Ensino - Sociedade Brasileira de Genética

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58º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 58o Congresso Brasileiro de Genética • 11 a 14 de setembro de 2012
Rafain Palace Hotel e Convention Center • Foz do Iguaçu • PR • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
1
O uso de uma atividade prática de simulação
da síntese proteica para debater engenharia
genética no ensino médio dentro de uma
perspectiva CTS
Gilles, L1; Pereira, VCR2; Amado, MV3
1
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Emílio Oscar Hülle, Secretaria Estadual de Educação, Município de
Marechal Floriano, Espírito Santo; 2Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Maria Penedo, Secretaria
Estadual de Educação, Município de Cariacica, Espírito Santo; 3Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e
Matemática, Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vila Velha, Espírito Santo.
[email protected]
Palavras-chave: CTS, Ensino de genética, Ensino médio.
O ensino de ciências em meio ao mundo globalizado vem sendo orientado de forma que suas preocupações estejam
voltadas para a formação do indivíduo, crítico, capaz de atuar significativamente em meio às decisões públicas da
sociedade na qual vive, baseado na relação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). A compreensão de temas
relacionados a Engenharia Genética no ensino de genética é de fundamental importância para promover alfabetização
científica de jovens que se deparam com o assunto constantemente no mundo globalizado. Apesar de ter se destacado
como prática para a geração de novas tecnologias, como produção de vacinas, terapia gênica, melhoramento
genético e transgenia, a engenharia genética tem sido considerada um tema bastante polêmico. A sua prática levanta
aspectos relacionados à ética, pois baseia-se em modificação de material genético natural ou sua clonagem. Dessa
forma, consideramos de extrema relevância levar uma discussão para a sala de aula, no sentido de se fazer conhecer,
refletir e opinar sobre os problemas e o efetivo benefício dessa tecnologia dentro de uma perspectiva CTS. Para
isso, desenvolvemos uma sequência didática que envolve uma atividade prática de simulação do processo de síntese
proteica que pode ser utilizado para gerar discussões sobre a utilização das técnicas de engenharia genética e para
facilitar a aprendizagem do aluno sobre o dogma central da biologia molecular. Na sequencia didática proposta a aula
é iniciada com a discussão de um texto sobre trangênicos “Transgênicos - os dois lados da moeda”, sendo os alunos
instigados a comentarem aspectos positivos e negativos das técnicas utilizadas pela engenharia genética. Após breve
contextualização, os alunos devem ser divididos em grupos de trabalho e receber os materiais e moldes para a realização
da atividade prática de simulação. Os moldes devem ser recortados, o ribossomo e a fita de RNAm devem ser montados.
Cada grupo de trabalho deve receber uma parte da sequência de DNA de proteínas humanas conhecidas (albumina,
insulina, hemoglobina ou mioglobina) contendo 36 bases nitrogenadas e em seguida deve simular a síntese proteica.
Ao final da simulação da síntese proteica cada grupo de trabalho terá formado uma proteína diferente. Nesse momento
se debate até que ponto as tecnologias são capazes de copiar o processo natural. Essa atividade prática foi desenvolvida
em várias turmas do ensino médio e foi debatida e validada no Curso de Capacitação em Práticas Experimentais e
Investigativas em Ciências. A atividade prática realizada possibilita o entendimento de conteúdos relacionados ao
dogma central da biologia de forma contextualizada podendo ser utilizada como meio para criar reflexões e discussões
de acordo com os objetivos do enfoque CTS, além de divulgar a ciência, consolidando a democratização científica.
Financiamento: Secretaria de Educação do Espírito Santo (SEDU); Ministério da Educação (MEC); Instituto Federal
do Espírito Santo (IFES).
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2
Eficácia da webquest no ensino de ligação gênica
Antunes, JR1; Lopes, IF2
1
Departamento de Ciências Naturais, UFSJ, São João Del Rei, MG; 2Departamento de Zootecnia, UFSJ, São João Del Rei, MG.
[email protected]
Palavras-chave: internet, processo ensino-aprendizagem, 2ª Lei de Mendel, tecnologias da informação, genética.
A internet tem se tornado um meio de comunicação muito utilizado na atualidade já que as pessoas gostam de
navegar em redes sociais, buscar novas informações e divulgar suas ideias na rede. A internet também pode ser uma
grande aliada no contexto educacional, mas como utilizar as tecnologias da informação de uma forma eficaz no
meio escolar? Dentro desta linha, foi criada em 1995, pelo americano Bernie Dodge, uma metodologia chamada
webquest. O objetivo desta é orientar os alunos em suas buscas por assuntos relacionados a um determinado tema.
O tema e os links que os alunos devem acessar são definidos pelo professor, assim eles não perdem tempo buscando
por informações inúteis ou errôneas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da webquest no
ensino da 2ª Lei de Mendel e de ligação gênica. A webquest foi aplicada a alunos do terceiro período dos cursos de
Zootecnia, Engenharia de Alimentos e Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei. Para
avaliar a eficácia do método, os alunos foram orientados a responder um questionário prévio com 7 questões antes de
acessar os links estabelecidos na webquest. Após o acesso aos links sugeridos, estes responderam o mesmo questionário
acrescido de duas perguntas mais complexas. Os dados estão apresentados em porcentagens e os resultados obtidos nas
questões pré e pós acesso aos links foram comparados utilizando o teste de Fischer. Dentre as sete questões elaboradas,
houve diferenças estatisticamente significantes entre acertos antes e após o acesso aos links em quatro questões.
Isso demonstra que conceitos como 2ª Lei de Mendel, recombinação gênica e ligação gênica ficaram mais claros
após a consulta aos links. De forma geral, 90,24 % dos alunos responderam o segundo questionário de forma mais
completa. No questionário pré-webquest, 58,53% dos alunos deixaram questões em branco, no segundo questionário
esse número caiu para 4,87%. Com relação às duas questões acrescidas no segundo questionário, nenhum aluno
acertou a questão que versava sobre porque Mendel não viu provas de genes ligados e 39,02% acertaram a questão
relacionada aos experimentos de Sturtevant. Apenas um aluno de um total de 41 não gostou da atividade e dois
deles acham que a webquest é um bom recurso didático quando aliado às aulas do professor, isto fica claro ao se
analisar que nenhum deles soube responder uma das questões somente pela consulta aos links. Conclui-se assim
que embora a webquest tenha apresentado resultados favoráveis, mudanças na forma de avaliação devem ser feitas,
já que houve casos em que os alunos copiaram respostas dos links. Atividades mais criativas devem ser propostas
pelo criador da webquest, atividades que realmente permitam o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos.
Apoio Financeiro: Fapemig (APQ-02622-11).
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Genética e evolução nas ondas do rádio
Silva, MA; Penteado, PR; Paiva, AL; Kavalco, KF; Pazza, R
LaGEEvo - Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba.
marcos.auré[email protected]
Palavras-chave: Genética, Evolução, Divulgação Científica, Extensão, Ensino.
O crescente campo da genética e biologia molecular aplicado ao processo evolutivo demonstra a importância de sua
correta compreensão no meio científico. Entretanto a população, diversas vezes, permanece alheia às novas descobertas
e até mesmo ao conhecimento básico de genética e evolução. Os meios de comunicação livres se limitam a divulgar
informações e citações superficiais e diversas vezes errôneas. O conhecimento científico não pode, de forma alguma,
restringir-se às instituições de ensino ou permanecer estagnado em alguma instalação privada. O astrônomo e divulgador
da ciência, Carl Sagan, foi um ferrenho defensor da distribuição do conhecimento de forma igualitária para todas as
esferas da sociedade humana. Inspirados neste tipo de atitude, o programa de rádio Rock com Ciência foi criado em
setembro de 2010, reunindo questões pertinentes ao conhecimento científico e cultural à música, especificamente
ao estilo musical Rock. O programa, que vai ao ar semanalmente pela Rádio Maximus FM de Rio Paranaíba, tem
engendrado discussões sobre diversas questões relacionadas à ciência e cultura, passando pelas principais figuras do
mundo acadêmico e científico, datas importantes e questões filosóficas sobre ciência e pseudociência.. Além da equipe
básica do programa, ocasionalmente conta-se com a presença de convidados especiais capacitados no assunto a ser
desenvolvido. As discussões são sempre descontraídas e embaladas pelo Rock n’ Roll. Após a veiculação pela rádio,
os programas são depositados em um Podcast onde pessoas de qualquer lugar podem acessar todos os episódios já
publicados. O endereço eletrônico é http://www.rockcomciencia.com.br. Com isto, o alcance do Rock com Ciência
vem crescendo bastante, somando mais de 16 mil acessos nestes quase três anos de existência. Deve ser também
salientado a divulgação em outros sites e blogs, bem como o uso do programa em atividades organizadas por professores
da rede básica. Como não poderia deixar de ocorrer, foram realizados programas específicos para Genética e Evolução,
como o episódio em comemoração ao Dia de Darwin (12/02), sobre evolução, biotecnologia, genoma, entre outros,
compostos de introduções gerais ao tema e seu aprofundamento, sempre deixando o mais claro possível à compreensão
do ouvinte sem ofuscar a metodologia voltada aos termos corretos. O uso de ferramentas de mídias alternativas
pode auxiliar de sobremaneira o ensino de Genética e Evolução para estudantes e também aos demais interessados.
Suporte financeiro: UFV – Bolsa Pibex.
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Biologia Molecular em Escala:
do DNA à proteína
Adamoski, D1; Zulkievicz, V1; Bobato, R; Pederneiras, MP1; Pagnan, NAB1
1
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
[email protected]
Palavras-chave: Ensino, Modelo Didático, Biologia Molecular, Escala.
A compreensão dos processos moleculares básicos se faz necessária para o estudo de mecanismos biológicos mais
complexos, porém por se tratar de um tema abstrato (em que o aprendizado não ocorre empiricamente), há muita
dificuldade entre os estudantes. Os modelos didáticos propostos para o uso no ensino médio pecam pela excessiva
simplificação, pela descontinuidade na descrição de processos consecutivos ou pela falta da proporção entre as moléculas
descritas. Assim, com o intuito de facilitar a aprendizagem dos processos de transcrição e tradução, propomos aqui
um modelo didático para ser utilizado de forma contínua ou modular, sem remover a noção de interdependência dos
processos envolvidos. Para tanto, foram utilizados materiais de fácil acesso como EVA, cola, papel impresso, TecidoNão-Tecido, velcro, clips e barbante. Para a manutenção da proporção entre as estruturas, foram realizadas as medidas
com base na RNA Polimerase II (PDB: 2E2I), subunidades 30S (PDB: 1PNS) e 50S (PDB: 1PNU), ambas de E. coli,
com o auxílio do software PyMOL, tentando replicar uma escala de 1 centímetro no modelo para cada 0,6 angstrons
na realidade. A sequência de um hipotético gene, apresentando – por exemplo – repetições de um mesmo códon
e códons distintos para um mesmo aminoácido, foi proposta e desenhada esquematicamente, com a indicação do
pareamento das bases por duas ou três pontes de hidrogênio. Tal esquema foi impresso e colado em EVA de 5mm de
espessura, sendo posteriormente recortado, mantendo o encaixe, de modo a permitir a representação da desnaturação
da fita. Para a transcrição, foram produzidas as bases separadamente e, no verso de cada uma, colada uma porção do
velcro, de forma que a fita do RNAm pudesse ser montada sobre o outro lado do velcro, ainda inteira. Na transcrição,
esquemas da estrutura do tRNA, para cada um dos códons utilizados, foram impressos e o EVA com o encaixe
adequado colado na porção de reconhecimento, além de um pequeno gancho com clips colocado para a “ligação”
com o aminoácido – representado por um pedaço de papel contendo sua estrutura química e dois furos, um em cada
lado. Assim, é possível “reconhecer” o código genético procurando o tRNA de acordo com o códon observado no gene
modelo. Com o encaixe sequencial, pode ser compreendida a produção da proteína, que é montada com o auxílio do
barbante sendo transpassado pelos orifícios dos aminoácidos. Com o Tecido-Não-Tecido foram produzidas estruturas
similares a RNA polimerase e ao ribossomo, possibilitando perceber a proporção de tamanho entre as entidades da
maquinaria celular envolvida. Com o modelo final, o professor de ensino médio pode trabalhar as bases da biologia
molecular de uma maneira mais lúdica e concreta, sem depender de uma atividade laboratorial de alto custo.
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O uso de questões discursivas no aprendizado
de Genética no Ensino Médio
Lima, AM1; Rehem, BC2
1
Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC, Ilhéus, BA; 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia,
IFBA, Campus Porto Seguro, BA.
[email protected]
Palavras-chave: Biologia, educação, ensino-aprendizagem, metodologia de ensino, mapas de conceitos.
Questões discursivas tem relevância na promoção de uma aprendizagem significativa. Em Biologia, o trabalho com
a escrita em avaliações permite perceber o que o educando apreendeu do conhecimento em questão. Se o estudante
é capaz de explicar de forma textual o que entendeu de determinado conteúdo, pressupõe-se que será capaz de
expressar este aprendizado em questões objetivas. Uma das principais dificuldades de discentes de Ensino Médio
reside no aprendizado dos conceitos de Genética. Entre as principais dificuldades, destaca-se o entendimento sobre
a estrutura e dinâmica dos cromossomos e a dificuldade de assimilar os conceitos que estão envolvidos neste tema.
É difícil identificar os possíveis erros conceituais dos educandos baseando-se apenas em avaliações com questões
objetivas. Daí surge a necessidade de se trabalhar com uma metodologia que envolva questões discursivas, dando
aos discentes a possibilidade de expressarem livremente o que aprenderam. O presente trabalho teve como objetivo
abordar os temas de Genética em sala de aula, com metodologia diversificada. As aulas foram desenvolvidas no
Colégio Impacto, em Ilhéus, BA, com 20 estudantes da 3ª série do Ensino Médio. Foram realizadas aulas expositivas,
seguidas da aplicação periódica de exercício de fixação e de atividade lúdica. Os dados foram coletados a partir de
avaliações diárias das aulas desenvolvidas e aplicação do pré e pós-testes sobre a temática em estudo. Foi feita uma
análise quali-quantitativa através da relação entre as variáveis e categorias de análise. Verificou-se que os educandos
apresentavam dificuldade de expressão em questões discursivas. É comum observar em discentes de Ensino Médio
que alguns termos como “cromossomos”, “genes” e “dominância”, quando aplicados em respostas discursivas, revelam
que o estudante não compreende com clareza os processos de divisão celular, função do material genético e os
mecanismos de transmissão de caracteres hereditários. Este fato também foi percebido durante a aplicação do jogo
do “Baralho da Genética”, pois os discentes demonstravam dificuldades de associação de termos da Genética com
seus respectivos conceitos. O jogo foi capaz de conduzir uma revisão dos conceitos do tema e favoreceu a retenção e
aquisição de conhecimentos, de forma prazerosa. Os estudantes desta turma situavam-se, no pré-teste, entre o nível
nominal (quando o estudante reconhece os termos, mas não sabe seu significado biológico) e o funcional (quando os
termos são definidos corretamente, sem que compreendam seus significados). Na aplicação do pós-teste, foi possível
classificar os discentes entre o nível funcional de “alfabetização biológica” e o nível estrutural (quando são capazes
de explicar, com suas próprias palavras, os conceitos biológicos). Conclui-se, portanto, que: (i) o uso de questões
discursivas possibilitou aos estudantes superação na deficiência de expressão; e (ii) o jogo facilitou o aprendizado,
potencializando a exploração e construção de conhecimentos, utilizando a competição como fator estimulante.
Financiamento: UESC, IFBA.
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Pesquisa-ação na aplicação do jogo
pedagógico – “O tabuleiro do sistema ABO”
Faria, RCB1; Gonçalves, SC2; Goulart, NM3
1
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus
Inconfidentes; 2 Aluno do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus Inconfidentes; 3 Aluna do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus Inconfidentes.
[email protected]
Palavras-chave: ensino genético, sistemas sanguíneos, pesquisa intervencionista.
Na perspectiva da prática como componente curricular e/ou alfabetização científica é importante trabalhar para que
os conceitos de genética, como a sua compreensão não o torne de difícil compreensão. Os materiais didáticos são
ferramentas fundamentais para o processo de ensino e aprendizagem, e o jogo didático caracteriza-se como uma
importante e viável alternativa para auxiliar e favorecer a elaboração do conhecimento pelo aluno. Assim, o presente
trabalho teve por objetivos, averiguar os conhecimentos prévios e a trabalhar a concepção dos alunos no processo de
intervenção por meio de um jogo de tabuleiro do sistema ABO e do fator Rh. Com o intuito de intervir no ensino e
na aprendizagem de genética, foi desenvolvido, na perspectiva da pesquisa-ação, o jogo pedagógico: “O tabuleiro do
sistema ABO”. O jogo é constituído de um tabuleiro e quatro peças cada uma representando um jogador e um grupo
sanguíneo. Neste jogo há perguntas, onde os participantes puderam interagir e textos de curiosidades. Antes e após a
aplicação do jogo foi feito uma pesquisa do conhecimento sobre os sistemas ABO e Rh, realizada com 90 alunos de
3 turmas do 3º ano do Ensino Técnico Integrado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de
Minas Gerais – Campus Inconfidentes, por meio de um questionário onde os alunos precisavam avaliar as proposições
e identificá-las como verdadeiras ou falsas. Após aplicação do questionário foi desenvolvida a aula-jogo nas turmas
selecionadas, com quatro tabuleiros por sala e no máximo de oito alunos por tabuleiro, puderam participar dois alunos
por peça (tipo sanguíneo). O jogo foi construído seguindo duas etapas, na primeira: as perguntas e os textos das “casas”
iniciais do jogo são desenvolvidos conceitos básicos e necessários de genética para as etapas subsequentes do jogo. A
segunda etapa (Problematizando) foi organizada: no primeiro momento, sobre o sistema ABO, por meio de perguntas
e curiosidades. O segundo momento sobre o sistema Rh, a compreensão do fator Rh, foi demonstrado, pela montagem
de um heredograma de uma família na árvore-modelo. De acordo com os dados coletados, os alunos obtiveram uma
média de 39% e 63% de acertos antes e pós aplicação do jogo, respectivamente. Além disso, a efetiva participação
dos alunos no jogo “O tabuleiro do sistema ABO”, induziu uma mediação pedagógica entre o aluno e o professor
e, respectivamente, entre o ensino e a aprendizagem, permitindo que os mecanismos genéticos fossem ensinados e
aprendidos com maior êxito, de acordo com os questionários pós-intervenção. Sendo assim, a pesquisa-ação desenvolvida,
segundo a linguagem do jogo, constituiu uma aula-jogo, na qual os conceitos desenvolvidos foram compreendidos.
Apoio financeiro: IFSULDEMINAS.
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The use of videos as problematization in
mutation theme
Barbosa, MA1; Pereira, AF1; Lopes, FMB2; Rocha, MF1
1
Laboratório de Biodiversidade e Genética de Insetos, Instituto de Ciências Biológicas, UPE, Recife, PE; 2Departamento
de Educação, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE.
[email protected]
Keywords: Abstract concepts, genetic variation, problematization, video, students.
The construction of knowledge of abstract concepts is one of the challenges of Education. In genetics to understand
what the relevant aspects related to the mutation are essential for understanding the evolutionary process and the
variability of the species. Students must learn the meaning of what is being done so that they can contextualize the
object of study with their daily activities, building, thus, concepts meaningful to their lives. From this perspective, the
problematization can create opportunities, the apprentice, the construction of knowledge in a critical and reflective.
Thus, this study aimed to know what are the concepts of high school students on the topic from the mutation analysis of
data from an problematization. This research was qualitative, focusing on a problem situation arising on change of two
science fiction films, The Fly and Spider-Man. We applied two questions on knowledge about the subject, for a total of
131 students in the 3rd year of high school, from three public schools in the metropolitan area of ​​Recife. The categories
of the first questions were: inadequate response to the subject (6,66%), comprising just as disadvantageous mutations
(13,33%), comprising as advantageous and disadvantageous mutations (56,66%); could compare with the real (60 %),
comprising the evolutionary character of the mutations (13,33%) and the mutation associated with the social character
(10%). In the second challenge, the categories are: syndromes mentioned characteristics (30%) depict the actual
achieved from fictional (23,33), seen in relation to the changing social (30%) is compared with other organisms of the
mutation beyond the human (13,33) associated with a disease mutation (33.33%), as seen mutations or genetic error
only disadvantageous (36.66); mutation represented by image (20%). Although most have answered the questions in
written form or drawings, it was observed that there is a lack of knowledge structuring, because the ideas are loose and
the responses were less comprehensive. Poor writing and spelling errors, not to coherence between sentences and misuse
of words prevented the concept comprehensively. The existence of gaps in the subject mutation shows the importance
of teaching from the prior art, meaning that print to school knowledge. Thus the use of problematization can assist in
the construction and redevelopment of concepts, procedures and attitudes, for motivating the learner to appropriate
knowledge, however, and will depend on the interpretation of this interest. It is noteworthy that only the use of this
methodology is not sufficient for effective learning, but this may be a good teaching tool if well planned and used.
Financial Support: FACEPE.
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O uso do lúdico no processo ensinoaprendizagem: genética um exemplo
Oliveira, MJ¹; Santos, LLL¹; Martins, PRP¹; Fraga, EC¹; Barros MC¹
1
Laboratório de Genética e Biologia Molecular – CESC/UEMA.
[email protected]
Palavras-chave: Genética, Ensino, Jogos, Lúdico, Ensino-aprendizagem.
A genética tem-se colocado em posição de destaque, especialmente no que se refere às questões éticas e sociais, causando
assim mudanças na qualidade de vida e no comportamento das pessoas. No entanto, apesar do crescimento progressivo
do campo da genética, quando se visualiza a questão do ensino em sala de aula, muitas pesquisas têm demonstrado que
os conceitos genéticos abordados são, geralmente, de difícil assimilação. É importante ressaltar que o professor exerce
importância fundamental no processo de ensino-aprendizagem, mediando à transmissão do conhecimento entre os
alunos, sendo assim quando esse adota uma metodologia tradicional puramente conceitual, pode tornar o ensino um
processo enfadonho dificultando a aprendizagem pelos alunos. Dessa forma, métodos inovadores de ensino que envolvam
práticas lúdicas podem desencadear uma maior participação dos alunos nas aulas. Nesse contexto, foi desenvolvido
este trabalho objetivando avaliar a influência da metodologia lúdica na assimilação dos conteúdos de genética básica
desenvolvidos em sala de aula na Escola Eugênio Barros, Caxias/MA. O trabalho foi desenvolvido em duas turmas de
3º ano do nível médio em semestres diferentes, agosto a dezembro de 2011 com 28 alunos e fevereiro a junho de 2012,
com 22 alunos. Os encontros aconteceram aos sábados consecutivos na escola. No primeiro encontro aplicou-se um
questionário avaliativo a fim de verificar o conhecimento prévio destes em relação à genética. Nos demais encontros
utilizou-se o lúdico como ferramenta de ensino, para tanto baseou-se principalmente nas aulas práticas publicadas na
Revista Genética na Escola da Sociedade Brasileira de Genética. Após esta etapa de estratégias ensino-aprendizagem
os alunos foram ressubmetidos a um questionário similar ao inicial. O critério avaliativo empregado para análise dos
resultados consistiu em: os alunos que tiveram acertos a partir de 50% foram avaliados como bom desempenho e abaixo
de 50% foram considerados com desempenho insuficiente. Dos 28 alunos que responderam ao questionário inicial
64,29% apresentaram desempenho insuficiente, respondendo corretamente abaixo de 50%, e apenas 35,71% acertaram
mais de 50%. Enquanto que os alunos do primeiro semestre de 2012, 100% apresentaram desempenho insuficiente.
Nos dois semestres, após aplicação do lúdico e das aulas práticas, foram novamente aplicados questionário aos alunos.
80% dos alunos do segundo semestre de 2011 atingiram acima de 50% enquanto que no primeiro semestre de 2012,
71,42% acertaram acima de 50%. Resultados similares foram encontrados na literatura, onde a porcentagem de acertos
elevou-se significativamente no segundo questionário, demonstrando que houve melhora na retenção dos conceitos.
Com este resultado verifica-se que o uso do lúdico no processo ensino-aprendizagem é uma ferramenta eficaz, visto uma
melhora significativa no entendimento dos alunos, maximizando o conhecimento a respeito dos conceitos genéticos.
Apoio financeiro: UEMA e FAPEMA.
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Labwick Portas Abertas: Popularizando A Ciência
da Silva, AIF¹; Rocha, EC¹; de Sousa, JO¹; Lima, RM¹; Alves, D¹; Paz, FS¹; Tchaicka, L¹
1
Laboratório de Genética e Biologia Molecular Warwick Estevan Kerr, Curso de Ciências Biológicas, Universidade
Estadual do Maranhão – Campus São Luís.
[email protected]
Palavras-chaves: Genética na escola, Popularização da ciência, práticas de ensino, ensino fundamental, ensino médio.
Sabendo da necessidade e importância de se disseminar a ciência, o laboratório de Genética e Biologia Molecular
Warwick Estevam Kerr (LabWick) da UEMA, iniciou um projeto tendo como nome LabWick Portas Abertas. Tendo
como objetivo romper as barreiras do conhecimento, a partir da democratização do conhecimento obtido dentro do
LabWick, e promovendo a estudantes de ensino médio e fundamental o contato com o ambiente e ações de pesquisa
em genética e conservação biológica, assim como a discussão e a prática da educação em ciências junto a estudantes de
ensino superior e professores da rede pública do ensino. A equipe do LabWick implantou o projeto que leva crianças e
adolescentes, de escolas públicas e privadas, de ensino fundamental e médio a visitarem as dependências do laboratório.
Além de conhecerem os equipamentos, os estudantes tiveram a oportunidade de realizar práticas laboratoriais
apropriadas, como extração de DNA, manuseio de microscópio óptico, centrifugação, bem como tomaram noção
sobre genética e segurança laboratorial por meio de palestras. As práticas foram pensadas com o intuito de garantir a
segurança de todos, assim como a integridade do laboratório. Em seu arsenal de atividades, ainda encontram-se
incluídos um minicurso de atualização em genética para professores de ensino médio, seminários periódicos abertos
à comunidade, e a viabilização de um blog informativo. Durante o ano de 2011, foram realizadas quatro visitas ao
laboratório, sendo três destas de escolas públicas, uma particular, sendo ambas de ensino médio; e realizados cinco
seminários apresentados ao público acadêmico. Diante disso, observou-se a interação efetiva de todos, alcançando
as expectativas. Assim como estes, outras escolas serão recebidas e as ditas atividades podem ser acompanhadas pela
página da UEMA e pelo Blog: labwickggc.blogspot.com.br. O trabalho realizado mostrou-se produtivo, pois o interesse
demonstrado por cada aluno em querer aprender foi notada. Pretende-se continuar com o trabalho de popularização
para aumentar o interesse no aprendizado da ciência, tornando-os disseminadores do conhecimento científico.
Financial Support: FAPEMA, UEMA.
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Avaliação de ferramentas no ensino de genética
para estudantes, do ensino médio, participantes
do programa Novos Talentos - UEL
Paiva, WJM; Maistro, VIA; Klein, TAS; Oliveira, VLB
Universidade Estadual de Londrina - UEL.
[email protected]
Palavras-chave: Projeto Novos Talentos, Ensino de Genética, Ensino Médio, Metodologias Diferenciadas, Genética no Ensino Médio.
O ensino de genética depende para muitos de uma atividade docente com priorização para transmissão de conteúdos
em detrimento dos métodos que valorizam a participação e reflexão, tanto por parte dos professores quanto por parte
dos estudantes. Deste modo o ensino de genética é realizado por meio de conceitos, aparentemente, abstratos e devido
à sua importância, são necessárias atividades que aproximem os conteúdos ao cotidiano dos alunos. Este trabalho é
resultado de avaliação de experiências de alunos do ensino médio de escolas públicas de desenvolvido com metodologias
alternativas de ensino em genética em Londrina - PR e região, envolvidos em um subprojeto - Em busca de Novos
Talentos - biotecnologia e genética, do programa Formação de Professores e Alunos da educação básica: oportunidade,
prática, troca de saberes/vivências, estímulo à criatividade e à aproximação com os desafios postos por problemas da
sociedade globalizada. O objetivo do projeto é despertar o interesse dos alunos por meio de metodologias que reforcem
temas relacionados à genética, biotecnologia, transgênicos, DNA, e outros. Desta maneira, o objetivo deste trabalho
foi mensurar o interesse e o conhecimento envolvidos quanto aos assuntos que remetem aos conteúdos de genética. No
inicio das oficinas, foi aplicado um questionário para que os alunos participantes atribuíssem uma nota de 1 a 5 quanto
ao seu interesse em genética e também em relação aos seus conhecimentos prévios quanto à biotecnologia, DNA e
transgenia. No desenvolvimento das dinâmicas foram feitas rememorações das características familiares; abordados
conceitos genéticos. Posteriormente foi realizada a prática de extração do DNA do morango e construção de modelos
tridimensionais da molécula de DNA. Neste período, observou-se um grande interesse dos envolvidos que já tinham
demonstrado previamente uma boa expectativa quanto à genética. Quando questionados sobre o conhecimento da
existência de transgênicos, percebeu-se um aumento na confirmação desta e o mesmo ocorreu na questão “Você já
ingeriu um alimento transgênico?”. A extração do DNA permitiu relembrarem e abstraírem assuntos que já haviam
estudado em suas escolas e os modelos comprovaram-se como recursos interessantes na construção do conhecimento
significativo. A experiência possibilitou efetivamente na formação dos alunos, com a criação de espaços para aplicar
novas metodologias de ensino e a de criar materiais criativos que possam interferir na qualidade do ensino de Biologia.
Apoio: Capes - Novos Talentos.
58º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 58o Congresso Brasileiro de Genética • 11 a 14 de setembro de 2012
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Avaliação e uso de mídias audiovisuais como
ferramenta complementar no ensino de
Biologia Evolutiva
Cazetta, EA¹; Pazza, R¹; Kavalco, KF¹
¹Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva - LaGEEvo - UFV, Campus de Rio Paranaíba.
Palavra-chave: Ensino, Evolução, Mídias audiovisuais, Conhecimento, Erros.
O ensino e aprendizado da Biologia Evolutiva enfrenta um grande desafio metodológico devido à necessidade de
um amplo conhecimento teórico e prático da biodiversidade para seu entendimento. Normalmente o conhecimento
básico de temas relacionados à Evolução Biológica não é suficiente para a formação de profissionais críticos sobre
o assunto, e mídias que trazem exemplos de grupos ou interações biológicas nem sempre observáveis em aulas de
campo podem complementar vários temas. Com o objetivo de ampliar o conhecimento dos alunos e avaliar se as
mídias disponíveis comercialmente ou gratuitamente na internet contribuem com a divulgação científica de maneira
segura e eficiente, buscamos avaliar alguns vídeos e documentários sobre diversos conteúdos evolutivos. Espera-se
que estas ferramentas paradidáticas usem linguagem acessível, mas ao mesmo tempo correta em termos científicos.
Foram reproduzidos seis vídeos/filmes como atividade extracurricular abordando temas como a biografia de Darwin,
micro e macroevolução, seleção artificial, valor adaptativo, sucesso reprodutivo, efeito fundador e conceitos de espécie,
com o intuito de complementar a disciplina Fundamentos de Evolução Biológica do curso de Ciências Biológicas da
Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba. Os vídeos foram avaliados com relação à exatidão de seu
conteúdo antes de serem reproduzidos. Após cada sessão audiovisual foi realizado um debate, juntamente com um
questionário, abordando o tema da vídeo-aula e explorando os conhecimentos dos alunos e visitantes. Dos 94 vídeos
triados para a atividade paradidática, 88 mostraram algum tipo de erro conceitual e foram descartados. O públicoalvo alcançado fora de alguns visitantes ocasionais e 19 dos 34 alunos regulares do curso de Ciência Biológicas. Foi
observado que os alunos que obtiveram mais de 57% de frequência nas vídeo-aulas e que foram classificados como
tendo tido pouca participação nos debates alcançaram aproveitamento de até 73% na disciplina. Os alunos que
frequentaram pelo menos 71% das vídeo-aulas e que foram considerados como tendo tido muita participação nos
debates, obtiveram notas superiores a 76%. Parte dos alunos que frequentaram até 28% das vídeo-aulas e tiveram
participação nula na dinâmica obtiveram aproveitamento de apenas 56% na disciplina e parte alcançou média de
60% na mesma. Embora o uso de mídias e a discussão dos temas tenham contribuído para o aprendizado dos alunos,
96% dos vídeos analisados dentre os disponíveis comercialmente ou gratuitamente na internet não puderam ser
considerados positivos para o ensino e a divulgação científica de Biologia Evolutiva, visto que traziam algum tipo
de erro conceitual em seu conteúdo. Falhas de conteúdo foram encontradas em tópicos como: conceitos de espécie;
processos evolutivos; adaptação dos seres ao meio e seleção natural. Foi bastante corriqueiro o emprego errôneo das
palavras “evoluído” e “adaptado” e de um sentido lamarckista, desconsiderando um processo gradual de mudança ao
longo das gerações que define a Evolução.
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Genetics and molecular biology interest group
for propagation of knowledge and research
Oliveira, JA1; Vaini, JO2; Crispim, BA1; Silva, DBS1; Silva, LE1; Cunha, CM3; Grisolia, AB1; Seno, LO3
1
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD, Dourados-MS; 2Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia,
UFGD, Dourados-MS; 3Faculdade de Ciências Agrárias, UFGD, Dourados-MS.
[email protected]
Keywords: education, scientific development, teaching-learning, biotechnology.
Several studies have been performed in order to verify genetic knowledge and understanding by graduate students
and how they perceive the issues around the new biotechnologies application. The results obtained in these studies
are alarming, because they often show a lacking of genetic knowledge. At Universidade Federal da Grande Dourados,
this area is still not fully developed and there are not many projects about Genetics and Molecular Biology and we
believe that this scenario has to change. The objective of this study was to enable human resources to work with
Genetics and Molecular Biology, evaluating efficiency and importance of interest groups to teaching and learning
process of undergraduate and graduate students. Weekly meetings were held between undergraduate and graduate
students from courses in Biotechnology, Biology and Animal Science of Universidade Federal da Grande Dourados
(MS), as well as professors and technicians. During the meetings there were seminars presentations, scientific papers
discussions and the students presented theoretical and practical issues about Genetics and Molecular Biology. Some
of the subjects of the seminars were about biosecurity, environmental mutagenesis, single nucleotide polymorphism
in different genes, molecular markers, fish cytogenetic among others. In addition to the oral presentation, academic
lecturer of the day gave a summary of his talk, in order to encourage him to make scientific abstracts. 20 participating
students completed a questionnaire to evaluate the importance of their participation in interest groups for academic
learning process. The questionnaire consisted of 25 questions, being the answers to the first 24 questions recorded
in a 4-point scale: 1 being the point corresponding to “strongly disagree” and 4 to “strongly agree” and in the
answers of the last question, notes 1-5 were assigned for each topic addressed by the presentations of the group
members. The questionnaire revealed that all members believe that these meetings were to add in their training.
The highlights in the questionnaire were learning, personal development, effort, knowledge gained, gratification,
experience and recommendation, and for all the students there was a 100% success rate. It was also noted that
this interest group allowed interaction among undergraduate and graduate students of differents courses and areas,
providing exchange of genetic knowledge and more integration. We concluded that the academics participation
in the study group was very useful in their professional and personal learning, with growth and advances in their
knowledge in this research area. And, as a consequence of this interest group, many students of the group chose to do
research (such as works of scientific initiation and their monographs) in the area of Genetics and Molecular Biology.
Financial support: PROGRAD/UFGD.
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Os sistemas sanguíneos ABO e Rh:
uma sequência didática utilizando a
experimentação durante uma intervenção
realizada em uma Escola Estadual no
Município de Jequié/BA
Meira, DO1; Santos, MV1; Silva, ER1; Santos, PF1; Silva, IR2; Barbosa, AAL3
1
Graduandos e bolsistas do PIBID/Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - Jequié, Bahia; 2Professor Supervisor
do Centro Estadual de Educação Profissionalizante Régis Pacheco - Jequié, Bahia; 3Coordenadora do Sub-projeto de
Biologia do PIBID/ UESB; Departamento de Ciências Biológicas - UESB/Campus de Jequié, Bahia.
[email protected]
Palavras-chave: ensino médio, atividades práticas, sistema ABO, sistema Rh, transfusões sanguíneas.
O presente trabalho apresenta a trajetória de uma atividade prática de Biologia aplicada pelos alunos bolsistas do
Programa Institucional de Iniciação à Docência - PIBID/UESB, durante uma intervenção didática desenvolvida nas
turmas do 2º ano do ensino médio, em uma escola estadual no município de Jequié-BA. Essas atividades aconteceram
no laboratório da escola, visto que este é um local que compõe um ambiente propicio para a ocorrência de aulas práticas.
Desse modo, o objetivo desse trabalho é de justamente proporcionar aos estudantes através das atividades práticas, um
melhor entendimento acerca da genética dos sistemas sanguíneos ABO e Rh, bem como as possíveis condições e restrições
quanto às transfusões sanguíneas. Nessa atividade, a sequência didática se deu da seguinte forma: uma aula expositiva
dialogada sobre o tema, realização de dois experimentos e por fim a aplicação de um jogo. No primeiro momento dessa
intervenção durante a explanação do tema, fizemos uma sondagem sobre o que os alunos sabiam a respeito do assunto,
em seguida houve uma discussão sobre a transfusão sanguínea, utilizando uma prática publicada na Revista Genética
na Escola, intitulada: Ação de dois antígenos: Vai um refresco aí? Logo após, realizamos a identificação dos grupos
sanguíneos, coletando três gotas de sangue dos alunos voluntários (utilizamos materiais descartáveis), para análise das
lâminas e identificação dos seus respectivos tipos sanguíneos. Na terceira etapa aplicamos um jogo também publicado na
Revista Genética na escola, chamado “Na trilha do sangue: o jogo dos grupos sanguíneos”, a fim de avaliar a aprendizagem
dos discentes que participaram dessa intervenção. Ao final dessa atividade, pode-se perceber a grande importância que
a mesma teve na aprendizagem desses estudantes, uma vez que durante a sondagem antes da intervenção, os alunos
não souberam responder as perguntas adequadamente, mas depois da realização dessas atividades práticas, fizemos as
mesmas perguntas, e a desempenho, isto é, os acertos atingiram a quase 100%. Outro fator relevante que deve ser
considerado é com relação à utilização dos materiais didáticos disponíveis na Revista Genética na Escola, as quais foram
ferramentas essenciais para uma melhor compreensão desse tema, pois os mesmos possibilitaram que esses discentes
atuassem na sua própria aprendizagem de forma significativa, fortalecendo assim, a ideia do quanto essas atividades de
caráter prático, motivam e despertam o interesse dos alunos, melhorando dessa forma, a qualidade de sua aprendizagem.
Apoio Financeiro: CAPES.
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Análise das principais dificuldades para o
ensino da organização de genes e genomas
Sepel, LMN1
1
Departamento de Biologia, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, RS.
[email protected]
Keywords: Ensino de Biologia Molecular, Concepções alternativas no ensino de Biologia Molecular,
Concepções espontâneas no ensino de Biologia Molecular.
O programa de genética para o Ensino Médio é um tema polêmico. A abordagem tradicional, estritamente mendeliana,
é alicerçada em aspectos históricos e nas resoluções de problemas, envolvendo cruzamentos e cálculos de probabilidades.
Programas com essas características podem ser avaliados como distanciados da realidade. As apresentações de temas
contemporâneos, associados às tecnologias de DNA recombinante e diagnósticos moleculares, muitas vezes são
consideradas essenciais, pois permitem que os produtos de Ciência e Tecnologia sejam discutidos, colaborando para
a formação de uma sociedade mais esclarecida no que se refere às aplicações e limites desses recursos. Na mesma
medida, essa temática é considerada muito difícil para ser abordada com competência no Ensino Médio. Paralelo
a essas discussões sobre conteúdos programáticos, há uma intensa participação da mídia na divulgação de termos e
conceitos informais que resultam em uma base de conhecimentos prévios que os alunos trarão para a sala aula. Essas
informações, anteriores a qualquer tipo de apresentação formal, podem constituir fatores que dificultam o aprendizado
de conceitos básicos. O presente trabalho teve como objetivo geral analisar as dificuldades e os erros mais comuns para
a representação gráfica de dois assuntos básicos da Genética Molecular:1) organização geral dos genes estruturais de
eucariontes e 2) organização dos genomas eucariontes. Foram analisadas 230 representações produzidas por alunos
de graduação em momento de avaliação didática, precedida por aulas expositivas e leituras de textos. Junto com essas
representações foram analisadas respostas sob forma de texto sobre os mesmos assuntos. Em termos conceituais,
uma fração significativa dos alunos não aceita a “falta de utilidade” de extensas regiões do DNA e a existência de
mutações “sem finalidade”. Dentre os erros mais comuns está a idéia de presença de informações codificantes em toda
a extensão do mRNA e o funcionamentos dos códons de “iniciação” e “parada” no processo de transcrição. Tanto nas
representações de genes quanto nas representações de segmentos de DNA maiores, ou que constituam cromossomos
inteiros, chama a atenção o fato de mais de 40% dos desenhos serem feitos sobre uma única fita (sempre identificada
como 5’→3’). Parte desses problemas pode ser atribuída às concepções prévias e destaca-se a importância de identificar
quais são as ideias que competem com os conceitos formais que estão sendo transmitidos nas aulas. Outra parte dos
erros observados é decorrência das abstrações empregadas nas ilustrações dos livros didáticos que sugerem que o gene
está em uma única fita do DNA ou que os centrômeros são regiões “globulares”. . Em termos de avaliação de conceitos,
as representações produzidas pelos alunos demonstraram, de modo muito eficiente, dificuldades conceituais que nos
textos das respostas (questões discursivas) não puderem ser detectados. Os resultados reforçam também a necessidade
de estimular nos alunos um melhor uso, durante a leitura, das representações gráficas presentes nos textos. Essa análise
inicial serviu como diagnóstico de dificuldades que podem ser superadas com o desenvolvimento de material didático
mais adaptado às dificuldades de compreensão expressas através de desenhos.
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O uso dos termos “código genético” e “carga
genética” em jornais da web
Mulati, ALL; Kavalco, KF; Pazza, R
LaGEEvo - Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba.
[email protected]
Palavras-chave: jornalismo científico, divulgação científica, internet.
Lewis Carroll, em Alice no País das Maravilhas, diz: “Quando eu uso uma palavra, ela significa exatamente o que
eu quis que ela significasse, nada mais, nada menos”. Esta simples frase tem um significado e uma importância
enorme quando se diz respeito à divulgação científica. Na área da Biologia, determinados termos, como “código
genético” e “carga genética” possuem definição tradicional. Código genético é um termo relacionado com tradução
de proteínas, com o processo de tradução de uma linguagem de nucleotídeos (blocos de construção do DNA)
em outra linguagem, a dos aminoácidos que compõem uma proteína - cada trinca de nucleotídeos corresponde
a um aminoácido. Por sua vez, o termo “Carga Genética” é utilizado para denotar o peso dos alelos deletérios em
uma população. Com o objetivo de avaliar o adequado emprego destes termos no jornalismo científico, três dos
principais veículos de jornalismo do Brasil (Estadão, Folha e BBC Brasil) foram analisados através de busca em seus
websites na internet. Em relação ao termo “código genético”, o percentual de uso errôneo foi de 90,19%; 86,49%;
e 93,33% respectivamente. Na maioria das notícias, os termos são usados com outro significado, frequentemente
relacionado com sequência de DNA ou genoma. Erros como “Neste caso, tudo depende do código genético que
cada pessoa tem” ou “pesquisadores sequenciaram o código genético da espécie...” induzem o leitor a achar que
código genético é o DNA, e não o dicionário que traduz a informação do DNA para a proteína. Em relação ao
termo “carga genética”, os erros foram mais frequentes – 100% das notícias nos arquivos do Estadão e BBC Brasil
(os dados da Folha estão sendo avaliados). Neste caso, o uso de “carga genética” frequentemente está associado ao
conteúdo genético ou genoma. Pesquisadores de outras áreas, como a Astronomia, também já apontaram que termos
tradicionalmente utilizados, e de amplo conhecimento no meio acadêmico na área são frequentemente alvo de uso
errôneo. Estudos anteriores de nosso grupo também demonstraram uso inadequado de termos relacionados com
evolução. Estes usos inadequados de termos conhecidos e tradicionais na área acadêmica podem contribuir para erros
de interpretação e dificultar a transmissão do conhecimento científico para o público em geral. Tendo em vista a
facilidade e a ampliação do acesso à internet pela população, é importante que os cientistas auxiliem na disseminação
de conteúdos adequados e corretos, para efetivamente contribuir com a diminuição do analfabetismo científico.
Auxílio Financeiro: FAPEMIG.
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Compreendendo o “jogo do dominó”:
elaboração de um recurso visual
Andrade, G; Pedreira, MM; Oliveira, SF; Klautau-Guimarães, MN
Laboratório de Genética Humana, Departamento de Genética e Morfologia, Instituto de Ciências Biológicas,
Universidade de Brasília, Brasília, DF.
[email protected]
Palavras-chave: ensino de genética, Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), vídeo didático, jogo do dominó,
recombinação.
A utilização de jogos no ensino de genética é recorrente, sendo que esse tipo de prática contribui com a assimilação
de conteúdos e conceitos abstratos, podendo aperfeiçoar a aprendizagem dos estudantes. Aliando outro elemento
valorizador das práticas pedagógicas, as “Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)” que atuam como
ferramentas facilitadoras, permite-se agregar diversos recursos técnicos na divulgação e explicação dos materiais
didáticos. O objetivo desse trabalho foi a produção de um vídeo com o propósito de otimizar a utilização de um
material didático – “Combinar e recombinar com os dominós” - previamente publicado na Revista Genética na
Escola (n˚03, vol.02, pag. 1-7, 2008; n˚ 06 vol. 01, pag. 56-66, 2011). Para confecção do vídeo, foi elaborado
um roteiro focando aspectos específicos de conceitos básicos fundamentais na aprendizagem da genética: estrutura
do genoma, dinâmica do material genético na divisão celular e variação genética. Esses tópicos foram considerados
como área prioritária na produção do vídeo, visto que a literatura relata dificuldades recorrentes dos estudantes na
compreensão dos mesmos. A produção contou com o apoio técnico da Universidade Aberta do Brasil (UAB/UnB)
e o vídeo será utilizado nas disciplinas de genética presenciais e a distância, como ferramenta complementar ao
jogo “Combinar e recombinar com os dominós”. O vídeo, de 25 minutos, dividido em cinco partes denominadas:
“Apresentação do material”, “Entendendo os genomas”, “Dinâmica do material genético na reprodução celular”,
Entendendo a variação genética intercromossômica” e “Entendendo a variação genética intracromossômica”, simula a
real manipulação do material em sala de aula. Utiliza recursos técnicos de áudio e vídeo concomitantes para dinamizar
o entendimento. A reprodução visual do trabalho não limita a utilização do jogo, deixando em aberto inúmeras
possibilidades de aplicação. Espera-se que essa produção venha auxiliar no cumprimento dos objetivos propostos
pelo jogo, sendo um facilitador no processo de assimilação e produção de conhecimento por parte dos estudantes.
Agradecimentos: UAB/UnB.
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Nível de dificuldade dos estudantes
ingressantes no curso de ciências biológicas
sobre alguns conteúdos de genética
Pires, DJ1,2; Costa, SV1,3; Barbosa, LAC1,3; Alvarenga, CFM1,3; Mendonça, CAF1,3; Barbosa, TD1,3
1
Universidade Estadual de Goiás; 2Docente da Universidade Estadual de Goiás; 3Graduanda do Curso de Ciências
Biológicas - Universidade Estadual de Goiás.
[email protected]
Palavras-chave: ensino, metodologia, genética, biologia, aprendizagem.
Devido à dificuldade de muitos estudantes de biologia com os conteúdos da disciplina de genética, o conhecimento
sobre o nível de dificuldade dos ingressantes é importante para o planejamento e organização de metodologias
adequadas. Portanto, a presente pesquisa teve como objetivo verificar o nível de dificuldade dos estudantes ingressantes
em um Curso de Ciências Biológicas sobre alguns conteúdos de genética. A pesquisa foi realizada na região sul do
estado de Goiás. Foram entregues aos estudantes questionários com questões relacionadas aos conteúdos de genética,
faixa etária, sexo e outras perguntas. Em relação ao sexo, 88,23% dos participantes eram do sexo feminino e 11,77%
do sexo masculino, com idades entre 17 e 20 anos. A maior parte fez o ensino médio em escola pública (94,12%). No
geral, 38,81% consideraram os conteúdos de genética abordados no ensino médio, fáceis; 22,94% acharam difíceis;
32,35% não estudaram todos os assuntos e 5,9% não souberam responder. Os conteúdos mais compreendidos pelos
estudantes foram: herança mendeliana (52,94%), mitose e meiose (52,94%), natureza do material genético (100%),
probabilidade aplicada ao ensino de genética (47,06%), variação na estrutura e no número de cromossomos (52,94%)
e genética de populações (47,06%). Interação gênica, mutação, transcrição e tradução foram considerados assuntos
de difícil compreensão. A maioria dos estudantes (82,35%) não estudou o conteúdo sobre novas tecnologias do
DNA recombinante. Os conteúdos mais compreendidos pelos estudantes são os que possuem uma abordagem e
detalhamento maior nos livros didáticos adotados nas escolas públicas da região. Outro fator pode estar relacionado
à diversidade de material didático disponível sobre esses assuntos, quando comparados com os conteúdos de maior
dificuldade. Segundo os estudantes, a falta da abordagem sobre novas tecnologias do DNA recombinante pode ser
devido à dificuldade do docente em ensinar esse conteúdo.
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Game of the Genome: motivation, discussion
and diagnosis
Freire, AS1,2; Moraes, MO1
1
Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil; 2Secretaria de Estado de Educação, Rio de Janeiro, Brasil.
Keywords: Game, Genetics teaching, High School.
There are many studies about issues to be discussed and developed in the context of Science teaching. One of them is
how to arise students’ interest in Science matters. And, more than that, it is how to do it with limited resources, such as
ecquipped laboratories. Within this context, games and simulations can be used as tools to present and/or discuss new
findings and technologies as well as “Classical Genetics”. With such issues in mind, a game has been created not only
to stimulate students to studying Genetics, but also to discuss important issues concerning the subject. These are some
of the purposes of the Game of the Genome. The idealization and construction of the game was part of a PhD thesis
developed in Oswaldo Cruz Foundation (Rio de Janeiro - Brazil). It is a board game composed of a board, six pawns,
a die and a variety of cards: a) aim cards; b) hint cards; c) information cards. The game is divided into four categories:
a) First Mendel’s Law; b) Second Mendel’s Law; c) Sex linked characteristics; d) Molecular Biology and Biotechnology
issues. The Game of the Genome begins when the students roll the die for the first time and receive the aim card. This
card points out a problem to be solved using the hint cards. The game finishes when the students achieve the end of
the path on the board and solve the problem proposed. The applications of the game were carried out in state Senior
High School classes in Rio de Janeiro state. At the end of each intervention a debriefing was carried out to investigate
the impact of the game as a tool in Genetics classes. A teacher was interviewed as well in order to explore the point of
view of a teacher not directly involved in the investigation. The results show that the Game of the Genome is useful
to motivate students and discuss Genetic issues and also to bring them closer to this reality (including biotechnology).
The Game of the Genome also shows that it is possible to achieve relevant degree of involvement with little resources.
Recent results also point out that it’s possible to observe students’ doubts and difficulties as well. This endorses the
teachers’ view that the game can be used as a “comprehension diagnosis”.
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Genética no ensino médio: uma análise da
concepção de alunos da rede pública
Silva, LT1; Teixeira, TA2
1
Centro Universitário do Cerrado-Patrocínio, UNICERP, Patrocínio, MG; 2Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de
Genética e Bioquímica, Patos de Minas, MG.
[email protected]
Palavras-chave: ensino, genética, dificuldade de aprendizagem, conceitos, ensino médio.
A genética é uma ciência que desperta grande interesse pela importância que seus estudos propiciam à vida humana.
Devido aos inúmeros avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos, essa área do conhecimento vem se destacando
bastante nas informações divulgadas pelos meios de comunicação. Assuntos relacionados a transgênicos, terapia
gênica, clonagem, células-tronco, decifração de genomas, entre outros, aparecem constantemente nos noticiários.
Assim, o conhecimento básico em genética adquirido pelos alunos no ensino médio é imprescindível para que estes
possam entender e emitir opinião sobre esses assuntos. Muitas dificuldades, no entanto, podem ser correlacionadas
à aprendizagem do conteúdo de genética, prejudicando ou mesmo impedindo a sua plena compreensão. O objetivo
deste trabalho foi levantar e analisar a concepção de alunos do ensino médio de uma escola da rede pública sobre temas
do conteúdo de genética, bem como sua importância e aplicações. A coleta de dados se deu por meio da aplicação de
um questionário aos alunos que consentiram em participar da pesquisa. Com a análise dos dados obtidos foi possível
identificar indícios da utilização de resolução mecânica de problemas pelos alunos, os quais também demonstraram
dificuldades na determinação da localização do DNA e na sua correlação com os conceitos cromossomo e gene.
Muitos alunos não conseguem expressar a importância da genética e não relacionam esse conteúdo ao cotidiano.
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Compreendendo a trabalho científico com
base na história de Gregor Mendel e da
experimentação
Almeida, MSN1; Maciel, VB1; Santos, JS1; Brandão, MCPG2; Barbosa, AAL3
1
Graduandos e bolsistas do PIBID/ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - Jequié, BA; 2Departamento de
Ciências Humanas e Letras – UESB/Campus de Jequié, Bahia; 3Departamento de Ciências Biológicas – UESB/Campus de
Jequié, Bahia.
Os avanços do conhecimento científico na área de genética estão em destaque nos mais diversos meios de comunicação,
e para discutir a respeito das implicações e aplicabilidade dessas mudanças, é preciso ter uma base que deveria ser
adquirida na escola por meio de atividades que contemplem a importância da investigação científica. Considerando
essa perspectiva os bolsistas do Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID da Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia (UESB) numa parceria com o Programa Investindo em Novos Talentos da UESB/CAPES
planejaram e desenvolveram uma sequência didática com objetivo de estimular nos estudantes do ensino médio a
investigação e curiosidade científica. Assim realizamos a sequência estudando a história da ciência através da análise
da vida de Mendel e também realizamos uma atividade prática intitulada Teste de Sensibilidade à Feniltiocarbamida
(PTC), com o objetivo de evidenciar as etapas do método cientifico. Essas atividades foram desenvolvidas como
minicurso, no período de 30 de maio a 1º de Junho de 2012 com alunos do 1º ano do Ensino Médio, de um Colégio
Estadual no município de Jequié/BA, tendo a carga horária de 12horas. Inicialmente desenvolvemos a atividade prática
do Teste de Sensibilidade ao PTC, na qual pingamos uma gota da substância na língua dos alunos voluntários, a fim de
identificar a sensibilidade ou insensibilidade, anotando os resultados em uma tabela. Em seguida servimos uma torta
de brócolis e suco de uva integral, pois os mesmos contêm essa proteína, e perguntamos se os alunos relacionavam
o gosto dos alimentos com o PTC. Na segunda etapa discutimos as etapas da pesquisa científica associando-as aos
resultados obtidos na prática de PTC, e por fim os alunos redigiram um relatório da prática seguindo as normas
acadêmicas. Na terceira etapa assistimos um documentário sobre “A Vida de Mendel” e discutimos as contribuições
do seu trabalho para a genética. A partir dessas informações os alunos montaram uma linha do tempo com a vida de
Mendel com a finalidade de humanizar a visão dos alunos sobre os cientistas baseados nas suas histórias de vida. Por
fim, aplicamos o jogo “Bingo das Ervilhas” publicado na Revista Genética na Escola com o intuito de avaliar e concluir
a sequência didática. Essa proposta de ensino possibilitou aos alunos à experimentação, participação, discussão,
elaboração de hipóteses e ainda permitiu explorar a vida e obra de um grande pesquisador. Dessa forma observamos
que a realização dessas atividades facilitou a aprendizagem dos estudantes levando-os a apropriação do conhecimento
científico, proporcionando a construção de argumentos, despertando o interesse e a curiosidade, promovendo uma
maior participação nas discussões.
58º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 58o Congresso Brasileiro de Genética • 11 a 14 de setembro de 2012
Rafain Palace Hotel e Convention Center • Foz do Iguaçu • PR • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Scientific information on Evolution in the
internet: use it carefully
Kavalco, KF1; Cruvinel, LA1; Morais-Silva, JP1; Reis, DAR1; Silva, CC1; Pazza, R1
1
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Rio Paranaíba, MG.
Keywords: Education, missing link, misconceptions, fossil record, eletronic journal.
It is common to find in publications disseminated on the Internet, evolutionary concepts being used erroneously but
subtly, so that a layman on the subject hardly notices. A good example would be using the term “missing link”, often
used to describe fossils that may have shared characteristics of both a more basal and more derived one. This present
study aimed to survey the news articles published on the Internet in three high-profile websites in Portuguese: (1)
Folha de São Paulo, (2) O Globo, (3) G1 , (4) Zero Hora and (5) Gazeta do Povo. In the site 1 were found 48 results
using the filter Science, and 70.83% related to the biological area. Of these, 97.05% made the mistake when citing
“missing link”, and 2.95% reported in sequence and then explained the erroneous sense that the reader is led through
the use of the term. On site 2, using the filter Science, 18 stories were found on the subject, being 72.23% of the
biological area, where 100% used the term wrongly. On site 3, using the filter Science and Health, 27 stories were
found on the topic, where 48.15% were related to the biological area, and among these were 100% wrong. On site
5, without any filter, 93 results were found on the subject, where 12.90% were related to the biological area, among
which 91.67% were wrong, and 8.33% correctly explained the term and why it cannot be used in the context of the
article. On site 4, also without filter, 14 presented results where 7.14% refer to biological subjects, with 100% wrong.
In a total sample size of 200 stories on the topic, 36.5% were related to biological issues and of these, 97.26% were
passing readers misinformation about evolution, using the term “missing link” in a context that generates incorrect
notions about evolutionary biology. Only 2.73% of the samples justified that the use the term in matters pertaining to
evolution is wrong, since evolution is “inheritance with modification”. During data collection it could be seen that a
significant number of news referring to supposed “missing links” between humans and primates (approximately 20%).
The data show that we must carefully evaluate the internet as a paradidatic tool. The use of the term implies that only
macroevolution exists, and that it necessarily accumulates all intermediate form characteristics different enough from
the ancestral and derived so that they are preserved in the fossil record, which does not always happen. This notion
creates a false expectation that all changes should be recovered in the fossil record, generating, in the most orthodox,
an incessant need to prove step by step evolution of each group and the consequent disappointment with the precepts
of science.
58º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 58o Congresso Brasileiro de Genética • 11 a 14 de setembro de 2012
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A biodiversidade é fruto da evolução, sem
intervenção de divindade? Opinião de
universitários ingressantes em diferentes cursos
Pazza, R; Amorim, NPL; Cazetta, EA; Kavalco, KF
LaGEEvo - Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba.
Palavras-chave: divulgação científica, criacionismo, evolução, design inteligente, ensino de evolução.
A Evolução Biológica (ou a herança com modificações) é uma idéia bastante popular e intuitiva, e embora seja
corroborada enfaticamente a cada nova publicação científica, entre o público geral é ainda pouco aceita como Lei
Natural. É perfeitamente possível que todas as pessoas com o mínimo grau de instrução já tenham ouvido falar em
Darwin, o “pai” da Teoria da Evolução. No entanto, a Teoria Evolutiva é possivelmente uma das leis naturais mais
mal conhecidas pelo grande público, o que a torna peculiarmente fadada a incompreensões, desentendimentos e à
disseminação de conceitos errôneos. Há alguns anos temos tentado entender que fatores podem estar relacionados com
esta incompreensão, tendo em vista que a Lei de Diretrizes e Bases do ensino Básico é clara em afirmar que a Evolução
é o eixo norteador das disciplinas de biologia deste grau de ensino. No presente trabalho, correlacionamos as médias
obtidas em um questionário sobre evolução em nível de Ensino Médio aplicado a 420 alunos recém-ingressos no Ensino
Superior na Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba, em seus 10 cursos (12 turmas), com o grau
de concordância dos mesmos em relação a afirmações que remetem à influência da religião no pensamento dos alunos
(variando de 0 a 10). Foi observada forte correlação positiva entre a média dos alunos nas dez questões de conhecimento
e o grau de concordância com a seguinte frase: “A biodiversidade é fruto da evolução, sem intervenção de divindade”
(R2 = 0,54). Nesta questão, a média do grau de concordância geral foi de 5,17, sendo os alunos de Ciências Biológicas os
que apresentaram maior grau de concordância - 7,87, enquanto os alunos do curso de Administração (turma Integral)
apresentaram o menor grau de concordância - 4,27. Isto significa dizer que aqueles alunos que compreendem melhor
o que é evolução biológica costumam aceitar a evolução da biodiversidade como algo específico do mundo natural.
A análise de variância demonstrou que as médias dos alunos que aceitam criacionismo como alternativa à evolução
(55,1% do total de entrevistados) diferem significativamente dos que não aceitam (p = 0,02). Mais uma vez, os alunos
de Ciências Biológicas se mostraram menos propensos a aceitar o criacionismo (33%). Também se observou correlação
negativa entre as médias e o grau de concordância com afirmações sobre se a ciência e a legislação devem seguir preceitos
cristãos. Estas observações demonstram que existem lacunas no conhecimento sobre biologia evolutiva em alunos
egressos do Ensino Médio devido a questões religiosas. Tendo em vista o crescimento das denominações religiosas
fundamentalistas no Brasil, faz-se necessário um esforço coletivo para evitar que o ensino de ciências no país seja ameaçado.
Apoio Financeiro: FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais.
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