14 Universo: uma breve apresentação

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2ª Edição
D I S C I P L I N A
Ciências da Natureza e Realidade
Universo: uma breve apresentação
Autores
Franklin Nelson da Cruz
Gilvan Luiz Borba
Luiz Roberto Diz de Abreu
aula
14
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Governo Federal
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância
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Reitor
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Vice-Reitor
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Secretária de Educação a Distância
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Secretaria de Educação a Distância (SEDIS)
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Revisores de Estrutura e Linguagem
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Marcos Aurélio Felipe
Diagramadores
Bruno Cruz de Oliveira
Maurício da Silva Oliveira Júnior
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Imagens Utilizadas
Banco de Imagens Sedis (Secretaria de Educação a Distância) - UFRN
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Sandra Cristinne Xavier da Câmara
Ilustradora
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Editoração de Imagens
Adauto Harley
Carolina Costa
Divisão de Serviços Técnicos
Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”
Cruz, Franklin Nelson da.
Ciências da natureza e realidade: interdisciplinar/ Franklin
Nelson, Gilvan Luiz Borba, Luiz Roberto Diz de Abreu. – Natal, RN:
EDUFRN Editora da UFRN, 2005.
348 p.
ISBN 85-7273-285-3
1. Meio Ambiente. 2. Terra. 3. Universo. 4. Natureza. 5. Seca. I.
Borba, Gilvan Luiz. II. Abreu, Luiz Roberto Diz de. III. Título.
RN/UF/BCZM
2005/45
CDD 574.5
CDU 504
Copyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou
reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
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Apresentação
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urante todo o nosso curso de Ciências da Natureza e Realidade, abordamos o estudo
do ambiente em que vivemos, ora olhando o que mais proximamente nos cerca, ora as
realidades mais distantes. Nessa penúltima aula do curso, enfocaremos o tema mais
geral de todos os que até agora tratamos: a origem do universo. Aqui, mais uma vez, você se
deparará com termos e palavras que estão na mídia, como “buracos negros”, “super-novas”,
“expansão do universo”, “big-bang”, telescópio espacial Hubble, entre outros. E, como tem
sido característica de nossas aulas, não pretendemos esgotar o tema, mas apenas mostrar
um quadro geral do que sabemos sobre o Universo. É importante lembrar que alguns pontos,
quando pertinentes, serão aprofundados, e outros, quando aguçarem sua curiosidade, podem
ser encontrados com mais profundidade em textos específicos e em filmes técnicos.
Objetivos
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
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descrever o sistema solar e suas origens;
explicar qual a origem do Universo segundo os modelos
cosmológicos atuais;
expor sobre os avanços tecnológicos relacionados à
pesquisa espacial e seu significado para a sociedade
atual;
entender as escalas temporais e espaciais relacionas com
o Universo.
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Nós e o Universo
N
<http://www.solarviews.com/eng/solarsys.htm>.
Fonte: The Solar Systems. Disponível em:
osso sistema solar, como mostrado esquematicamente na Figura 1, é formado por uma
estrela de porte médio, o Sol, e pelos planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Juntamente com os satélites naturais e artificiais que
circundam esses planetas (Mercúrio e Vênus são os únicos que não possuem satélite e a Terra
é o único que possui satélites artificiais), temos ainda centenas de cometas, um cinturão de
asteróides (este situado entre Marte e Júpiter) e meteoróides (meteoros e meteoritos), além,
é claro, do próprio meio interplanetário, rico em campos e partículas.
Figura 1 – Uma visão estilizada dos planetas que formam nosso sistema solar, mostrando o curioso
comportamento do eixo de rotação de cada uma deles.
Sua origem remonta há pouco mais de 5 bilhões de anos, quando na periferia da Via
Láctea uma nuvem gasosa formada por, entre outras coisas, restos de explosões estelares
do tipo super-nova começa a se condensar, isso acontece ao mesmo tempo em que inicia o
processo de rotação em torno de um eixo. Esse processo, alimentado pela força gravitacional
leva, por um lado, à concentração de massa e, por outro, ao aumento de temperatura. Desse
sistema turbulento e catastrófico surge inicialmente o Sol. Depois, a partir de restos de matéria
que ficaram presos em torno da estrela, vão surgindo aglomerados que formarão os planetas.
Aglomerados esses que não possuem massa suficiente para se transformarem em estrelas,
mas velocidades suficientes para permanecer em órbita em torno das estrelas nascentes. Foi
assim que surgiu o Sol e todo o sistema solar e é assim que, ainda hoje, nossos telescópios
observam o nascimento de estrelas em vastos berçários estelares, como as nuvens gasosas
na nebulosa de Órion.
Relembrando um pouco sobre nosso planeta Terra, sabemos que é um pequeno corpo
celeste se movendo em um sistema planetário periférico, o sistema solar, situado em um dos
braços de uma das inúmeras galáxias que existem no Universo, a Via Láctea, a 2/3 de seu
centro. A estrela mais próxima do Sol, nossa vizinha, é a Alfa da Constelação do Centauro,
que se situa a uma distância de 4.3 anos-luz (ano-luz é unidade de distância e não de tempo).
É daqui que olhamos o Universo, na heróica tentativa de explicá-lo e também a nós mesmos.
Quando, em uma noite escura e sem nuvens, olhamos para o céu, o primeiro sentimento que
nos envolve é o de admiração. Mas, o que de fato estamos vendo é apenas uma pequena fração
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do Universo, algo da ordem de 3000 estrelas! E isso é muito pouco, pois na nossa galáxia existem
aproximadamente 400.000.000.000 (quatrocentos bilhões) desses objetos celestes.
A palavra universo vem da junção de dois termos do latim, como ocorreu com filosofia,
lembra da primeira aula? Ela é formada por unus, que significa um, e por versus, particípio
passado de vertere, que significa gira. Portanto, Universo quer dizer “girar tudo junto”.
Atualmente, essa palavra tem uma conotação um pouco diferente: “tudo o que existe”. Assim,
tanto nós como as estrelas que observamos no céu noturno, bem como o pequeno inseto que
passa desapercebido ou a grande montanha que nos desafia faz parte do Universo.
No entanto, quando falamos em estudar o Universo, estamos nos referindo a uma
abordagem astronômica e cosmológica. Assim, trataremos o Universo como sendo composto
de estrelas, planetas e satélites, outros objetos celestes massivos, como cometas, nuvens de
material interestelar etc.
Em relação à nomenclatura, um conjunto de estrelas que forma, segundo nossa
imaginação, uma figura qualquer é chamado de constelação. Por exemplo, o Cruzeiro do
Sul é uma constelação. Ele é uma constelação aos nossos olhos, mas nem todos os povos
enxergam nesse conjunto a forma de outros objetos ou nem o observa.
Atividade 1
Procure localizar, no céu, o Cruzeiro do Sul. Você conhece alguma outra
constelação, por exemplo, as Três Marias?
Pois é, elas correspondem, fazem parte de uma constelação identificada
pelos gregos como Órion, o caçador. Na verdade, elas formam o
cinturão de Órion.
sua resposta
Escreva no espaço a seguir o resultado de sua observação do céu. Você
pode também fazer uma busca na Internet e encontrar belas imagens
do céu e a descrição de algumas constelações.
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Por outro lado, as estrelas formam gigantescos aglomerados chamados de galáxias,
e os planetas, com seus satélites, ao orbitarem em torno de uma estrela, formam os
sistemas planetários.
Até meados dos anos 90, só conhecíamos um sistema planetário: o nosso. Hoje, graças
aos sofisticados satélites e vigorosos cálculos matemáticos, já identificamos mais de uma
dezena de sistemas planetários em nossa galáxia.
Desse modo, podemos inclusive indicar nosso endereço no Universo, o qual seria:
moramos em um planeta chamado Terra, que pertence a um sistema planetário chamado
Solar, que faz parte de uma galáxia denominada Via Láctea. Assim, como será mostrado na
Figura 2, dissemos como somos, indicamos o nosso endereço e o colocamos em duas naves
chamadas Pioneer 10 e Pioneer 11.
Posição relativa do
sol em relação ao
centro da via lactea
<http://www.nssdc.gsfc.nasa.gov/nmc/tmp/1972-012A.html>.
Nosso
sol
Equivalente binário de
um número decimal
Fonte: NASA – National Aeronautics and Space Administration. Disponível em:
Transição Hiperfina do
Hidrogênio neutro
Silhueta dos seres
que enviaram a
sonda
Planeta de onde a sonda foi
lançada
Figura 2 – Placa de ouro enviada pela NASA visando comunicar a eventuais culturas extraterrestres quem
somos, o que sabemos e onde moramos.
Como gostamos de dizer não só quem somos e onde moramos, mas também o que
fazemos, em outras duas espaçonaves, lançadas pela NASA, as sondas Voyager 1 e Voyager
2, foram colocados discos com sons, músicas e línguas que permitiriam identificar nossos
hábitos e costumes. Esses veículos, com essas importantes informações, foram enviados em
direção ao espaço exterior do nosso sistema planetário, mas não sem antes passarem por
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quase todos os nossos planetas, fotografando-os e fazendo sondagens que nos permitiram
um entendimento melhor da evolução de cada um deles, bem como de nosso sistema.
Se, por um lado, o envio desse recado indica que, de alguma forma, reconhecemos a
possibilidade de não estarmos sozinhos no Universo, por outro, até agora não temos nenhuma
prova objetiva de que não estamos sós.
Seguindo os caminhos das sondas Voyageres, foram lançadas duas naves da série Pioneer:
a dez e a onze. A 10, que foi lançada pela NASA em março de 1972, mandou sua última mensagem
em 31 de março de 1997, quando se encontrava a uma distância da ordem de 70 vezes a distância
da Terra ao Sol, dela não mais tivemos notícias. Já a 11, lançada em 5 de abril de 1973, mandou
sua última mensagem em novembro de 1995, momento em que estava se dirigindo para a
constelação de Áquila, onde deverá chegar daqui a 4 milhões de anos.
Atividade 2
2
1.
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Posteriormente, tente produzir uma mensagem cifrada como a
da fi gura, indicando de onde você é e o que você faz. (se você
é professor, lembramos que esse tipo de atividade pode ser
desenvolvida em sala de aula e permite a discussão de temas
interessantes, como as formas de comunicação e os registros
históricos, vistos na primeira aula – Pinturas rupestres – e até outras
culturas como a do Egito Antigo, a qual utilizava uma linguagem
cheia de figuras, chamada de hieróglifos). Na próxima aula, você
receberá a resposta dessa pergunta com a interpretação que os
cientistas que fizeram essa figura deram a cada elemento dela.
sua resposta
1
Antes de prosseguir, tente decifrar algumas das informações
contidas nos elementos gráficos representados na Figura 2 e anote
as suas descobertas.
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sua resposta
2.
No dia 05 de janeiro de 2005, a Voyager 1 completou 10.000 (dez mil) dias de viagem.
Essa marca também foi alcançada no dia 21 de janeiro pela Voyager 2. Assim, após 27 anos no
espaço, a primeira já percorreu mais de 14 bilhões de quilômetros e se encontrava a 94 vezes
a distância da Terra ao Sol, enquanto a segunda se encontrava a 11 bilhões de quilômetros
da Terra, ambas caminhando em direção ao espaço interestelar, para longe de nosso sistema
solar, sendo agora os objetos humanos mais distantes de casa. Essas sondas espaciais ainda
possuem energia para continuar documentando sua viagem até o ano 2025, quando estarão
a mais de 26 bilhões de quilômetros da Terra. Ainda assim, mesmo sem energia, continuarão
vagando pelo espaço (lembre do experimento de Galileu, que foi assunto de nossa primeira
aula) e, se não sofrerem nenhuma colisão, só encontrarão a estrela mais próxima em suas
trajetórias em 40.000 anos, a qual será uma estrela da constelação da Girafa.
Em algum momento, daqui a 296 mil anos, a Voyager 2 passará perto se Sírius, a
estrela mais brilhante de nosso céu noturno (o objeto mais brilhante depois da Lua é Vênus,
mas este é um planeta). E, nesse momento, ela estará a uma distância tão grande, que um
sinal enviado por ela para a Terra levaria 4,3 anos para ser recebido por uma das antenas dos
radiotelescópios instalados em nosso solo.
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Atividade 3
sua resposta
Como você sabe, a luz gasta pouco mais de 8,0 minutos para se
propagar do Sol até a Terra. Quanto tempo levaria uma mensagem para
vir da Voyager até a Terra quando ela se encontrava a uma distância
equivalente a 18 vezes a distância do nosso planeta ao Sol? E, em 2025,
quanto tempo gastará a mensagem para chegar até nós?
De toda essa nossa conversa anterior, deve ter ficado em você a idéia de que o Universo
é muito grande, que contém tudo o que existe (espaço, tempo, matéria e energia). Nele, como
nos átomos, existe “mais vazio que matéria”, isto é, as distâncias interestelares (entre estrelas)
e intergalácticas (entre galáxias) são da ordem de centenas ou milhares de anos-luz.
Como você já viu, mesmo uma nave espacial, viajando a mais de vinte mil de quilômetros
por hora, levaria alguns milênios para chegar à estrela mais próxima.
No entanto, com a vasta informação que colhemos até agora, através das sondas como a
Voyager ou a Pioneer, e por imagens geradas pelo telescópio espacial Hubble, o COBE (satélite
Explorador da Radiação Cósmica de Fundo, lançado em novembro de 1989 pela NASA) e mais
recentemente pelas Cassini-Huygens (essas naves atingiram o planeta Saturno e sua lua Titã
em julho de 2004), podemos descrever com relativa segurança como se deu a evolução de
nosso sistema solar e do Universo.
Terminaremos esse tópico mostrando na Figura 3 o que seria visualmente nosso lugar
na Via Láctea. O Sistema Solar se encontra em um dos braços da espiral, a aproximadamente
30.000 anos-luz do centro e, 20.000 anos-luz da borda.
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Fonte: ASTRONOMIA. La Vía Láctea. Disponível em:
<http:www.astromia.com/universo/vialactea.htm>.
Figura 3 – Nossa posição dentro da Via Láctea.
A Via Láctea tem aproximadamente quatrocentos bilhões de estrelas, incluindo o Sol.
Dessas, em uma noite de céu sem nuvens e sem lua, em condições de pouca luminosidade
(comum, por exemplo, em sítios e fazendas de nosso sertão), podemos contar no máximo
3.000 (na verdade, só com muito treino chegamos a contar um terço desse valor).
A Via Láctea – nome dado pelos gregos, por imaginarem que o rastro de estrelas no nosso
céu se parecia com um caminho leitoso – tem uma dimensão fabulosa: algo como 100.000
anos-luz de diâmetro.
Atividade 4
Agora você já sabe: um ano-luz é uma medida de distância muito usada
em astronomia e corresponde ao espaço percorrido pela luz no vácuo
ao se propagar durante um ano.
Sabendo que a luz no vácuo se desloca com uma velocidade de
aproximadamente 300.000 km/s e supondo que a distância entre Natal
e São Paulo seja de 3.000 km, quantas vezes um raio de luz faria esse
percurso em um segundo?
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Hoje, nosso país conta com uma clara política para o espaço, coordenada pela
Agência Espacial Brasileira (AEB) e a pesquisa espacial também é desenvolvida
em Universidades como a UFRN, a UFPB, entre outras. O Brasil se tornou uma
potência espacial e conta com satélites, foguetes civis e militares de fabricação
nacional, fazendo parte do restrito grupo de países a dominar tal tecnologia.
Talvez você não tenha ainda percebido, mas possuímos um vínculo histórico com
a pesquisa e exploração espacial. Já em 1638 durante o processo de ocupação
holandesa, o conde Mauricio de Nassau traz a Pernambuco o cientista alemão
Georg Markgrave, o qual se tornaria o primeiro astrônomo da América Latina,
fazendo memorável observação de um eclipse em 1640. O tempo passa e em
1825 pouco tempo depois do início do uso militar de foguetes, o Brasil começa
a fazer suas próprias experiências a partir da aquisição de alguns modelos do
tipo “a Congreve” e, ao que se sabe, em 1827 ocorreu o primeiro uso militar
desses artefatos em solo brasileiro, lá na cidade de Bagé no Rio Grande do
Sul. Naquela ocasião também iria ocorrer o primeiro acidente “espacial” com
vítima. O cap. Siegner, responsável pelo lançamento, acaba por ser atingido por
estilhaços, devido à explosão do foguete no momento do lançamento. Uma nota
importante é que tal foguete foi de fabricação nacional (vide sobre esse assunto,
por exemplo, o texto Foguetes no Brasil: do foguete Congreve ao VLS 1ª parte
http://www.defesa.ufjf.br/fts/Foguetes%20no%20Brasil%201.pdf). Nessa mesma
época (1827), agindo em outra direção, Dom Pedro I criou no Rio de Janeiro
o Observatório Nacional. E, por muito tempo, vamos conviver com a pesquisa
em foguetes direcionada principalmente para fins militares e a pesquisa do
espaço, para fins pacíficos, ocorrendo no interior dos institutos de Pesquisa.
E, de fato, esses interesses começam a confluir na década de 60 com a criação
do Centro Técnico da Aeronáutica (CTA) pelo lado militar e do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE) pelo lado civil. Geograficamente vizinhas estas
duas instituições iniciaram um vasto programa de pesquisa científica visando
o espaço, em uma parceria em que de um lado tinha-se o desenvolvimento dos
veículos e do outro, das cargas úteis científicas que seriam lançadas a bordo
desses veículos. Um dos grandes frutos desse trabalho, junto com o CTA, foi o
desenvolvimento da série de foguetes SONDA, e da parte do INPE um completo
estudo da dinâmica e morfologia da alta atmosfera equatorial e de baixa latitude,
isto é, sobre o território nacional.
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Origens do Universo
Estamos agora diante da grande pergunta, e que, como não poderia deixar de ser, abre
espaço para as mais diversas indagações. Vejamos no esquema a seguir:
Dos caminhos indicados anteriormente tem um que se apresenta, do ponto de vista
científico, bastante promissor: SIM, HOUVE UM COMEÇO, o qual se deu A PARTIR DE ALGO.
Existe atualmente uma teoria muito forte que trata da origem do Universo, segundo
essa lógica. A teoria do Big-Bang (grande explosão), proposta pelo físico russo, naturalizado
americano, George Gamow (1934-1956), afirma que o Universo surgiu de uma grande explosão.
A força dessa teoria está em que suas previsões sobre algumas das características fundamentais
do Universo têm sido comprovadas a partir de cuidadosas medidas de velocidade das galáxias,
temperaturas do meio intergaláctico e sínteses de substâncias químicas e emissões de sinais
de radiofreqüências realizadas com o auxílio de instrumentos colocados em satélites.
Segundo essa teoria, no início, toda a matéria do Universo estava contida em um
minúsculo ponto, tão pequeno quanto se possa imaginar, e tudo era energia, não existindo
nem espaço nem tempo. Assim, em algum instante, há aproximadamente 15 bilhões de anos,
esse ponto explodiu liberando quantidades imensas de energia, a temperaturas de milhões de
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graus. Não sabemos o motivo de tal explosão nem as condições do Universo naquele instante,
mas sabemos que milésimos de segundo após a explosão já existiam elétrons e anti-elétrons
(pósitrons).
Essa história é mostrada no gráfico a seguir:
Universo em expansão
Início das galáxias
Matéria e radiação se conjugam
Átomo de hidrogênio
Era eletro fraco quarks/antquarks
equilíbrio matéria/anti-matéria
Era de Planck
Big-bang
Na representação gráfica mostrada anteriormente, temos os instantes iniciais do Universo,
conhecido com era de Planck (esse nome é em homenagem ao famoso Físico Alemão, pai da
teoria quântica moderna), intervalo de tempo entre a explosão e o início do comportamento
do Universo explicável pelas leis da Física (essa era durou 10-43segundos). Depois, no primeiro
minuto, temos a formação do hidrogênio, e, assim por diante, até os dias atuais.
Um Universo de números
T
alvez a melhor forma de nossa mente se apropriar das imagens relativas ao Universo seja
através dos números e de comparações numéricas. Observe: se chamamos a distância da
Terra ao Sol de 1 UA (uma unidade astronômica), então nossa distância ao belo planeta
dos anéis (Saturno) seria de 10 UA e ao limite de nosso sistema seria de 39 UA. Ainda nessa
escala, a distância entre o Sol e Alfa de Centauro seria 20.000 vezes a distância Sol-Saturno,
ou seja, de 200.000 UA. E, à medida que nos afastamos, maiores se tornam os números com
os quais representamos o Universo.
Existem aproximadamente 50 estrelas brilhando a uma distância da ordem de 17 anosluz da Terra. Se continuarmos nessa viagem, começaremos a encontrar as galáxias, também
conhecidas como “imensos Universos-ilhas”, muitas das quais bem maiores que a nossa. E,
o que é mais extraordinário, já foram identificadas mais de 100 bilhões de galáxias.
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Fonte: LAROCCO, Chris; ROTHSTEIN, Blair. The big bang: it sure was big.
Disponível em: <http://www.umich.edu/~gs265/bigbang.htm>.
Figura 4 – Uma visão de uma pequena fração do Universo, obtida pelo telescópio espacial Hubble, mostrando
centenas de Galáxias.
Você poderia agora estar se perguntando: Qual deve ser o tamanho de um Universo capaz
de conter mais de 100 bilhões de galáxias, cada uma com mais de cem bilhões de estrelas,
afastadas umas das outras por mais de 4 trilhões de quilômetros?
Para responder a tal pergunta, precisaremos solucionar uma outra questão tão difícil
quanto aquela: Qual seria, então, a idade do Universo?
Como você já sabe, o Universo deve ter em torno de 15 bilhões de anos. O modo de se fazer
essa conta começa com a estimativa de sua temperatura. Uma visão bastante simplificada do
problema seria: se nos aproximamos de um local onde foi feito uma fogueira, pela temperatura
do local podemos estimar se ela é recente ou não. Assim, a temperatura pode ser usada para
determinar a idade da fogueira, dentro de um certo intervalo de tempo. Uma outra informação
importante, e que complementa esta, é que os corpos a uma dada temperatura, de qualquer
que seja, desde que não seja zero absoluto, emite radiação. Seu comprimento de onda é
proporcional à temperatura. Assim, conhecendo a temperatura inicial de um dado objeto,
sabendo quanto tempo ele leva para esfriar, medimos sua temperatura e então podemos dizer
quando ele começou seu resfriamento. Podemos ainda determinar a temperatura de corpos
distantes, como as estrelas, medindo seu espectro, ou seja, o comprimento de onda da radiação
emitida por ele.
É possível estimar a temperatura inicial do Universo imaginando que no instante da
explosão ele começou a criar as partículas elementares. Para que isso ocorresse, era necessário
temperaturas da ordem de 10.000,000,000,000K.
Por outro lado, em 1964, dois astrônomos, Arno Penzias e Robert Wilson, trabalhando
nos EUA, detectaram microondas oriundas do espaço exterior, descobrindo assim um ruído
de origem extraterrestre. Posteriormente, descobriu-se que, na verdade, esse ruído nada mais
era que o resto da radiação originada durante a grande explosão e que corresponde hoje ao
comprimento de onda de um objeto cuja temperatura seria aproximadamente de 3 K (3 graus
Kelvin). Com isso, conseguiu-se estimar a idade do Universo em 15.000,000,000 de anos.
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Para saber, então, o tamanho do Universo, seria necessário multiplicar sua idade (em
segundos) pela velocidade da luz e como o Universo, acreditamos, é simétrico, podemos
multiplicar o resultado por dois.
Atividade 5
sua resposta
Determine, usando as informações do texto, o tamanho do Universo.
Um pouco de evolução estelar
O
fim do mundo sempre apareceu, com maior ou menor intensidade, em diversos
momentos de nossa história. São as chamadas teorias escatológicas, as quais, muitas
vezes, foram alimentadas pela religião em seus diversos matizes e, muitas outras vezes,
alimentadas pela própria ciência. Mas o que de verdade temos em tudo isso? Do ponto de
vista de nosso planeta, em sua história de mais de 4,6 bilhões de anos, diversas catástrofes
ameaçaram seriamente a vida, chegando inclusive a levar à extinção espécies inteiras, como
no caso dos dinossauros. Em geral, tais eventos estão associados a fontes extraterrestres,
como a colisão com meteoritos e outros objetos celestes.
Ao longo de sua jornada diária em torno do Sol, a Terra é bombardeada por centenas
de meteoros que, ao atingirem nossa atmosfera à altura de 82 km, sofrem abrasão devido ao
atrito com esta e se incendeiam em um espetáculo, ao qual chamamos de estrelas cadentes,
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quando acontece à noite. Assim, mesmo que uma eventual colisão com um objeto celeste de
grandes proporções não seja um evento impossível, hoje, mais que em qualquer outro momento
da história de nossa civilização, estamos preparados para detectá-los e prever trajetórias com
dezenas de anos de antecedência, tendo, em princípio, tecnologia para impedir sua eventual
queda sobre nosso planeta. No entanto, certamente, em alguns milhares de anos, nosso planeta
se extinguirá, seja por esgotamento de suas reservas, por uma colisão inevitável ou até pela
expansão da atmosfera solar. Sobre essa última possibilidade, vamos tratar a seguir.
Como você já sabe, o Sol, nossa fonte de energia, uma estrela gasosa, se mantém em
equilíbrio pelo balanço entre a força de atração gravitacional – que tenta reduzir seu tamanho
– e a forte pressão – que tenta fazê-lo expandir-se. Assim, de um lado, temos a massa e, de
outro, a temperatura.
Para gerar esta fabulosa quantidade de energia, o sol, qual uma fornalha, está consumindo
centenas de toneladas de sua massa, a qual é transformada em energia.
Um dos resultados mais importantes da física moderna foi o da equivalência entre massa
e energia. A famosa equação de Einstein:
E = mc2
Em que
E é a energia do corpo,
m, sua massa e
c, a velocidade da luz.
Isso significa que se a massa m de um corpo for convertida em energia, a
energia obtida terá uma quantidade que é igual ao produto da massa pela
velocidade da luz elevada ao quadrado. Por exemplo, se nós conseguíssemos
converter uma massa de 1,0 kg de água em energia, a quantidade de energia
que seria fornecida por esse quilograma de água seria:
E =?
m = 1, 0kg
c = 300.000.000m/s → c2 = 9 × 1016 m2 /s2
Ou seja,
E = mc2 = 1, 0 × 9 × 1016
E = 9 × 1016 J
Como 1, 0KW h = 3 × 106 J e como o Brasil produz da ordem de
4, 8 × 107 kW então, a energia liberada na transformação de 1,0 kg de água
seria suficiente para abastecer o Brasil durante uma hora.
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Ao perder energia mais rapidamente que a taxa de resfriamento, a pressão (mais
exatamente, o gradiente de pressão) irá, em alguns bilhões de anos, vencer a gravidade e o
Sol se expandirá, e será tão grande que engolirá a própria Terra.
Após esse período de expansão, ele sofrerá uma grande queda de temperatura, permitindo
que mais uma vez a gravidade vença e, então, voltará a se contrair, ficando menor do que antes.
Durante a contração, a temperatura do Sol irá aumentar, ficando nesse movimento de expansão
e contração, até extinguir sua energia, quando se transformará, em dezenas de bilhões de anos,
em uma estrela morta. Esse é o destino de todas as estrelas semelhantes ao Sol.
Outras, mais massivas (isto é, com massa maior), durante o processo de contração,
acabam atingindo tão grande densidade que se transformam em um objeto super-massivo,
com tal poder de atração gravitacional que “nada” consegue escapar de sua superfície. A esse
tipo de objeto, chamamos de buraco negro.
A origem desse nome deriva do seguinte fato: quando se aponta um telescópio para
um local no Universo onde existe um desses objetos (um buraco negro), de lá, não vem
nenhum tipo de radiação e o que se observa é uma verdadeira escuridão em toda a faixa do
espectro eletromagnético.
Assim, vemos que o destino das estrelas e planetas é semelhante, mas se dá através de
processos físicos muito diferentes. É através desses processos, entretanto, que o Universo
e a vida se renovam, pois se não fossem as explosões de estrelas, as super-novas, não
existiria, por exemplo, o oxigênio, já que essa substância química, como muitas outras, é
gerada em ambientes de temperaturas muito altas, como os que existem nas estrelas em
processo de explosão.
Próximos passos
N
o dia 20 de julho de 1969, o Homem chegou à Lua. Essa façanha foi muito bem resumida
na frase de Neil Armstrong “Esse é um pequeno salto para o Homem, mas um grande
salto para a Humanidade”. De lá para cá, não enviamos seres humanos para longe da
Terra, o mais que fazemos é enviá-los para estações espaciais que giram em torno da Terra, a atual
é a estação internacional. No entanto, nosso conhecimento sobre o Universo tem se expandido
em escala astronômica. Atualmente, veículos robôs deslizam sobre a superfície de Marte, nos
revelando a cada dia um planeta surpreendente onde a água já jorrou em abundância e hoje é um
mundo árido e inóspito. Chegamos a Saturno, atravessamos seus anéis com a sonda CassiniHuygens, uma missão espacial desenvolvida em conjunto pela NASA e ESA (Agência Espacial
Européia, envolvendo ao todo 16 países) e, de lá, mergulhamos com a sonda Huygens através
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da densa atmosfera de Titã, a maior lua de Saturno, e atingimos sua superfície, gerando, durante
a descida, uma quantidade fabulosa de dados e imagens sobre essa Lua distante (visite o site
http://esa.int/SPECIALS/Cassini-Huygens/SEM696HHZTD_0.html para obter maiores informações
sobre essa missão espacial).
Vasculhamos com diversos satélites (como o COBE e o telescópio Hubble) os recônditos
do Universo, em busca de seus segredos mais íntimos, descobrimos novos planetas que giram
em torno de estrelas distantes e descobrimos que, ao contrário de todas as nossas expectativas,
o Universo está em expansão acelerada e a fonte dessa aceleração é o que chamamos de matéria
e energia escuras. Não sabemos ainda a forma do Universo nem seus limites, se é que existem.
Não sabemos como essa história acaba, mas para quem ainda ontem estava em cavernas
tentando fazer fogo, percorremos um belo caminho. Entretanto, para continuar, precisamos de
mais gente, de pessoas como você, que começam a trilhar a senda do conhecimento científico.
Esse é um trabalho de gerações e um legado para as gerações.
Resumo
Nesta aula, fizemos um passeio intergaláctico. Aprendemos sobre uma parte
significativa de nossa história espacial, sobre naves interplanetárias, sobre a
origem e evolução do Universo. Vimos que o planeta Terra um dia acabará, o que
acontecerá também com o Sol e que isso é comum no Universo. Aprendemos
também que já saímos da Terra e que visitamos a Lua e os planetas de nosso
sistema solar, nos preparando agora para viajar além, para mais longe, aonde
nos leva nossa imaginação. Quando, um dia, a Terra chegar ao seu fim, é possível
que já estejamos habitando outros planetas, outros sistemas, outras galáxias,
mostrando, com isso, como a vida é capaz de se superar a cada desafio.
Auto-avaliação
O filme Cosmos, documentário apresentado pelo famoso biólogo da NASA, Carl Sagan,
trata do Universo, de nosso lugar nele e na Terra, nos alertando sobre a importância e a
singularidade do nosso mundo no Universo conhecido. Esse documentário, dividido em 12
partes e produzido ainda nos anos 70/80, merece ser visto por todos os que têm interesse em
ciências, desde a Física e a Astronomia até a Biologia e a Ecologia.
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Assista ao filme Cosmos Episódio 01 e responda às seguintes questões.
a)
Carl Sagan afirma que somos feitos de restos de estrelas. O que ele quer dizer
com essa afirmação?
b)
O que acontece quando estrelas explodem? Em que elas se transformam?
c)
O filme apresenta ainda um calendário da evolução do Universo. Qual a escala
desse calendário? Nessa escala, há quanto tempo a espécie humana existe? Qual
nosso papel na história natural do planeta?
O Brasil desenvolve atividade espacial desde a década de 60. Faça uma pesquisa na
Internet sobre o “Programa Espacial Brasileiro”. Veja, por exemplo, o site www.aeb.
gov.br ou www.inpe.gov.br.
Leia o poema de Ferreira Gullar abaixo e o contextualize dentro da abordagem desta
nossa aula.
dizem que
em algum ponto no cosmos
(le silence éternel de ces espaces infinis m’effraie)
um pedaço negro de rocha
– do tamanho de uma cidade –
voa em nossa direção
perdido em meio a muitos milhares de asteróides
impelido pelas curvaturas do tempo e do espaço
extraviado entre órbitas e campos magnéticos
voa em nossa direção.
e quaisquer que sejam os desvios
e extravios de seu curso
deles resultará, matematicamente,
a inevitável colisão
não se sabe se quarta-feira próxima
ou no ano quatro bilhões e cinqüenta e dois
da era cristã.
(GULLAR, 2005)
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Referências
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htm>. Acesso em: 15 maio 2005.
BEZERRA, Arnaldo, M. Aplicações práticas da energia solar. São Paulo: Ed. Nobel, 1990.
ESA – European Space Agency. Disponível em: <http://www.esa.int/SPECIALS/Cassini-Huygens/
SEM696HHZTD_O.html>. Acesso em: maio 2005.
GULLAR, Ferreira. Inimigo oculto. Disponível em: <http://beaugeste.blogspot.
com/2004_11_01_beaugeste_archive.html>. Acesso em: 20 ago. 2005.
GLEISER, Marcelo. O fim da Terra e do Céu: o apocalipse na ciência e na religião. São Paulo:
Ed. Companhia das Letras, 2001.
LAROCCO, Chris; ROTHSTEIN, Blair. The big bang: it sure was big. Disponível em: <http://
www.umich.edu/~gs265/bigbang.htm>. Acesso em: 20 maio 2005.
LONGAIR, Malcolm. As origens de nosso universo. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1994.
(Coleção Ciência e Cultura).
MORRIS, Richard. O que sabemos sobre o universo: realidade e imaginação científica. Rio
de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1999. (Coleção ciência e cultura).
NASA – National Aeronautics and Space Administration. Disponível em: <http://nssdc.gsfc.
nasa.gov/nmc/1972-01A.html>. Acesso em: 25 maio 2005.
SAGAN, Carl. Cosmos. 1DVD filme.
THE SOLAR Systems. Disponível em: <http://www.solarviews.com/eng/solarys.htm>. Acesso
em: maio de 2005.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E REALIDADE – INTERDISCIPLINAR
EMENTA
A Ciência e seus métodos, levantamento da realidade local, o Universo, o Sistema Solar e a Terra, a atmosfera
e o clima, a biosfera, a hidrografia, a flora e a fauna, a interferência humana no meio ambiente, uma primeira
identificação de problemas ambientais.
AUTORES
> Franklin Nelson da Cruz
> Gilvan Luiz Borba
> Luiz Roberto Diz de Abreu
AULAS
01 Situando a Ciência no Espaço e no Tempo
02 A Terra – litosfera e hidrosfera
03 A Terra – atmosfera
04 Bioma Caatinga – recursos minerais
05 Bioma Caatinga – recursos hídricos
06 Bioma Caatinga – recursos florestais e fauna
07 Interação Sol – Terra: fluxos de Energia
08 Clima e tempo
09 O Homem – origens
10 A Hipótese Gaia
11 Poluição
12 Ciência e ética
13 Ciência, Tecnologia e Sociedade
14 Universo: uma breve apresentação
15 O Nordeste, o Homem e a Seca: natureza de uma realidade
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