slc0654 - astronomia

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SLC0654 - ASTRONOMIA
Aula 5
Profa. Dra. Manuela Vecchi
2o semestre 2015
HOJE VAMOS FALAR SOBRE O
SISTEMA SOLAR
Sistema Geocêntrico
( Ptolomeu, séc. II )
Lua
Mer Vên
Ter
Sol
Mar
Júp
Sat
Esfera das
estrelas fixas
Sistema Heliocêntrico
Mer Vên Ter
Lua
Mar
Sol
Júp
Sat
Ura
Net
Plu
Sol
Planetas
•
Os planetas do sistema solar são divididos em dois grupos
principais: os telúricos, que recebem esse nome por
serem semelhantes à Terra, e os jovianos, planetas com
as características de Júpiter.
• Os telúricos, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são de
composição rochosa e bem menores que os jovianos,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno que são gigantes
gasosos. Plutão, cuja órbita é próxima aquelas dos
jovianos é, no entanto, mais parecido com os telúricos.
• Vamos agora estudar com mais detalhes os corpos do nosso
sistema solar, pela ordem em que se encontram em
relação ao Sol.
• As duas tabelas, de dados físico e de dados orbitais
resumem as pricipais características de cada planeta.
Características dos Planetas
Telúricos
Jovianos
Mer Vên
Júp Sat
Ter Mar
Ura Net
Dis. orbital média (UA)
Temperatura superf. média
Massa (Terra=1)
0,39 - 1,52
-70 : +500 C
0,055 - 1,0
5,2 - 30,1
-200 : -100 C
14,5 - 318
Raio equatorial (Terra=1)
Densidade média (g/cm3)
Período de rotação (equador)
0,38 - 1.0
3,95 - 5,52
23,9h - 243 d
3,88 - 11,2
0,69 - 1,64
9,8 - 19,2 h
Satélites conhecidos
Sistema de anéis
0-2
não
8 - 30
sim
Composição básica
Rochoso
Gás/líq/gelo
Dados Físicos
Planeta
Diâmetro
Dens. Méd.
Temp. Méd.
Mercúrio
4872 Km
5,43 g/cm3
250 °C
Rochoso
Vênus
12104 Km
5,25 g/cm3
447 °C
Rochoso
Terra
12756 Km
5,52 g/cm3
22 °C
Rochoso
Marte
6787 Km
3,94 g/cm3
- 70 °C
Rochoso
Júpiter
142800 Km
1,33 g/cm3
- 150 °C
Gasoso
Saturno
120536 Km
0,75 g/cm3
- 180 °C
Gasoso
Urano
51800 Km
1,29 g/cm3
- 210 °C
Gasoso
Netuno
49528 Km
1,71 g/cm3
- 213 °C
Gasoso
2,08 g/cm3
2,03 g/cm3
2,1 g/cm3
-106 °C
- 233 °C
Rochoso
Rochoso
-243 °C
Rochoso
Planeta Anões
Ceres
952 km
Plutão
± 2351 km
Eris
± 2400 km
Composição
Dados Orbitais
Planeta
Rotação
Translação
Dist. Méd. Sol
Inclinação
Mercúrio 59 dias
88 dias
57,9 milhões Km
7°
Vênus
243 dias
225 dias
108,2 milhões Km
- 2°
Terra
23h 56min
365,5 dias
149,6 milhões Km
23° 27’
Marte
24h37min
686,98 dias
227,9 milhões Km
25°
3° 05’
Júpiter
09h55min
11,86 anos
778,3 milhões Km
Saturno
10h13min
29,5 anos
1,42 bilhões Km
26° 44’
Urano
17h18min
84 anos
2,9 bilhões Km
98°
Netuno
16h03min
164,8 anos
4,5 bilhões Km
28° 48’
413,7 milhões Km
4° Planetas Anões
Ceres
0,38 dias
Plutão
Eris
6,38 dias
?
4,6 anos
248 anos
557 anos
5,9 bilhões Km 120 ° 10,2 bilhões Km
?
• Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. Ele é bem
parecido com a nossa Lua: grande quantidade de crateras
e ausência de atmosfera (exceto por uma extremamente
rarefeita camada de hélio, provavelmente aprisionado do
Sol). Isso pode ser explicado pelo fato de tanto a Lua como
Mercúrio serem relativamente pequenos em relação aos
outros planetas. Com tamanho reduzido, a força de
gravidade também é menor e com isso seus gases escapam
facilmente, não retendo portanto uma atmosfera.
• A falta de atmosfera em um corpo o deixa sem proteção
contra a queda, por exemplo, de asteróides ou
fragmentos de cometas. Assim, esses corpos atingem
livremente a superfície do planeta. Sem atmosfera, não
existe vento e nem condições de existir alí chuvas ou outras
formas de erosão. Por isso, as crateras formadas pelos
meteoros permanecem intactas, podendo ser modificadas
apenas por fenômenos de origem exterior ao planeta, como
queda de outros meteoros, ou por ação vulcânica.
Mercúrio
- precessão orbital: 43”/sec
!
- 176 dias desde um meio-dia
até o seguinte.
!
- gases ao redor: Na, He, H
• Outro fato curioso sobre Mercúrio e a Lua é a alta diferença
de temperaturas entre a região iluminada pelo Sol e a
região não iluminada. Esse fato também é conseqüência
da ausência de atmosfera nesses corpos: o calor não é
armazenado e nem conduzido pela atmosfera, já que ela
não existe. Por isso, temos diferenças de temperatura
de cerca de 600ºC entre as regiões iluminadas e
escuras do planeta.
• A única sonda a tirar fotos de Mercúrio foi a Mariner 10, em
3 de novembro de 1973.
Vênus é o segundo planeta a contar do Sol. Uma das
características mais marcantes desse planeta é sua elevada
temperatura média, cerca de 400 graus. Mesmo não sendo
o mais próximo do Sol, Vênus é o planeta mais quente do
sistema solar e a explicação é simples: a atmosfera do
planeta é cerca de 92 vezes mais densa do que a nossa, e é
constituída principalmente de CO 2 (gás carbônico),
provocando um enorme efeito estufa no planeta.
Vênus
- rotação retrógrada
de 243 dias
!
- pressão de 90 atm
!
- efeito estufa: atmosfera
de CO2
!
- nuvens de H2SO4
!
- vulcões ativos até bem
pouco tempo atrás
• A alta densidade da atmosfera de Vênus é responsável pela
enorme pressão na superfície no planeta, cerca de 90
vezes a terrestre, impossibilitando vida normal para
qualquer ser-humano sem equipamento adequado:
seríamos facilmente esmagados pela densa camada de
ar sobre nossas cabeças.
• Essa atmosfera também nos impede de vermos a superfície
do planeta através de telescópios ou mesmo sondas que
orbitaram o planeta. Conhecemos sua superfície graças à
fotos tiradas pelas naves Mariner-9 e Mariner-10 e devido a
mapeamentos por radar, revelando que o planeta possui
um relevo semelhante ao nosso, apesar de não possuir
água em forma líquida.
• O movimento de Vênus ao redor do seu eixo de rotação é
no sentido contrário ao de rotação da Terra; isso se
chama movimento retrógrado.
Terra
Norte
Eclítica
Sul
• Na terceira órbita mais próxima do Sol, encontramos o
mais famoso corpo celeste entre a gente: o planeta
Terra.
• Nosso planeta se difere dos demais do sistema solar
principalmente por possuir algo bem especial: a vida. É o
único corpo celeste que conhecemos que
comprovadamente abriga vida. Uma característica muito
importante para a existência de vida aqui na Terra é outra
peculiaridade de nosso planeta: a existência de grandes
massas de água líquida, substância indispensável às
formas de vida, pelo menos as fomas que nós
conhecemos. A composição físico-química da atmosfera
também desempenha papel importante na adaptação que
a vida teve neste planeta ao longo dos milhões de anos
de evolução.
A Terra apresenta também relevo bem variado e em
constante transformação, por apresentar atmosfera bem
dinâmica, vulcões em atividade e placas tectônicas em
movimento.
É a combinação das várias características terrestres que a
tornam tão especial para a vida: aqui nós encontramos as
condições ideais para sobrevivermos, como a temperatura
bem amena e sem grandes variações, pois a atmosfera e as
grandes massas de água ajudam a reter a energia fornecida
pelo Sol. Outro fator importante é a inclinação de seu
eixo de rotação, pois esta é a principal causa das
estações do ano, fenômeno muito importante para a
manutenção de nosso ecossistema.
Em órbita de nosso planeta está a Lua, nosso satélite
natural. Como já foi dito, ela tem características bem
parecidas com Mercúrio, por também não possuir atmosfera.
No entanto, a temperatura máxima na Lua é bem menor que
a de Mercúrio, já que ela está bem mais afastada do Sol do
que aquele planeta.
A Lua tem cerca de um quarto do diâmetro da Terra, ou
seja, é um satélite muito grande comparado ao corpo que
orbita.
Nosso satélite é relativamente grande e brilhante no céu
por ser o objeto celeste mais próximo de nós: está a cerca de
380 mil km de distância da Terra, contra os 150 milhões do
Sol.
A Lua é formada por praticamente os mesmo minerais
encontrados aqui na Terra, e sabemos isso graças às
amostras que os astronautas trouxeram de lá.
Lua
- origem: colisional
!
- 3500 Km de diâmetro
!
- densidade: 3.3 g/cm3
!
- rotação síncrona: só vemos
59 % da sua superfície
!
- a Lua se afasta da Terra e
rotaciona mais lentamente
!
- última missão: 1972, Apolo 17
!
QUANTO DEMORA PARA IR
ATE’ A LUA ?
• A órbita da Lua em torno da Terra é elíptica. No perigeu - a
sua maior aproximação - a lua é 363,104 quilômetros. No
apogeu - a maior distancia - a lua é 405.696 km da Terra. Em
média, a distância da Terra à Lua é de cerca de 384.400 km.
• As missões Apollo levaram cerca de três dias para chegar à lua.
Mas a viagem mais rápida para a lua era a sonda New
Horizons, que passou perto da lua em apenas 8 horas 35
minutos a caminho de Plutão.
23
Distanciando-se mais do Sol,
encontramos o quarto
planeta, Marte, o “planeta vermelho”. Seu nome, do deus
da guerra romano, se deve exatamente a sua coloração (cor
de sangue).
Apesar de boatos antigos, de que poderia existir uma
civilização marciana, nada disso é verdade. Hoje em dia
sabemos que Marte é na verdade um grande deserto, e a
única coisa que encontramos lá, além de rocha e areia, é
gelo. Como se não bastasse a maioria do gelo encontrado
em Marte é gelo de dióxido de carbono, existindo uma
quantidade bem menor de gelo de água.
Marte
- planeta enferrujado
!
- atmosfera com 95 % CO2
e 0.03 % de água
!
- os maiores vulcões : 24 Km
de altura
!
- 2 satélites: Fobos (25 Km) e
Deimos (15 Km)
!
- calotas polares
!
- tempestades de areia
QUANTO DEMORA PARA IR
ATE’ MARTE ? • Demora 240 dias (8 meses). • Se um grupo de astronautas chegam ate’ Marte, depois de um
mês eles devem estar de volta para Terra . • Porque ?
26
• A atmosfera, bem rarefeita, é composta basicamente por
dióxido de carbono, mas também possui vapor de
água. A cor do céu marciano depende da quantidade
de poeira em suspensão na atmosfera, mas sua
coloração constantemente avermelhada vem da
presença de óxido de ferro (ferrugem) em sua
superfície.
• Como no planeta existe muita rocha e areia, e também
ventos violentos, são comuns tempestades de areia
gigantescas: a poeira chega a cobrir o planeta
praticamente inteiro em determinadas épocas do ano.
• Existem formações interessantes no planeta: um gigantesco
vulcão com 3 vezes a altura do monte Everest, e um vale
com cerca de 8 km de extensão.
• Marte tem duas luas: Phobos, com 22 Km de diâmetro, e
Deimos com 14 Km.
• Depois da órbita de Marte temos um anel de asteróides.
Esses corpos são pedaços de rochas espalhados de
formatos e tamanhos variados, girando em torno do Sol.
• Existem dois tipos principais de asteróides: o tipo S,
formado por silicatos, e o tipo C, formado por
carbonáceos, sendo por isso bem negros. Os
asteróides do tipo S localizam-se em órbitas mais
próximas do planeta Marte, e os do tipo C em órbitas mais
próximas do planeta Júpiter.
• Cerca de 100.000 asteróides são catalogados no
cinturão. No entanto, eles estão bem espalhados na
órbita, e assim a densidade de asteróides no cinturão é
baixa, e não representa perigo para as sondas espaciais
que eventualmente precisem cruzar o cinturão para atingir
os planetas exteriores (planetas além de Marte).
!
Asteróide Ida e seu
satélite Dactyl
Ceres
- planeta anão
A maioria dos asteróides está localizada entre a órbita
de Marte e Júpiter, no que chamamos de cinturão de
asteróides. Duas são as teorias principais que tentam
explicar a origem do cinturão. Uma delas diz que existia ali
um planeta que por algum motivo se desintegrou em
milhares de fragmentos: os asteróides do cinturão. No
entanto, há os que afirmam que na veradde o cinturão é um
planeta que não se formou. Apesar de milhares, se
juntássemos a massa de todos os asteróides, teríamos
cerca de metade da massa da Lua. Assim, esses objetos
não teriam tido força suficiente para se unirem em um só
corpo formando um planeta.
Asteróide ou Planetóide
Mer Vên Ter
Lua
Mar
Sol
Júp
Net
Plu
Sat
Ura
Comparação
Diâmetros (km)
Lua : 3.500
Plutão: 2.300
Ceres: 1.000
• Júpiter, o quinto planeta, é o maior deles com cerca de 11
vezes o diâmetro da Terra, ou seja, mais de 1300 vezes o
volume de nosso planeta. É um dos gigantes gasosos, por
ser grande e constituído principalmente por gás.
• Apesar do seu enorme volume, tem apenas 318 vezes a massa
da Terra, ou seja, sua densidade é bem menor do que a do
nosso planeta, cerca de 1/4 da nossa. Isso acontece porque
Júpiter, assim como o Sol, também é constituído
basicamente de hidrogênio e hélio, dois gases leves.
• Júpiter na verdade é quase um sol, só que sem massa suficiente
para que aconteça em seu interior as reações de fusão nuclear
presente nas estrelas (a serem estudadas em aulas futuras).
Se Júpiter fosse maior, ele “acenderia”, ou seja, começaria a
brilhar como uma estrela, graças as já mencionadas reações
de fusão nuclear.
• Os anéis de Júpiter foram descobertos pela nave Voyager 1. Ele
mede cerca de 30 Km de espessura e seu diâmetro externo é
de 1.8 vezes o diâmetro de Júpiter.
Júpiter
- 1300 volumes terrestres
!
- 71 % de toda massa planetária
!
- atmosfera de H, He,
amônia, metano
!
- rotação de 9:50 horas
!
- muitas luas:
Io: vulcões ativos
Ganimedes: diam. 5200 Km)
- anéis: 100 vezes menos brilhante
que o de saturno( esp. 30 Km)
!
- Grande Mancha Vermelha
É notável as diversas faixas equatoriais coloridas em
diferentes partes da atmosfera do planeta, com diferentes
profundidades. Em ordem decrescente de altitude temos as
faixas vermelhas, brancas, marrões e azuladas. Há uma
região na atmosfera onde se vê a Grande Mancha Vermelha,
um enorme furacão com cerca de quatro diâmetros terrestres,
e observada pela primeira vez há cerca de 300 anos por
Galileu; não há previsão de quando irá acabar. Ela é um
exemplo da complexa atmosfera de Júpiter, turbulenta e
constituída por muitas nuvens diferentes.
Júpiter possui muitas luas, sendo a última contagem
estando em trinta. As principais, são Io, Europa, Ganimedes
e Calixto. São grandes e foram observadas até mesmo por
Galileu com sua luneta rudimentar. A lua Io é cheia de
vulcões, cujas erupções podem ter dado origem ao tênue
anel em volta de Júpiter (100 vezes menos brilhante que o
anel de Saturno).
Luas Galileanas
Satélites de Júpiter
( Galileu, séc. XVII )
Júpiter
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Os satélites
giram em torno
de Júpiter, e não
da Terra!
A cerca de 1.400.000.000 Km do Sol (9.5 u.a.)
encontra-se o sexto planeta, Saturno, famoso por seus
anéis. Saturno é um gigante gasoso, como Júpiter, e
também é composto basicamente por hidrogênio e hélio.
Acredita-se que o planeta tenha um núcleo sólido, porém
pequeno, envolto por uma camada líquida de hidrogênio.
Uma das características mais interessantes de Saturno é
a sua densidade média, menor que a da água e por isso
se pudéssemos colocá-lo num oceano ele boiaria.
As duas teorias mais aceitas sobre a formação dos anéis
é que (1) eles teríam se formado junto com o planeta
durante o nascimento do sistema solar. Outra, (2) é que uma
lua teria se aproximado muito de Saturno e teria se
fragmentado (força de maré) dando origem às partículas dos
anéis. Luas pastoras ajudam a manter as partículas
confinadas nos anéis.
Saturno
- 79 % H, 19 % He
amônia, metano
!
- densidade: 0.75 g/cm3
!
- Titan: lua com atmosfera
!
- anéis e luas pastoras
!
- rotação: 10 horas
!
- raio: 9.4 terrestre
O próximo planeta depois de Saturno é Urano. Esse
sétimo planeta
apresenta coloração azul-esverdeada,
devido à presença principalmente de metano, além de
grande quantidade de hidrogênio e hélio característica dos
gigantes gasosos. Seu núcleo, diferentemente dos de Júpiter
e Saturno, é bem mais denso, e mede cerca de 10.000 Km.
O planeta possui seu eixo de rotação bem inclinado, com
cerca de 82,5 graus: o planeta está praticamente “deitado”
na eclítica. Esse fato faz com que apenas uma parte do
planeta seja iluminada pela luz solar, enquanto outra
permanece por até 42 anos na escuridão (seu período de
translação é de 84 anos), provocando no planeta grandes
mudanças de circulação atmosférica, alterando, assim, os
fenômenos metereológicos.
Seus anéis foram descobertos em 1977 daqui mesmo da
Terra. Duas luas de Urano são particularmente importantes
para estabilizar as órbitas dos anéis (luas pastoras).
Urano
- W. Herschel, 1781
(visto em 1690)
!
- 1977 : anéis
!
- dezenas de luas
!
- rotação: 17 horas
!
- massa: 14.5 terrestre
!
- anéis
O próximo gigante gasoso é Netuno. Apesar de ter cerca
de 60 volumes terrestres, é o menor dos gigantes gasosos. É
bem parecido com Urano, contendo hidrogênio, hélio e
metano (que dá a cor azulada) na atmosfera. Seu núcleo é
sólido com cerca de 14.000 Km de diâmetro.
Os ventos em Netuno são os mais rápidos do Sistema
Solar, cerca de 2400 km/h. Sua atmosfera também é
turbulenta mostrando um grande redemoinho, conhecido
por olho negro.
Em 1843 o recém astronomo Adams previu a existência de
Netuno devido às perturbações existentes na órbita de
Urano. Seus cálculos no entanto não foram levados muito a
sério, embora corretos. Na mesma época o já famoso
astronomo Leverrier também fez a mesma predição e a
enviou a Galle, do Observatório de Berlin, que em apenas
trinta minutos de observação achou Netuno onde previsto.
Galileu, em 1612 e 1613, desenhou Netuno como se fosse
uma das estrelas de fundo das luas de Júpiter.
Netuno
- 1800: predição baseada em
perturbações sobre Urano
!
- 1846: Adans e Leverrier -> Galle
!
- Galileu (1612-13) viu como estrela
!
- Grande Mancha Escura
!
- anéis: em segmentos
!
- satélites: Triton está caindo
Além dos planetas e suas luas, os Cometas são os objetos
mais importantes do Sistema Solar. São nada mais que
rochas, formadas principalmente por gelo, que orbitam o
Sol normalmente a distâncias enormes, em órbitas
localizadas além de Plutão. No entanto, pode acontecer
alguma perturbação gravitacional numa dessas rochas e elas
caem para órbitas interiores a dos planetas, sempre
passando bem perto do Sol. Isso faz com que o calor vá
derretendo parte dessa rocha, liberando gases e assim
formando-se a cauda do cometa: gelo que está sendo
sublimado do núcleo. Essa cauda sempre aponta para longe
do Sol, pois as próprias partículas que o Sol lança ao espaço
(vento solar) empurram a cauda para essa direção.
O mais famoso dos cometas é o de Halley (…, 1910, 1986,
…), nome em homenagem ao astrônomo Edmund Halley que
baseado na recém teoria da gravitação de Newton identificou
e previu quando e onde esse cometa retornaria
Plutão – Planeta Anão
- 1930 Tombaugh achou
Plutão nas fotos de
Lowell de 1905.
!
- diâmetro de 2300 Km
!
- distância: 39.4 u.a., 6 bi Km
!
- translação: 248 anos
!
- rotação: 6.3 dias
!
- densidade: 2 g/cm3
!
- Caronte, 1978: 57 % de Plutão
1.3 g/cm3
Plutão é planeta anão e é muito frio nesse local do
Sistema Solar. Está tão distante do Sol que seu período de
translação é de 248 anos. É tão pequeno que chega a ser
menor do que nossa Lua. Forma com Caronte (planeta
anão), com cerca de metade do diâmetro de Plutão, um duplo
planeta. Por isso, os astrônomos consideram que Plutão e
Caronte formam um sistema planetário duplo. No entanto, a
densidade de Plutão é cerca de 2 g/cm3, enquanto de
Caronte é apenas 1.3 g/.cm3 Ou seja, um não é pedaço do
outro.
Pouco se sabe sobre Plutão, no entanto, quando ele está
mais próximo do Sol, seus componentes químicos que
estavam congelados na superfície evaporam, formando uma
fina atmosfera. Mas quando o planeta está mais longe do Sol
em sua órbita, sua atmosfera chega a congelar por completo.
Nem sempre Plutão é o mais afastado planeta do sistema
solar. De Janeiro de 1979 a Março de 1999 foi Netuno. Até
2226 o último planeta será Plutão.
QUANTO DEMORA PARA IR
ATE PLUTÃO ?
• Os planetas viajam em órbitas elípticas em vez de círculos perfeitos,
e por isso as distâncias entre eles estão mudando constantemente.
No seu mais distante, quando os dois corpos estão nos lados
opostos do Sol um do outro, Plutão encontra-se 7,5 mil milhões de
quilómetros da Terra. No seu mais próximo, os dois são apenas
4,28 bilhões quilômetros de distância.
• A Missão New Horizons da NASA é a única missão definida para
visitar Plutão. Lançada em janeiro de 2006, chegou ao sistema de
Plutão-Caronte em Julho, 2015, mais de 9 anos depois de deixar a
Terra.
47
Éris – Planeta Anão
-Descoberto em 2003 com o nome Provisório de 2003 UB313
!
- diâmetro de 2400 km
!
- distância: 38 ua. a 98 ua. 10,2 bi Km
!
- translação: 557 anos
!
- rotação: ? dias
!
- densidade: 2,1 g/cm3
!
- Satélite: Disnomia
Temos nessa figura uma comparação entre os tamanhos
do Sol, da Terra e da Lua. O Sol tem cerca de 109 raios
terrestres: é muito maior que nosso planeta que tem cerca
de 12000 Km de diâmetro. A Lua, um quarto do diâmetro
da Terra, é menor, mas um tamanho consideravelmente
grande para um satélite natural, e por isso o sistema TerraLua para alguns astrônomos é considerado um sistama
planetário duplo.
Cometa
West
Tamanhos
comparados
Sol
Lua
Terra
O tamanho do Sol é 109 vezes
maior que o da Terra
Sistema Solar
Unidades de distância
Terra
384.000 km
~1 s.l.
Lua
300.000 km/s
Sol
150.000.000 km = 1 UA
~8,25 min.l.
9,5 trilhões de km
1 ano-luz = 1 a.l. = 63.240 UA
No slide temos uma figura que ilustra as órbitas dos
planetas em torno do Sol. Elas são, como já sabemos,
elípticas, mas existe outro detalhe: elas não são
coplanares. Isso significa que cada planeta orbita o Sol em
planos diferentes. Existem planetas com planos bem
próximos entre si, mas podemos perceber que Plutão gira
em torno do Sol em uma órbita bastante inclinada,
diferente dos outros planetas.
As inclinações dos eixos de rotação de cada planeta em
relação ao plano da eclítica, ou sua obliquidade, também
diferem de um para outro. Observe no slide como Mercúrio
e Júpiter tem eixos bem perpendiculares ao plano da
eclítica. Já Urano e Plutão tem eixos praticamente
sobre a eclítica. Vênus tem seu eixo praticamente
perpendicular ao plano da eclítica mas veja que sua
rotação é contrária àquela da Terra; seu movimento é
retrógrado.
Órbitas não coplanares
Plutão
Terra
Sol
Eclíptica
Falamos em tamanhos e distâncias no Sistema Solar, mas
você sabe quanto vale o raio da própria Terra? Ou,
complicando um pouco, como você faria para medí-lo?
Uma das medidas mais antigas do raio da Terra que
conhecemos foi a utilizada por Eratóstenes, ainda no
século IV antes de Cristo. Eratóstenes ficou sabendo que
em determinado dia do ano era possível ver os raios solares
incidindo no fundo de um poço na cidade de Siena. Para que
isso acontecesse, os raios solares deveriam estar incidindo
ali perpendicularmente ao solo.
Na época de Eratóstenes já se sabia que a Terra era
redonda. Uma das evidências era a que um navio vai
sumindo aos poucos ao se afastar do continente.
Outra prova é a sombra circular da Terra sobre a Lua durante
um eclipse lunar.
Obliquidade
Esfericidade da Terra
Se fosse plana
o navio não
desapareceria
Mas o
o navio
desaparece!
Esfericidade da Terra
Lua
Cheia
Durante um
eclipse lunar
vemos a sombra
da Terra
projetada na Lua
Lua
Sombra
da
Terra
• Dizem que Eratóstenes nesse dia mediu o ângulo de incidência
•
•
do Sol em Alexandria, e obteve o valor de 7,2 graus.
Medindo a distância entre Siena e Alexandria, L na figura,
obtêm-se o raio da Terra através de um cálculo simples: se o
ângulo de incidência dos raios solares em Alexandria
era de 7,2 graus, o ângulo formado pelas cidades de
Alexandria e Siena também deveria ser de 7,2 graus. A
partir daí, ele usou uma regra de três para obter o raio da
Terra: se para 7,2 graus a distância é L, para 360º (uma
volta inteira) o valor seria o de uma volta em torno da Terra.
E para descobrirmos o valor do perímetro de um círculo,
podemos usar a fórmula 2πR,onde R é o raio da esfera - o
raio terrestre, no nosso caso.
O valor obtido por Eratóstenes apresenta um erro de
aproximadamente 15 % do valor atual (é difícil precisar esse
erro já que não sabemos ao certo o valor da unidade de
distância usada na época, o stadio).
Raio da Terra
( Eratóstenes, séc. IV a .C. )
7,2
Alexandria
360 ____ 2π R
7,2 ____ L
L
R
7.2
Siena
Terra
Raios
de Sol
Distâncias no
Sistema solar
Sistema Terra - Lua
Terra-Lua
380.000 km
1segundo- luz
384.000 km
~ 1 s.l.
Terra-Sol
150.000.000 km
8m15s luz
Plu
Jup Mer
Sat
Vên
Ter + Lua
Mar
Ura
Net
Sistema Solar
Terra-Sol
150.000.000 km
8 min-luz
Plu
Jup
Sat
Estrela mais próxima,
α-centauro,
4 anos-luz
Mer
Vên
Ter + Lua
Ura
Mar
S. Solar
α-centauro
Net
Sol-Plutão
6.000.000.000 km
5 horas-luz
Sol no centro
Como já foi dito, antigamente o modelo mais aceito para
explicar a distribuição dos planetas era o sistema geocêntrico:
a Terra estava no centro do universo, com os planetas e o Sol
girando em torno dela, e as estrelas estavam fixas em uma
esfera além da órbita dos planetas. No entanto, nós já sabemos
que esta não é a representação mais adequada.
Os planetas do sistema solar encontram-se distribuídos
segundo o modelo heliocêntrico: o Sol está no centro do
sistema, e todos os planetas giram em torno dele em órbitas
elíticas. No entanto, essas órbitas são praticamente circulares,
com excessão de Plutão, cuja excentricidade é tão acentuada
que sua órbita cruza a de Netuno e por vezes este passa a ser
o último planeta do sistema solar. Atualmente (2001), o planeta
mais distante do Sol é mesmo Plutão. Em 2215 Netuno voltará
a ser o último.
A estrela de nosso sistema planetário é o Sol, e por isso
damos ao sistema o nome de Sistema Solar.
O Sol brilha
devido à reações de fusão nuclear em seu núcleo,
transformando hidrogênio em hélio. Para que essas reações
aconteçam a temperatura deve ser muito elevada, e por isso o
núcleo do sol tem uma temperatura de cerca de 15000000ºC.
Estudaremos mais o Sol futuramente.
Já sabemos que o Sol é uma estrela, mas por que ele
brilha mais que as outras? Essa é fácil! Ele brilha mais para
nós, pois está muito mais perto que as outras estrelas que
vemos no céu. O Sol está a cerca de 150 milhões de
quilômetros da Terra, ao passo que a segunda estrela mais
próxima de nós, a Próxima do Centauro, está a cerca de 40
trilhões de quilômetros. Estando a distâncias tão grandes, é
natural que as outras estrelas brilhem menos.
O Sol é bem maior que todos os planetas: tem cerca de
109 raios terrestres e representa 99,87% de toda a massa
do Sistema Solar.
Comparação de tamanho entre os planetas.
A foto mostra os planetas e o Sol, em uma montagem em
que foram colocados lado a lado para comparação de
tamanho. Os tamanhos dos planetas estão em escala, mas
não as distâncias.
Os planetas aparecem na ordem em que se encontram no
Sistema Solar: de Mercúrio, mais próximo do Sol, até Plutão,
o mais distante.
É curioso observar que Plutão aparece na foto
acompanhado de sua lua, Caronte.
Ao estudarmos o universo como um todo, as unidades de
medida convencionais tornam-se inconvenientes para nós
dada as grandes dimensões envolvidas no estudo do cosmo.
Devemos, então, adotar unidades de medida mais práticas
que possam representar com facilidade grandes distâncias.
Os astrônomos costumam usar duas unidades para
representar distâncias: a unidade astronômica (UA), e o
ano-luz (AL).
A unidade astrômica foi convencionada como sendo a
distância entre o Sol e a Terra: 150 milhões de
quilômetros. O ano-luz é a distância que a luz percorre
em um ano: 9,5 trilhões de quilômetros. Observe que,
apesar do nome “ano-luz” dar a impressão de se tratar de
uma unidade de tempo, ela é na verdade uma unidade de
distância. Por razões práticas, costuma-se usar a unidade
parsec, que equivale a 3.26 anos-luz (a unidade parsec
está ligada à medida de paralaxe de estrelas).
Com nossas novas unidades em mãos, vamos usá-las em
algumas distâncias conhecidas: a distância da Terra à Lua é
de 384.000 km ou 1,3 segundo-luz. A distância da Terra
ao Sol, ou 1 UA, equivale a 8,25 minutos-luz (se o Sol se
apagasse neste momento só saberíamos daqui a 8,25
minutos). Do Sol a Plutão temos cerca de 6 bilhões de
Km, ou, 5.3 horas-luz. A estrela mais próxima da Terra,
depois do Sol, está a 4.2 anos-luz, ou seja, cerca de 1010
Km. Ela faz parte do sistema triplo de alfa do centauro.
Distâncias no Sistema Solar
Para efeito de comparação vamos colocar juntas as distâncias
importantes no Sistema Solar. A distância da Terra à Lua é de
aproximadamente 380.000 km, ou 1.3 anos-luz. Já Terra e Sol
distam 150.000.000 Km, ou 8 minutos luz. A borda do Sistema
Solar, ou seja, o último planeta, está a cerca de 6 bilhões de Km,
ou 5 horas-luz.
A estrela mais próxima do Sol chama-se Próxima do
Centauro, e é uma das estrelas do sistema triplo de Alfa do
Centauro. Ela dista 4.3 anos-luz do Sol! Ou seja, se o
sistema solar em si é um grande vazio, podemos dizer
também que está praticamente isolado do restante do
universo.
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