Grupo de teatro adapta Peter Pan para a realidade de uma favela

Grupo de teatro adapta Peter Pan para a realidade de uma favela brasileira
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A direção e dramaturgia são assinadas por William Costa Lima, um dos fundadores do grupo, que escreveu as primeiras versões do texto aos 17
anos, quando vivia sua adolescência no Itaim Paulista e tinha seus primeiros contatos com o teatro. Aproximadamente dez anos depois, o texto foi
revisitado e modificado por mais de 30 colaboradores, todos movidos pela vontade de fazer teatro de grupo e pela crença de que é possível conciliar
o cotidiano com o desejo de fazer arte. Assim, o grupo juntou pessoas dispostas a mergulhar num processo colaborativo de criação: algumas
que conheciam peças do grupo e queriam participar, gente que nunca tinha feito teatro, atores profissionais, uma advogada, um engenheiro, muitos
estudantes (de Ensino Médio até universitários), funcionários públicos... E o projeto ganhou vida.
O grupo é composto por uma maioria de jovens oriundos das mais diversas periferias e regiões da Grande São Paulo. As idades do elenco variam de
15 a 49 anos, assim como as suas realidades sociais, que vão desde adolescentes nascidos e criados no extremo leste da cidade, a famílias que
vivem em bairros de classe média. As vivências do coletivo vão de Cidade Tiradentes aos Jardins, e extrapolaram esse caldeirão de experiências de
vida para contar uma história: a do menino que não queria crescer.
Peter em Fúria é uma releitura de Peter Pan e Wendy (J. M. Barrie) e transpõe os personagens originais do conto para a realidade de uma favela
brasileira. Assim, a peça procura brincar com o imaginário do público, que verá um jogo de analogias entre as figuras conhecidas da história infantil
com aquelas presentes no cotidiano de uma grande cidade. Com essa nova abordagem, a peça discute o lugar dos sonhos no mundo atual, e mais
especificamente, a visão de jovens que querem fazer arte em meio a uma rotina sufocante e um mundo regido pela lógica do dinheiro. Assim, Peter
em Fúria conta uma história popular que contempla os temas sociais latentes nas comunidades periféricas do Brasil.
O Pequeno Teatro de Torneado realiza montagens de peças por jovens artistas desde 2006 e tem como base aquilo que batizou de ?Dramaturgia
dos Moleques?, na qual a pesquisa do ator centra-se no repertório adquirido durante a passagem da infância para a adolescência. Com isso, o grupo
busca uma potência artística limpa e pulsante.
Duração: 120 min (mais intervalo de 15 minutos)
Classificação: 12 anos
Elenco: Alberta Jaeger, Ana Carolina Bueno, Aguida Aguiar, Anderson Marques, Beatriz Barros, Beatriz Valsechi, Bruno Lourenço, Camila Alves,
Dionatas Campos, Franco Vieira, Guilherme Valdoski, Isabel Boujikian, Julia Selena, Kainara Ferreira, Karina Moraes, Larissa Costa, Lucas Jaeger,
Mariana Boujikian, Marina Yohara, Mike Rosa, Paulo Jaeger, Pablo Juan, Rafael Revadan, Tailície Paloma, Thais Moura e Thiago Andrade.
Direção Musical: Bruno Lourenço
Dramaturgia e direção: William Costa Lima
Temporada: De 5 de abril a 25 de maio
Dias/horários: Sábados e domingos às 19h.
Onde: Espaço Redimunho
Rua Álvaro De Carvalho, 75 - Centro - São Paulo - SP. Telefone: (11) 3101 9645
Ingressos: R$40 / meia R$20
Contato: William Costa Lima
Mais informações pelo site.
Pequeno Teatro de Torneado | Imagem: Divulgação
Escrito por: carolina ellmann