Alois Alzheimer 1864 - 1915 lois Alzheimer nasceu na pequena Markbreit, na Bavária. Freqüentou as Universidades de Aschaffenburg, Tübingen, Berlim e Würzburg, onde, em 1887, recebeu o título de médico. Neste mesmo ano, Alzheimer defendeu sua tese de doutorado sobre as “glândulas produtoras de cera do ouvido”. Este estudo foi baseado numa pesquisa experimental feita no laboratório do famoso fisiologista e histologista suíço Rudolf Albert von Kölliker. A Em 1888, Alzheimer passou cinco meses acompanhando a Srª. Augusta D., que apresentava doença mental, antes ingressou como auxiliar no asilo mental da cidade de Frankfurt am Main – The Städtische Irrenanstalt – dirigido por Emil Sioli (1852 – 24 1922). No asilo, estudou psiquiatria, e dedicou-se à patologia neurológica, pela qual neurologista Franz Nissl (1860 – 1919) foi trabalhar no mesmo asilo. Nissl e Alzheimer dedicaram-se a uma intensa investigação sobre a patologia do sistema nervoso, comparando a anatomia do córtex cerebral normal com a do doente. Este estudo resultou numa publicação de seis volumes Histologische und Histopatologische Arbeiten über die Grosshirnrinde, lançados entre 1906 e 1918. tinha grande interesse. Durante o ano seguinte, o célebre Em 1903, Alzheimer acompanhou Kraepelin para a clínica psiquiátrica da Universidade de Munique, onde ele recebeu um financiamento para desenvolver um trabalho sobre diferentes diagnósticos em paralisias progressivas. Em 1908, Alzheimer entrou para a equipe do Instituto Psiquiátrico como professor auxiliar e sucessor de Robert Gaupp na direção do laboratório de anatomia clínica, que logo ganhou reputação internacional transformando-se em um renomado laboratório de pesquisa. sintomas de desorientação, memória deteriorada, assim como problemas com a escrita e leitura. Os sintomas agravaram-se para alucinações e perda gradual das mais elevadas funções mentais. Em Munique, Alzheimer descreveria a doença que mais tarde receberia o seu nome, Mal de Alzheimer. Na mesma época, Alzheimer dedicou-se também a outras doenças neurológicas, entre elas, epilepsia e arteriosclerose, e também a perda ampla de células nervosas no hipotálamo em grande parte dos pacientes com epilepsia. No início de 1907, durante uma conferência, ele sugeriu que esta perda de células nervosas, primeiramente, não deveria ser em função da doença, mas, era provável que fosse a causa dela em si. Esta suposição contribui muito para as pesquisas em epilepsia que se seguiram. As análises patológicas e anatômicas do cérebro da paciente mostraram uma alteração na espessura do córtex cerebral. Em 1906, Alzheimer fez um relatório sobre suas descobertas com maiores detalhes. E, em 1910, Perusini publicou mais quatro casos e enfatizou a diferença entre doença e senilidade. Kraepelin propôs que o nome de Alzheimer deveria ser dado à doença. No encontro da Sociedade Alemã de Alienação em Novembro de 1906, Alois Alzheimer descreveu os aspectos clínicos e neuropatológicos de uma doença no córtex cerebral. A paciente morreu, aos 51 anos, no asilo mental de Munique, vítima de um certo distúrbio mental. Os primeiros sinais da doença apareceram cinco anos antes de sua morte, ela se tornou incapaz de cuidar de si mesma e rejeitava a toda tentativa de ajuda. Durante a sua internação, apresentava Em 1911, Alzheimer começou a estudar as alterações no cérebro apresentadas nos diferentes estágios da sífilis. O estudo resultou em um relatório onde foram explicadas as mudanças causadas pela sífilis no funcionamento do cérebro. Tais conclusões são, até hoje, adotadas pela Medicina. Em julho de 1912, o Rei Wilhelm II, da Prússia, convidou Alzheimer para lecionar psiquiatria e dirigir o Instituto de Neurologia e Psiquiatria da Universidade de Breslau (atual Wroclaw). O convite foi aceito e, na viagem de trem ao deixar Frankfurt, Alzheimer sentiu-se mal e precisou ser imediatamente hospitalizado. Ele continuou suas pesquisas por mais três anos, e morreu em dezembro de 1915, aos 51 anos, vítima de falência cardíaca. O diagnóstico de Mal de Alzheimer ainda hoje é baseado nos mesmos métodos usados em 1906. Estes são freqüentemente comparados ao desenvolvimento dos métodos de pesquisa de outras doenças, e muito se fala a respeito da qualidade das descobertas de Alois Alzheimer. Quando, no início do século, Alzheimer estudou o caso clínico da Sra. Augusta D., não tinha a mínima noção de que esta doença se tornaria um dos grandes desafios da geriatria hoje. A população mundial está envelhecendo, e com isso, doenças como artrites e artroses, osteoporose e as doenças neurológicas degenerativas aparecem com uma freqüência cada vez maior. As pesquisas de Alois Alzheimer em demência contribuíram bastante para o desenvolvimento do campo da histologia. Assim como, também devem ser lembradas suas importantes observações sobre epilepsia, tumores cerebrais, delírios alcoólicos, sífilis, entre outras doenças. Alzheimer é muito admirado pelo seu empenho nas pesquisas e por ter sido um professor generoso e dedicado. 25