Guia do Professor

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Guia do Professor
Experimento
Cuba Eletrolítica
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Cuba Eletrolítica – Versão 1.1
IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em 16 de junho 2010
Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia
- Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT
Caro Professor(a),
Esse guia visa apresentar o experimento produzido para trabalhar com a
temática Campo, assim como todos os outros recursos elaborados para
trabalhar com essa temática, os respectivos conteúdos abordados em cada um
deles e links e bibliografias produzidos referente à mesma.
É importante mencionar que a utilização desses materiais deve seguir a sua
concepção de ensino e aprendizagem. No entanto, de maneira geral, eles foram
produzidos visando motivar o aluno a questionar e refletir sobre o tema em
questão, através de situações problematizadoras, em contextos curiosos e
instigantes para o aluno do 2º. Grau, possibilitando o aprendizado de uma
ciência mais contextualizada, com implicações tecnológicas e sociais.
- As mídias desenvolvidas sobre o tema Campo;
Para trabalhar com esse tema, foram desenvolvidas três mídias, que apesar de
estarem publicadas separadamente, poderão ser todas baixadas do Portal do
Professor para a sua máquina:
1. Áudio - O conceito de Campo
2. Experimento – Cuba Eletrolítica
3. Software - Campo Elétrico
A seguir, apresentaremos um quadro com os detalhamentos dessas mídias.
Mídias
Software
Áudio
Comentários
O software é sobre campo elétrico. Explora aspectos
quantitativos do campo elétrico assim como propõe
algumas questões que levam o aluno a refletir sobre
o conceito de campo.
A atividade pretende introduzir de uma forma lúdica o
conceito de Campo. O locutor Perez Pereira dá inicio
ao programa fazendo aos ouvintes a pergunta: Como
é possível explicar as forças naturais que atraem e
repelem objetos à distância? Após algumas respostas
o locutor convoca o estagiário Billy Sistrepa e mandao para o pólo sul levando uma bússola para se
orientar e voltar para casa.
Na segunda parte do áudio temos a participação de
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Experimento
Carol
Carolina,
telefonista
investigativa
que,
simulando contacto com Michael Faraday, obtém
informações sobre o conceito de campos em Física.
Faraday esclarece que o espaço ao redor de massas,
cargas elétricas e dipolos magnéticos têm suas
propriedades modificadas pela presença desses
objetos. Além disso, propõe a existência de linhas de
campo que, de certa forma, mapeiam a distribuição
do campo no espaço.
Esse experimento permite, utilizando uma cuba
eletrolítica,
mapear
o
campo
elétrico
para
configurações simples de distribuição de condutores.
Os conceitos envolvidos são: força, carga, campo,
energia potencial, potencial, linhas de campo,
superfícies equipotenciais.
Os objetivos dessa atividade são: obter linhas
eqüipotenciais em uma cuba eletrolítica; mapear as
linhas de campo a partir das linhas eqüipotenciais,
desenvolver os conceitos de potencial e campo,
familiarizar-se
com
o
campo
para
diversas
distribuições de carga.
Cada uma dessas mídias possui um guia para auxiliá-lo no desenvolvimento das
atividades.
A seguir é apresentado o guia do professor para este experimento “Cuba
Eletrolítica”.
Esse documento apresenta a você, professor, um detalhamento sobre todas as
etapas do experimento, seus objetivos e formas de desenvolver em sua sala de
aula.
A seguir apresentaremos um breve resumo de como o recurso está estruturado
em sua versão html (site):
Utilizando a versão html (site) do experimento
Segue um breve resumo de como o recurso está estruturado em sua versão
html (site):
Dados Gerais - apresenta as seguintes informações: série na qual
normalmente tal conteúdo é trabalhado, os assuntos relacionados, o tempo
previsto e os pré-requisitos para a execução do experimento, assim como os
objetivos que fundamentam sua aplicação.
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Introdução - apresenta a fundamentação teórica dessa temática.
Condições de Segurança - é extremamente importante a você professor
por sugerir cuidados ao executar as etapas do experimento.
Procedimento - apresenta como desenvolver o experimento, quais os
materiais utilizados, assim como as etapas a seguir.
Orientações - traz orientações ao professor sobre a utilização, o
desenvolvimento e a aplicação desse material em sala de aula.
Questões – apresenta questões e respostas que podem ajudar no
embasamento teórico da aula. Estas questões estão dividas em três categorias:
questão prévia, que deve antecipar o experimento, questões relativas aos
resultados, questões para reflexão e discussão e questões desafio, que são mais
amplas e reflexivas sobre o tema do experimento.
Sugestão
de
Interface
com
outras
disciplinas
–
apresenta
informações que possibilitam um trabalho interdisciplinar.
Informações Adicionais
-
traz
sugestões
de
links,
biografias
e
explicações que complementam o trabalho realizado.
De professor para professor – vídeo que traz sugestões de um outro
professor, também do ensino médio, sobre o desenvolvimento do experimento
proposto.
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Créditos – apresenta informações relativas à autoria do material, do
projeto Acessa Física e seus financiadores.
Guia do Professor – apresenta link para baixar este guia do professor
em formato PDF, possibilitando a utilização do recurso mesmo em situações
onde não seja possível o acesso a um computador. Para visualizar arquivos PDF
é necessário utilizar o Acrobat Reader. Caso não possua esse programa nesta
sessão também é disponibilizado um link para baixá-lo.
Recursos Adicionais
Acessibilidade Visual - pensando na questão de conforto a
acessibilidade visual, o material possui a funcionalidade de aumento e
diminuição do tamanho da fonte.
Impressão da página – permite a impressão de cada página do site
separadamente, oferecendo flexibilidade na utilização parcial do conteúdo com
seus alunos.
Ajuda – apresenta breve descrição de cada item do site.
Navegação Linear – apresentada no início e fim de cada
página, fornece uma forma linear de navegação pelo conteúdo do recurso,
percorrendo todas as sessões do site ordenadamente.
Segue o conteúdo completo do experimento para impressão e utilização do
mesmo em situações onde não seja possível o acesso a um computador.
Bom experimento!
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Home - Experimento
Cuba Eletrolítica
Questão Prévia
Por que descargas elétricas geram raios entre nuvens ou entre nuvem e a
terra?
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Dados Gerais
Atividade: Cuba Eletrolítica.
Série escolar: 3ª série do Ensino Médio.
Tema da atividade: Campo Elétrico.
Assunto: Utilizando uma cuba eletrolítica mapear o campo elétrico para
configurações simples de distribuição de condutores.
Tempo Previsto: 2 aulas de 50 minutos.
Palavras-Chaves: Campo, campo elétrico, potencial elétrico, linhas de campo,
equipotenciais.
Conceitos envolvidos: Força, carga, campo, energia potencial, potencial,
linhas de campo, superfícies equipotenciais.
Pré-requisitos: O aluno deve conhecer e compreender os conceitos de carga,
condutores, isolantes, corrente e potencial elétrico, embora esse último possa
ser desenvolvido simultaneamente.
Objetivos
Obter linhas equipotenciais em uma cuba eletrolítica;
Mapear as linhas de campo a partir das linhas equipotenciais;
Desenvolver os conceitos de potencial e campo;
Familiarizar-se com o campo para diversas distribuições de carga.
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Introdução
O vetor campo elétrico em um ponto do espaço é definido como a relação entre
a força que uma carga sente, se for colocada naquele ponto, e o valor dessa
carga. Isto é, se colocarmos uma carga q em um ponto em que o campo é , a
força sobre esta carga será:
logo
Para se medir o campo elétrico, portanto, deve-se medir a força que age sobre
uma carga conhecida.
Uma forma alternativa, e mais prática, de se medir o campo elétrico é fazê-lo a
partir do potencial elétrico. Quando uma carga q é deslocada de um ponto com
potencial VA para outro ponto com potencial VB, o campo elétrico realiza sobre
ela um trabalho q (VA - VB). Como o trabalho é a projeção da força na direção
do deslocamento multiplicada pela distância percorrida, a força poderá ser
calculada se conhecermos o potencial e a distância, sempre que a força for
paralela a direção do deslocamento.
Ou seja,
Se conhecermos duas superfícies, nas quais o potencial elétrico é constante –
as equipotenciais – podemos calcular o campo elétrico médio entre elas
lembrando que o campo é sempre perpendicular às equipotenciais e utilizando a
fórmula acima para calcular seu valor.
Infelizmente, é muito difícil medir diretamente os campos eletrostáticos, pois as
cargas envolvidas, em geral, são muito pequenas e podem ser alteradas no
processo de medição. Neste experimento, substituímos o dielétrico, que
normalmente separa as cargas (vácuo ou isolante), por uma solução condutora.
Como em todo condutor, as cargas se movimentam dentro da solução e
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devem ser rapidamente substituídas de modo a manter o campo constante.
Isso se consegue com o uso de uma fonte de tensão constante. Como veremos,
o potencial elétrico dentro da solução pode ser facilmente medido e a partir dele
podemos calcular o campo elétrico.
Um conceito bastante útil na visualização de um campo elétrico é o de linha de
força. Uma linha de força é uma linha que é paralela ao campo elétrico em
qualquer ponto. Assim, quando desenhamos uma linha de força temos uma
idéia bastante clara da "forma" do campo elétrico. Na figura 1, o campo elétrico
é representado por linhas de força e por equipotenciais em duas situações
simples. Uma propriedade importante das linhas de força é que elas são sempre
perpendiculares às equipotenciais.
As linhas de força têm a mesma orientação que o campo elétrico,dessa forma
elas saem das cargas positivas e entram nas cargas negativas. Observe como a
forma das linhas de força na figura 1 se dobram para fora sugerindo
visualmente a repulsão que acontece entre as duas cargas. Como seriam as
linhas de força se todas as cargas positivas da figura 1 fossem substituídas por
cargas negativas? E se apenas uma delas fosse substituída por uma carga
negativa?
Uma limitação da figura é que ela representa as equipotenciais e as linhas de
força apenas no plano do desenho, no entanto, o campo eletrostático ocupa
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todo o espaço em torno das cargas. Sendo assim, as equipotenciais não são
curvas, mas são superfícies e existem linhas de força que saem dos dois lados
do papel, que não conseguimos reproduzir neste tipo de figura.
As unidades que usaremos em nossos experimentos são:
carga elétrica – q – coulomb (C)
campo elétrico – E – newton por coulomb (N/C) ou volts por metro (V/m)
potencial elétrico – V – volt (V)
Condições de Segurança
Este experimento não apresenta nenhuma forma especial de risco para os
alunos, desde que sejam adotados os procedimentos adequados no
tratamento de pilhas e de resíduos. Durante a preparação do material, são
usados objetos cortantes – tesoura, estilete – que exigem os cuidados
rotineiros.
Lista de Materiais
bacia retangular de fundo plano;
placa de registro;
eletrodos (cilíndricos, planos ou de diversas formas);
água;
pano ou papel toalha para enxugar a placa de registro;
fonte de tensão;
multímetro;
dois pedaços com 0,5m de cabo elétrico flexível (~0,20mm2).
Régua, lápis ou lapiseira e borracha;
Papel de seda ou vegetal, que permita a cópia do registro.
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Consulte a seção de “Orientações” para esclarecimentos sobre a construção da
cuba. Nos subitens aparecem as especificações mais detalhadas dos materiais
da lista, como por exemplo, a fonte de tensão e a placa de registro.
Etapas do procedimento
Etapa 1: Montagem da Cuba (Figura 2)
Monte a cuba em uma superfície horizontal e firme. A placa para registro
deve ficar no fundo, com o plástico branco para cima. Se for necessário,
coloque objetos isolantes e pesados sobre a placa para mantê-la no fundo
do recipiente. Esses objetos não devem ficar entre os eletrodos, ou seja,
na região onde queremos mapear o campo.
Coloque os eletrodos sobre a placa, a uma distância de aproximadamente
10 cm. Marque com lápis as posições dos eletrodos sobre a placa de
registro. Isso será útil na fase de análise e no caso de um deslocamento
acidental dos eletrodos durante a realização da experiência.
Coloque água na cuba até que atinja uma altura de 3 a 5 mm acima da
placa de registro. Certifique-se de que o nível da água é o mesmo em
todos os pontos sobre a placa de registro.
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Etapa 2: Montagem do Circuito (Figura 3)
Cuidando para não movimentar os eletrodos, ligue os fios dos eletrodos à
sua fonte de tensão, marcando a polaridade.
Etapa 3: Medindo a tensão da fonte (Figura 4)
Regule o multímetro para medir tensões contínuas de até 20V e meça a
tensão entre os eletrodos
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Etapa 4: Encontrando um potencial específico dentro da solução (Figura
5)
Ainda com a escala de 20V, procure um ponto dentro da solução que
esteja a 1,8V do eletrodo negativo. Faça isso tocando o eletrodo negativo
com o terminal do multímetro.
Etapa 5: Determinando a equipotencial (Figura 6)
Selecione a escala de 2V - DC.
Mantendo a ponta de prova positiva sobre o ponto de referência, procure,
com a ponta de prova negativa, pontos que estejam no mesmo potencial
dentro da solução, isto é, pontos para os quais a leitura de tensão é 0V.
Durante a leitura, os dois eletrodos devem ficar na posição vertical. Pode
ser difícil obter leituras exatamente iguais a 0V, portanto, considere
pontos para os quais a leitura é menor que 0,1V (em módulo). Marque os
pontos encontrados com um lápis. A distância entre eles deve ser de mais
ou menos 1cm.
Utilizando o mesmo procedimento determine as equipotenciais para 3,6V,
5,4V e 7,2V.
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Etapa 6: Transferência para papel
Desligue a fonte, retire os eletrodos e retire a placa de registro com os
pontos marcados. Seque a placa com cuidado para não apagar os pontos.
Transfira esses pontos para uma folha de papel, colocando uma folha
sobre a placa e copiando. Não se esqueça de transferir também a posição
dos eletrodos.
Una os pontos obtidos para cada ponto de referência. Essa linha
representa uma equipotencial.
Orientações
O objetivo deste experimento é permitir o desenvolvimento de um conceito
muito difícil de ser explorado experimentalmente: o conceito de campo. Embora
este seja um conceito fundamental em física, é quase sempre apresentado de
maneira muito formal, sem que os alunos tenham a oportunidade de
desenvolver uma "intuição" sobre a realidade dos campos.
Montando uma cuba eletrolítica
Para a utilização em sala de aula, a cuba eletrolítica deve permitir uma coleta
rápida dos dados. O procedimento tradicional de se ler coordenadas sobre um
papel milimetrado, e em seguida, transformar estes pontos em uma figura de
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equipotenciais é inadequado para este fim. Portanto, a solução encontrada foi
permitir que o desenho das equipotenciais fosse gerado imediatamente na
realização do experimento. Os materiais empregados são simples e baratos,
todavia o professor deverá testar alguns elementos para garantir um
funcionamento adequado.
Os elementos essenciais poderão ser construídos pelo próprio professor antes
da realização da aula, no entanto, isso também poderá ser feito pelos alunos,
mas exigirá maior tempo de aula.
A cuba eletrolítica é composta por uma bacia plana com uma solução que
permite a condução de corrente elétrica. Nessa solução, mergulhamos eletrodos
de material condutor que definem equipotenciais dentro da solução. Com o
auxílio de um multímetro, podemos medir o potencial em qualquer ponto da
solução, e assim, determinar a estrutura do campo elétrico.
1. A cuba (Figura 2 – Página 12) pode ser qualquer recipiente de material
isolante, ou seja, plástico, isopor ou vidro, de fundo plano, com bordas não
muito altas e dimensões aproximadas de 30x20cm. Uma alternativa barata e
prática são os recipientes de isopor utilizados para frios em supermercados, que
podem ser adquiridos em lojas de produtos para embalagens. No fundo desse
recipiente, colocamos uma placa de plástico do tipo poliondas (que pode ser
recortada de uma pasta velha) com 25x12cm e sobre ela, colamos plástico
adesivo branco (papel contact) (Figura 7). Este adesivo deve ser do tipo que
permite marcação com lápis ou grafite e que pode ser apagado com borracha.
Na descrição, chamamos esta placa de placa de registro, pois é sobre ela que
serão registradas as equipotenciais. O plástico poliondas tende a flutuar, por
isso é necessário usar alguma forma de peso para manté-lo no fundo. Esses
pesos deverão ser de material isolante e não solúvel e não devem ficar na área
onde se pretende realizar as medidas.
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2. Os eletrodos (Figura 8) podem ser obtidos a partir de latas de refrigerante.
Com uma tesoura comum, corta-se tiras com 8x3cm. Essas tiras podem ser
fixadas em pedaços de borracha (de apagar traços a lápis) com cola rápida e
não solúvel em água. Utilize a área interna da lata como superfície ativa dos
eletrodos, ou seja, como superfície voltada para a região do campo que
queremos medir.
3. A solução eletrolítica empregada é a água de torneira. A condução na água
é feita principalmente pelos íons dos sais dissolvidos. Em geral, os sais
presentes na água potável garantem a concentração de íons necessária.
Podemos ter uma idéia da condutividade da água medindo, com o multímetro, a
resistência entre dois pontos afastados 10cm dentro da cuba. Para as condições
do experimento esta resistência deve estar abaixo de 1MΩ. Se o valor estive
mais alto, basta dissolver uma pitada de sal de cozinha na água.
4. O multímetro eletrônico com impedância de entrada de pelo menos 10MΩ
é adequado para as medidas. Esses multímetros são bem baratos e podem ser
encontrados em lojas de materiais para construção. As instruções foram
escritas para um multímetro com escalas de 2V e 20V em corrente contínua. Se
o multímetro usado possuir escalas diferentes, o professor deverá orientar os
alunos para usar as escalas adequadas.
5. A fonte de tensão sugerida é uma bateria de 9V, no entanto, podem ser
usadas outras alternativas, como pilhas de 6V ou 12V, ou ainda eliminadores de
pilhas. Sugerimos a determinação de pelo menos quatro equipotenciais
uniformemente distribuídas entre os eletrodos, ou seja, para tensões de 1,8V,
3,6V, 5,4V e 7,2V medidos com relação ao eletrodo negativo. Se a fonte for de
tensão diferente de 9V ou se o professor julgar interessante a determinação de
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um número maior de equipotenciais, deverão ser calculadas as tensões
adequadas a cada caso.
6. O experimento deve ser executado sobre uma superfície plana, horizontal e
firme. Um nível de pedreiro ajuda na determinação da horizontalidade. é
importante que o nível da água sobre a placa de registro seja uniforme.
Questões relativas ao resultado
1 - Trace pelo menos cinco linhas de força que partam do
eletrodo positivo e cheguem ao eletrodo negativo. Para isso,
lembre-se que as linhas de força são sempre perpendiculares às
equipotenciais.
2 - Estime o campo elétrico (intensidade, direção e sentido) no
ponto médio entre os eletrodos.
3 - Calcule a força devida ao campo elétrico que atua sobre um
elétron no centro da cuba. Essa força seria diferente em outros
pontos? Carga do elétron =1,6 x 10-19C.
4 - Calcule a aceleração que este elétron sofreria se a força
elétrica fosse a única que atuasse sobre ele.
Massa do elétron = 9,1 x 10-31kg
5 - Qual é o trabalho realizado pela força elétrica sobre um
elétron que parte do eletrodo negativo até o momento em que
ele atinge o eletrodo positivo?
6 - Qual seria a velocidade com que um elétron atingiria o
eletrodo positivo, se ele saísse com velocidade nula do eletrodo
negativo e não encontrasse nenhuma resistência pelo caminho?
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Questões para reflexão e discussão
1 - O elétron encontra resistência no caminho? Por quê?
2 - Qual seria o efeito sobre o campo elétrico, se invertêssemos a
polarização dos eletrodos?
Questão Desafio
1 - Como ficaria o campo se colocássemos um anel de material
condutor entre as placas paralelas?
Respostas
Questões relativas ao resultado
2 - Estime o campo elétrico (intensidade, direção e sentido) no
ponto médio entre os eletrodos.
Resposta: O campo é tangente às linhas de força. Assim, o campo será
perpendicular às placas, apontando na direção da placa negativa. Sua
intensidade pode ser calculada através da equação:
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onde d é a distância entre as duas equipotenciais em volta do ponto,
cujos potenciais são VA e VB. (E ≈ 0,9 N/C)
3 - Calcule a força devida ao campo elétrico que atua sobre um
elétron no centro da cuba. Essa força seria diferente em outros
pontos? Carga do elétron =1,6 x 10-19C.
Resposta: Basta aplicar a definição de campo elétrico
para obter F ≈ 1,4 x 10-19N. Na região entre as placas, o campo é
uniforme e a força seria a mesma em todos os pontos dessa região.
4 - Calcule a aceleração que esse elétron sofreria se a força
elétrica fosse a única que atuasse sobre ele. Massa do elétron
=9,1 x 10-31kg
Resposta: Da segunda lei de Newton a ≈ 1.5 x 1011m/s2 !
5 - Qual é o trabalho realizado pela força elétrica sobre um
elétron que parte do eletrodo negativo até o momento em que
ele atinge o eletrodo positivo?
Resposta: O trabalho realizado é simplesmente
.
Para uma diferença de potencial de 9V, o trabalho sobre um elétron é
1,44 x 10-18J
6 - Qual seria a velocidade com que um elétron atingiria o
eletrodo positivo, se ele saísse com velocidade nula do eletrodo
negativo e não encontrasse nenhuma resistência pelo caminho?
Resposta: Se o elétron não encontrasse nenhuma resistência no
caminho, todo o trabalho realizado pelo campo elétrico seria convertido
em energia cinética. Logo, a velocidade final seria de 1,8 x 106m/s.
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Questões para reflexão e discussão
1- O elétron encontra resistência no caminho? Por quê?
Resposta: Sim, no percurso entre os eletrodos, os elétrons sofrem
inúmeras colisões com os átomos e moléculas da solução para a qual
transferem a maior parte da energia que recebem do campo elétrico.
2-Qual seria o efeito sobre o campo elétrico, se invertêssemos a
polarização dos eletrodos?
Questão Desafio
1 - Como ficaria o campo se colocássemos um anel de material
condutor entre as placas paralelas?
Resposta: Dentro do anel, o campo é nulo e o campo externo se
deforma para acomodar uma equipotencial sobre o anel. Esta é uma
demonstração do funcionamento da gaiola de Faraday.
Resposta A forma do campo não seria alterada, apenas a sua direção é
que seria invertida.
Sugestão de Interface com outras disciplinas
Biologia: Condução de sinais entre neurônios (sinapse) e separação de
proteínas com a utilização de eletroforese.
Química: Ligação iônica e Eletrólise.
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Informações Adicionais
Sugestão de atividades:
A descrição do experimento considera o campo entre duas placas paralelas.
Este é o exemplo mais simples, mas também o menos interessante. O professor
pode procurar outras configurações para explorar aspectos diversos do campo
elétrico. Antes de cada experimento é interessante que os alunos façam uma
previsão sobre como acham que o campo elétrico será. Veja algumas
sugestões:
a) Duas cargas (quase) Pontuais
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b) Gaiola de Faraday
c) Uma carga próxima da terra
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d) Duas cargas iguais
Links relacionados:
Cuba Eletrolítica - Mapeando Campos Elétricos
http://www.cdcc.usp.br/exper/medio/fisica/kit8_eletricidade_cuba_eletrol
itica/cubaeletrolitica.pdf
Hóquei em campo elétrico
http://pion.sbfisica.org.br/pdc/index.php/por/multimidia/simulacoes/eletr
omagnetismo/hoquei_em_campo_eletrico
Pinça Ótica
http://pion.sbfisica.org.br/pdc/index.php/por/multimidia/simulacoes/optic
a/pinca_optica
Campo elétrico em dipolo
http://pion.sbfisica.org.br/pdc/index.php/por/multimidia/videos/eletroma
gnetismo/campo_eletrico_em_um_dipolo
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- Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT
Créditos
Projeto Acessa Física
Instituição Executora IBTF - Instituto Brasileiro de Educação e
Tecnologia de Formação a Distância
Coordenadores de Conteúdo Prof. Dietrich Schiel
Prof. Yvonne Primerano Mascarenhas
Coordenador Pedagógico Hamilton Silva
Autores, Co-autores e Prof. Antonio Carlos de Castro
Professores Convidados Prof. Carlos Alfredo Argüello
Prof. Carolina Rodrigues de Souza
Prof. Iria Muller Guerrini
Prof. Marco Aurélio Pilleggi
Prof. Sergio Henrique de Souza Motta
Criação de Linguagem Cao Hamburger
Editora de vídeo Daniela Cacuso Bellarde dos Santos
Ilustrador Matheus Augusto Alves Tognetti
Locutor Julio Peronti
Programadores Nilton Jorge Borges
Priscila Mascarenhas Luporini
Parceiros CDCC - Centro de Divulgação Científica e
Cultural – USP
IEA - Instituto de Estudos Avançados São Carlos – USP
Projeto financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT Ministério da Ciência e Tecnologia
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Creative Commons - Atribuição 2.5 Brasil
Você pode:
Copiar, distribuir, exibir e executar a obra
Criar obras derivadas
Sob as seguintes condições:
Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma
especificada pelo autor ou licenciante.
Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro
para outros os termos da licença desta obra.
Qualquer uma destas condições pode ser renunciada, desde
que você obtenha permissão do autor.
Nada nesta licença prejudica ou restringe os direitos morais
do autor.
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