Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Bacharelado em Gestão Ambiental Ambiental Componente curricular: Microbiologia Aula 6 Professor Antônio Ruas 1. Créditos: 60 2. Carga horária semanal: 4 3. Semestre: 2° 4. Principais grupos de bactérias. • I. Bacteriologia II. • • 1. Eubactérias e Arqueobactérias. Foi descrito na sessão anterior que as paredes celulares da eubactérias possuem peptideoglicano. As das arqueobactérias são constituídas de proteínas ou polissacarídeos, não contendo peptideoglicano. • As arqueobactérias tem uma membrana citoplasmática diferente, contendo álcoois de cadeia longa ramificada, chamados de fitanóis. Nas eubactérias a composição é de ácidos graxos de cadeia longa. • Enquanto nas eubactérias o aminoácido iniciador na síntese proteica é a formilmetionina, nas arqueobactérias é a metionina. • Ver tabela a seguir, sobre os grupos de eubactérias e arqueobactérias. • I. Bacteriologia II. • 2. Principais grupos de eubactérias. • As eubactérias geralmente tem parede celular. O grupo das micoplasmas não tem. • O tipo de parede difere as G- das G+ e esta é a divisão básica mais simples.. • 3. O grupo das eubactérias Gram negativas (G-) • As eubactérias G- podem ser divididas em subgrupos conforme suas características morfológicas e fisiológicas, como motilidade e necessidade de oxigênio. • Ver tabela a seguir e a descrição dos principais grupos de G-. Segundo Pelczar. 1.Espiroquetas 2.Bacilos encurvados aeróbios, microaerófilos 3.Cocos e bacilos aeróbios 4. Bacilos anaeróbios facultativos 5. Anaeróbios 6. Riquétsias e clamídias 7. Fototróficos anoxigênios. 8. Fototróficos oxigênios 9. Deslizantes 10. Com bainha. 11. Gemulantes, apendiculados 12. Quimiolitotróficos • • I. Bacteriologia II. 4. Resumo dos grupos de G- : Espiroquetas. • São bactérias helicoidais, espiraladas e flexíveis. • Algumas não são facilmente visíveis no método de Gram. • Os espiroquetas do gênero Spirochaeta são saprófitos, mas em outros gêneros há parasitos e saprófitos, como em Leptospira sp. (leptospirose). Neste gênero os parasitos vivem no ambiente externo por algum tempo, mas não se reproduzem. • Patógenos importantes são ainda Treponema pallidum (sífilis) e Borrelia sp. (borreliose). • I. Bacteriologia II. • 5. Espirilos aeróbios ou microaerófilos. • Os espirilos são células rígidas, diferentes das espiroquetas. São helicoidais ou semelhantes a vírgulas torcidas. Uma característica importante é que são móveis por possuírem flagelos polares. • Azospirillum tem espécies microaerófilas que fixam o nitrogênio atmosférico no interior de raizes. Campylobacter jejuni é microaerófila e causa diarréia nas pessoas. Bdellovibrio reúne bactérias aeróbias que invadem e destroem outras bactérias. Spirosoma e Flectobacillus formam anéis. • • I. Bacteriologia II. • 6. Cocos e bacilos aeróbios. • Pseudomonas é um dos gêneros mais conhecidos. As espécies têm a a habilidade de degradar muitos compostos orgânicos complexos. • Azotobacter e Rhizobium fixam o nitrogênio atmosférico no solo ou raízes. • Zoogloea caracteriza-se por células que formam uma massa gelatinosa e viscosa e forma de dedos. Revestem os leitos de pedras das estações de tratamento de esgoto. • Acetobacter tem um papel na produção de vinagre. • • • I. Bacteriologia II. 6. Cocos e bacilos aeróbios. Thermus prolifera em fontes de água quente a 70-75°C. • Bacilos G- patogênicos aeróbios causadores de doenças são por exemplos Brucella (brucelose) e Francisella tulariensis (tularemia). • Ainda Pseudomonas pode causar infecções graves em casos especiais como em queimados (P. aeruginosa) e Xanthomonas é patogênica para plantas (X. campestris causa o cancro cítrico). • • • • I. Bacteriologia II. 6. Cocos e bacilos aeróbios. Agrobacterium também causa tumores em plantas. • Lampropedia, é saprófita e açudes, sendo incomuns por formados por tétrades. • Neisseria, tem espécies que causam a gonorréia (N. gonorrhoeae) e a meningite (N. meningitidis), tendo arranjo como diplococos. • é encontrada em lagos e apresentar-se com lençóis • I. Bacteriologia II. • 6. Bacilos anaeróbios facultativos. • Anaeróbios facultativos podem crescer em meio aeróbico ou anaeróbico (quando usam a fermentação). • Podem ser retos ou encurvados, e estes são chamados de vibriões. Diferenciar estes dos espirilos vistos anteriormentes. • Entre os bacilos retos está toda a família Enterobacteriaceae. Os exemplos são Escherichia coli, gêneros Salmonella, Shigella, Yersinia, Proteus, Klebsiella, Serratia, Enterobacter. Erwinia causa doença em plantas. • Entre os bacilos curvos anaeróbios facultativos há o Vibrio cholerae, da cólera e Hemophilus influenza, de outra forma de meningite. • I. Bacteriologia II. • 6. Cocos, bacilos retos ou encurvados anaeróbios. • Os estritamente anaeróbios são bacilos retos, encurvados, irregulares ou cocos. • Este grupo é dividido em dois subgrupos. Os anaeróbicos que necessitam do sulfato ou enxofre elementar e os que não necessitam. Os primeiros adicionam elétrons ao enxofre, reduzindo a sulfeto de hidrogênio (cheiro de ovo podre, tóxico). Desulfovibrio (vibrião) por exemplo, habita o lodo. • As bactérias que não requerem enxofre, produzem ácidos orgânicos. • • I. Bacteriologia II. 6. Cocos, bacilos retos ou encurvados anaeróbios. • • Os anaeróbios predominam no intestino humano e rúmen. Alguns são patogênicos em outros sítios, como o Bacteroides fragilis, em infecções de tecidos moles. • I. Bacteriologia II. • 7. Riquétsias e clamídias. • Estas bactérias são parasitos intracelulares em artrópodos e vertebrados. Os artrópdos são os vetores, incluindo piolhos, carrapatos e pulgas. • Crescem apenas em meios de cultura que contém células ou embriões de ovos de galinha. • As riquétsias aparecem como bastões ou formas ovais dentro das células. Tem classificação como G-, mas isto não influencia o diagnóstico. Causam várias doenças como febre maculosa, febre das Montanhas Rochosas (Rickettsia rickettsi, tifo epidêmico (R. prowasekii) e outras. Rickettsia Chlamydia • I. Bacteriologia II. • 7. Riquétsias e clamídias. • As clamídias são cocóides, classificadas tentativamente como G-. • Apresentam-se sob várias formas, durante um ciclo de desenvolvimento intracelular. Estas bactérias são exceções entre as Eubacterias porque não têm peptideoglicano na parede celular. • As clamídias causam várias doenças. Não são transmitidas por vetores, mas por contato direto. • Chlamydia psitacii causa a psitacose e C. trachomatis o tracoma, linfogranuloma venéreo e uretrite não gonogócica. • I. Bacteriologia II. • 8. Bactérias fototróficas anoxigênicas e anaeróbias. • Estas têm a habilidade fotossintética, mas não produzem oxigênio, sendo anoxigênicas. A clorofila é chamada de bacterioclorofila, que difere da clorofila das plantas. A bacterioclorofila absorve mais luz infravermelha (comprimento de onda longa invisível) e não a luz vermelha (comprimento de onda curta) absorvida pela clorofila das plantas. • • Vivem em águas estagnadas. • I. Bacteriologia II. • • • 8. Bactérias fototróficas anoxigênicas anaeróbias. • Sendo anaeróbios, vivem na superfície de água estagnada, pântanos, manguezais e fundo de lagos. • • Possuem também carotenóides, pigmentos insolúveis em água que absorvem a energia da luz e transmitem à bacteriaclorofila. A cor dos carotenóides divide estas bactérias em dois grupos: púrpura (laranja e vermelhopúrpura) e verde (verde a marrom). Formam células em forma de bastão ou espiral e cocos. • I. Bacteriologia II. • 8. Bactérias fototróficas anoxigênicas anaeróbias. • Reproduzem-se por fissão binária ou brotamento. O broto aumenta de tamanho e eventualmente dá origem a uma nova célula que separa-se. • Um exemplo é Rhodomicrobium. Estes possuem uma prosteca, extensão que origina um broto. • Rhodopseudomonas tem brotos que originam-se diretamente. R. palustris vive em coleções líquidas com muita matéria orgânica, é uma bactéria metabolicamente versátil. • I. Bacteriologia II. • 9. Bactérias fototróficas oxigênicas, aeróbias. • Estas produzem oxigênio, como as plantas verdes. Além disto possuem a mesma clorofila A. Suas células contém também pigmentos protéicos solúveis, as ficobilinas. Estes podem absorver luz e transmitir a energia à clorofila. Muitas espécies contém ficobilinas azuis, conferindo uma tonalidade azul-esverdeada. • • • Daí vem a denominação de cianobactérias (azuis). Outras possuem ficobilinas vermelhas, apresentando uma tonalidade avermelhada o amarronzada. Já foram classificadas como algas, mas a classificação era inadequada porque as células são procarióticas. • • I. Bacteriologia II. 9. Bactérias fototróficas oxigênicas • As cianobactérias têm uma variedade de formas e arranjos, desde cocos unicelulares a bacilos e filamentos longos e multicielulares. • Não possuem flagelos, mas têm um movimento deslizante, podendo migrar por superfícies úmidas. • • • I. Bacteriologia II. 9. Bactérias fototróficas oxigênicas • As formas filamentosas apresentam células especializadas, chamadas de heterocistos, onde ocorre a fixação do nitrogênio e não há a produção de oxigênio. Também podem formar células resistentes, chamados de cistos, ou acinetos, resistentes ao dessecamento. • As cianobactérias ocorrem no solo úmido, água doce e marinha. Algumas sao termofílicas em fontes de água quente. Podem consorciar-se com microrganismos e plantas, fornecendo nutrientes pela fotossíntese e fixação de nitrogênio. • • • I. Bacteriologia II. 9. Bactérias fototróficas oxigênicas • As cianobactérias podem ser tóxicas, quando proliferam rapidamente. • São as “marés” azuis, verdes ou outras, causadas por proliferação das cianobactérias em água doce. Os gêneros envolvidos podem ser Anabaena, Microcystis ou Aphanizomenon. • As toxinas liberadas podem causar vários sintomas gastrointestinais e hepáticos. • Muitas toxinas são denominadas de microcistinas. • I. Bacteriologia II. • 10. Bactérias deslizantes. • Há dois tipos principais de bactérias deslizantes: aquelas que formam estruturas especializadas, produtoras de esporos, os corpos de frutificação e as que não formam. • As que formam os corpos de frutificação, têm células em bastonetes curtos, flexíveis. Não possuem flagelos, deslizam em camada limosa, o que as denomina de mixobactérias (limosas). • • I. Bacteriologia II. • 10. Bactérias deslizantes. • As mixobactérias formam massas e corpos de frutificação, compostos de limo e células resistentes, os mixósporos. Estes corpos podem ser simples amontodados limosos ou com pedúnculos limosos. Sobre os pedúnculos, ficam estruturas com paredes denominadas esporângios, onde estão os mixósporos. Estes corpos são geralmente brilhantes e coloridos, visíveis. • • I. Bacteriologia II. • 10. Bactérias deslizantes. • As mixobactérias são aeróbias, vivendo em camadas superficiais do solo, matéria orgânica em decomposição (como madeira) ou esterco. • Muitas bactérias deste grupo não formam os corpos de frutificação, tem forma de bastonete ou são filamentosas (Flexibacter, Herpetosiphon). São aeróbios ou microaerófilos, vivendo no solo ou água. • As bactérias deste grupo podem degradar polímeros como a celulose, quitina, pectina, queratina ou ágar. • I. Bacteriologia II. • 11. Bactérias com bainha. • Algumas bactérias em forma de bastonete são envolvidas por bainha orgânica, como um tubo celular. Estas bactérias habitam água doce e marinha. O Sphaerum nattans ocorrem em água poluída e pode causar problemas em estações de tratamento. Às vezes as bainhas acumulam hidróxido de ferro apresentando uma coloração amarronzada. • I. Bacteriologia II. • 12. Bactérias gemulantes e/ou apendiculares. • Situam-se entre as bactérias comuns do solo e água. Podem ser aeróbios, microaerófilos ou facultativos. Produzem prosteca ou pedúnculos, estes semelhantes a fitas sem vida, apêndices tubulares. A reprodução ocorre por fissão binária ou brotamento, ou por combinações. Caulobacter tem espécies com prosteca; Blastocaulis e Planctomyces são gemulantes apendiculadas. Neste grupo não são fotróficas. • • I. Bacteriologia II. 13. Quimiolitotróficas. • Estas obtém energia pela oxidação de compostos inorgânicos. A energia é liberada quando ocorre a dos elétrons das moléculas dos compostos. espécies são autotróficas, usando o CO2 com carbono. • A divisão baseia-se no tipo de composto inorgânico oxidado, o que reflete-se no gênero: • 1. Prefixo nitro, oxidam o nitrito ao nitrato; Nitrobacter e Nitrococcus; • 2. Prefixo nitroso, oxidam a amônia ao nitrito, como Nitrosobolus; químicos remoção Algumas fonte de • • I. Bacteriologia II. 13. Quimiolitotróficas. • 3. Prefixo thio, oxidam o enxofre ou compostos sulfurados reduzidos como o gás sulfídrico, tiosulfato e sulfito. O produto final é o sulfato, como no caso de Thiospira e Thiobacillus. • 4. Prefixo sidero, depositam óxido de ferro ou manganês sobre as cápsulas de limo. Podem obter energia pela oxidação do ferro ou manganês, como Siderococcus. • Todos os componentes são amplamente distribuídos no solo e água. Têm grande importância na agricultura e reciclagem natural. Os exemplos são que oxidam o nitrito ou amônia, que formam nitrato, forma de nitrogênio utilizada pelas plantas. Da mesma forma as demais participam do ciclo do enxofre. • • I. Bacteriologia II. 14. Eubactérias G+ • Estas bactérias são divididas em grupos conforme as suas características morfológicas e bioquímicas. • • • • • 14.1 Cocos Os cocos são divididos conforme o arranjo e metabolismo. Um subgrupo contém cocos aeróbios. Micrococcus contém bactérias de arranjo irregular ou grupos de quatro. São saprófitos, na água e solo. Deinococcus tem pigmentos vermelhos ocorrem em pares ou em quatro. Tem uma capacidade de resistir aos raios UV e gama (não explicada). Tem sido isolados de vários ambientes, inclusive de granitos da Antártica. • • I. Bacteriologia II. 14. Eubactérias G+ • Outro grupo importante de G+ são facultativos quanto ao O2. Aqui está o Staphylococcus, cujas espécies vivem na pele, mucosas, etc. S. aureus é patogênico em infecções pós operatórias, choque tóxico, intoxicação alimentar. • O Streptococcus, tem várias espécies importantes. S. pyogenes causa a angina estreptocócica, escarlatina, febre reumática. S. pneumoniae causa pneumonia bacteriana. S. faecalis existe no trato intestinal. S. lactis é um contaminante do leite e derivados benéfico, é usado como iniciador da proução do queijo. • Outro grupo de cocos G+ contém gêneros de anaeróbios como Peptococcus, Peptoestreptococcus e Coprococcus. Muitas espécies fazem parte da flora normal. • I. Bacteriologia II. • 14.2 Esporuladas. • Estas formam endósporos. São G+ em culturas jovens. Desulfotomaculum é G- no entanto. As G+ têm a forma de bastonetes, mas Sporosarcina (cocóide). • Bacillus e Sporosarcina são aeróbios ou facultativos. Clostridium e Desulfotomaculum são anaeróbios. • A maioria é de saprófitos, no solo, água doce e marinha. Algumas causam doenças importantes como B. anthracis (carbúnculo ou anthrax), C. perfringens (gangrena, intoxicação alimentar), C. botulinum (botulismo por toxina) e C. tetani (tétano, uma toxina). B. thuringiensis forma toxinas controladoras de insetos. • • I. Bacteriologia II. 14.3 Bacilos regulares não esporulados. • Entre os bastonetes não esporulados, há este grupo de morfologia regular. • São aeróbios, facultativos ou anaeróbios. Lactobacillus tem espécies saprófitas, facultativos presentes nos processos de fermentação de produtos animais e vegetais, com simbiontes (parasitos/comensais/mutualistas) na boca, vagina e trato gastrinestinal dos mamíferos. Geralmente não são considerados patogênicos. São usados na fabricação do iogurte e queijo. • Patogênicos verdadeiros neste grupo incluem a Listeria monocytogenes, adquirida de leite e derivados sem pasteurização e causa morte fetal ou aborto. • Lactobacillus em esfregaço vaginal • I. Bacteriologia II. • 14.4 Bacilos irregulares. • São bactérias não esporuladas, que apresentam-se como bastonetes retos ou curvos, com saliências, forma de clava, ramificações, etc. • Em Arthrobacter ocorre um ciclo coco-bacilo, inicialmente são bastonetes irregulares e depois formam cocos. Os cocos em meio fresco, crescem como bastonetes. • Os bastonetes irregulares incluem patógenos como no gênero Corynebacterium, onde há saprófitos do solo e água, mas também patógenos como o C. diphteriae (difteria). • I. Bacteriologia II. • 14.5. Micobactérias. • Neste grupo há um gênero, Mycobacterium. As espécies são álcool-ácido resistentes, ou seja, a células coradas com carbofuccina aquecida, não são descoradas com solução de álcool acidificado. Esta solução de álcool-ácido remove o corante das demais bactérias. Isto é atribuído a lipídeos de alto peso molecular, os ácidos micólicos, da parede celular. • Algumas espécies são saprófitas, mas as patogênicas são muito importantes: M. tuberculosis (tuberculose) e M. leprae (hanseníase). • I. Bacteriologia II. • • 14.6 Actinomicetos. Formam um grupo grande e variado que caracteriza-se pela habilidade de formar micélios de hifas, como os fungos. • Em Nocardia, a reprodução ocorre por meio de fragmentação, com as hifas fragmentando-se em células baciliformes e cocóides. • Outras espécies formam esporos, esporangiósporos se contidos em sacos especiais ou conidiósporos se forem livres. São produzidos em grande número, sendo resistentes à dessecação. • • I. Bacteriologia II. • 14.6 Actinomicetos. • Os actinomicetos são saprófitos no solo o patogênicos a animais ou plantas. Causam doenças de pele nos humanos. • No solo, podem degradar restos animais e plantas. Em Frankia, ocorrem espécies que fixam nitrogênio em árvores. • Streptomyces tem espécies importantes pela produção de antibióticos. • • I. Bacteriologia II. 15. Micoplasmas. • Os micoplasmas não tem parede celular. Coram-se como G-. São plásticos, podendo ser esféricos ou filamentosos ramificados. Podem atravessar poros de filtros de membrana. Incham e rompem-se na presença de água nas culturas. São inibidos apenas por antibióticos que atuam sobre processo metabólicos ou celulares, não na formação da parede. Muitos contém na membrana celular o colesterol e os meios de cultura pare este grupo deve conter este composto. • Os micoplasmas habitam mucosas ou causam infecções, como o Mycoplasma pneumoniae que causa pneumonia atípica primária e Ureaplasma urealyticum causa uretrites. Em Spiroplasma há espécies que causam doenças em cítricos e são vetorados por insetos. Estes tem células helicoidais e móveis em meio líquido. • • • I. Bacteriologia II. 16 Arqueobactérias • 16.1 Metanogênicas. • Estas são arqueobactérias anaeróbias distintas or produzirem grandes quantidades de metano (CH4). Por exemplo, Methanosarcina são cocos G+ agrupados; Methanobacterium são bastonetes longos G+ e Methanospirillum são filamentos ondulados G-. • Ocorrem em lodaçais, brejos, açudes e lagos, sedimentos marinhos e rúmen de bovinos. Também crescem em depósitos digestores anaeróbios de estações de tratamento de esgoto, onde produzem o metano, potencialmente combustível. • I. Bacteriologia II. • 16.2 Halofílicas. • Estas requerem um ambiente que forneça 17 a 23% de NaCl. Abaixo disto, não crescem, mesmo em água do mar que fornece 3% de sal. Ocorrem nos lagos salgados (Mar Morto, Grande Lago Salgado). Também ocorrem nos tanques das salinas e alimentos salgados. As colônias têm coloração vermelho a laranja, pela presença de carotenóides, que podem proteger as células conra os efeitos danosos da luz solar. • Algumas halobactérias contém pigmento púrpura, a bacteriorrodopsina, na membrana citoplasmática. Esta é fotoativa, como a clorofila e fornece energia à bactéria. • • • • • • • I. Bacteriologia II. 16.3 Arqueobactérias dependentes de enxofre. Estas predominam em fontes de água quente e ácida. Podem crescer em temperaturas de 50 a 87°C, com pH entre 4,0 a 5,5. Sulfolobus reúne aeróbios que oxidam o enxofre ou compostos orgânicos como açúcares e aminoácidos. Thermoproteus reúne espécies que obtém energia pela remoção de elétrons do gás hidrogênio ou dos compostos orgânicos usando-os para reduzir o enxofre a gás sulfídrico. 16.4 Termoplastos. Estas lembram os micoplamas por não possuírem parede celular. Crescem em altas temperaturas, 55 a 59°C e em condições extremamente ácidas, de pH 2. Ocorrem em pilhas de restos de carvão incandescente.