19º encontro municipal do pt de são paulo

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19º ENCONTRO MUNICIPAL DO PT DE SÃO PAULO
TÁTICA ELEITORAL E POLÍTICAS DE ALIANÇAS
1.
A Eleição Municipal deste ano de 2016 será uma das mais difíceis que o Partido dos Trabalhadores – PT
enfrentará, dada a complexidade da atual conjuntura. Com o atual acirramento da Luta de Classes que
coloca os Partidos da elite econômica em total antagonismo com aqueles que defendem as pautas da
classe trabalhadora, essa elite provoca no país um processo de golpe atípico, visando combater o
socialismo e guiado dentro da ilusão de cumprimentos das normas constitucionais – como o devido
processo legal.
2.
Este golpe tem mais uma vez a forte interferência do imperialismo estadunidense. Durante o golpe ficou
clara a presença de uma embaixatriz americana que já tinha sido protagonista fundamental na queda dos
respectivos chefes de nação eleitos democraticamente em Guatemala e Paraguai. Mais uma vez, o
imperialismo norte americano tenta conduzir os rumos econômicos e sociais da América latina. Mas, o
golpe atual é diferente dos ocorridos nas décadas de 60/70, porque envolve setores conservadores do
Parlamento e da grande mídia nacional. Um dos maiores complicadores deste processo de derrubada - do
governo legitimamente eleito com mais de 54 milhões de votos - é que ele só foi possível pelo fato de o
Poder Judiciário ter sido o seu avaliador e um dos seus principais protagonistas.
3.
Por outro lado, as nossas principais lideranças sofrem um grande bombardeiro midiático diário numa
campanha difamatória nunca vista na história recente do país. A campanha difamadora é avalizada pelo
Judiciário que tem negado fornecer os direitos de respostas e de contraditório previstos na Constituição e
em lei específica.
4.
O diretório nacional, em sua resolução, sobre eleição aprovou como absoluta prioridade do PT nas
próximas eleições, a cidade de São Paulo, dado o seu sentido simbólico e estratégico. Portanto, temos
como objetivo central vencer a eleição municipal reelegendo nosso prefeito e uma grande bancada
parlamentar.
5.
Para isso, temos que criar condições para ampliar nossa base de apoio nos movimentos sociais, na
intelectualidade e nos diversos setores da sociedade paulistana que estão comprometidos com o processo
de transformações políticas, sociais e culturais implementadas pela gestão do nosso prefeito Haddad.
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6.
No entanto, devemos ter sempre em mente que esta campanha terá um caráter de enfrentamento, entre o
campo progressista e os setores favoráveis ao golpe, interessados em ganhar a eleição na cidade para deter
os avanços sociais conquistados pela população em nossa gestão, bem como impedir qualquer reação
futura do nosso partido nacionalmente.
7.
Não podemos permitir que a cidade de São Paulo, que avançou tanto com nossos governos, caia nas mãos
da direita reacionária e golpista, ávida por defender seus próprios interesses.
8.
Para frearmos esta tentativa, devemos promover um elevado grau de unidade interna e instruir e capacitar
a militância para responder aos ataques da oposição, mantendo uma postura ofensiva e não defensiva.
9.
É necessário que durante o processo eleitoral continuemos a mobilizar a militância e a sociedade contra o
golpe. Portanto, os comitês dos candidatos devem transformar-se em espaços de mobilização e
resistência, denunciando o golpe instalado no País, e que todos os materiais de campanha tenham um
“selo” que identifiquem a defesa da democracia e do FORA TEMER GOLPISTA.
10. Temos como instrumento de luta as ações positivas de nosso governo que vem cumprindo todas as suas
propostas de campanha. Nosso governo é reconhecido internacionalmente e a cidade de São Paulo já é
conhecida como a mais inteligente do Brasil, devido às medidas realizadas na área de mobilidade,
urbanismo, tecnologia, inovação, empreendedorismo entre outras.
Tais ações vêm ao encontro do
compromisso de reorganizar a cidade em benefício da maioria dos paulistanos.
11. Entendemos que o nosso governo conseguiu evoluir muito, em todas as áreas da cidade. Para continuar
evoluindo diante do quadro conjuntural, será necessário criar um programa de governo que dialogue com
todos os setores progressistas e sociais da cidade e que tenha como objetivo principal reafirmar e
construir, em conjunto com os movimentos sociais, São Paulo numa metrópole ainda mais solidária,
inclusiva e garantidora de direitos sociais.
12. O programa de governo é a diretriz para o planejamento das ações de governo. Ao mesmo tempo, se
apresenta como instrumento de mobilização que provoca amplo debate com os mais diversos segmentos
sociais. O processo de construção do programa de governo consolida convicções sobre temas
fundamentais, cria novas propostas, aglutina pessoas e promove a participação de todos os setores da
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sociedade. Um programa de governo participativo deve incorporar a contribuição dos nossos Diretórios
Zonais, Setoriais, movimentos sociais e dos partidos que compõem a aliança da nossa chapa majoritária.
13. Para conquistarmos nossa vitória e o apoio político para governar e aprovarmos nossas propostas
devemos, desde o início, dialogar conjuntamente a elaboração do nosso programa de governo com os
partidos aliados. Um programa de governo que tenha no centro a defesa do serviço público, como
contraponto ao governo golpista, que numa guerra contra os trabalhadores e seus direitos, propõe cortes
nos direitos e nas conquistas, como a proposta de acabar com o SUS (Sistema Único de Saúde). Um
programa de governo cuja plataforma tenha clara orientação de retomada, para a administração pública,
dos serviços públicos como saúde, educação.
14. Nossa política de alianças deve ser construída com base programática abrangendo partidos, setores
partidários e personalidades que se posicionaram contra o golpe e tenham compromisso com a
democracia e na denúncia da ilegitimidade do governo provisório ilegítimo.
15. As nossas chapas majoritária e proporcional devem refletir a luta contra o golpe, ou seja, nenhum golpista
em nossas chapas! Como decidiu nosso Diretório Nacional, “o PT não apoiará candidatos (as) que
votaram e/ou apoiaram publicamente o impeachment.” Nem na chapa majoritária, onde é imperioso que o
vice condene o golpe publicamente.
16. Nossa campanha deve ter um sentido amplo de enraizamento social e mobilização coletiva, valorizando
nossa militância partidária. Desta forma, para entramos fortes na disputa é fundamental o fortalecimento
das instâncias zonais, valorizando a base social do nosso partido.
17. O PT na cidade de São Paulo tem grande presença nos movimentos sociais, populares e sindicais, hoje
temos mais de 130 mil filiados divididos nos Diretórios Zonais. Com toda essa capilaridade na cidade,
cada Diretório Zonal e Setorial devem apresentar quais são as metas mínimas de atuação que nosso
governo pode atingir - ainda - para ampliar nossa atuação nos bairros, bem como um plano de lutas para
responder aos ataques rasteiros que os adversários desfecham contra nosso partido.
18. Devemos também criar espaços de mobilização permanente entre todos os diretórios zonais, para isso
defendemos desde já a criação de comitês regionais, como espaço para a militância discutir iniciativas
conjuntas de plano de lutas, bem como a coordenação da campanha na região.
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19. Podemos já prever que em razão da postura conservadora do Poder Judiciário, que a campanha de
reeleição do nosso prefeito Haddad será judicializada com pouco êxito nas demandas judiciais de direito
de respostas.
20. Da mesma forma, não podemos cair na armadilha da mídia golpista, que continuará mantendo uma
cobertura parcial e negativa de nosso governo e tentará nacionalizar a campanha municipal, ampliando
sua ofensiva de ódio e intolerância contra o PT. Devemos combinar a defesa da democracia, contra o
golpe, com uma ampla campanha nas redes sociais de divulgação de nossas realizações e das propostas do
novo programa de governo.
21. Reconhecemos a luta encampada pelas mulheres no debate sobre o empoderamento. A autonomia da
mulher, na sua luta cotidiana contra a violência doméstica, a mentalidade sexista e a cultura do estupro.
Enfim, uma cultura patriarcal e machista que impõe a mulher um padrão com diversas responsabilidades
sociais, mas sem nenhum empoderamento. Portanto, as mulheres devem exercer maior protagonismo na
campanha, apresentando e debatendo programas e projetos com visão holística e atual que possam
resultar em mais igualdade de gênero.
22. Nossa campanha deve debruçar ainda mais sobre a política afirmativa e apoiar a luta do movimento negro
na cidade de São Paulo, onde a juventude negra é morta pela PM que ganha aplausos da elite racista,
fascista e homofóbica.
23. Devemos também defender a política LGBT que é afrontada por setores conservadores da sociedade com
violência e preconceito. Os LGBT’s são vítimas, cotidianamente, de assédio moral, violências físicas e de
homicídios. É importante que todo o debate eleitoral e as propostas de campanha sejam efetivamente
meios de combate a quaisquer formas de violência e de discriminação contra a população LGBT.
24. Por fim, deve ser destacado que nesta campanha a juventude do PT, bem como a juventude progressista
de toda a cidade de São Paulo, protagonista na reeleição da presidenta Dilma, decidindo a eleição no 2º
turno, e, fundamental no combate ao golpe implantado em um governo democraticamente eleito, terá um
papel fundamental na construção de um programa de cidade mais justa e agregadora, incidindo e sendo
protagonista, assim, na reeleição do prefeito Fernando Haddad.
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