oferecem aos clientes para atingir o grande público. xpression Do mundo acadêmico ao mercado de trabalho POR Clarissa gaiarsa magazine 12 Confiança e relacionamento com os gestores são essenciais no crescimento profissional A transição entre o mundo acadêmico e o mercado de trabalho não é uma eta- pa fácil. As responsabilidades são maiores, surgem novos desafios e a rotina é diferente. Nesse momento, ter o apoio da empresa ajuda a superar as primeiras dificuldades. Letícia Anguito e Felipe Rosa entraram como estagiários e foram contratados recentemente pela Yemni. Após concluir o projeto final de graduação do curso de Design Gráfico do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, eles encaram com determinação essa nova fase. Intitulado SampaMob, o projeto da dupla reflete, através do design, a cidadania para melhoria da qualidade de vida do paulistano e deve tornar-se uma marca permanente. Letícia, Felipe e outros três colegas que idealizaram o trabalho (Felipe Galante, Isabela Midori e Lilian Sayuri) tiveram o apoio da Yemni e, agora, Letícia e Felipe: determinação e força para conquistar seu lugar no mercado seguem em frente com novos planos. O apoio da Yemni do trabalho ao lazer - nos fez crescer como profissionais e como pessoas.” Letícia e Felipe, designers da Yemni : Como foi a trajetória de vocês na agência? Como é o dia nuar com a mesma postura de sempre. Hoje, recebemos trabalhos a dia do trabalho de vocês? de maior volume e complexidade para fazer, os prazos geralmente Letícia: Entrei na Yemni em maio de 2010, como estagiária, ficam mais curtos e a exigência também é maior. Achamos que, para dar suporte aos designers na execução de trabalhos mais agora, pode pesar a questão do conhecimento. Uma vez que nos simples, como adaptações de layout, fechamento de arquivos e formamos, devemos dominar bem os softwares e concluir um tra- montagem de apresentações. Com o tempo, passei a ter domí- balho sem a ajuda de outros designers. Mas, com certeza, na Yemni nio sobre novas ferramentas de trabalho, conhecimentos de pro- teremos todo o apoio e orientação de que precisarmos. nos. Sempre fui muito bem orientada, aprendi novos softwares Como surgiu a ideia do projeto final de conclusão de curso? e métodos de trabalho, além de relacionamento com qualquer O trabalho de vocês na agência teve alguma influência na con- funcionário ou cliente. Hoje, me sinto segura para desenvolver cepção do trabalho ou no processo de criação do material? um projeto desde o início e finalizá-lo com competência. Es- O tema geral do trabalho estipulado pela faculdade foi “Design e tagiar na Yemni me tornou não só uma profissional valorizada Cidades: Soluções Urbanas”e, logo de início, pensamos em explorar e capaz, como uma pessoa que segue o lado humano da em- algo relacionado aos problemas urbanos que vivenciamos em São presa, relacionando-se sempre bem com todos, aprendendo e Paulo e que afetam nosso dia a dia. Sempre intrigado com a má compartilhando conhecimentos. Tive oportunidade de crescer qualidade de vida crescente e com a falta de identificação dos habi- rapidamente, fui muito prestigiada desde sempre e conquistei a tantes com a cidade, o grupo buscou entender as causas dos princi- confiança de meus gestores. Não falo isso por mim, mas sim pe- pais problemas a fim de propor possíveis soluções. Com certeza, o los feedbacks que recebo. Também tive apoio para a prática de trabalho na agência contribuiu para o amadurecimento do projeto, esportes – com patrocínio para academia, assessoria de corrida e poisosprocessosearotinaqueacompanhamosaquinosensinaram provas –, que não tem relação direta com o design, mas que foi a aplicar nossas ideias com critério e com um viés mais profissional, fundamental para meu desempenho profissional. A Yemni me sempre de olho nos consumidores e no mercado. mostrou que é possível ser apaixonada pelo o que faço. Felipe: Minha chegada na Yemni é recente. Entrei no final de Como foi o apoio da YEMNI ao SampaMob? O que vocês outubro, com indicação da Letícia. Havia passado por outras três pensam fazer com o projeto em seguida? agências antes, cada uma delas com características diferentes. To- A Yemni, assim como a NeoPack – agência onde trabalha Lilian das foram muito importantes para meu aprendizado como profis- Sayuri, outra integrante do grupo –, deram total apoio na par- sional, mas esta foi a primeira vez que já entrei oficialmente como te de produção dos materiais gráficos necessários para a marca, designer. Tenho mais responsabilidades e autonomia e sinto mui- como ponto de venda, embalagens e impressos gerais de papela- ta confiança por parte da Yemni no meu trabalho. São pessoas ria. O apoio foi mais voltado ao patrocínio do que à concepção com ótimo relacionamento e a convivência é muito mais do que do projeto e foi essencial para fazermos materiais de grande vi- uma questão profissional. É um ambiente saudável e de amizade. sibilidade sem muito gasto. Quem nos orientou no desenvolvi- Tenho boas expectativas de crescimento e espero fazer diferença. mento foi nosso professor acadêmico, Luiz Bagno. Pretendemos, de fato, abrir a marca SampaMob à comerciali- Como está sendo a transição do mundo acadêmico para o zação. Não pensamos em oferecer a ideia a terceiros, mas, sim, profissional? O que vocês sentem de diferença no trabalho? A estudar para construir aos poucos nossa própria marca. Logo de responsabilidade é maior? início, teremos um site para venda on-line e contaremos com o Acreditamos que, mesmo fazendo tarefas simples de começo de apoio das redes sociais para a divulgação. Posteriormente, ire- estágio, a responsabilidade sempre deve ser grande. Foi nosso perfil mos ao SEBRAE, para aprender mais sobre novos negócios e responsável e profissional que nos trouxe onde estamos. Então, não tentar um possível investimento para a produção de nossas pe- sentimos que de agora em diante será diferente, pois vamos conti- ças estampadas. • magazine 13 dução gráfica e contato direto com a criação dos projetos inter- tc... Encuentro Latinoamericano de Diseño 2012 O evento, que acontecerá entre 31 de julho e 3 de agosto de 2012 na Universidad de Palermo, em Buenos Aires, é gratuito para participantes e terá cerca de 350 atividades, incluindo conferências e workshops. Os trabalhos podem abranger qualquer faceta do design gráfico, industrial, editorial, embalagem, audiovisual e têxtil ou propor um tema relacionado ao design, como marketing, negócios, gestão e tendências. Mas devem respeitar a duração, que é de 2h30, e ter conteúdo teórico e prático. As conferências podem ter conteúdo teórico ou prático com duração de 1h15. As propostas para atividades serão recebidas até o dia 30 de março de 2012 magazine 14 pelo site: http://www.palermo.edu/dyc/ Vale a pena ver Guia visual para a linguagem Mostruário de tipos tridimensionais, o livro O livro A Referência no design gráfico – Um guia visual para a The 3D Type Book tem 1.300 imagens de linguagem, aplicações e historia do design é um informativo com os mais de 300 projetos, feitos por cerca de termos mais referenciados, fatos históricos e profissionais de renome 160 autores e estúdios, com foco em no campo do design gráfico. A obra apresenta cerca de 2.000 projetos estudos de tipografia contemporânea. de design, ilustrando mais de 400 entradas que podem proporcionar Autor: Chronicle Books Llc. Editora: uma visão dos elementos que compõem as variações da função do Chronicle Books. design gráfico. Livro de Gomez-Palácio, Bryon & VIT, Armin. Editora Edgard Blucher. Idioma: Português Edição: Primeira Valor: R$ 129,00, na Saraiva Idioma: Inglês Edição: Primeira Valor: R$74,90, na Livraria Cultura yemni.com.br Neoband. Soluções completas para ideias de todos os tamanhos. ponto de venda sinalização www.neoband.com.br [email protected] 11 2199 1256 gráfica